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PROCESSO CIVIL III - AV1, AV2 e AV3 by West Gave

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West Gave dos Santos Página 1 
 
PROCESSO CIVIL III 
REVISÃO PARA AV1, AV2 e AV3(2019) 
BY 
WEST GAVE 
 
 
EXERCÍCIOS E CASOS CONCRETOS DA APOSTILA 
AULA 1 
Questão objetiva: 
 
1) Incumbe ao relator, exceto: 
 
a) negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo 
Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal. 
b) não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha 
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. 
c) dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à 
produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar 
autocomposição das partes. 
d) decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, 
quando este for instaurado em sede de primeiro grau de jurisdição. 
(X) Art. 932 CPC 
 
2) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for 
unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do 
respectivo Tribunal: 
 
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do 
recurso de embargos infringentes; (X) 
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da 
divergência pelos Supremo Tribunal Federal; 
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no 
julgamento do recurso; 
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência. 
 
 
West Gave dos Santos Página 2 
 
 
Questão discursiva: 
 
1) A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel 
Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número 
de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de 
Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento 
desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a 
nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não 
poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. 
Assiste razão ao patrono de Manoel? 
 
Resposta: Assiste razão ao patrono de Manoel, visto que o dispositivo 
legal (artigo 935, CPC) orienta que exista espaço de 05(cinco) dias entre a 
publicação da pauta e a sessão seguinte, logo, deve haver nova 
publicação. Observa-se que dia seguinte NÃO é sessão seguinte. 
Obs: Vale ressaltar também que se deve respeitar a ordem do artigo 936, 
CPC, se não o processo deste patrono estaria “furando fila”. 
 
I. QUESTIONÁRIO 
 
01. Em quais hipóteses o relator negará provimento a um recurso? 
 
Resposta: Conforme o artigo 932, IV, alíneas a, b, c, do CPC, o relator 
negará provimento a um recurso que for contrário a: 
- súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal; 
- acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
- entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência. 
 
02. Em quais hipóteses o relator dará provimento a um recurso? 
 
Resposta: Conforme o artigo 932, V, alíneas a, b, c, do CPC, depois de facultada 
a apresentação de contrarrazões, o relator dará provimento ao recurso se a 
decisão recorrida for contrária a: 
- súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal; 
West Gave dos Santos Página 3 
 
- acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
- entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência; 
 
03. Qual providência deve ser tomada pelo relator antes de considerar 
inadmissível um recurso quando este verificar que o mesmo não 
preenche algum pressuposto de admissibilidade? 
 
Resposta: Conforme o parágrafo único do artigo 932 do CPC, antes de 
considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias 
ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação 
exigível. 
 
04. Qual providência deve ser tomada pelo relator quando constatar a 
ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de 
questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser 
considerados no julgamento do recurso? O que ocorre se a constatação 
ocorrer durante a sessão de julgamento? 
 
Resposta: Conforme o artigo 933, caput e §1º, do CPC, a providência do relator 
será a de intimar as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias. E 
se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, esse será 
imediatamente suspenso a fim de que as partes se manifestem especificamente. 
 
05. Qual o prazo mínimo entre a data da publicação da pauta e a da 
sessão de julgamento? Os processos não julgados deverão ser incluídos 
em nova pauta ou fica dispensada a publicação? 
 
Resposta: Conforme o artigo 935 do CPC, decorrerá, pelo menos, o prazo de 5 
(cinco) dias. Serão incluídos em nova pauta os processos que não tenham sido 
julgados, salvo aqueles cujo julgamento tiver sido expressamente adiado para a 
primeira sessão seguinte. 
 
 
06. Em qual ordem os recursos, a remessa necessária e os processos de 
competência originária serão julgados? 
 
Resposta: Conforme o artigo 936, e seus incisos, do CPC, ressalvadas as 
preferências legais e regimentais, os recursos, a remessa necessária e os 
processos de competência originária serão julgados na seguinte ordem: 
West Gave dos Santos Página 4 
 
 
I - aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos 
requerimentos; 
II - os requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão 
de julgamento; 
III - aqueles cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; e 
IV - os demais casos. 
 
07. Em quais recursos haverá possibilidade de sustentação oral? 
 
Resposta: Conforme o artigo 937, e seus incisos, CPC, na sessão de 
julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará 
a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua 
intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável 
de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, 
nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: 
I - no recurso de apelação; 
II - no recurso ordinário; 
III - no recurso especial; 
IV - no recurso extraordinário; 
V - nos embargos de divergência; 
VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; 
VII - (VETADO); 
VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias 
que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; 
IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do 
tribunal. 
 
08. Se, no julgamento do recurso, o relator reconhecer a necessidade de 
produção de prova, como deverá proceder? 
 
Resposta: Conforme o artigo 938, §3º, CPC, reconhecida a necessidade de 
produção de prova, o relator converterá o julgamento em diligência, que 
se realizará no tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, decidindo-se o 
recurso após a conclusão da instrução. 
 
 
 
 
West Gave dos Santos Página 5 
 
09. O que acontecerá se, no julgamento da apelação, o resultado não for 
unânime? 
 
Resposta: Conforme o artigo 942, do CPC, quando o resultado da apelação 
for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada 
com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos 
previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para 
garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes ea eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os 
novos julgadores. 
 
10. Se estiverem pendentes de julgamento no tribunal agravo de 
instrumento e apelação interpostos no mesmo processo, como deve ser 
realizado o julgamento? 
 
Resposta: Conforme o artigo 946, do CPC, o agravo de instrumento será 
julgado antes da apelação interposta no mesmo processo. 
 
II. COMPLETE A LACUNA 
 
01. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator 
para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em 
processo conexo. (Art. 930, CPC) 
02. Antes de considerar inadimissível o recurso, o relator concederá o 
prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou 
complementada a documentação exigível. (Art. 932, § único, CPC) 
03. Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão 
recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não 
examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, 
intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias. 
(Art. 933, CPC) 
04. Entre a data de publicação da pauta e a da sessão de julgamento 
decorrerá, pelo menos, o prazo de cinco dias, incluindo-se em nova pauta 
os processos que não tenham sido julgados, salvo aqueles cujo 
julgamento tiver sido expressamente adiado para a primeira sessão 
seguinte. (Art. 935, CPC) 
05. Afixar-se-á a pauta na entrada da sala em que se realizar a sessão de 
julgamento. (Art. 935, §2º, CPC) 
06. A questão preliminar suscitada no julgamento será decidida antes do 
mérito, deste não se conhecendo caso seja incompatível com a decisão. 
(Art. 938, CPC) 
West Gave dos Santos Página 6 
 
07. O relator ou outro juiz que não se considerar habilitado a proferir 
imediatamente seu voto poderá solicitar vista pelo prazo máximo de 10 
(dez) dias, após o qual o recurso será reincluído em pauta para 
julgamento na sessão seguinte à data da devolução. (Art. 940, CPC) 
08. No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão 
será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de três juízes. (Art. 941, §3º) 
09. O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte 
integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-
questionamento. (Art. 941, §3º, CPC) 
10. Todo acórdão conterá ementa. (Art. 943, §1º, CPC) 
 
 
AULA 2 
 
Questão objetiva: 
 
1) São princípios fundamentais dos recursos previstos no Código de 
Processo Civil (Promotor de Justiça/SP-2006): 
 
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a 
infungibilidade e a garantia do reformatio in peius; 
b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a 
singularidade, a fungibilidade e a proibição do reformatio in peius; (X) 
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a 
fungibilidade e a garantia do reformatio in peius; 
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a 
singularidade, a 
infungibilidade e a garantia do reformatio in peius; 
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, 
a infungibilidade e a proibição do reformatio in pejus; 
 
 
2) Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a 
opção correta (OAB Nacional – 2009/1): 
 
a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma 
parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte; (X) 
West Gave dos Santos Página 7 
 
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, 
habilita o advogado a desistir do recurso; 
c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é 
parte; 
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da 
concordância do recorrido. 
 
