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Burnout (síndrome do esgotamento físico)

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BURNOUT: A SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL
Eliane Araújo de Oliveira
RESUMO:
A síndrome de burnout, comumente conhecida como a síndrome do esgotamento profissional é um estado de exaustão física e emocional decorrente da insatisfação do trabalho. É considerada uma doença importante nos dias atuais trazendo consequências não só para o profissional como também para a instituição. Tem como objetivo principal aprofundar nas definições referentes a esta síndrome, elucidando e orientando os profissionais a manter o controle e autonomia nos serviços. Será realizada como ferramenta metodológica a revisão bibliográfica.
PALAVRAS-CHAVE: Síndrome do esgotamento profissional; Síndrome de burnout; Saúde do trabalhador.
ABSTRACT:
The syndrome of burnout, comumente known as the syndrome of the professional exhaustion is a state of decurrent physical and emotional exhaustion of the insatisfação of the work. An important illness in the current days is considered bringing consequências not only for the professional as well as for the institution. It has as objective main to go deep the referring definitions to this syndrome, elucidating and guiding the professionals to keep the control and autonomy in the services. The bibliographical revision will be carried through as metodológica tool.
KEY-WORLD: Burnout syndrome, Burnout syndrome; Occupational Health.
Discente do curso de enfermagem da Faculdade Ciências Médicas da Bahia.
Ano de conclusão: 2012.1
E-mail: elyaraujo11@hotmail.com
	Página 9
Introdução
O termo saúde do trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre trabalho e processo saúde-doença. Nesta acepção, considera a saúde e a doença como processos dinâmicos, estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em determinado momento histórico. Parte do princípio de que as formas de inserção dos indivíduos nos espaços de trabalho contribuem decisivamente para formas especificas de adoecer e morrer (1). Neste sentido, o estado de saúde físico e mental é o melhor recurso para o progresso pessoal e econômico, uma dimensão importante da qualidade de vida que acaba refletindo em seu cotidiano, sobretudo na condição de adoecer.
Quando de certa forma o ambiente de trabalho não proporciona um bem estar e um equilíbrio emocional aos funcionários podem surgir vários transtornos psíquicos dentre eles a síndrome de burnout. Esta é considerada como uma resposta emocional a situações de estresse crônico em função de relações intensas em situações de trabalho com outras pessoas (2).
De acordo com o Ministério da Previdência Social, em 2007 foram afastados do trabalho 4,2 milhões de indivíduos, sendo que 3.852 foram diagnosticados síndrome de burnout (3). Estes números mostram a relevância de como uma organização institucional pode influenciar no processo de gerar doença dos seus funcionários dependendo de sua dinâmica de trabalho.
Muitos são os fatores que produzem a síndrome de burnout. A desmotivação no trabalho aliada as dificuldades de relacionamento interpessoal, as situações de estresse crônico e a própria insegurança se mostram como condições predisponentes ao surgimento desta síndrome. 
Vários estudos têm demonstrado que o burnout incide principalmente sobre os profissionais de ajuda, que prestam assistência ou são responsáveis pelo desenvolvimento ou cuidado de outros (4).
O intuito do desenvolvimento do trabalho é compreender a síndrome de burnout como uma patologia mental e, sua relação com o ambiente de trabalho no qual o profissional da saúde se inseri, apontando os períodos em que surgiram os primeiros casos da citada até os dias atuais e conceituando-o, conforme pesquisa bibliográfica. 
Justifica-se este estudo devido à necessidade de atenção no gerenciamento da situação de saúde dos trabalhadores de enfermagem, considerando que estes possuem maior proximidade físico-psicológica com o doente/familiar, ou seja, um relacionamento mais efetivo com pessoas e por isso o profissional em estado de burnout pode apresentar consequências ao processo de trabalho, afetando a qualidade de assistência de enfermagem prestada. 
A síndrome de burnout
Apesar de desconhecida por muitos profissionais há muito tempo vem afetando a vida dos trabalhadores, de forma a gerar conflitos internos e externos, debilitado a saúde daqueles que oferece sua mão de obra em trabalhos assistências. 
