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Imunologia - AULA 18 - Hipersensibilidade Imediata

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 Hipersensibilidade Imediata
 Samia Marques
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 Um dos mais poderosos mecanismos de reação do sistema imune é a estimulação dos mastócitos teciduais e das suas contrapartidas circulantes, os basófilos, mediada pela imunoglobulina E – IgE.
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Os acs IgE ligam-se aos receptores Fc nos mastócitos e nos basófilos. 
Quando estes acs associados às células fazem ligação cruzada com antígenos, as células são ativadas para liberar uma variedade de mediadores.
Esses mediadores causam coletivamente aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação, contração dos músculos lisos brônquicos e viscerais e inflamação local.
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 Essa reação é designada HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA porque começa rapidamente, dentro de minutos da provocação do antígeno, e porque desperta grandes conseqüências patológicas (hipersensibilidade).
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 Na forma sistêmica mais intensa da reação, chamada ANAFILAXIA, os mediadores derivados dos mastócitos ou dos basófilos podem provocar constricção das vias aéreas até o ponto da asfixia e produzir colapso vascular, levando à morte.
 Depois destes efeitos rápidos, segue-se uma reação de fase tardia, caracterizada por um infiltrado inflamatório de eosinófilos, basófilos, neutrófilos e linfócitos, dentro de 2 a 4 horas da desgranulação dos mastócitos e dos basófilos.
 
