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Recurso de Apelação - Brad Noronha

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ________DO ESTADO DE __________.
Processo nº:____________
 BRAD NORONHA, já qualificado nos autos da presente ação penal que lhe move o ilustre membro do ministério público, sob alegação de ter, supostamente, violado norma penal contida no artigo 157, § 2º, inciso I do estatuto repressivo pátrio, inconformado com o r. decreto condenatório prolatado por esse d. juízo, por seu advogado infra-assinado, vem, r. com fulcro no artigo 593, inciso I do código processual penal, a presença de vossa excelência interpor, RECURSO DE APELAÇÃO, termos em que requer que seja o mesmo recebido, processado e remetido, com as inclusas razões ao egrégio tribunal de justiça.
Termos em que;
Pede deferimento.
__________________, ____ de _____________ de _________.
________________________________________
Advogado
OAB nº
RAZÕES DA APEAÇÃO
APELANDO: Brad Noronha
APELADO: Ministério Público
Processo nº: __________________
Egrégio Tribunal;
Colenda Câmara;
Nobres Julgadores; 
 Em que tese o ilibado saber jurídico do d. magistrado da 1ª Vara Criminal, a r. sentença penal condenatória exarada pelo juízo a quo, não merece prosperar em seu desiderato, visto que os fundamentos que embasaram a mesma carecem de base legal que lhe dê a devida sustentação.
I - DOS FATOS
 O apelante foi denunciado, por ter em tese, praticado conduta tipificada no artigo157, § 2º, inciso I do códex penal, sendo condenado ao final da instrução criminal as penas cominadas no artigo constante da exordial acusatória. Ocorre que o decreto condenatório ora atacado é passível de reforma, como passa a demonstrar pelas razões de fato e de direito a seguir expostos.
II - DOS FUNDAMENTOS
DAS PRELIMINARES
 Preliminarmente cabe destacar que o reconhecimento realizado em sede policial, que não observou os ditames legais previstos no artigo 226 do código de processo penal.
Desta forma verificou-se causa de nulidade prevista no artigo 564, inciso IV do diploma supramencionado, devendo ser reconhecida as nulidades dos atos processuais desde o reconhecimento.
III - DO MÉRITO
DA ATIPICIDADE
 Da análise dos autos verifica-se que os agentes policiais envolvidos no flagrante, não lograram êxito em apreender a arma, que em tese, o apelante estaria portando, bem como o objeto da suposta subtração. Desta forma restou prejudicado o flagrante em sua comprovação de materialidade, não devendo tal fato ser interpretado em desfavor do apelante. Ocorre que o reconhecimento se deu de forma errônea, visto que o apelante foi “reconhecido” através de um pequeno orifício da porta de uma sala onde se encontrava apenas o apelado, quando na verdade o mesmo deveria ter sido colocado em sala própria, ao lado de outras pessoas, a fim de que pudesse ser, verdadeiramente, identificado pela suposta vítima. Resta claro que o mero indício do cometimento de um crime é suficiente para a denúncia, porém a condenação necessita que o mesmo seja comprovado de forma cabal.
DA INSUFICIÊNCI A DE PROVAS
 Das provas acostadas aos autos, tem-se que as testemunhas foram convergentes em afirmar que não ouviram qualquer disparo no dia do e vento, assim como não presenciaram o apelante subtraindo algum material da suposta vítima.
Também os policiais afirmaram ter empreendido perseguição após ouvirem os transeuntes gritando “pega ladrão” e apontando o apelante, não sendo capaz de afirmar, com certeza, se o mesmo foi autor de algum delito.
 Cabe aqui destacar que não há nos autos qualquer laudo pericial versando sobre a arma ou se o apelante havia realizado disparos, o que, diante da ausência de provas que imponha a aplicação do princípio do in dubio pro reo.
DA EXCLUSÃO DO CRIME DE ROUBO
 Há se de apontar para a ausência de comprovação da utilização de arma. Se por hipótese, e por mera argumentação, aceitar-se que tenha o agente sido o autor do delito. A arma não foi apreendida e, se ela existisse, deveria ter sido alcançada pois os policiais afirmam ter sido a mesma jogada em um córrego. Embora a afirmação, não houve nenhum empenho na busca da suposta arma. Assim, apenas para argumentar, tivesse sido o agente autor de algum delito, esse não poderia ser de roubo majorado pelo emprego de arma. Não poderia, sequer, ser considerado crime de roubo, eis que não há prova, nos autos, do emprego de violência ou grave ameaça contra a suposta vítima. Assim, se alguma condenação deva pesar sobre o ora apelante, essa deverá se constituir pela prática do crime de furto, previsto no artigo 155 do código penal, e não do crime de roubo. 
DA DOSIMETRIA DA PENA
 Por ocasião da fixação de pena o magistrado considerou o reconhecimento da vítima como circunstancial. Como já demonstrado acima o mesmo encontra-se eivado de vícios insanáveis, posto que realizado em desacordo com a legislação.
Ressalta-se, ainda, que houve nítida violação do princípio da vedação do bis in idem, considerando que em duas fases distintas da dosimetria o mesmo fato restou valorado.
IV - DO PEDIDO
 Diante do exposto, requer a vossa excelência que:
I - Que seja reconhecida a preliminar arguida, a fim de decretar a nulidade de todos os atos processuais desde o reconhecimento;
II - Caso assim não entenda vossa excelência, que seja reconhecida a atipicidade do fato,
absolvendo o apelante em conformidade com o artigo 386 do código de processo penal;
III - Se ainda assim, não entender vossa excelência, que seja reconhecida a insuficiência de provas aplicando o princípio do in dubio pro reo a fim de absolver o acusado com fulcro no artigo 386, inciso VII do código de processo penal;
IV - A inda, não sendo esse o entendimento, requer que seja a conduta pela qual o apelante fora denunciado desclassificada para a prevista no artigo 155 do diploma repressivo brasileiro;
V - No caso de condenação, que seja, a pena privativa de liberdade substituída por restritiva de direitos em conformidade com o artigo 44 do código penal.
Termos em que;
Pede deferimento.
________________, ____ de ____________de _______.
__________________________________
Advogado
OAB nº ______

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