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FOLHA_SINALIZAÇÃO[1]

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1- Sinalização 
A transferência e a troca de informações de controle são fundamentais para uma carreta operação das redes de telecomunicações. Após o desenvolvimento de tecnologias não compatíveis a tendência atual é a compatibilidade a nível internacional, provocada pelas seguintes razões: escolha de 
diferentes fornecedores pelos operadores de rede, redução do tempo de entrada em operação (time-to-market) e cooperação entre os setores da rede. 
Atualmente a sinalização é uma comunicação de dados entre os processadores dos elementos de rede que interagem. 
A sinalização entre o assinante da rede e sua central local é chamada de sinalização do assinante. 
A sinalização entre as centrais é designada por sinalização intercentrais.
l. Sinalização do assinante 
Após o recebimento do sinal de discar o assinante disca o número desejado. Esta informação pode ser transferida de duas formas diferentes: como pulsos de corrente ou como tons DTMF (dual-tone multifrequency). Assim a conexão do assinante transporta a informação referente ao estado do telefone (livre ou ocupado), sinais DTMF, tons de informação, sinais de toque e o tráfego real.
 
2. Sinalização acústica 
A sinalização acústica em prática no Brasil constitui-se de: corrente de togue, tom de discar, tom de controle de chamada, tom de ocupado, tom de número inacessíve!, tom de aviso de chamada em espera, tom de aviso de programação e tom de advertência de telefone público. 
3. Sinalização intercentrais 
Muitos dos sistemas para sinalização intercentrais são baseados no princípio de Sinalização Associada ao Canal (Channel Associated Signaling - CAS. Os sistemas de sinalização N5, R1 e R2 são exemplos de CAS.
A sinalização CAS divide-se em sinalização de linha e sinalização entre registradores, o que leva a funções de sinalização separadas dentro da central. 
A sinalização da linha entre centrais mostra o estado das linhas tronco entre duas centrais, tais como linha tornada para comunicação, resposta em andamento e outros. Essa informação de rotina é utilizada da mesma maneira para todas as conexões. Na evolução da fase de Sinalização de 
Linha pode-se identificar: E+M contínua, E+M Pulsada e R2D. 
A sinalização entre registradores trata a troca de informações de roteamento, e é única para cada chamada. Na fase da Sinalização de Registradores pode-se identificar: 
Decádica, MFC R2. A sinalização decádica é uma técnica antiga, utilizada em Centrais Passo a Passo (obsoletas). Outra técnica antiga é a de Pulsos Inversos, utilizada nas Centrais Rotativas (obsoletas). A sinalização multifrequencial é a atualmente utilizada. Esta técnica consiste na utilização de uma combinação de sinais de frequências. 
A forma mais moderna de sinalização entre centrais para conexões baseadas em comutação de circuitos é a Sinalização por Canal Comum N7 (Common Channel Signaling #7 - CCS #7)
4. Sinalização associada ao canal 
O Brasil adota a chamada sinalização R2 digital, especificada em prática Telebrás. 
A sinalização entre registradores podem ser transmitidos de diferentes formas, o método mais comum é o multifrequencial, no qual duas entre seis frequências (por exemplo) são combinadas para formar 15 sinais diferentes representando dígitos ou categorias. O equipamento da central para esse sistema é constituído por transmissores e receptores de código, genericamente designados por registradores. 
O conceito que foi originalmente proposto para centrais e redes analógicas evoluiu para uma versão digital, a ser usada com centrais e transmissão digitais. 
O Brasil adota o sistema de sinalização entre registradores Multifrencial Compelido, MFC, com 12 frequências em dois grupos âe seis, denominados-grupos de frequências altas 
e baixas. 
O sistema de sinalização compelida caracteriza-se por: 
• com a tornada de um circuito de saída, o registrador de origem envia um sinal multifrequencial para frente; 
• assim que o sinal para frente é reconhecido e interpretado no registrador de destino este envia um sinal para trás; 
• quando o registrador de origem reconhece e interpreta esse sinal interrompe o envio do primeiro sinal multifrequencíal para frente; 
• com o reconhecimento da interrupção do sinal para frente o registrador de destino interrompe o envio do sinal para trás; 
• reconhecendo a interrupção do sinal para trás o registrador de origem passa a enviar o segundo sinal multifrequencial para frente; 
• o processo descrito se repete nos ciclos multifrequenciais subsequentes. 
