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Roteiro de Estudos para Filosofia

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Roteiro de Estudos para Filosofia 
SEMANA 1 - Não haverá, na prova, uma questão específica sobre este conteúdo. O 
propósito da semana era o de introduzir a questão da ciência e da técnica, e o de 
mostrar o lugar dessa discussão no mundo contemporâneo. A sua leitura, no entanto, 
certamente ajuda na compreensão do restante do curso. 
SEMANA 2 - O tema desta semana é o da origem da ciência. Segundo Michel 
Serres, poderíamos falar de uma única origem ou teríamos de admitir fontes diversas 
para a ciência? Qual/quais seriam essas fontes? Nessa(s) "origem(ens)”, que relações 
podem ser estabelecidas entre Ciência e Técnica? Procurem identificar no conteúdo 
desse semana a posição defendida por Michel Serres frente à História da(s) 
Ciência(s). Levem em consideração o que foi apresentado no material disponível no 
ícone do livro verde. 
Resposta: 
Segundo Michel Serres, teríamos de admitir fontes diversas para a ciência, ele discorda 
dessa visão na qual acredita-se numa única origem, como dito na semana anterior por 
exemplo. Essa autor questiona porque tratar como uma única origem e não várias, 
pois optando apenas por uma origem poderíamos estar negligenciando algum lado. 
Para dizer quais seriam essas fontes podemos utilizar a analogia com um rio que Serres 
faz, ele visa chegar a fonte do rio e não somente a uma de suas bifurcações, ou seja, 
ele quer nos mostrar que teremos várias origens de várias ciências relativas a onde 
elas nasceram. Como ele diz em seu livro, “a ciência possui diversos afluentes”. Nem 
sempre a origem da técnica esteve conectada a origem da ciência, se voltarmos a 
história da evolução do homem podemos perceber o nascimento da técnica junto com 
essa evolução, e teríamos o nascimento da ciência junto com a filosofia por exemplo. 
Michel Serres tem uma posição defendida fortemente frente à História da(s) Ciência(s) 
e, portanto, nos mostra que as origens da ciência estão justamente nessa busca pelo 
novo e basta encontrar um momento de origem onde possa se agarrar, e de repente a 
história faz uma bifurcação, por isso os romances muitas vezes tornam o relato mais 
verdadeiro, pois o homem relata seus anseios e o fato de explorar a imaginação o leva 
a novos horizontes, que futuramente podem ser a realidade vivida. E é uma tarefa tão 
árdua encontrar as origens da ciência, que os homens apelam até para mitos religiosos 
e saber não racionais para tentar desvendar a obscuridade, e mesmo que a ciência seja 
precisa, clara e perfeita o mesmo não ocorre quando se busca revelar suas origens. 
Serres busca mostrar justamente isso , ele primeiro mostra que surgiram as técnicas a 
partir da evolução humana e seus costumes e logo em seguida vem nos dizer que a 
origem da ciência está no "novo", em não ter medo de imaginar e colocar em prática 
aquilo se pensou ,ao menos ao meu ponto de vista isso ficou bem evidente, ou seja, a 
partir das necessidades humanas, ou até mesmo de curiosidades, faz-se a ciência, e a 
ciência se renova cada vez que surge algo novo, que uma teoria é provada e 
experimentada, por isso ela está sempre relacionada à experiência. Vale ressaltar que 
essa busca pelas origens da técnica e da ciência se devem a todo o impacto que esses 
domínios causaram. 
 
 
 
SEMANA 3 - Apesar de, na semana anterior, ter sido posta em questão a 
concepção tradicional de que a ciência tem origem nos gregos, nessa semana os 
principais pontos de discussão são lançados pelas considerações de Schrödinger acerca 
dessa origem. Da visão do físico sobre o pensamento grego, são examinados dois 
motivos que justificariam um retorno a tais origens: primeiro - compreender como, 
nesse pensamento, a unidade entre as dimensões política, ética e científica produz um 
compromisso para uma compreensão maior da situação do homem no mundo; 
segundo - compreender como certas ideias que tiveram origem nos gregos sobrevivem 
sob a forma de "preconceitos” ou predisposições que condicionam a maneira como 
pensamos sobre o mundo. Identifique essas concepções de Schrödinger acerca de tais 
temas. 