 
Questão discursiva: 
 
1) João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de 
Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a 
indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo 
juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do 
imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal 
de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi 
negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da 
omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, 
apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi 
rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: 
 
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
 
Resposta: Não, o pedido de reconsideração tem natureza de sucedâneo 
recursal, ou seja, ele não está indicado na lei como um recurso, e o tema 
obedece ao princípio da taxatividade. 
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse 
caso? 
Resposta: Não, pois não se trata de um recurso, ademais não existe 
dúvida objetiva. O princípio recursal da fungibilidade consiste na 
possibilidade de admissão de um recurso interposto por outro, que seria 
o cabível, na hipótese de existir dúvida objetiva sobre a modalidade de 
recurso adequada. 
 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 
West Gave dos Santos Página 8 
 
 
1. O que é recurso? 
 
Resposta: Recurso é o meio processual que a lei coloca à disposição 
das partes, do Ministério Público e de um terceiro, a viabilizar, dentro 
da mesma relação jurídica processual, a anulação, a reforma, a 
integração ou clareamento da decisão judicial impugnada. 
 
2. Por que a ação rescisória e o mandado de segurança não são 
considerados recursos, já que servem para atacar uma decisão judicial? 
 
Resposta: Embora as ações autônomas de impugnação também 
tenham por finalidade reformar ou anular a decisão judicial, se 
distinguem dos recursos porque estes não instauram um novo processo. 
 
03. O que são sucedâneos recursais? 
 
Resposta: São instrumentos de impugnação de decisão judicial. É 
todo meio de impugnação de decisão judicial que nem é recurso nem é 
ação de impugnação. Trata-se de categoria que engloba todas as outras 
formas de impugnação da decisão. São exemplos: pedido de 
reconsideração, pedido de suspensão da segurança (Lei Federal 
n.8.437/1992, art. 4º; Lei Federal n. 4.348/1964, art. 4º), a remessa 
necessária (CPC, art. 475) e a correição parcial”. 
 
04. Quais são os recursos previstos no CPC? 
 
Resposta: Conforme o art. 994 do CPC são cabíveis os seguintes recursos: 
I - apelação; 
II - agravo de instrumento; 
III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX - embargos de divergência. 
 
 
05. Como se classificam os recursos quanto ao âmbito? 
West Gave dos Santos Página 9 
 
 
Resposta: Quanto ao âmbito, os recursos podem ser totais ou parciais. É 
total o recurso que abrange todo o conteúdo impugnável da decisão; e 
parcial aquele que lhe impugna apenas parte. Quem determina o âmbito 
do recurso é a arte recorrente. 
 
06. Como se classificam os recursos quanto ao momento? 
 
Resposta: Dependendo do momento em que é interposto, o recurso 
poderá ser independente (ou principal) ou adesivo. 
 
07. Em quais hipóteses se admite o recurso adesivo? 
 
Resposta: Conforme o artigo 997,§2º, II, será admissível na apelação, no recurso 
extraordinário e no recurso especial. 
08. Como se classificam os recursos quanto à fundamentação? 
 
Resposta: Os recursos se classificam em, de fundamentação livre ou 
vinculada. Há casosem que a lei, ao estabelecer as hipóteses de 
cabimento do recurso, limita sua fundamentação, ou seja, o tipo de crítica 
que se pode fazer à decisão através do recurso. Outras vezes a lei deixa a 
parte livre para deduzir qualquer tipo de crítica em relação a decisão. 
 
A apelação é, por excelência, exemplo de recurso de fundamentação 
livre. Também são de fundamentação livre o agravo e o recurso 
ordinário. 
 
Diferentemente ocorre com os recursos especial e extraordinário, que 
são tipicamente recursos de fundamentação vinculada, pois têm seus 
respectivos conhecimentos condicionados ao tipo de crítica dirigida à 
decisão recorrida, delimitada por lei (arts. 102, III, e 105, III, da CF). Esses 
recursos encontram na lei, em enumeração taxativa os tipos de vícios que 
podem ser apontados na decisão recorrida. 
 
09. Em quais hipóteses haverá duplo grau de jurisdição necessário? 
 
Resposta: O duplo grau de jurisdição é possibilidade de reexame da 
matéria decidida em 1º grau. As hipóteses estão elencadas no artigo 496 
CPC, a saber: 
 
West Gave dos Santos Página 10 
 
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão 
depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: 
 
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas 
respectivas autarquias e fundações de direito público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução 
fiscal. 
§ 1ºNos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, 
o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente 
do respectivo tribunal avocá-los-á. 
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa 
necessária. 
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito 
econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: 
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e 
fundações de direito público; 
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as 
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que 
constituam capitais dos Estados; 
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas 
autarquias e fundações de direito público. 
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver 
fundada em: 
I - súmula de tribunal superior; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas 
ou de assunção de competência; 
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer 
ou súmula administrativa. 
 
10. Quais os requisitos para aplicação do princípio da fungibilidade? 
 
Resposta: Basta em verdade, que exista dúvida objetiva a respeito de 
qual o recurso cabível. 
Parte da doutrina e a jurisprudência dominante partem do entendimento 
de que, além da dúvida objetiva, deve a parte demonstrar sua boa-fé 
interpondo o recurso que entende cabível no prazo menor, caso a dúvida 
se dê entre recursos com prazos de interposição diferentes como ocorre 
com a apelação e o agravo. 
 
West Gave dos Santos Página 11 
 
AULA 3 
Questão objetiva: 
 
1) Indique, dentre as alternativas abaixo, o requisito extrínseco de 
admissibilidade dos recurso em geral (Promotor de Justiça/ MG – 2005): 
 
a) cabimento; 
b) legitimação para recorrer; 
c) interesse para recorrer; 
d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. 
e) Preparo, regularidade formal e tempestividade. (X) 
 
2) De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa 
correta (Juiz de Direito – SC – 2009): 
 
a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção 
independentemente de intimação; 
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação; 
c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e 
julgamento caberá agravo imediatamente, na forma retida ou por 
instrumento no prazo de dez dias, quando se tratar de decisão suscetível 
de causar lesão grave ou de difícil reparação; 
d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do 
recorrido, desistir do recurso; (X) Art. 998 CPC 
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de 
embargos de declaração apenas quando resultar contradição. 
 
