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ETOLOGIA E BIOCLIMATOLOGIA ANIMAL: ABATE HUMANITÁRIO Devemos garantir o bem-estar dos animais destinados ao consumo humano. Manipulações sem estresse: transporte, acomodação, contenção e abate. Transporte: responsável, definição prévia, documentos para viagem (condutor, GTA, notas fiscais do produtor e identificação do animal). Treinamento e desembarque. As recomendações acima se aplicam para o transporte de: bovinos, búfalos, ovinos, caprinos, equinos, suínos e aves. - Pessoal capacitado – formação oficial ou experiência prática, devem ser pacientes e atenciosos. - São encarregados pelo desembarque, movimentação, acomodação, cuidado, contenção, insensibilização e abate. - Prestar atenção no comportamento animal – raça, sexo, temperamento e forma de manejo/criação. - Evitar reações de pânico – evitando fugas e agressividade. - Buscar ponto de equilíbrio. Supressão de distrações: - Reflexos sobre metais brilhantes. - Estradas escuras – iluminação indireta (sem direcionar aos olhos dos animais) - Movimentação de gente – instalar laterais sólidas - Becos sem saída – criar passagens ilusórias. - Evitar correntes e objetos soltos. - Evitar golpes e choques. - Evitar correntes de ar diretamente na face do animal. Deslocamento e manejo dos animais: Todos os abatedouros devem contar planos para manter o nível de bem-estar animal. - Realizar insensibilização de maneira humanitária e sem demora para animais feridos e doentes (abate imediato). - Deslocamento ao ritmo dos animais (evitando quedas e lesões). - Não utilizar força física, nem equipamentos ou instrumentos para a movimentação dos animais. - Ausência de fortes ruídos. - Aves – cuidados com temperatura e alta densidade em caixas. Disposições relevantes para imobilização e contenção: Insensibilização e abate sem prévia insensibilização. - Pisos não escorregadios. - Evitar pressão excessiva de mobilização provocando lutas e vocalizações. - Ruídos. - Não utilizar materiais pontiagudos. - Evitar sacudir ou movimentos bruscos. Não serão utilizados métodos de insensibilização que provoquem sofrimento desnecessário aos animais conscientes causando dor aguda ou estresse, como os seguintes métodos: 1) Suspensão dos animais vivos (exceto aves). 2) Uso indiscriminado de insensibilização. 3) Fraturas de patas. 4) Corte de medula. Construção de local de acomodações: Número de animas deve ser compatível ao processamento do abatedouro. Circulação de animais somente em direção única desde embarque a abate/ Compartimentos, currais e rampas dispostos para inspeção constante dos animas. Bebedouros instalados de modo que reduza a sujidade com material fecal. Corredores e rampas retas ou levemente curvos e laterais sólidas. Solo deve ser de fácil manutenção, limpeza e sistema de drenagem. Iluminação e ventilação adequada. OBS: Porcos e ovinos – corredores largos para passagem de 2 ou mais animais juntos. Manipulação do feto durante o abate: Vacas nos últimos 10% do período gestacional. Fêmeas e fetos manipulados cuidadosamente - Feto não deve ser retirado do útero antes de 5 minutos da sangria (assegurar perda de consciência). - Feto retirado com vida – deve impedir que inche os pulmões (oprimindo a traqueia). - Em caso de dúvidas – utilizar dardos de tamanho apropriado ou golpe na cabeça com instrumento adequado. Não deve ser feito o resgate do feto durante as operações rotineiras afim de evitar graves complicações de bem-estar, como por exemplo deterioração cerebral (falta de oxigênio), problemas respiratórios e hipotermia. Métodos de insensibilização: Direção do abatedouro responsável: capacitação dos operadores e manutenção dos equipamentos/material utilizados. Deve garantir: - Animal devidamente contido. - Insensibilização sem demora. - Material de insensibilização de acordo com a espécie. - Material aplicado corretamente. - Animais insensibilizados sejam sangrados sem demora. - Abatedouro disponha de insensibilizador reserva caso necessário. Insensibilização mecânica: aplicado na parte frontal do crânio e perpendicular a superfície óssea. A posição ideal do instrumento quando se utiliza em bovinos é o ponto de intercessão de duas linhas imaginárias trazidas desde de trás dos olhos até a base dos chifres opostos. A posição ideal do instrumento quando se utiliza em suínos é na linha do meio bem em cima dos olhos e em direção da coluna vertebral. A posição ideal do instrumento quando se utiliza em ovelhas e cabras sem chifres é na linha do meio. A posição ideal do instrumento quando se utiliza em ovelhas e cabras com chifres é atrás da base do chifre e em direção ao ângulo da mandíbula. A posição ideal do instrumento quando se utiliza em equídeos é formar um ângulo reto com a superfície frontal, em cima do ponto de intercessão de duas linhas imaginarias traçadas entre os olhos e as orelhas opostas. Poderão usar pistolas com dardo cativo – de cartucho, ar comprimido ou mola – para as aves. A posição ideal é formar um ângulo reto com a superfície frontal. Sinais que mostram que a insensibilização mecânica foi realizada corretamente: O animal colapsa imediatamente e não tenta se levantar. O corpo e os músculos do animal adquirem tonicidade (rigidez) imediatamente depois do golpe. A respiração rítmica normal cessa e a pálpebra permanece aberta, com a órbita mirando para frente e sem rotação alguma. Insensibilização elétrica: Recomendações do instrumento elétrico: Desenhado, fabricado e mantidos limpos com regularidade. Colocados em forma que a corrente cruze o cérebro. Intenção de parada cardíaca – eletrodos devem eletrocutar o cérebro e em seguida o coração. O material de insensibilização jamais deve ser utilizado para guiar, deslocar ou conter os animais. Aparelhos devem ser submetidos a provas de funcionalidade. Eliminação do excesso de lã ou umidificar o pelo no local de aplicação dos eletrodos. Equipamento apropriado para cada espécie. O nível de corrente adequado deve ser alcançado em menos de 1 segundo após o inicio de insensibilização. Insensibilização de aves: Aves contidas nos ganchos. Ausência de pressão nas patas pelos ganchos. Patas fraturadas – animal deve ser abatido de forma humanitária. Intervalo entre pendura e insensibilização – não ultrapassar 1 minuto. Cuba de imersão com tamanho e profundidade ideal para a cabeça de cada ave. Aves devem ser submersas até a altura das asas. Eletrodo submerso e apresentando a mesma longitude do tanque. Devem receber a corrente por pelo menos 4 segundos. Evitar que animais passem pelo tanque de escalda ainda conscientes ou vivos. Insensibilização por gás: Insensibilização de suínos por excesso de dióxido de carbono - Concentração preferencialmente de 90% do volume. - Tempo de exposição é de 3 minutos. - Sangria imediata após saída de câmara de gás. Inspeção: S.I.F – Serviço de Inspeção Federal. S.I.E – Serviço de Inspeção Estadual. S.I.M – Serviço de Inspeção Municipal.
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