Tanto os sinais para frente como os para trás tem um significado principal. Por meio de um determinado sinal para trás, o significado de um sinal para frente ou para trás pode ser modificado. Um significado assim alterado denomina-se significado secundário. Em certos casos, é possível voltar de um significado secundário para um significado principal. Os sinais para frente são divididos então em dois grupos, I e II, correspondentes ao significado principal e secundário, respectivamente.
Os sinais do grupo I referem-se às informações numéricas e informações de controle. Assim, caso seja discado o número 5, será enviado um sinal do grupo I 5, para frente.
Os sinais do grupo II referem-se às informações de tipo de assinante chamador (categoria)
5. Sinalização por canal comum 
A sinalização por canal comum requer uma rede de sinalização separada, de modo que as informações de sinalização possuem um trajeto próprio, distinto daquele das informações do usuário. 
As características da sinalização por canal comum são: alta capacidade, alta velocidade, confiabilidade, flexibilidade e excelente relação custo — benefício. 
A Sinalização por Canal Comum N7 (CCS 7), substitui ao mesmo tempo as sinalização de linha e de registradores.
O SP, ou OS, são os pontos de sinalização e a STP, ou PTS, são os pontos de transferência de sinalização.
II. Definições 
a) DMT — Discrete Multi Tone: é uma técnica de modulação por multiportadoras, na qual os dados são coletados e distribuídos por uma grande quantidade de portadoras em frequências distintas. 
b) Rede Inteligente: o desvio das chamadas para a plataforma independente de nível superior, possibilitou o desenvolvimento de novos serviços, todos implementados, operados e mantidos de forma mais simples. Oferece possibilidade de interação com o cliente, alterando parâmetros do serviço conforme suas necessidades, minimizando problemas operacionais. Apresenta ainda redução dos custos operacionais, padronização das interfaces, evolução dos serviços aos usuários e variedade de fornecedores. Uma vantagem da RI com níveis hierárquicos superiores é a redução das dificuldades que seriam encontradas para o oferecimento dos serviços de RI na rede telefônica existente. Nos serviços de RI deve haver uma interrupção no processamento da chamada. Um novo código é introduzido no início da discagem e esta chamada é então encaminhada à plataforma RI. Como exemplos citam-se os serviços 0300 (âmbito nacional, tarifa baixa) e 
0800 (ligação gratuita para quem origina a ligação, pago por quem recebe). 
c) Rede Telefónica: é o conjunto de todos os equipamentos e cabos que interligam os aparelhos telefónicos dos assinantes (pares de fios metálicos) até as centrais telefónicas e estas entre si (cabos troncos). Tronco é o circuito elétrico que se estabelece entra a saída da central do lado A e a entrada da central lado B. 
c.1) Sistemas telefonicos, software das centrais.
d) Distribuidor Geral- DG: local para onde convergem e são ligadas as linhas físicas dos assinantes na central telefónica ou Estágio de Linha Remota. No DG encontram-se os blocos verticais e horizontais. Nos blocos verticais tem-se o lado da rua, das linhas metálicas oriundas dos assinantes. 
Nos blocos horizontais, lado da central, estão as conexões para a central. Os blocos horizontais e verticais são interligados por cabos "jumpers", no processo denominado jumpeamento.
e) Central de Comutação Local: são as centrais nas quais os assinantes estão cadastrados
e conectados fisicamente. Em um entroncamento local típico podemos ter uma central para cada 10.000 assinantes, por prefixo, ou uma central local por bairro ou agrupamento de vários bairros 
pequenos. Atualmente é comum que as linhas dos assinantes sejam ligadas a um Distribuidor Geral, DG, localizado junto a um equipamento localizado fora da Central Local, denominado Estágio de Linha Remota, ELR. 