 
Questão discursiva: 
 
Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano 
de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da 
população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de 
determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com 
doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a 
associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus 
curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do 
caso indaga-se: 
 
a) Poderá a associação atuar como se parte fosse? 
West Gave dos Santos Página 12 
 
 
Resposta: A atuação do amicus curiae, segundo o artigo 138 CPC, é 
possibilitado o seu ingresso no processo judicial que tenha ampla 
repercussão social e política. Isso não quer dizer que o amicus curiae 
possa atuar como parte, uma vez que ele só tem interesse objetivo 
quanto a tese discutida. Assim, não poderá sequer recorrer da decisão, 
salvo, daquela que julgar incidente de resolução de demanda repetitiva 
(IRDR). 
 
b) Qual a diferença entre amicus curiae e a assistência simples? 
Resposta: O Assistente é aquele que pode sofrer os efeitos da decisão. 
Assim, terá o direito de ingressar no processo para auxiliar uma das 
partes, podendo praticar todos os atos que o assistido também possa 
praticar. 
O amicus curiae tem interesse apenas na tese a ser firmada e não sofre os 
efeitos da decisão. Deste modo não cabe ao amicus curiae o direito de 
praticar atos como se parte fosse. 
 
COMPLETE A LACUNA 
 
01. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal 
ou decisão judicial em sentido diverso. 
02. Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa 
por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver 
risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar 
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. 
03. Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo 
terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal 
da ordem jurídica. 
04. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a 
relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se 
afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual. 
05. Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no 
prazo e com observância das exigências legais. 
06. Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles 
poderá aderir o outro. 
West Gave dos Santos Página 13 
 
07. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-
lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de 
admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa. 
08. O recurso adesivo será dirigido ao órgão perante o qual o recurso 
independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para 
responder. 
09. O recurso adesivo será admissível na apelação, no recurso 
extraordinário e no recurso especial. 
10. O recurso adesivo nãoserá conhecido, se houver desistência do 
recurso principal ou se for ele considerado inadimissível. 
11. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido 
ou dos litisconsortes, desistir do recurso. 
12. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja 
repercussão qual já tenha sido reconhecida e daquela objeto de 
julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos. 
13. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra 
parte. 
14. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá 
recorrer. 
15. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato 
incompatível com a vontade de recorrer. 
16. Dos despachos não cabe recurso. 
17. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. 
18. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os 
advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria 
Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. 
19. Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, 
será considerada como data de interposição a data de postagem. (Art. 
1003, §4º, CPC) 
20. Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os 
recursos e para responder-lhes é de 15 dias. 
21. O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de 
interposição do recurso. 
22. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, 
salvo se distintos ou opostos os seus interesses. 
23. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor 
aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem 
comuns. 
West Gave dos Santos Página 14 
 
24. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando 
exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte 
de remessa e de retorno, sob pena de deserção. 
25. A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu 
advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. 
26. É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no 
processo em autos eletrônicos. 
27. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o 
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será 
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em 
dobro, sob pena de deserção. 
28. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão 
impugnada no que tiver sido objeto de recurso. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
01. Quais são os recursos previstos no CPC? 
 
Resposta: Conforme o artigo 994 do CPC, os recursos são; apelação; 
agravo de instrumento; agravo interno; embargos de declaração; 
recurso ordinário; recurso especial; recurso extraordinário; agravo 
em recurso especial ou extraordinário; embargos de divergência. 
 
02. Quem tem legitimidade para recorrer? 
 
Resposta: Conforme o artigo 996 do CPC, o recurso pode ser interposto 
pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério 
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
 
03. A quem será dirigido o recurso adesivo e qual o prazo para sua 
interposição? 
 
Resposta: Conforme o artigo 997, §2º, I, do CPC, o recurso adesivo será 
dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, 
no prazo de que a parte dispõe para responder. 
 
 
 
West Gave dos Santos Página 15 
 
04. Em quais recursos é admitido o recurso adesivo? 
 
Resposta: Conforme o artigo 997, §2º, II, do CPC; será admissível na 
apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. 
 
05. Para desistir do recurso o recorrente necessitará de anuência do 
recorrido? 
 
Resposta: Conforme o artigo 998 do CPC, o recorrente poderá, a 
qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, 
desistir do recurso. Portanto, o recorrente não necessitará de anuência 
do recorrido. 
 
06. Segundo o art. 1.000 do CPC, a parte que aceitar expressa ou 
tacitamente a decisão não poderá recorrer. O que o CPC considera 
aceitação tácita? 
 
Resposta: Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, 
de ato incompatível com a vontade de recorrer (parágrafo único, do art. 
1.000, do CPC). 
 
07. Qual é o prazo para a interposição dos recursos? 
 
Resposta: Conforme o artigo 1.003, §5º, do CPC, excetuados os embargos 
de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 
(quinze) dias. 
08. Quando o recurso interposto por um dos litisconsortes não aproveita 
aos demais? 
 
Resposta: Errado, o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos 
aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses (art. 1.005 CPC). 
 
09. Em que momento o recorrente deverá comprovar o preparo? 
 
Resposta: No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, 
quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive 
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção (art. 1.007, CPC). 
 
 
 
West Gave dos Santos Página 16 
 
10. Quem está dispensado de preparo? 
 
Resposta: São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, 
pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas 
autarquias, e pelos que gozam de isenção legal (art. 1.007, §1º). 
 
11. Qual providência deve ser tomada pelo relator se o preparo for 
insuficiente? 
 
Resposta: A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa 
e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de 
seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias (art.1.007, 
§2º). 
 
12. Em quais processos é dispensado o recolhimento do preparo? 
 
Resposta: É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno 
no processo em autos eletrônicos (art.1.007, §3º). 
 
13. Qual providência deve ser adotada pelo relator se o recorrente não 
realizar o preparo? 
 
Resposta: O recorrente será intimado, na pessoa de seu advogado, para 
realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção (art. 1.007, §4º). 
PROPOSIÇÃO E RAZÃO 
 
Nas questões abaixo se apresenta uma proposição (primeira frase) e uma 
razão para a proposição (segunda frase) unidas pela conjunção explicativa 
ou causal "porque". Após analisá-la, assinale a alternativa correta: 
 
(A) Se a proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão 
realmente é causa da proposição. 
(B) Se a proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão não é 
causa da proposição. 
(C) Se a proposição é verdadeira, mas a razão é falsa. 
(D) Se a proposição é falsa, mas a razão é verdadeira. 
(E) Se a proposição e a razão são falsas. 
 
West Gave dos Santos Página 17 
 
1. (B) Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição 
legal ou decisão judicial em sentido diverso (Art. 995, CPC) 
PORQUE 
A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do 
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano 
grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a 
probabilidade de provimento do recurso. (Art. 995, § único, CPC) 
 
2. (D) O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro 
prejudicado e pelo Ministério Público, somente quando este funcionar 
como parte no feito (Art. 996, CPC) 
PORQUE 
Cumpre ao terceiro, ao recorrer, demonstrar a possibilidade de a decisão 
sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de 
que se afirme titularou que possa discutir em juízo como substituto 
processual. (Art. 996, § único, CPC) 
 
3. (C) Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer 
deles poderá aderir o outro. (Art. 997, §1º, CPC) 
PORQUE 
O recurso adesivo não fica subordinado ao recurso independente e será 
dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, 
no prazo de que a parte dispõe para responder. (Art. 997, §2º, CPC) 
 
4. (E) O recurso adesivo será admissível na apelação, no agravo de 
instrumento, no recurso extraordinário e no recurso especial; (Art. 997, II, 
CPC) 
PORQUE 
O recurso adesivo será conhecido, ainda que haja desistência do recurso 
principal ou se for ele considerado inadmissível. 
 