As crises repetidas desta reação de fase tardia podem causar a lesão do tecido.
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 Os indivíduos que são predispostos a produzir acs IgE em resposta aos vários antígenos ambientais e que têm fortes respostas de hipersensibilidade imediata são classificados como atópicos e desenvolvem doenças chamadas de alergias.
 A alergia é o distúrbio mais comum da imunidade e afeta cerca de 30% da população mundial.
 Nas diferentes pessoas, a alergia pode tomar diferentes formas: rinite alérgica, asma, urticária ou eczema crônico.
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SEQÜÊNCIA DE EVENTOS NAS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA
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A seqüência começa com a exposição inicial ao antígeno.
Nas pessoas geneticamente suscetíveis, algum antígeno protéico ambiental – alérgeno – estimula as células TCD4 para diferenciá-las em Th2.
Estas produzem IL4 e promovem a diferenciação das células B específicas para aquele antígeno em plasmócitos produtores de IgE.
A IgE produzida se liga a receptores Fc de alta afinidade na superfície dos basófilos e mastócitos.
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Se o antígeno for reintroduzido, liga-se à IgE associada à célula e pode fazer ligação cruzada com 2 ou mais moléculas de IgE e com os receptores Fc aos quais estão ligadas.
A ligação cruzada dos receptores Fc inicia os eventos de transdução de sinais nos mastócitos e basófilos, que resultam na liberação dos mediadores pré-formados e na rápida síntese dos novos mediadores.
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As manifestações clínicas e patológicas da HI são devidas às ações dos mediadores liberados.
Alguns induzem reação imediata e outros estimulam o influxo de leucócitos, que resulta na reação de fase tardia.
As alergias podem ser consideradas doenças dependentes de Th2 pois, estas produzem IL4 que é necessária para a produção de IgE, e IL5 que estimula a inflamação eosinofílica.
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 As alterações iniciais que ocorrem nas reações de HI são demonstradas pela reação de pápula e eritema à injeção de algum alérgeno.
 Esta reação ocorre em um indivíduo sensibilizado que teve contato com o antígeno pelo menos uma vez.
 Surge em 5 a 10 minutos e esmaece após 1 hora.
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 A reação de fase imediata em 2 a 4 horas mais tarde é seguida por uma reação de fase tardia, consistindo no acúmulo de eosinófilos, basófilos, neutrófilos e células TCD4.
 A inflamação é máxima em 24 horas e esmaece depois gradualmente.
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PAPEL DA IMUNOGLOBULINA E NA HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA
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Os acs IgE promovem o reconhecimento do antígeno na maioria das reações de HI.
A IgE medeia a ativação dos mastócitos e dos basófilos e a HI, estabelecendo ligação aos receptores específicos nessas células.
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Regulação da Síntese da IgE
 Pessoas atópicas produzem altos níveis de IgE resposta a ags determinados, enquanto que não atópicos geralmente produzem outros acs como IgG e IgM.
 Esta regulação depende da propensão da pessoa para elaborar uma resposta Th2 aos alérgenos.
 As pessoas alérgicas herdam traços que as mantém em risco de doenças alérgicas dependentes de IgE porém, no final, os fatores ambientais determinam a natureza e a extensão da doença.
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Papel das células T
 Na hipersensibilidade, a síntese da IgE e a inflamação são dependentes da ativação da subpopulação Th2 das células T e da secreção de IL4, IL5 e IL13 pelas Th2.
 As pessoas atópicas apresentam maior número de células T secretoras de IL4 antígeno-específicas do que as não atópicas; bem como, estas células produzem mais IL4 por célula do que nos indivíduos normais.
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Bases genéticas da atopia
 A propensão para produzir IgE é influenciada pela herança de vários genes.
 Estudos em família têm demonstrado uma clara transmissão autossômica da atopia, embora a herança completa provavelmente seja multigênica.
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Natureza do antígeno que induz reação de hipersensibilidade
 Os antígenos que despertam reações de hipersensibilidade – alérgenos – são proteínas ou substâncias químicas ligadas às proteínas às quais o indivíduo está cronicamente exposto.
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 Para que ocorra reação atópica a um antígeno é necessária exposição repetida àquele antígeno.
 Por isso pacientes com rinite alérgica ou asma podem se beneficiar com de mudança geográfica ou residência.
 O indivíduo atópico não tem acs IgE específicos pré-existentes!!!
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PAPÉIS DOS MASTÓCITOS, BASÓFILOS E EOSINÓFILOS NA HIPERSENSIBILIDA IMEDIATA
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Os mastócitos, basófilos e eosinófilos são as células efetoras das reações de HI e da doença alérgica.
Embora tenham características peculiares, cada um contém grânulos cujos conteúdos são os principais mediadores das reações alérgicas e todos produzem citocinas e mediadores lipídicos que contribuem para a inflamação.
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Ativação dos mastócitos e basófilos
 Os mastócitos e basófilos são ativados pela ligação cruzada das moléculas do Fc  RI, causada pela ligação de antígenos multivalentes às moléculas IgE ligadas ao receptor.
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 A ativação dos mastócitos e basófilos resulta em 3 tipos de respostas biológicas: secreção dos conteúdos pré-formados dos seus grânulos por um processo de exocitose regulada, síntese e secreção de mediadores lipídicos, e secreção de citocinas.
 Esta resposta resulta da ligação cruzada do Fc  RI, que inicia uma cascata de sinalização nos mastócitos, envolvendo proteínas tirosina-quinases.
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Mediadores derivados de mastócitos e basófilos
 As funções efetoras dos mastócitos e dos basófilos são mediadas por moléculas solúveis liberadas das células sob ativação.
 
 Esses mediadores podem ser divididos em pré-formados e recém-sintetizados.
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Papéis protetores nas reações imunes mediadas pela IgE e pelos mastócitos
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A principal função protetora contra as reações imunes iniciadas pela IgE é a erradicação dos parasitas.
Os mastócitos exercem um importante papel protetor como parte da resposta imune inata às infecções bacterianas.
mais forte ligação entre um receptor e um anticorpo
pré-formados: histamina (aminas biogênicas) e as enzimas
recém sintetizados ou neoformados: mediadores liídicos (leucontrienos) e as prostaglandinas e citocinas
hipótese da falta de higiene
reação de fase tardia da hipersensibilidade imediata eo, baso, neu, tcd4 th2
hipersensibilidade tardia th1 e macrófagos
deve ser assinalado que os mastócitos tem receptores para o fc de igg e podem ser ativados pela ligação cruzada da igg ligada
IL4- ESTIMULA PRODUÇÃO DE IGE PELO PLASMÓCITO
IL5 – INFLAMAÇÃO EOSINOFÍLICA
IL13 – PRODUÇÃO DE MUCO
útero gravídico th2

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