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AV2 Psicodiagnóstico

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AV2 Psicodiagnóstico
1 - Objetivos da Entrevista de devolução:
Definição: Transmite os resultados do psicodiagnóstico de forma discriminada, organizada e dosada segundo o destinatário. 
2 - Diferentes tipos de informes
O informe consiste no resumo das conclusões diagnósticas e prognósticas do caso estudado e inclui muitas vezes as recomendações terapêuticas adequadas ao mesmo.
No sentido estrito, falamos de fazer um informe quando alguém o solicitou por escrito. Nesse caso pode tratar-se tanto de uma breve síntese ou de um trabalho mais detalhado.
Vejamos alguns casos entre os mais comuns atualmente.
A um Colega
É o informe que relata em linguagem técnica, fazendo referência concreta ao material de teste do qual foi extraída esta ou aquela conclusão e com uma descrição minuciosa da estrutura básica da personalidade, das suas ansiedades mais primitivas, das suas defesas mais regressivas e das mais maduras. O diagnóstico e o prognóstico
serão expressos nos termos comuns à psicopatologia e à psicoterapia usados correntemente em nosso meio profissional.
A um Professor
Neste caso o informe será breve, referindo-se exclusivamente ao que o professor precisa saber, expresso em linguagem cotidiana, e serão tomadas precauções para que não transpareçam intimidades do caso que não se relacionam com o campo pedagógico.
A um Advogado
É nestes casos que deveremos ser mais cuidadosos com o termos utilizados e a informação que ofereceremos. Geralmente se refere a uma perícia que terá peso numa sentença e isso faz dele um trabalho difícil. principalmente no campo penal.
Além da atitude desconfiada e reticente do sujeito a ser estudado, pesa sobre nós a esperança daquele que nos designou para fazer a pericia, com o intuito de encontrar no nosso informe elementos que forneçam uma maior força aos seus argumentos, sejam estes de parte da defesa ou da promotoria. É muito difícil que o sujeito acredite que teremos uma atitude imparcial, e lançará sobre nós um olhar acusador ou
então tentará nos seduzir com uma atitude cúmplice. Isto ocorre também no campo trabalhista, ao qual farei referência a seguir.
O informe para um advogado deve ser expresso em termos inequívocos e com afirmações que não deixem margem para que sejam usadas conforme convier à causa. Uma vez formulada a nossa conclusão em relação à dúvida que levou à solicitação cio estudo. é conveniente justificar essa conclusão usando como apoio alguns pontos cio material. mas sempre expressando-nos em termos claros e de uso comum no âmbito forense.
3 - Objetivos e Etapas do Processo Psicodiagnóstico
O psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clínico.
Etapas do processo diagnostico: o Recebimento da queixa/demanda; o Levantamento do problema, sintomas e elaboração das hipóteses; o Planejamento: escolha dos recursos a serem empregados; o Comprovação: realização dos testes, observação, verificação das hipóteses, esclarecimento do problema; o Elaboração do diagnóstico: entrevistas, testes, visitas, o Entrevista de devolução e encaminhamentos (prognóstico).
4 - O Primeiro Contato na Consulta
 Isto significa que nessa primeira etapa teremos recebido o telefonema do paciente ou o pedido de uma profissional para realizar o estudo de um paciente determinado. Se quem nos solicita o estudo é o terapeuta que vai se encarregar do tratamento, nosso papel ficará restrito basicamente a aplicação dos testes pertinentes. Nestes casos é necessário tomar cuidado para não interferir demais na relação transferencial que o paciente já tenha estabelecido com seu terapeuta. Numa consulta desta natureza tentaremos reduzir a entrevista inicial ao mínimo possível. Em alguns casos, prefiro trabalhar praticamente às cegas com os dados mínimos de identidade do grupo familiar, motivo da consulta, e muito especificamente o motivo que levou o terapeuta a solicitar o estudo.
Seria preferível que a devolução (que é um dos passos finais do processo) fosse feita pelo próprio terapeuta na medida e no momento que considerasse adequados, e somente seria feita pelo profissional que realizou o psicodiagnóstico se aquele o considera mais conveniente, explicitando a razão. O informe que enviaremos a esse profissional tem uma relevância especial, pois ali deve estar contida toda a informação que ele necessita. Devemos então realizá-lo com dedicação especial para poder cumprir com a finalidade a que se destina o estudo.
Se não foi possível atingir nossos objetivos, será importante continuar com mais uma entrevista. Isto acontece freqüentemente com os pais de uma criança, pois cinqüenta minutos podem ser insuficientes para todo esse trabalho. Podemos então prolongá-la ou fazer mais de uma entrevista inicial.
Se o nível de ansiedade (persecutória, depressiva ou confusional) dos pais· tornar difícil manter um clima adequado, torna-se aconselhável chamá-los novamente,
pois geralmente na segunda entrevista estão mais tranquilos, menos tensos, menos na defensiva, mais recuperados e melhor situados.
No caso contrário, a situação é pouco promissora e seria aconselhável pensar que a terapia individual do filho exclusivamente não é o mais adequado. Deve ser complementada com orientação aos pais, ou indicação de terapia de casal, familiar, vincular, etc.