5. (C) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do 
recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. (Art. 998, CPC) 
PORQUE 
A desistência do recurso impede a análise de questão cuja repercussão 
geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de 
recursos extraordinários ou especiais repetitivos. (Art. 998, §único, CPC) 
 
6. (A) Havendo condenação solidária do motorista e do proprietário do 
veículo em ação de reparação de danos que lhes foi movida, o recurso 
West Gave dos Santos Página 18 
 
interposto por qualquer deles aproveita ao outro (Art. 1.005, §único, 
CPC) 
PORQUE 
O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se 
distintos ou opostos os seus interesses. (Art. 1.005, CPC) 
 
7. (E) O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, 
o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será 
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento no 
prazo de cinco dias, sob pena de deserção. (Art. 1.007, §4º, CPC) 
PORQUE 
A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu 
advogado, não o recolhimento em dobro, no prazo de 5 (cinco) dias. (Art. 
1.007, §2º, CPC) 
 
8. (A) Embora a lei afirme que o MP poderá recorrer quando for parte ou 
quando funcionar como fiscal da lei, há restrições nesta segunda hipótese 
PORQUE 
Segundo entendimento do STJ, a legitimidade recursal do Ministério 
Público nos processos em que sua intervenção é obrigatória não chega 
ao ponto de lhe permitir recorrer contra o interesse do incapaz, o qual 
legitimou a sua intervenção no feito. (Súmula 99, STJ) 
 
9. (D) O recorrente poderá, a qualquer tempo, desde de que obtenha a 
anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso (Art. 998, 
CPC) 
PORQUE 
A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá 
recorrer. (Art. 1.000, CPC) 
 
10. (D) Os recursos impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal 
ou decisão judicial em sentido diverso (Art. 995, CPC) 
PORQUE 
A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da 
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou 
impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do 
recurso. 
 
West Gave dos Santos Página 19 
 
AULA 4 
 
Questão objetiva: 
 
1) O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo 
quando interposto contra sentença que julgar ação (Promotor de Justiça – 
RO – 2006): 
a) de manutenção de posse ou interdito proibitório referentes à posse 
nova; 
b) condenatória de prestação alimentícia; (x) Art. 1.012, II, CPC 
c) de reparação de danos causados em acidente de veículos processada 
pelo rito sumário; 
d) de reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, 
fundamentada no Código de Defesa do Consumidor; 
e) não confirmando os efeitos da tutela. 
 
2) É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de 
retratação nas seguintes hipóteses (XLIV Concurso para ingresso da 
Magistratura do TJ/RJ): 
 
(A) excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de 
urgência, seja antecipada ou cautelar. 
(B) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há 
recebimento no efeito suspensivo. 
(C) excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência 
e nos de indeferimento da inicial. (X) Arts. 331 caput e 332, §3º, CPC. 
(D) em regra, em todas as ações de conhecimento, seja o procedimento 
ordinário ou sumário, cautelar ou execução. 
 
 
Questão discursiva: 
 
Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP 
com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu 
imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas 
atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a 
desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano 
pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a 
indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e 
West Gave dos Santos Página 20 
 
com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de 
apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a 
desconsideração da personalidade como também aumentar o valor 
fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se: 
 
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente? 
 
Resposta: Não, pois em casos de Decisão Interlocutória sobre incidente 
de desconsideração da personalidade jurídica, o recurso cabível é o 
Agravo de Instrumento, conforme prevê o artigo 1.015, IV do CPC. 
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos? 
Resposta: Com o Novo CPC o Juiz sentenciante após as formalidades 
indicadas nos §§ 1º e 2º do art. 1010 determina a remessa dos autos ao 
tribunal, não mais exercendo juízo de admissibilidade, conforme §3º do 
art. 1010. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1. Como a parte deve impugnar as decisões proferidas na fase de 
conhecimento se contra elas não for cabível agravo de instrumento? 
Resposta: Não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em 
preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, 
ou nas contrarrazões (art. 1.009, §1º, CPC). 
 
2. O que é error in procedendo? 
 
Resposta: Error in procedendo constitui-se num vício de procedimento 
que justifica a invalidação da sentença pelo tribunal. Ou seja, é o erro que 
o juiz comete no exercício de sua atividade jurisdicional ou na prolação 
de sentença, violando norma processual na sua mais ampla acepção. 
 
3. Em quais hipóteses a apelação será recebida somente no efeito 
devolutivo? 
 
Resposta: Em determinados e excepcionais casos a sentença poderá ser 
executada de forma provisória, ainda que o recurso de apelação esteja 
pendente de julgamento. As hipóteses excepcionais em que o Novo 
West Gave dos Santos Página 21 
 
CPC atribui apenas o efeito devolutivo estão elencadas no artigo 1.012, § 
1º, nos incisos I a VI. 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os 
embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
 
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de 
cumprimento provisório depois de publicada a sentença. 
 
Obs: Efeito devolutivo é a exteriorização do princípio do duplo grau de 
jurisdição, pelo qual a parte faz devolver o caso para ser reanalisado pelo 
mesmo juízo ou por outro de instância, via de regra, superior. Ou seja, 
aptidão que todo recurso tem de devolver ao órgão ad quem o 
conhecimentoda matéria impugnada. Modificar ou desconstituir. 
 
4. A apelação deverá ser interposta no prazo de 15 dias. Existe exceção a 
essa regra? 
 
Resposta: Sim, em se tratando de sentença proferida pelo Juízo da Vara 
da Infância e Juventude, o prazo para apelar será de 10(dez) dias (artigo 
198 do Estatuto da Criança e Adolescente). 
 
 
5. Qual o recurso cabível quando o juiz decidir parcialmente o mérito? 
 
Resposta: Para as decisões interlocutórias que julgam parcialmente o 
mérito, o recurso cabível será o agravo de instrumento; enquanto que 
para as sentenças (decisões que encerrarem a fase processual), o recurso 
cabível será apelação. 
 
06. É possível arguir na apelação questões de fatos não propostas no 
Juízo inferior? 
Resposta: Sim, desde que a parte prove que deixou de assim proceder 
por motivo de força maior. Preliminar de Apelação. 
 
 
West Gave dos Santos Página 22 
 
PROPOSIÇÃO E RAZÃO 
 
Nas questões abaixo se apresenta uma proposição (primeira frase) e uma 
razão para a proposição (segunda frase) unidas pela conjunção explicativa 
ou causal "porque". Após analisá-la, assinale a alternativa correta: 
 
(A) Se a proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão realmente é 
causa da proposição. 
(B) Se a proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão não é causa 
da proposição. 
(C) Se a proposição é verdadeira, mas a razão é falsa. 
(D) Se a proposição é falsa, mas a razão é verdadeira. 
(E) Se a proposição e a razão são falsas. 
 