 “A palavra burnout [...] resultou da conjunção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritado” (5). Conforme literatura, cerca de cinco décadas depois desde que foram descobertos os primeiros casos, ocorreram números crescentes e proporções cada vez maiores de pessoas ativa com o burnout. 
Os dados sobre a incidência no Brasil desta enfermidade mental é uma incógnita, porém subsistem o número elevado de funcionários adoecendo e muitos deles com sintomas equiparados a síndrome, este também denominado estresse laboral, estresse profissional, estresse assistencial, estresse ocupacional, neurose profissional ou neurose de excelência, síndrome do esgotamento profissional e síndrome de queimar-se pelo trabalho (4).
Abordagem histórica
O termo burnout foi aplicado pela primeira vez em 1953 por Wchwartz e Will após estudo realizado com base no comportamento de uma enfermeira psiquiátrica. No entanto em 1960 Graham Greene publicou a ‘A burn Out Case’ relatado o caso de um arquiteto que abandonou a profissão. Na época pôde observar que havia alterações psicológicas em relação ao desinteresse destes profissionais, pois ambos os casos demonstravam desilusão com a profissão (6).
A adoção do vocábulo em pauta foi feita primeiramente por Brandley em 1969, quando este sugeriu uma estrutura organizacional de forma distinta, com o objetivo de conter o fenômeno psicológico que acomete trabalhadores assistenciais (7), percebe que sucede desde a época uma preocupação com a patologia que atinge profissões das mais diversas áreas, como, educação, segurança, inclusive a saúde. 
A síndrome emergiu em meados da década de 70, em busca de resposta ao processo de deterioração, nos cuidados e atenção profissional aos trabalhadores de uma organização (8). Ela é uma forma específica de stress ocupacional caracterizado por profundo sentimento de frustração e exaustão em relação ao trabalho desempenhado (7).
O psicólogo Herbert J. Freudenberger em 1974 ao desenvolver suas atividades numa clínica de dependentes de substâncias químicas na cidade de Nova York, Estados Unidos, observou a insatisfação dos funcionários da instituição na forma de lidar com os pacientes (9), o mesmo defende a síndrome decorrente das atividades laboriais, como um processo característico do individuo em exposição, quer dizer, incide nos indivíduos de forma distintas e individuais, em conformidade ao lugar onde estão sendo desenvolvidas suas atividades e o grau que esse ambiente influencia para a propagação dessa doença psicológica. Ele criou a expressão staff burnout para descrever uma síndrome composta por exaustão, desilusão e isolamento em trabalhadores da saúde mental (10).
Christina Maslach (1976), Cary Cherniss (1980), Alaya Pines (1989), divulgaram o conceito da síndrome e abordou o assunto como questão ocupacional e social (6). Contudo depois de surgirem às primeiras dissertações e teses em 1990, houve o reconhecimento da SB pelas leis brasileiras determinando-o como uma patologia ocupacional (6).
As leis brasileiras [...] contemplam a SB. No Anexo II – que trata dos agentes patogênicos causadores de Doenças Profissionais – do Decreto nº 3048/99 de 6 de maio de 1996 – que dispõe sobre a Regulamentação da Previdência Social – conforme previsto no Art.20 da Lei nº 8.213/91, ao se referir aos transtornos mentais e do comportamento relacionado com o trabalho (Grupo V da CID-10, Z 73,0), o incisoXII aponta a Sensação de Estar Acabado (Síndrome de Burn-Out, Síndrome do Esgotamento Profissional) (6).
Desde então, diversos autores aprofundara no estudo desta enfermidade mental para compreender o universo do esgotamento físico e mental dos profissionais susceptíveis. A presença da patologia vem desestruturando o ambiente de trabalho, a mente humana e a sua relação pessoal, familiar e no envolvimento com o próximo, como vêm mostrando várias análises ao longo dos anos.
O Conceito
Julga várias definições para a síndrome de burnout, apontado por diversos autores, com a finalidade de compreender o comportamento cotidiano das pessoas em exercício, aparentemente afetadas, desgastadas e estressadas pelo o trabalho. À medida que o tempo passou tornou mais exigente o mercado de trabalho, resultando em exaustão e desumanização. 