5 - Seleção da Bateria de Testes e a sua Sequência
FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS: 
Quem formula a solicitação: para saber a bateria mais adequada; 
Idade cronológica do consultante: nem todos os testes são usados em todas as idades e a técnica de administração varia; as atividades lúdicas não são exclusivas para as crianças; 
Nível Sócio-Cultural do paciente e do seu grupo étnico: deve considerar que a instrução dada ao sujeito se ja perfeitamente entendida; conduta da qual se espera a resposta dada seja habitual para o sujeito comum; 
Casos com deficiência sensorial ou comunicativa: pacientes com algum tipo de deficiência; 
Momento vital: momento evolutivo no qual se encontra o sujeito Contexto Espaço - Temporal no qual se realiza: dispor de tempo; adaptar ao tempo estipulado; Elementos da Personalidade a Investigar 
6 - O Estudo do Material Coletado
Após completar as etapas de coleta de dados (entrevista inicial, testes, entrevistas vinculares, familiares, etc.) o psicólogo precisa dedicar -se a tabular alguns testes, classificar e interpretar suas respostas para poder usar as suas conclusões e integrá-las ao resto do material. De cada entrevista realizada deve ter feita uma leitura de maneira a extrair certos padrões de conduta do sujeito e de sua família,
certas condutas chamativas, etc.
O mais útil de todo este trabalho feito pelo psicólogo é observar, durante as diferentes entrevistas, o momento em que aparece o sintoma, se ele chega a ser observável ou não, quais as circunstâncias em que isso ocorre e como reagem depois o sujeito e os outros membros presentes.
Pode acontecer que se registre uma confirmação da sintomatologia descrita pelos pais ou, pelo contrário, outra completamente diferente que passava despercebida
para todos.
O importante é que o psicólogo consiga uma boa integração de tudo o que foi registrado, incluindo um registro contratransferencial, suas próprias associações, sua própria intuição, etc.
A personalidade é uma (uma totalidade] e única. Isto significa que em cada caso ocorre uma espécie de começar de novo", já que não podemos trabalhar com um computador nem usar critérios invariáveis como parâmetros.
Possivelmente seja este o momento mais difícil para o profissional pois deve incorporar um certo rigor a seu trabalho sem renunciar ao seu pensamento psicanalítico, aos seus conhecimentos sobre a dinâmica da personalidade, à gestalt, etc.
Além disso deve "contextualizar" as suas conclusões, ou seja, colocá-las dentro de uma moldura sócio-econômica-cultural e dentro de uma história que abrange três gerações.
Como não se trata de uma ciência exata não podemos aplicar critérios fixos.Trata-se de um minucioso estudo das recorrências e convergências que vão aparecendo e assim esclarecendo cada caso .
Conseguir elaborar um diagnóstico consiste pois em conseguir descrever uma personalidade. Não significa colocar um rótulo ou enquadrar. Todos aqueles que são contra o psicodiagnóstico usam esse argumento para invalidá-lo.
Eu concordo com essa crítica. Todos os psicólogos que atualmente valorizam o psicodiagnóstico concordam com ela. O que ocorre é que ainda estamos pagando o preço pelos erros cometidos quando muitos psicólogos certas circunstâncias empenhavam-se e precipitavam-se para chegar a esse rótulo.
Outros, pelo contrário, apresentavam as suas conclusões na forma de uma interminável descrição na qual cabia tudo, e aquilo que era específico do indivíduo ficava completamente diluído.
8 - Considerações Atuais sobre a Entrevista de Devolução dos Resultados do Psicodiagnóstico
A entrevista de devolução é o momento do psicodiagnóstico que deixa manifesta mais do que nunca a experiência clínica do profissional, o grau em que conseguiu analisar os seus próprios conteúdos inconscientes e a sua história pessoal, como também os conhecimentos que possui sobre essa especialidade.
Definições de diagnóstico e prognóstico de acordo com área médica:
Diagnóstico: é o conhecimento ou juízo ao momento, feito pelo profissional da saúde, acerca das características de uma doença ou de um quadro clínico, que comumente suscita um prognóstico, com base nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo da doença ou do quadro clínico sob seu cuidado ou orientação.
Prognóstico: é conhecimento ou juízo antecipado, prévio, baseado necessariamente no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma doença ou quadro clínico sob seu cuidado ou orientação. É predição do médico de como a doença do paciente irá evoluir, e se há e quais são as chances de cura.
Agora que ficaram mais claras as definições citadas, podemos dizer que muitas vezes o quadro sintomático e a história clínica do examinando podem conter informações suficientes para se chegar a um determinado diagnóstico. Outras vezes, mesmo quando não há dúvida quanto ao diagnóstico, o psicólogo pode ser convocado para coletar dados mais substanciais com base para um prognóstico.
Mas que fique claro que para se chegar a um diagnóstico, o psicólogo deve primeiramente examinar os dados de que dispõe como quadro sintomático, dados da história clínica, as observações do comportamento do paciente durante o processo Psicodiagnóstico e os resultados da testagem, em função de vários critérios diagnósticos, podendo chegar a inúmeras alternativas diagnósticas.
Pode se chegar ao prognóstico ou a indícios muito úteis por meio do testes utilizados no Psicodiagnóstico.
Para se verificar se um caso preenche os critérios de uma categoria diagnóstica, o psicólogo pode e deve utilizar algum sistema oficial de classificação de transtornos mentais. Os sistemas de classificação mais difundidos são o CID-10 e o DSM-IV.
“Fica facultado ao psicólogo o uso do Código Internacional de Doenças - CID, ou outros Códigos de diagnóstico, científica e socialmente reconhecidos, como fonte para enquadramento de diagnóstico”. (Parágrafo único, do Art. 1º, da resolução CFP N.º 015/1996 de 13 de dezembro de 1996).
O que é Hipótese:
Hipótese é a suposição de algo que pode (ou não) ser verosímil, que seja possível de ser verificado, a partir da qual se extrai uma conclusão. Popularmente, o termo é utilizado como sinônimo de especulação, chance ou possibilidade de algo acontecer.

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