1. ( D ) Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz 
acolher apenas um deles, a apelação somente devolverá ao tribunal o 
conhecimento da matéria impugnada (Art. 1.013, §2º, CPC) 
PORQUE 
Serão objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões 
suscitadas e discutidas no processo, inda que não tenham sido solucionadas, 
desde que relativas ao capítulo impugnado. (Art. 1.013, §1º, CPC) 
 
2. ( B ) As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser 
suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de 
força maior (Art. 1.014, CPC) 
PORQUE 
As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito 
não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e 
devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta 
contra a decisão final, ou nas contrarrazões. (Art. 1.009, CPC) 
 
3. ( B ) Incumbe ao relator negar provimento a recurso que for contrário a 
súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal (Art. 932, IV, CPC) 
PORQUE 
Incumbe ao relator não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que 
não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. 
(Art. 932, III, CPC) 
 
4. ( C ) A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no 
entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que 
confirma, concede ou revoga tutela provisória (Art. 1.012, CPC) 
PORQUE 
West Gave dos Santos Página 23 
 
Da sentença que confirmar a antecipação dos efeitos da tutela caberá o recurso 
de apelação quanto ao mérito e agravo de instrumento quanto à antecipação 
dos efeitos da tutela. (Art. 520, CPC) 
 
5. ( C ) Nos casos em que a apelação é recebida somente no efeito devolutivo, a 
eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar 
a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a 
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação (Art. 1.012, 
§4º, CPC) 
PORQUE 
O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser formulado por 
requerimento dirigido ao Vice-Presidente do Tribunal, no período 
compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição (Art. 1.012, 
§3º, CPC) 
 
AULA 5 
 
Questão objetiva: 
 
1) Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá (MPE-SP - 2011 
- MPE-SP - Promotor de Justiça): 
 
a) embargos do devedor, seguro o juízo; 
b) recurso de apelação; 
c) exceção de pré-executividade; 
d) objeção de pré-executividade; 
e) recurso de agravo de instrumento. (X) Art. 1.015, CPC 
 
2) Em um processo que observa o rito comum ordinário, o juiz profere 
decisão interlocutória contrária aos interesses do réu. É certo que, se a 
decisão em questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá a 
parte dano grave, de difícil ou impossível reparação. Assim sendo, o 
advogado do réu prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja 
petição de interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e 
de direito, as razões do pedido de reforma da decisão agravada, além do 
nome e endereço dos advogados que atuam no processo. A petição está, 
ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que irão formar o 
instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a 
juntada, no prazo legal, aos autos do processo, de cópia da petição do 
West Gave dos Santos Página 24 
 
agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim 
como a relação dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi 
arguido e provado pelo agravado. 
Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito da 
consequência processual decorrente ( FGV - 2011 - OAB - Exame de 
Ordem Unificado - III – Primeira Fase). 
 
a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza 
mera faculdade do agravante; 
b) Não será admitido o agravo de instrumento; (X) Art. 1.018, CPC 
c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, 
apenas, o exercício do juízo de retratação pelo magistrado; 
d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato 
processual manifestamente protelatório, devendo a parte agravante ser 
sancionada, e o feito, extinto sem resolução do mérito. 
 
Questão discursiva: 
 
Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município 
visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que 
foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. 
O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe 
litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida 
distribuição, foi encaminhado pelo relator para o julgamento eletrônico, 
dispensando-se a sessão de julgamento. Agiu adequadamente o relator? 
Resposta: O magistrado não poderá converter o julgamento físico em 
eletrônico, deve marcar audiência. Registra-se que o dispositivo 945 que 
tratava da possibilidade de converter os recursos físicos em eletrônicos foi 
integralmente revogado pela lei 13.256/16. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
01. Cabe agravo de instrumento contra quais decisões interlocutórias? 
 
Resposta: Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
West Gave dos Santos Página 25 
 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do 
pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos 
embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidosem lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões 
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de 
cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de 
inventário. 
 
02. Quais são os requisitos da petição de agravo de instrumento: 
 
Resposta: Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente 
ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos: 
I - os nomes das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o 
próprio pedido; 
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do 
processo. 
 
03. Quais peças devem, obrigatoriamente, instruírem o agravo de 
instrumento? 
 
Resposta: Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da 
petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão 
agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento 
oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas 
aos advogados do agravante e do agravado. 
 
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04. Como deve proceder o advogado em caso de inexistência de qualquer 
das peças obrigatórias que devem instruir o agravo de instrumento? 
 
Resposta: Artigo 1.017, II, CPC - com declaração de inexistência de 
qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do 
agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal. 
 
05. Como deve proceder o relator do AI caso constate a falta de alguma 
peça obrigatória? 
 
Resposta: Artigo 1.017, § 3º, CPC. Na falta da cópia de qualquer peça ou 
no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do 
agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, 
parágrafo único. 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator 
concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja 
sanado vício ou complementada a documentação exigível. 
 
 
06. Em qual situação o Agravante não ficará obrigado a instruir o agravo 
de instrumento com as peças obrigatórias enumeradas no art. 1.017, I do 
CPC? 
 
Resposta: Artigo 1.017, §5º, CPC. Sendo eletrônicos os autos do 
processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, 
facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis 
para a compreensão da controvérsia. 
 
07. Qual a consequência decorrente da não comunicação ao juiz de 
primeiro grau da interposição do agravo de instrumento? Essa 
providência pode ser tomada de ofício pelo relator? 
 
Resposta: Artigo. 1.018, §3º, CPC. O descumprimento da exigência de que 
trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importa 
inadmissibilidade do agravo de instrumento. 
Artigo. 1.018, §1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a 
decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. 
 
08. Quando é cabível o Agravo Interno? 
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Resposta: Contra a decisão do relator que indeferir liminarmente ou der 
provimento ao agravo, ou a qualquer outro recurso caberá agravo 
interno para o órgão competente para o julgamento do recurso, no 
mesmo tribunal, dentro do prazo de 15 dias (art. 1.021, CPC). 
 
 
09. Em quais situações será fixada multa a quem interpuser agravo 
interno? 
 
Resposta: Se o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível 
ou improcedente em votação unânime, o tribunal poderá aplicar ao 
recorrente multa entre um e cinco por cento do valor corrigido da causa. 
 
 
AULA 6 
Questão objetiva: 
 
1) Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que (Técnico 
Judiciário do TJ/RJ – Prova 1 – Concurso 2014): 
 
(A) têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da 
decisão judicial; 
(B) devem ser interpostos no prazo de cinco dias; 
(C) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por 
qualquer das partes; (X) Art. 1.026, CPC (interrompem o prazo) 
(D) podem dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os 
reconheça como manifestamente protelatórios; 
(E) não estão sujeitos a preparo. 
 
2) O TRF da 2ª Região denegou a ordem de segurança pleiteada em 
processo de sua competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso 
cabível contra tal decisão? 
 
a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo 
constitucional; 
b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal; 
c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal; 
West Gave dos Santos Página 28 
 
d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da 
decisão; 
e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da 
decisão. (X) Art. 1.027, II, CPC 
 
Questão discursiva: 
 
1) Márcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em 
face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. 
Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu 
sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos 
de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no 
julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a 
publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante 
interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido 
pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 
da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz? 
 
Resposta: O CPC alinhou a sistemática dos embargos de declaração 
regida pela Lei nº 9.099/95 com a regra geral dos embargos de 
declaração. Neste sentido, os embargos de declaração interrompem o 
prazo para os demais recursos tanto no CPC como no microssistema 
processual dos juizados especiais cíveis, conforme dispõe o art. 1.065 do 
CPC. 
 
