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AULA 4 - PETIÇÃO INICIAL

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Petição Inicial
Conceito: trata-se da peça processual que instaura o processo jurídico, levando ao Juiz-Estado os fatos constitutivos do direito, provocando a jurisdição. Observa os requisitos dos arts. 319 e 320 do CPC:
 Requisitos:
 Endereçamento: juízo a que é dirigida.
Nome e qualificação das partes: dados do autor e do réu, bem como representações e eventuais assistências.
 Fatos e fundamentos jurídicos: acontecimentos que originaram a demanda e suas conseqüências jurídicas.
 Pedido: o que se pretende. Pode haver cumulação de pedidos:
Cumulação simples (A E B)
Cumulação alternativa (A ou B)
Cumulação sucessiva (Se A então B)
ex: reconhecimento de paternidade com pedido subsidiário de alimentos.
4)    Cumulação subsidiária (se não conceder A, então, que me seja concedido B)
 Provas: meios pelos quais se pretende provar o alegado.
 Valor da causa.
Opção para realização ou não de audiência de conciliação e mediação, ou requerimento de citação, nos casos em que não seja viável a autocomposição.
 Juntada dos documentos indispensáveis.
Admissibilidade
a)    Petição inicial com todos os requisitos:
- Juízo positivo: o juiz determina a citação do réu para audiência;
- Juízo negativo: o juiz julga improcedente de forma liminar, nos seguintes casos:
1)    Contrariar enunciado de Súmula do STF ou do STJ;
2)    Contrariar acórdão do STF ou do STJ em julgamento de recursos repetitivos;
3)    Contrariar entendimento consolidado em incidentes (resolução de demandas repetitivas ou assunção de competência);
4)    Contrariar enunciado de Súmula de TJ sobre direito local;
5)    Reconhecer prescrição ou decadência
b)    Petição inicial com ausência de requisitos sanáveis: o juiz determina que seja emendada em 15 dias.
c)    Petição inicial com ausência de requisitos insanáveis (art. 330): indeferimento da petição, nos casos abaixo:
- Inépcia da inicial
- Ilegitimidade de alguma das partes
- Ausência de interesse processual
- Erro de procedimento, sem possibilidade de adaptação;
- Ausência de requisitos da petição inicial, não complementação por ordem do juiz ou quando não houver endereço do advogado.
OBS!
Podemos ter a incompetência relativa ou absoluta, e deverá ser argüida pelo réu em preliminares da contestação.
Quando eu não souber a qualificação exata do réu, sua ausência, não acarreta o indeferimento da petição inicial.
Precisa ter os fatos e fundamentos, alem do pedido e suas especificações.
EM PRELIMINAR DE CONTESTAÇÃO PODE SER ARGUIDA A INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA DADA PELO AUTOR, OU PODE SER DE OFICIO PELO JUIZ.
SE NAO CUMPRIDOS ALGUNS DOS REQUISITOS, O JUIZ CHAMA PRA PARTE EMENDAR NO PRAZO DE 15 DIAS, DE FORMA ESPECIFICA CLARA E OBJETIVA. SE DESCUMPRIR ISSO CAUSARÁ NO INDEFERIMENTO DA INICIAL.
EXERCÍCÍOS
CASO 1
Davi ajuizou ação em face de Heitor, cumulando pedido de cobrança no valor de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) e pedido indenizatório de dano material no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Ultrapassada a fase inicial conciliatória, Heitor apresentou contestação contendo vários fundamentos - dentre eles, preliminar de impugnação ao valor da causa. O Juiz proferiu decisão saneadora, rejeitando a impugnação ao valor da causa e determinando o prosseguimento do processo.
Heitor poderá formular pedido recursal de modificação da decisão que rejeitou a impugnação ao valor da causa, em suas razões recursais de eventual apelação.
Considerando que não há previsão de agravo de instrumento contra decisão do magistrado rejeitou a impugnação ao valor da causa, caberá a impugnação da decisão em eventual apelação, conforme artigos 1.009, § 1º, e 1.015 do CPC/2015.