Resposta: 
Schrödinger diz que um conhecimento isolado não tem valor por si só e que somente 
quando se junta com o restante do conhecimento é ajuda a responder a questões 
essenciais é que adquire valor. Para atingir esse objetivo o físico diz que não deveria 
haver separação entre a ciência, já que todas elas auxiliam na busca das respostas e é 
por isso que ele considera necessário retornar aos gregos, pois como diz o primeiro 
motivo citado no enunciado, os gregos não tinham separação entre ética, arte, política, 
ciência e filosofia e qualquer outra forma de expressão humana que ajudasse a 
produzir o conhecimento sobre nós mesmos. E quanto ao segundo motivo ele nos diz 
que retornar aos gregos não revive apenas a sabedoria perdida, pois hoje em dia as 
formas de expressão humanas encontram-se cada vez mais separadas, como também 
nos ajuda a reconhecer as amarras que aprisionam o pensamento , ou seja, os 
preconceitos que possuímos condicionando a maneira como pensamos sobre o mundo 
,muitas das vezes não enxergamos essas predisposições e a única maneira de enxergar 
seria retornando na origem delas, reconhecendo os preconceitos que passaram 
despercebidos por nós, preconceitos estes que alimentam e alimentaram o 
pensamento científico ao longo da história. 
 
SEMANA 4 - Dá-se destaque a três pontos considerados por Schrödinger como um 
legado dos gregos para a ciência atual: sobre o debate dos fundamentos do 
conhecimento - razão ou sentidos; sobre a existência de um padrão matemático no 
Cosmo; sobre a ideia de que o mundo pode ser compreendido e modificado por nós. 
Identifique essas concepções de Schrödinger acerca de tais temas, em especial suas 
considerações acerca da relação entre as concepções dos gregos e as da ciência tal 
como vista por ele. 
Resposta: 
Uma das concepções vem em relação a razão versus sentido como fundamento do 
conhecimento. A nossa tradição está fundamentada na razão. Parmênides diz em 
Poema que os sentidos podem nos enganar e por isso não são confiáveis. Segundo ele, 
vivemos em um mundo com muitas transformações e oposições e por essa razão, o 
testemunho dos sentidos deve ser encarado como ilusão. O único modo de alcançar a 
verdade é através do pensamento e da razão. 
Outra concepção é que o mundo é dotado por um padrão matemático, e nesse caso 
quem mais contribuiu nesse sentido foi a escola pitagórica com descobertas de 
relações, padrões, fórmulas matemáticas e novas figuras geométricas, que se 
revelaram extremamente úteis em diferentes situações. Pitágoras quis explicar o 
movimento do Cosmo por meio de equações matemáticas e os pitagóricos já 
acreditavam que a Terra era redonda ,algo que só foi aceito muitos anos depois, ou 
seja, os homens da escola pitagórica eram avançados para o seu tempo e fizeram o 
mundo se transformar mais rápido graças as suas descobertas, os algoritmos 
descobertos são usados até hoje nos computadores por exemplo, essa foi uma das 
maiores contribuições para os dias atuais. 
Uma terceira concepção é que o mundo pode ser compreendido e transformado. 
Segundo ele, essa contribuição vem da Escola de Mileto, pois os filósofos dessa escola 
foram os primeiros a afirmar que o mundo era regido por leis que poderiam ser 
explicadas a partir de uma única sustância primária, presente na própria natureza, 
levando a um grande salto da razão sobre os sentidos porque os sentidos nos mostram 
que o mundo é constituído por uma variedade de elementos naturais. Apesar da ideia 
inicial ter sido consideravelmente modificada , o pensamento atual é de que o 
universo pode ser compreendido e nos esforçamos para explicar sua matéria 
constituinte e as regularidades de seu funcionamento. 