Portanto, a decisão do magistrado esta equivocada; O NCPC alinhou a 
interrupção também para os Juizados Especiais Cíveis conforme a regra 
do art. 1065 e com isso a parte ainda está no prazo para propor o recurso. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
01. Conceitue o Embargos de Declaração: 
 
Resposta: Dá-se o nome de embargos de declaração ao recurso 
destinado a pedir ao juiz ou tribunal prolator da decisão (sentença, 
decisão interlocutória ou acórdão) que afaste obscuridade, supra omissão 
ou elimine contradição existente no julgado. 
 
West Gave dos Santos Página 29 
 
02. Alguns doutrinadores entendem que os Embargos de Declaração não 
possuem natureza de recurso. Quais argumentos eles utilizam para 
defender essa posição? 
 
Resposta: O argumento é que não são um recurso porque não 
dependem de preparo, não há exame por instância superior, não há 
observância do contraditório e não ensejam a modificação do 
julgado por essa via. 
 
03. Tendo em vista que os embargos de declaração tem por objeto o 
esclarecimento da decisão judicial, ele pode ser praticado de ofício pelo 
juiz? Existe algum vício da sentença que o juiz possa corrigir de ofício? 
 
Resposta: Deve ser de iniciativa da parte, não podendo o juiz, de oficio, 
inovar na decisão, ainda que a pretexto de complementá-la ou de sanar-
lhe contradição. 
O art. 494, I, do CPC permite a atuação oficiosa do juiz, após a prolação 
da sentença, tão somente para lhe corrigir inexatidões materiais ou lhe 
retificar erros de cálculo; nada mais. 
 
04. O que são embargos de declaração prequestionatórios? Qual a 
posição do STJ sobre eles? 
 
Resposta: São embargos de declaraçãoutilizados com o objetivo de 
prequestionar questão Federal ou Constitucional para efeito de viabilizar 
a interposição de recurso especial ou extraordinário. Segundo o STJ eles 
não tem caráter protelatório (Súmula 98 STJ). 
 
05. Os Embargos de Declaração estão sujeitos à observância do 
contraditório? 
 
Resposta: Nos embargos de declaração inexiste contraditório, exceto 
quando este tiver efeito modificativo (art. 1.023, §2º, CPC). 
Artigo 1.023, §2º, CPC. O juiz intimará o embargado para, querendo, 
manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, 
caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão 
embargada. 
O contraditório é um dos pilares necessários à viabilização do Estado 
Democrático de direito, para que haja o devido processo legal. 
 
West Gave dos Santos Página 30 
 
06. Quais são as hipóteses de cabimento dos embargos de declaração? 
 
Resposta: Art. 1.022, CPC. Cabem embargos de declaração contra 
qualquer decisão judicial para: 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar 
o juiz de ofício ou a requerimento; 
III - corrigir erro material. 
 
07. Os Embargos de Declaração são dotados de efeito devolutivo e 
suspensivo? 
 
Resposta: A devolutividade não permite a revisão da decisão recorrida, 
mas unicamente seu esclarecimento ou integração. A devolução se faz ao 
mesmo órgão que prolatou a decisão recorrida, e não a um órgão 
hierarquicamente superior. 
No entanto, não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para 
interposição de recurso (Art. 1.026, CPC). 
 
08. Em quais situações a interposição dos embargos de declaração não 
interrompe o prazo para interposição de outros recursos? 
 
Resposta: Forem intempestivos; a parte não estiver regularmente 
representada; o recurso não estiver assinado. 
 
09. Em quais hipóteses será aplicada multa à parte que opuser embargos 
de declaração? 
 
Resposta: Artigo 1.026 CPC: 
§2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, 
o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante 
a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o 
valor atualizado da causa. 
§3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente 
protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor 
atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará 
condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda 
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao 
final. 
West Gave dos Santos Página 31 
 
 
10. Quando não será admitida a interposição de novos embargos de 
declaração? 
 
Resposta: Artigo 1.026, §4º, CPC. Não serão admitidos novos embargos 
de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados 
protelatórios. 
 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA 
 
1) Contra acórdão não unânime, proferido em apelação cível, que decide 
pela manutenção da sentença de primeiro grau poderá caber: 
 
a. embargos de declaração; (X) 
b. agravo regimental; 
c. embargos infringentes; 
d. agravo de instrumento. 
 
2) Paulo propôs demanda em face de Tício, a qual foi julgada procedente 
em primeira instância. Inconformado, Tício interpôs recurso de apelação 
que não foi admitido. 
Entretanto, no julgamento da apelação, implicitamente, ocorreu violação 
à lei federal, razão pela qual não pôde Tício alegar essa ilegalidade 
anteriormente. Diante desses fatos, Tício: 
 
a. deverá interpor embargos de declaração para fins de 
prequestionamento e, posteriormente, recurso especial; (X) 
b. deverá interpor recurso especial, pois neste caso não há necessidade 
de prequestionamento; 
c. não poderá interpor qualquer recurso, na medida em que não ocorreu 
o prequestionamento; 
d. deverá interpor mandado de segurança contra os juízes que 
participaram do julgamento, diante da inexistência de recurso apto a 
sanar a violação de seu direito. 
 
3) A oposição de embargos de declaração contra acórdão que julgou 
apelação determina: 
 
a. a suspensão do prazo para a interposição de outros recursos; 
West Gave dos Santos Página 32 
 
b. a interrupção do prazo para a interposição de outros recursos; (X) 
c. a fluência do prazo para a interposição de outros recursos; 
d. o trânsito em julgado. 
 
 
4) A respeito dos recursos no processo civil, assinale a opção correta: 
 
a. não cabe interposição de recurso ordinário para o STJ contra decisão 
proferida por juiz que atua em primeiro grau de jurisdição; 
b. caso haja sucumbência recíproca, admite-se, na apelação, no agravo de 
instrumento, nos recursos especial e extraordinário, o recurso adesivo, ao 
qual se aplicam as mesmas regras do recurso independente; 
c. caso o recorrente alegue no recurso de apelação e seja reconhecida a 
nulidade da citação, o tribunal determinará o retorno dos autos ao juízo 
de primeiro grau, o qual, por sua vez, deve determinar a repetição do ato 
citatório; 
d. com a oposição dos embargos de declaração, ocorre a interrupção 
do prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das 
partes, salvo se for ele intempestivo. (X) Art. 1.026 CPC 
 
5) Em regra, não existe contraditório nos embargos de declaração, uma 
vez que é recurso destinado a suprir omissão, obscuridade ou contradição 
da decisão recorrida. Entretanto, é necessária a intimação da outra parte 
para apresentação de contrarrazões: 
 
a) caso os embargos tenham sido interpostos visando a efeitos 
modificativos, também chamados infringentes; (X) Art. 1.023 §2º CPC 
b) caso a parte recorrente alegue violação a dispositivo de lei federal; 
c) caso a parte recorrente alegue violação a dispositivo da Constituição 
Federal; 
d) em caso de decisão integrativa. 
 