A partir do ELR os sinais dos assinantes são transformados de analógicos para digitais, de cabo metálico para fibra óptica, por exemplo. O estágio dos Assinantes é composto pelos Estágios de Linhas Remotas, ELR, instalados externamente ao ambiente onde encontra-se instalada a central telefónica e dos Grupos de Linhas e Troncos de Ligação entre centrais, localizados dentro da central telefónica. 
f) Matriz de Comutação: equipamentos e cabos instalados nas centrais telefónicas que possibilitam que os sinais dos assinantes do lado A sejam, comutados para os assinantes do lado B. 
g) Processador Central: dispositivo que controla as funções de telefonia e segurança da central telefónica. Armazena as tabelas de números de rede, tabelas de serviços e facilidades associadas aos assinantes, classes e categorias dos assinantes e dos troncos entre centrais, dados de roteamento entre centrais, contadores de tarifação e estatísticas, dentre outros. 
h) Centrais de Trânsito: são utilizadas para o escoamento do tráfego entre outras centrais locais, ou seja, realizam a comutação do tráfego entre regiões do mesmo estado, ou da mesma operadora, entre estados ou entre operadoras e mesmos países. Atualmente, as centrais de trânsito também podem acumular a função de central local estando assim ligadas aos assinantes. 
i) Central Tandem: historicamente foram utilizadas para reduzir a quantidade de cabos troncos necessários entre as diversas centrais locais existentes dentro de uma cidade, por exemplo. As Centrais Tandem comutavam o tráfego entre centrais Locais da mesma localidade, o denominado entroncamento local. 
j) Rede de Acesso: interliga os usuários à Central Local, por meio de cabo metálico ou WLL. Assim, as Centrais Locais podem apresentar tecnologia WLL para atendimento aos usuários desse serviço. 
k) DSLAM: é um Multiplexador de Linhas de Assinantes.
l) Rede de Transporte: pode conter sistemas PDH, SDH, Satélite, enlaces rádio e sistemas ópticos. 
m) VolP Voice Over Internet Protocol: designa aplicações de voz em tempo real, sobre a rede Internet, em contraste com a rede telefónica convencional (POTS), que utiliza comutação de circuitos. É uma aplicação sensível ao atraso de modo que requer um sistema de transmissão de ponta 
a ponta com eficiência suficiente para operar com sucesso, 
requerendo, portanto, um conjunto de protocolos e características para oferecer um serviço de qualidade (QoS - Quality of Service). 
n) Comutação distribuída: evolução da rede telefónica que consiste em encurtar as distâncias dos acessos por pares metálicos entre as centrais de comutação digital e os assinantes. Nesta configuração é possível a diminuição de falhas características do meio metálico, devido à, substituição por cabos ópticos para ligação na central telefónica.
19.2. Cabos e suas característica
As características mais importantes do par simétrico, que influem no projeto e desempenho de sistemas digitais de linha, são a atenuação e a diafonia (crass-talk). A atenuação é basicamente determinada pelo diâmetro dos condutores e pela capacitância mútua entre pares do cabo, sendo proporcional a sqr f, onde f é a frequência do sinal a ser transmitido. Diafonia é a medida do 
acoplamento mútuo entre pares do cabo, modificado pelo acoplamento por outros caminhos metálicos. A diafonia pode ser expressa de duas formas: 
• Paradiafonia - interferência entre os sinais que saem e os que chegam em repetidores de pares diferentes do cabo, no mesmo ponto físico 
Sistema. 
O efeito da paradiafonia ocorre quando a saída de um repetidor interfere no sinal de entrada dos repetidores que transmitem no sentido oposto em outros pares do mesmo cabo. Se a atenuação entre dois repetidores for, por exemplo, 30 dB na frequência de transmissão, com paradiafonia de 65 dB, isso significa que o sinal útil na entrada do repetidor está 35 dB acima do nível 
do sinal interferente. 
A paradiafonia é medida conectando-se um sinal em um par do cabo e medindo o nivel do sinal em outros pares do cabo, no mesmo ponto. Tradicionalmente, as medidas eram efetuadas com sinais senoidais atualmente, com o uso do cabo para transmissão digital, é mais comum o emprego de ruído branco. O filtro passa-faixa serve para limitar o espectro de frequências à faixa de interesse (ver recuperação de relógio, adiante), o transformador balanceia o sinal para a linha e R é uma resistência de terminação (120ohms para pares simétricos, usualmente). Com a chave na posição 1, anota-se leitura do voltímetro com a chave na posição 2, ajusta-se o atenuador pala obter a mesma leitura. A atenuação introduzida é a medida da paradiafonia relativa.
• Telediafonia - interferência entre os sinais que caminham no mesmo sentido em pares diferentes do

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