Para finalizar, um ponto que quero destacar é quando é dito no texto que "a história 
da Ciência é inseparável da históriada Filosofia pois o raciocínio científico não surgiu 
do nada, mas, originariamente, do intenso e recorrente debate que se travou acerca 
da origem e dos princípios da natureza (physis) e do cosmos entre os primeiros 
filósofos.", assunto inclusive discutido no primeiro modulo do curso, e de fato 
podemos ver ao longo da história da filosofia e da ciência os questionamentos sobre a 
origem e os princípios da natureza surgindo e compartilhando questionamentos com a 
ciência e a filosofia ao mesmo tempo. 
SEMANA 5 - Partindo agora do pensamento de Heisenberg, também um 
físico contemporâneo, a reflexão proposta se concentra naquilo que é exigido para que 
seja modificado um modo consolidado de pensar um determinado problema - no caso, 
pensar o problema da natureza da matéria - e, a partir dessa modificação, solucionar 
problemas persistentes no modo de pensar vigente até então. Identifique que 
mudanças foram apontadas por Heisenberg como sendo necessárias para a solução 
das questões relativas à constituição da matéria. 
Resposta: 
Para a solução das questões relativas à constituição da matéria Heisenberg nos fala 
sobre duas teses opostas, o materialismo e o idealismo. 
No materialismo temos a Teoria de Demócrito que diz que tudo é formado de 
partículas mínimas chamadas de átomos. Os átomos seriam, dessa maneira, as 
unidades últimas e por isso não necessitavam de explicação posterior. A não ser pela 
propriedade geométrica, não possuíam qualquer outra propriedade como cor, cheiro, 
temperatura, etc. As propriedades das coisas por nós percebidas seriam devidas a 
diferentes arranjos de átomos. 
No Idealismo temos a teoria de Platão, que no ponto de vista de Heisenberg é 
considerada superior que a teoria de Demócrito, pois platão não considerava as 
partículas elementares como matéria, ao contrário de Demócrito que lhe atribuía 
geometria. Além disso, havia sido descoberto que os átomos não eram indivisíveis, 
como Demócrito propôs, e que podiam transmutar-se uns nos outros assim como os 
triângulos que compunham os corpos geométricos de Platão podiam se separar e se 
transmutar. 
No entanto é curioso observar, que a teoria da matéria presente no Timeu de Platão 
revelará uma compreensão da estrutura da matéria muito mais próxima dos 
problemas presentes no desenvolvimento da física quântica do que a compreensão 
dos atomistas. 
A proximidade com a teoria quântica mostrou-se muito nítida, pois para essa teoria 
não podemos mais considerar a matéria, as partículas elementares, como sendo 
“verdadeiramente real” da forma como julgamos reais os objetos que nos cercam no 
mundo, para a teoria quântica, essas partículas se mostram como abstrações da 
matéria. 
SEMANA 6 - Também sobre esta semana não haverá questão específica na 
prova. Mas, novamente, é preciso enfatizar que a sua leitura ajuda a esclarecer outros 
pontos do curso - em especial o fenômeno que Thomas Kuhn chama "revoluçao 
científica”. 
SEMANA 7 - Este conteúdo trata de momentos em que houve uma mudança 
significativa em "paradigmas” que até então orientavam uma determinada ciência. O 
importante aqui é compreender a fundo tais noções (a de "paradigma” e a de 
"revolução científica”, e entender como elas se relacionam) de acordo com a 
compreensão de Thomas Kuhn. Um bom resumo se encontra na segunda página do 
conteúdo disponível no ícone do livro verde. Os pdfs servem para ilustrar o ponto em 
questão. 
Resposta: 
Thomas Kuhn desperta a partir de seu pensamento, a possibilidade de explicar a 
mudança e de entender o surgimento de algo novo. Contextualizando a respeito do 
processo histórico vivido neste momento, devemos falar sobre a Revolução Científica. 
Esta revolução foi um marco histórico de extrema importância na trajetória da ciência, 
a ciência moderna possui características radicalmente diferentes da ciência antiga. 