AULA 7 
 
Questões objetivas: 
 
1) Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele 
versada deverá oferecer repercussão geral sob pena de (OAB/SP – 2007) 
West Gave dos Santos Página 33 
 
a) não ser provido pelo STJ. 
b) não ser provido perante o juízo a quo. 
c) não ser conhecido pelo juízo ad quem. (X) Art. 1.035, CPC 
d) não ser provido pelo juízo ad quem. 
 
2) Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal 
Federal que não admite a repercussão geral é (OAB/RS – 2007) 
 
a) irrecorrível. (X) Art. 1.035 CPC 
b) passível de embargos infringentes. 
c) passível de reclamação. 
d) agravável. 
 
Questão discursiva: 
 
1) Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida 
por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre 
militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso 
extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O 
Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era 
reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso 
extraordinário. Agiu adequadamente o relator? 
 
Resposta: Não agiu adequadamente, pois o relator deveria remeter os 
autos ao STJ para julgamento como recurso especial conforme art. 1033 
NCPC. 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a 
ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a 
revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao 
Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial. 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA 
 
1) Acórdão proferido por Colégio Recursal de Juizado Especial Cível: 
 
a. pode ser objeto de recurso especialou recurso extraordinário; 
b. pode ser objeto de recurso especial, apenas; 
c. pode ser objeto de recurso extraordinário, apenas; (X) 
West Gave dos Santos Página 34 
 
d. não pode ser objeto nem de recurso especial, nem de recurso 
extraordinário. 
 
2) Tratando-se de Recurso Extraordinário ou de Recurso Especial, é 
correto afirmar: 
 
a. por meio desses recursos não se pode pleitear a revisão da matéria 
de fato. Além disso, os possíveis fundamentos e hipóteses de 
cabimento, tanto do Recurso Especial quanto do Extraordinário, 
estão previstos na Constituição Federal; (X) 
b. para que sejam interpostos, é necessário que sejam formados 
instrumentos, já que esses recursos seguem para os órgãos julgadores, 
enquanto os autos de que se originaram permanecem arquivados no 
Tribunal a quo; 
c. tanto o Recurso Especial quanto o Extraordinário sempre possuem 
efeito suspensivo, paralisando a decisão impugnada; 
d. o Recurso Especial, ou o Extraordinário, quando interposto contra 
decisão interlocutória ficará retido nos autos e somente será processa do 
se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a 
decisão de primeiro grau, ou nas contrarrazões de apelação. Importante 
ressaltar que essa retenção somente se dá no processo de conhecimento. 
 
3) Relativamente aos recursos especial e extraordinário, é correto afirmar: 
 
a. o recurso extraordinário tem cabimento, na hipótese de dissídio 
jurisprudencial, quando há interpretação de lei federal, por Juízo de 
primeira instância ou Tribunal, de maneira divergente daquela conferida 
pelo acórdão de que se pretende recorrer; 
b. o recurso extraordinário tem cabimento quando a ofensa à 
Constituição Federal for indireta, ou seja, quando a decisão recorrida 
afrontar diretamente lei ordinária e indiretamente a Constituição Federal; 
c. quando o recurso extraordinário ou o recurso especial não forem 
admitidos, cabe agravo, dirigido ao Tribunal de origem, no prazo de 
15 dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal 
de Justiça, conforme o caso; (X) 
d. o recurso extraordinário, ou o recurso especial, apenas quando 
interposto contra decisão interlocutória proferida nos autos de processo 
cautelar, ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a 
parte, no prazo para a interposição do recurso contra decisão final, ou 
para as contrarrazões. 
West Gave dos Santos Página 35 
 
 
4) A respeito dos recursos extraordinário e especial, assinale a opção 
incorreta: 
 
a. se na decisão houver afronta à ordem constitucional e 
infraconstitucional, a interposição dos recursos extraordinário e especial 
deve ser simultânea, dado ser incabível o recurso extraordinário posterior 
para discutir questão preexistente. Ambos os recursos são interponíveis 
no prazo de quinze dias e devem ser veiculados em peças autônomas; 
b. a retenção de recurso especial interposto contra acórdão proferido no 
agravo de instrumento, deduzido em face de decisão interlocutória, 
impõe ao recorrente reiterá-lo no prazo para a interposição do recurso 
contra a decisão final, ou para as contrarrazões; (X) 
c. é cabível o recurso especial contra decisão proferida em última 
instância, por violação de questão federal. Para o conhecimento do 
recurso pelo tribunal ad quem, exige-se que a matéria violada tenha sido 
objeto de discussão ou que, havendo omissão, tenham sido interpostos 
embargos de declaração com a finalidade de assegurar o requisito de 
pré-questionamento dos recursos excepcionais, ainda que o tribunal local 
não tenha sanado a omissão e rejeitado os embargos; 
d. quando o recurso especial se fundar em dissídio jurisprudencial, o 
recorrente deve demonstrar em suas razões de recurso, de forma 
analítica, a divergência na interpretação da lei federal, mediante certidão, 
cópia autenticada ou ainda mediante citação do repositório de 
jurisprudência, oficial ou credenciado, em que tiver sido publicada a 
decisão divergente, mencionando as circunstâncias que identifiquem ou 
assemelhem os casos confrontados. 
 
5) Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele 
versada deverá oferecer repercussão geral sob pena de: 
 
a. não ser provido pelo STJ; 
b. não ser provido perante o juízo a quo; 
c. não ser conhecido pelo juízo ad quem; (X) 
d. não ser provido pelo juízo ad quem. 
 
6) No julgamento de recurso inominado pela Turma Recursal, mantém-se 
a decisão monocrática, porém, com violação pelo acórdão de lei federal e 
de preceito constitucional. Contra esta decisão da Turma Recursal será 
cabível: 
West Gave dos Santos Página 36 
 
 
a. Recurso Especial ao Superior Tribunal de Justiça; 
b. Reclamação ao Supremo Tribunal Federal; 
c. Recurso Especial e Extraordinário, concomitantemente; 
d. Recurso Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. (X) 
 
7) A contrariedade do julgado às normas contidas na legislação federal e 
às contidas na Constituição da República dá ensejo, respectivamente, a: 
 
a. recurso especial e recurso extraordinário; (X) 
b. recurso extraordinário e recurso ordinário; 
c. apelação e recurso ordinário; 
d. mandado de segurança e apelação. 
 
8) No que se refere a matéria de recursos cíveis e à atuação do Superior 
Tribunal de Justiça (STJ), assinale a opção correta: 
 
a. a cognição do STJ, no julgamento do recurso especial, abrange as 
questões de fato, podendo a Corte reexaminar a prova produzida; 
b. conhecimento e provimento de um recurso são expressões 
equivalentes; 
c. pode o STJ conhecer de um recurso especial e, no mérito, dar-lhe 
ou negar-lhe provimento; (X) 
d. pode o STJ conhecer de recurso especial interposto sob a alegação de 
que a decisão recorrida violou diretamente a Constituição Federal. 
 
9) Da decisão recorrida que julgar válida, em única ou última instância, lei 
local contestada em face de lei federal, é cabível recurso: 
 
a. extraordinário; (X) 
b. ordinário ao STF; 
c. ordinário ao STJ; 
d. especial. 
 