Considerando que há cumulação de pedidos, o valor da causa deverá ser a somatória deles, conforme artigo 292, VI, do CPC/2015.
Não há previsão legal para que o julgamento da impugnação ao valor da causa ocorra somente no final do processo, quando da prolatação da sentença.
Considerando que não existe mais incidente para impugnar o valor da causa, o réu deverá alegar equívoco no valor da causa em preliminar de contestação, conforme artigo 293 e 337, III, do CPC/2015.
CASO 2
Lucas foi citado para apresentar defesa em ação de indenização por danos materiais, em razão de acidente de veículo. Contudo, o proprietário e condutor do veículo que causou o acidente era Cláudio, seu primo, com quem Lucas havia pegado uma carona. Lucas, em contestação, deverá
Requerer a alteração do sujeito passivo, indicando Cláudio como réu.
Considerando que o réu se considera parte ilegítima e conhece o verdadeiro réu, deverá indicá-lo, cabendo ao autor, caso concorde, realizar a substituição do réu na petição inicial, conforme artigo 339, caput e § 1º, do CPC/2015.
Considerando que Cláudio não é mero interessado jurídico, mas efetivamente parte em razão de ser o causador do acidente, não há que se falar em assistente litisconsorcial, visto que esta somente poderá ser requerida por terceiro que não participe do processo.
Não se trata de denunciação da lide, visto que esta só é cabível visando que as partes tragam ao processo o garantidor de uma relação jurídica, conforme artigos 125 a 129 do CPC/2015
Considerando que Cláudio não é coobrigado de Lucas, mas quem efetivamente causou o acidente, não cabe requerer o chamamento de Cláudio ao processo, conforme artigos 130 a 132 do CPC/2015.
CASO 3
João ajuizou ação indenizatória contra Maria, postulando a condenação ao pagamento de R$ 100.000,00 a título de reparação por danos materiais e R$ 50.000,00 por indenização de danos morais, em razão do descumprimento de um contrato firmado entre eles, referente à compra e venda de dois imóveis, cujos valores eram R$ 500.000,00 e R$ 200.000,00. Maria, citada, apresentou contestação e reconvenção, pedindo a declaração de invalidade parcial do contrato relativo ao imóvel de R$ 200.000,00, bem como a condenação de João ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 20.000,00.
Diante de tal situação, assinale a opção que apresenta o valor da causa da reconvenção.
O valor deve ser de R$ 220.000,00, referente à soma do pedido de declaração de invalidade parcial do contrato e do pleito de indenização por danos morais.
De acordo com o artigo 292, II, do CPC/2015, o valor do pedido de invalidade parcial do contrato deverá ser o valor do próprio contrato e o pedido de indenização por dano moral deverá ser a quantia pretendida, conforme artigo 292, V, do CPC/2015. Havendo cumulação de pedidos na reconvenção, estes deverão ser somados.
É obrigatório indicar o valor da causa na ação indenizatória
É obrigatória a inclusão do valor da causa na reconvenção
Deverá ser levado em consideração o pedido formulado na reconvenção para estipular o valor da causa. Além disso, de acordo com o artigo 343, § 6º, do CPC/2015, a reconvenção poderá ser apresentada independente da contestação à ação principal, visto não ser ação acessória.
CASO 4
Juca propôs ação em face de Antonio para demandar a propriedade de imóvel situação em Peruíbe, litoral do Estado de São Paulo. A ação foi distribuída e, ao verificar os documentos que acompanharam a petição inicial, em sede de juízo de admissibilidade, o magistrado constatou que o referido imóvel pertencia à Marinha brasileira e que, assim, a União teria interesse na causa. Diante da situação, assinale a alternativa correta:
Havendo interesse da União, a ação seria de competência de Justiça Federal e, portanto, por se tratar de competência absoluta, o magistrado deverá reconhecer de ofício a incompetência e determinar a remessa dos autos ao Juízo Federal competente.
Havendo interesse da União, a ação será de competência da Justiça Federal. A propositura da ação perante a Justiça Estadual gera incompetência absoluta.

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