O burnout é definido como “a sensação de estar acabado ou síndrome do esgotamento profissional. É um tipo de resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no trabalho” (1). Surge o desapego do trabalhador com as suas atividades e a relação mútua com o próximo. 
Para Freudenberger, sentimento de fracasso e exaustão devido ao desgaste de energia e recursos, por outro lado, Maslach, como uma resposta imprópria sucedido pelo o estresse crônico seguido de tédio e aborrecimento (6).
O trabalhador com a síndrome perde o sentido da sua relação com o trabalho, de forma que as coisas já não mais importam e qualquer esforço lhe parece ser inútil (11). O desempenho de suas atividades fica comprometido, gerando ausência de compromisso com suas responsabilidades. Podendo ser o resultado da interação de variáveis psicológicas, biológicas e socioculturais, além de fatores de risco e multideterminantes que aumentam a probabilidade do seu desenvolvimento e sua manutenção (11). 
Os transtornos mentais e do comportamento relacionados ao trabalho resultam, assim, não de fatores isolados, mas de contextos de trabalho em interação com o corpo e aparato psíquico dos trabalhadores. As ações implicadas no ato de trabalhar podem atingir o corpo dos trabalhadores, produzindo disfunções e lesões biológicas, mas também reações psíquicas às situações de trabalho patogênicas, além de poderem desencadear processos psicopatológicos especificamente relacionados às condições do trabalho desempenhado pelo trabalhador (1).
No ponto de vista de Maslach, é considerada uma síndrome de cansaço emocional, despersonalização e baixa realização pessoal, que pode ocorrer entre indivíduos cujo trabalho requer contato com pessoas, voltado para a ocupação considerada de ajuda: médicos, enfermeiros, professores (9). Ainda assim qualquer sujeito de qualquer profissão pode contrair, ressalvo que existe a população de maior risco. 
Na síndrome de burnout o próprio trabalho é considerado um agente adoecedor; e não apenas pela a relação particular que um determinado individuo pode ter com o seu trabalho, mas sim pelas as características intrínsecas de determinados trabalhos, ou do trabalho em si, em determinadas circunstâncias. Qualquer trabalhador, de qualquer profissão, pode desenvolver burnout, porém a síndrome tem sido descrita com maior frequência em determinadas funções, e em determinadas condições de trabalho. [...] profissões [...] que tenham uma relação direta com pessoas em situações afetivamente “carregadas”, tem sido descritas como mais predisponentes a desenvolver burnout (12).
O burnout é tido também como uma reação à tensão emocional crônica, de fatos ocorridos permanentementes e gerados a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho (7). O contrário que talvez pensem, “surge em alguém que passou boa parte da vida se esforçando para ser um bom profissional, e no período em que ele está se dedicando plenamente a isso, “[...] cria um impedimento psicológico [...] justamente naqueles sujeitos que mais se dedicam a trabalhar bem feito e de modo correto” (12).
Portanto desponta nas pessoas que escolheu a profissão, e que estão exercendo por espontaneidade, com responsabilidade, aptidão, competência. Sendo ele um bom empregado, se sacrifica para o excelente desempenho de suas atividades. Quando não há subsídios para a execução de suas tarefas dão-se indícios do esgotamento profissional.
[...] o trabalho é mediador de integração social, seja por seu valor econômico (subsistência), seja pelo aspecto cultural (simbólico), tendo, assim, importância fundamental na constituição da subjetividade, no modo de vida e, portanto, na saúde física e mental das pessoas. A contribuição do trabalho para as alterações da saúde mental das pessoas dá-se [...] até a complexa articulação de fatores relativos à organização do trabalho, como a divisão e parcelamento das tarefas, as políticas de gerenciamento das pessoas e a estrutura hierárquica organizacional (1). 
Não obstante, a sociedade moderna influenciou para os fatores desencadeantes, “[...] inúmeras transformações que impactaram no modo de vida e de relação entre os indivíduos. A revolução industrial, e a reorganização do trabalho que ela fomentou, trouxe consigo uma série de problemas sociais [...]” (13).