10) No que diz respeito ao instituto da repercussão geral, assinale a 
opção correta: 
 
a. Tal inovação tem por finalidade aumentar o número de processos que 
devem ser apreciados no STF, a fim de que as questões relevantes sejam 
todas julgadas o mais breve possível; 
West Gave dos Santos Página 37 
 
b. Para a rejeição da repercussão geral, é necessária a manifestação da 
maioria absoluta dos membros do STF; 
c. A competência para a verificação da existência de repercussão geral, 
por decisão irrecorrível, é dos tribunais superiores e do STF; 
d. A decisão que nega a existência de repercussão geral vale para 
todos os recursos que versem sobre matéria idêntica, os quais serão 
indeferidos liminarmente. (X) 
 
11) Contra o acórdão resultante do julgamento de uma apelação por uma 
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o 
advogado da parte sucumbente pretende interpor recurso extraordinário. 
Será incabível esse recurso quando a decisão recorrida: 
 
a. declarar a inconstitucionalidade de lei federal; 
b. contrariar dispositivo da Constituição Federal; 
 
c. julgar válida lei local contestada em face de lei federal; 
d. julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (X) 
e. julgar válido ato de governo local contestado em face da Constituição 
Federal. 
 
12) Com relação aos recursos especial e extraordinário, é ERRADO afirmar: 
 
a. O pré-requisito do pré-questionamento nunca pode ser 
dispensado; (X) 
b. O pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário de 
"repercussão geral da questãoconstitucional" não encontra pré-requisito 
análogo para o recurso especial; 
c. A interposição de recurso especial e extraordinário, em regra, produz 
apenas efeito devolutivo; 
d. Quando há a interposição e admissão de recurso especial e 
extraordinário, simultaneamente, os autos do processo serão primeiro 
remetidos ao STJ e, após, ao STF; 
e. É cabível recurso extraordinário contra decisões proferidas pelas turmas 
recursais dos juizados especiais cíveis, mas é incabível o recurso especial. 
 
13. O recurso especial é cabível quando a decisão recorrida: 
 
a. contrariar dispositivo desta Constituição. 
b. contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência. (X) 
West Gave dos Santos Página 38 
 
c. julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta 
Constituição. 
d. julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
e. declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. 
 
AULA 08 
 
Questões objetivas: 
 
1) Cabe o recurso de Embargos de Divergência o acórdão de órgão 
fracionário que: 
 
I. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do 
julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os 
acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade. 
II. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do 
julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os 
acórdãos, embargado e paradigma, de mérito. 
III. Nos processos de competência originária, divergir do julgamento de 
qualquer outro órgão do mesmo tribunal. 
 
a) Apenas o item II está correto. (X) Art. 1.043, CPC 
b) Os itens I e II estão corretos. 
c) Apenas o item III está correto. 
d) Os itens II e III estão corretos. 
e) Apenas o item I está correto. 
 
2) Está incorreta a seguinte assertiva: 
 
a) No recurso de Embargos de Divergência, será observado o 
procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal 
superior. 
b) Cabe o recurso de Embargos de Divergência quando o acórdão 
paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde 
que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus 
membros. 
c) Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do 
tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso 
West Gave dos Santos Página 39 
 
especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado 
em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos 
repetitivos. 
d) O prazo para interpor Embargos de Divergência é de 05 dias. (X) 
Questão discursiva: 
 
1) Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em 
idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal 
Regional Federal da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do 
Sul) selecionou dois recursos representativos da controvérsia e 
encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento 
repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os 
processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. 
Diante dessa circunstância indaga-se: 
 
a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é 
possível a desistência da ação? Em que fase processual? 
 
Resposta: Sim, é possível a desistência da ação em curso no 1º grau de 
jurisdição antes da prolação da sentença, se a questão nela discutida for 
idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia (art.1.040,§1º, 
CPC). Se a desistência for antes da contestação ele ficará isento dos 
honorários de sucumbência, se ocorrer depois da contestação, ele não ficará 
isento dos honorários de sucumbência. 
b) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento 
repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá 
proceder? 
Resposta: Deverá fazer um requerimento demonstrando a distinção entre 
a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso 
especial ou extraordinário afetado, a parte poderá solicitar o 
prosseguimento da sua demanda (art. 1037, §9º, CPC). 
 
 
 
 
 
West Gave dos Santos Página 40 
 
AULA 09 
 
Questão objetiva: 
 
1) Na hipótese é cabível a instauração do incidente de resolução de 
demandas repetitivas quando houver: 
 
I - simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham 
controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de 
ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
II - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a 
mesma questão de fato e de direito. 
III - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
 
a) Apenas o item I está correto. (X) Art. 976, I, II, CPC 
b) Apenas o item III está correto. 
c) Os itens II e III estão corretos. 
d) Apenas o item II está correto. 
 
2) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for 
unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do 
respectivo Tribunal: 
 
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso 
de embargos de infringentes; 
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da 
divergência pelos Supremo Tribunal Federal; 
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência 
instaurada no julgamento do recurso; (X) Art. 942, CPC 
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência. 
Questão discursiva: 
 
Antônio Silva, funcionário público, ajuizou ação em face do município de 
Jacarezinho, alegando que o Plano de Cargos e Salários de sua categoria 
profissional, estabelece como critério de progressão, níveis de 
escolaridade diferenciados e isso violaria o princípio da isonomia e o 
artigo 39, §1° da CRFB, eis que para o exercício do cargo exige-se apenas 
nível médio. Diante dos fatos, requereu seu reenquadramento na forma 
da Lei Municipal n. 388/2011, realizando de forma imediata a majoração 
West Gave dos Santos Página 41 
 
de seu salário-base. O magistrado em sentença julgou procedente o 
pedido de Antônio. 
Inconformado, o ente público recorreu alegando, dentre outros motivos, 
que os requisitos estabelecidos na lei municipal são constitucionalmente 
válidos. O órgão colegiado, por unanimidade, acordou em suscitar o 
incidente processual cabível. Indaga-se: Qual incidente processual 
enquadra-se na hipótese? Explique e fundamente a sua resposta. 
Resposta: Trata-se da ocorrência do incidente de argüição de 
inconstitucionalidade da lei municipal (lei nº 388/2011) a qual 
supostamente afronta o preceito estabelecido no artigo 39, §1º, inciso I, 
CF, exigindo o critério de graus de escolaridade para progressão em 
cargos de nível médio. 
Registrando que é vedado a tal órgão fracionário o julgamento de mérito 
declarando a inconstitucionalidade da norma ou lei atacada, visto a 
reserva do pleno consagrada no artigo 97, da CF. 
 
 
INÍCIO DO CONTEÚDO DADO EM AV2 
 
AULA 10 
 
Aplicação: articulação teoria e prática 
 
Questão objetiva: 
 
1) Com o objetivo de expandir a prestação jurisdicional e aperfeiçoar a 
legislação outrora em vigor, promulgou-se a Lei nº 9.099/95, criando os 
“Juizados Especiais Cíveis e Criminais”. A sentença proferida em processo 
seguindo este rito está sujeita a recurso ao próprio Juizado, sendo 
julgado por turma composta por 3 (três) juízes togados, em exercício no 
primeiro grau de jurisdição. No âmbito civil, o acórdão prolatado pela 
turma recursal está sujeito (XLV Concurso para ingresso na Magistratura 
do TJRJ): 
West Gave dos Santos Página 42 
 
a) à reclamação ao Superior Tribunal de Justiça, desde que o acórdão

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