Esse pensador introduz a noção de paradigma e de mudança de paradigma, tais 
noções são a base de seu pensamento. Segundo Khun, paradigma é aquilo que as 
comunidades partilham, como crenças, valores, técnicas etc. E já uma comunidade 
científica consiste em indivíduos que partilham um paradigma. 
Quando fatores internos e externos levam a quebra de uma paradigma, um novo 
paradigma começa a surgir para tomar seu lugar. Os fatores internos são quando os 
membros da própria comunidade científica começa a apontar dificuldades e os 
problemas não são resolvidos pelo atual paradigma e assim procuram por novas 
soluções. Os fatores externos são a respeito das mudanças ocorridas na sociedade da 
época: mudanças éticas,políticas, econômicas e sociais, que levam novas necessidades 
das quais a ciência normal da época não consegue saciar. Essa junção de fatores 
ocorreu poucas vezes na história mas são responsáveis pelas revoluções científicas. As 
revoluções científicas representam um descontinuísmo na ciência como defini Kuhn, 
isto é, uma ruptura e transformação da ciência antiga em algo novo. 
O Renascimento no século XII, por exemplo, é quebra dos paradigmas cristãos que 
permeavam a sociedade, pois o Renascimento veio tentar reavivar os ideais clássicos, 
da antiguidade e com isso o interesse pela ciência e pela técnica é retomado. Ou seja, 
podemos notar que na idade média muitos paradigmas foram criados, mas ao chegar 
ao processo de revolução científica muitos destes são quebrados. E são quebrados 
lentamente, figuras como Newton, Galileu, Nicolau Copérnico entre outros, são 
representantes dessas quebras de paradigmas, até se evoluir a ciência que 
conhecemos hoje, que se estabilizou no século XIX momento no qual temos Thomas 
Khun, por exemplo, construindo e definindo essas noções de paradigmas e quebra de 
paradigmas como pudemos ver em seu texto. 
O mais curioso que podemos notar nessas relações, é o fato de hoje para nós, os 
paradigmas existentes são, muitas das vezes, como uma verdade imutável, quando na 
verdade, podem se modificar, assim como surgiu a teoria da gravidade, a ideia de que 
a Terra não era quadrada ou até mesmo a teoria relativista de Einstein. 
SEMANA 8 - O tema principal aqui é o das modificações ocorridas na ciência 
contemporânea, em especial no que diz respeito aos caminhos trilhados por uma 
"tecnociência”. É importante compreender o que se diz com esse termo, e que tipo de 
novas questões as perspectivas atuais da ciência oferecem. 
Resposta: 
Antes de falarmos das modificações ocorridas na ciência contemporânea é 
interessante ressaltarmos a trajetória da técnica. Tradicionalmente a técnica era vista 
como secundária da ciência, estando subordinada esta. Ou seja, a técnica estava a 
serviço da razão. A partir da ciência moderna a técnica passa a ser enraizada na ciência 
e não será mais possível separar uma da outra e é a partir daí então que suge o termo 
“tecnociência” para falar das características dessa nova relação, onde não ocorre mais 
distinção entre as fronteiras da técnica e da ciência. 
A técnica tradicional compreendia o uso de instrumentos que atendiam as 
necessidades presentes do indivíduo, quase como uma extensão do corpo humano, 
sempre com fim claro e próximo. Já no mundo industrializado, a técnica veio atender 
as necessidades coletivas, com seus resultados que se prolongam não sendo mais 
considerada uma extensão do corpo humano. Essas novas técnicas trazem certos 
malefícios mas a solução será a de criação de outras técnicas para concertar os danos. 
O mundo da técnica contemporânea passa a ser então um universo próprio, onde os 
objetos perderam qualquer semelhança com o seu criador. O avanço das técnicas 
passa a ser tão rápido que é impossível de acompanhar. Não mais os inventores ou 
criadores que ganham os troféus mas sim as próprias invenções. Temos agora, num 
mundo cada vez mais industrializado um rápido avanço das técnicas e tecnologias, no 
qual o homem não é mais o beneficiadoem relação à corrida técnica, ou seja, não é 
mais a necessidade humana que impulsiona a técnica, e sim a própria técnica.

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