Marx observou que a sociedade capitalista era marcada pela exploração e alienação do trabalho do homem o que provocava a degradação da condição humana. Weber, com um outro olhar, percebia o capitalismo como responsável por uma nova forma de organização social caracterizada pela rotinização e obediência às regras que submetia o homem a um enquadramento de suas ações sociais, a burocracia (13). 
Subentende que a sociedade moderna radicalmente transformou e interferiu no modo de vida dos trabalhadores, ou seja, na relação entre saúde, trabalho e doença.
A adoção de novas tecnologias e métodos gerenciais facilita a intensificação do trabalho [...] modifica o perfil de adoecimento e sofrimento dos trabalhadores, expressando-se [...] pelo aumento da prevalência de doenças relacionadas ao trabalho, [...] o surgimento de novas formas de adoecimento mal caracterizadas, como o estresse e a fadiga física e mental [...] (1).
A síndrome do esgotamento profissional poderá estar vinculada aos “fatores que influenciam o estado de saúde: por elementos socioeconômicos e psicossociais (1).
A enfermagem e a sua relação com a síndrome de burnout
“A síndrome afeta principalmente profissionais da área de serviços ou cuidadores, quando em contato direto com os usuários” (1). Visto que “a enfermagem é um serviço humano e especializado de saúde, distintos de outros serviços humanos” (14). Porquanto, trata-se da arte de cuidar. O envolvimento com a garantia da vida é imensa, uma vez que o contato com os problemas alheios são diários. Implica na capacidade de surpreender a si mesmo e a superar as diversidades da profissão; na maneira de lidar com o público e na manutenção do próprio bem estar.
Verdadeiramente a meta dos profissionais de enfermagem é o cuidado. Prestar assistência para que as pessoas obtenham o mais alto grau de harmonia entre a mente, o corpo e a alma (14). Objetivando a promoção da saúde e a prevenção de doenças.
Cuidar é mais que um ato, é uma atitude. Portanto abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro (14). 
Reflexivamente os cuidadores opõem-se a cuidar de si mesmo, transpõe despercebido que estão sendo lesados devido as suas funções, ao ambiente de trabalho e o sistema que os gerenciam. Transfere o seu cansaço físico e mental em comportamentos impróprio, exteriorizando ou contêm danificando o seu vigor. 
Considera que o burnout envolve atitudes e condutas negativas, consequentemente influindo no vínculo trabalhador, clientes e organização. Ocasionando possíveis transtornos emocionais para o trabalhador (1). 
Entre os determinantes da saúde do trabalhador estão compreendidos os condicionantes sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida e os fatoresde risco ocupacionais – físicos, químicos, biológicos, mecânicos e aqueles decorrentes da organização laboral – presentes nos processos de trabalho (1).
As atividades efetuadas pelos os profissionais em pauta em qualquer estabelecimento de saúde exigem suficiente experiência clínica e maturidade que possibilitem o enfrentamento de difíceis decisões. “O trabalhador da saúde está exposto a diferentes vetores de estresse que afetam diretamente o seu bem estar” (15).
Nesse sentido, estão as longas jornadas de trabalho, carência de pessoal, a falta de reconhecimento profissional, a alta exposição do profissional a riscos, bem como o contato direto com o sofrimento, a dor, hostilidade e, não raras vezes, a morte. [...] complexo sistema de divisão de trabalho, com elevada hierarquia, canais formais de comunicação e um elevado conjunto de regras e normas para funcionamento (15).
Essencial o controle mental e emocional, quando estes profissionais realizam suas atividades, igualmente para lidar com as questões administrativas (15).
Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem fazem parte de uma profissão caracterizada por ter em sua essência o cuidado e por grande parte da carga de trabalho ser o contato direto com pacientes e familiares (9). Esses profissionais são influenciados no ambiente de trabalho em que estão integrados, seja no cuidar e o tratar dos doentes lidando diretamente com pessoas em sofrimento ou devido ao sistema que a própria instituição adota (16). 
A enfermagem foi classificada pela Health Education Authority como a quarta profissão mais estressante, tendo como ameaça o ambiente ocupacional, o número reduzido de profissionais, excesso de atividades executadas, delimitação de papéis entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e a falta de reconhecimento e distinção desses profissionais pelo público em geral. Além disso, incluem-se também o fato de mais de um vínculo empregatício em decorrência do baixo salário que resulta no aumento da carga mensal longa e desgastante (17). Portanto, apercebe a necessidade de atenção no gerenciamento da situação de saúde dos trabalhadores de enfermagem, considerando que possuem maior proximidade físico-psicológica com o doente/familiares, ou seja, um relacionamento mais efetivo com pessoas (17).
[...] os profissionais de enfermagem mostram-se vulneráveis a crises de valores e queda da qualidade do seu trabalho. [...] sugere-se que o profissional reflita sobre as possibilidades de adoecimento e as situações que geram estresse e sofrimento, a fim de desenvolver habilidades internas necessárias para o fortalecimento da resiliência. Além das reflexões individuais dos profissionais, faz-se necessário o incentivo constante das organizações de saúde em ações que valorizem o diálogo e o reconhecimento, bem como o estímulo ao desenvolvimento pessoal e profissional dos trabalhadores. Assim, as relações interpessoais serão fortalecidas e culminarão em motivação e valorização da enfermagem e o melhor ambiente de trabalho (18). 
Existem medidas simples que possam prevenir e inibir o estresse laboral (19): 
Programar melhor as atividades do dia, deixando espaço para intervalos importantes;
Distinguir competência de competição;
 Promover ou buscar qualidade nas relações interpessoais;
Mudar estilo de vida 
O propósito estar na busca do bem estar e meios de superação. Saber o limite é compreender a necessidade do corpo, preservar a saúde e manter o respeito para com o próximo e a si. 
Considerações finais
 
No determinar dos anos o burnout vem afetando a saúde dos trabalhadores, havendo uma preocupação de sua abrangência, qual a real dimensão e como contê-la. De certo, não há uma grande divulgação da mesma e muitos não ouviram falar, não entendem ou se recusam a acreditar. 
A citada exerce influência nas diversas áreas, podendo está em índice elavado noutras que se encontra em situações de vulnerabilidade, a enfermagem encontra inserida neste contexto.
A síndrome de burnout denomina-se como a síndrome do esgotamento tanto físico quanto mental, que agrupa fatores variados. Reconhecida pelo o Ministério da Saúde como doença relacionada ao trabalho, associada ao transtorno mental e do comportamento.
Conforme pesquisas gradativamente vêm aumentando o índice de profissionais com esta patologia, ainda desconhecida pela a maioria das pessoas que estão inseridos em ambientes com agentes desencadeadores. Afirmando, ela atinge profissões das mais diversas áreas como: bombeiros, militares, professores, profissionais da saúde, enfim afeta principalmente aqueles que exercem a profissão com o contato direto com outras pessoas ou no cuidado humano. 
A enfermagem desempenha suas funções com o objetivo de cuidar. Desenvolve seus deveres prestando seus serviços na comunidade e nas instituições onde a população busca por um atendimento conforme a sua necessidade como paciente/cliente. No entanto se envolve com os problemas alheios e se corrompe com a sistematização dos seus empregadores e com a realidade imposta; conviver com a ineficiência governamentais tratando-se da saúde do cidadão. Os profissionais da saúde adoecem assim como a população adoece.
Há uma série de fatos causadores do burnout em enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, advindos da preocupação extrema como cuidador, da hierarquia e organização funcionante da instituição e até mesmo a própria necessidade de mais de um vínculo empregatício. Os cuidadores estão ficando doentes, porém imperceptível aos olhos de si e dos gerenciadores. Na área muitos denomina como “estou estressado, cansado”, como poucos sabem a respeito da síndrome, possa ter adquirido e não sabe pela a falta de conhecimento dessa patologia, que foi incluída pela as leis brasileiras de auxílio ao trabalhador no Anexo II como doença causada pelo o trabalho. 
O exercer da profissão de enfermagem requer um controle emocional diante de situações expostas ao cotidiano em seu ambiente de trabalho conturbado e estressante. Exige boa saúde física e mental; primeiro há a necessidade de estar bem convosco, com o organismo, com as suas funções vitais e com habilidade de liderar com os conflitos, as mudanças, com as provocações do dia a dia e as humilhações sofridas pelo o autoritarismo hierárquico.
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