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INTRODUÇÃO AO JORNALISMO 2 º - 2 0 1 8 O conjunto de veículos de comunicação que, que em determinada localidade, praticam o jornalismo em suas várias formas IMPRENSA FINAL DO SÉCULO XIX • “Imprensa popular de massas” - empresas que visavam o lucro econômico. • Lucro - facilitado com as novas tecnologias (rotativas = menos custos de produção) • Jornais de grandes tiragens (penny press) noticiosos, muitos com projetos editoriais “apelativos”. • Mundo capitalista = um jornal ou outro meio de comunicação é uma empresa (lucro). • Na história, existe exemplos de veículos de comunicação que atenderam a objetivos diversos - de governos, organizações, partidos políticos. TRANSFORMA- ÇÕES JORNALISMO Século XX: • máquinas e equipamentos modernos, • população mais alfabetizada e de maior poder aquisitivo, • crescimento dos centros urbanos e meios de transportes, • entre outros. • advento da internet e os avanços da tecnologia com suas múltiplas possibilidades, que provocaram uma grande mudança estrutural no setor FUNÇÃO POLÍTICA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO No momento em que exerce sua função primordial que é: • informar, de forma clara, objetiva, imparcial É fundamental a atuação da imprensa para resguardar os preceitos constitucionais, a gestão do que é público Mito do “quarto poder”, ou seja, a imprensa teria um papel tão relevante quantos os demais poderes constituídos Em função de sua independência em relação aos demais poderes e como um canal eficiente de comunicação entre esses poderes e o restante da sociedade Guardiã das instituições, dos direitos dos cidadãos, da democracia, no E O QUE É O JORNALISMO? • um fórum onde se escuta o eco de todas as vozes públicas • ao mesmo tempo em que tem sua própria vozDualidade • O jornalista não está diretamente conectado com “fatos”, mas com “falas” (fala da testemunha, do especialista, do representante, do operador)Conexão • “atividade profissional da área de comunicação social, que visa a elaboração de notícias para publicação em jornal, revista, rádio, televisão etc, acompanhadas ou não de comentários Aurélio E O QUE É O JORNALISMO? • que objetiva buscar, procurar, apurar, investigar, analisar, escrever, editar e transmitir, de formas diversas, informações atuais, periódicas - em tempo real, diárias, semanais, mensais – de interesse do público em geral, ou a parcelas dele Atividade profissional E QUEM É O JORNALISTA? • é um termo que designa todos que trabalham com o jornalismo, nas redações tradicionais de jornais, revistas, emissoras • TRABALHO- Informar – quaisquer que sejam os objetivos do meio. E para isso, precisa obter a informação (apurar de diversas formas), selecionar o material apurado, escrever, editar, transmitir • Características: o imprevisto e a falta de rotina, JORNALISTA O PODER DO MÍTICO ENVOLVIDO NA PROFISSÃO DE JORNALISMO DAVI X GOLIAS: • Contrapoder. • ESPELHO • o seu produto é apresentado como sendo uma transmissão não expurgada da realidade, um espelho. • Um papel de mediação entre as pessoas e os acontecimentos, a realidade • IDEOLOGIA PROFISSIONAL DOS JORNALISTAS. Teoria antiga = as notícias são como são porque a realidade assim as determina. Noção-chave de que o jornalista é um comunicador desinteressado, um agente que não tem interesses específicos a defender e que o desviam da sua missão de informar, procurar a verdade, contar o que aconteceu, doa a quem doer • Paradigma - as notícias como informação: o papel do jornalista é definido como o do observador que relata com honestidade e equilíbrio o que acontece, cauteloso em não emitir opiniões pessoais. (compo jornalístico ocidental = meados do século XIX) = novo jornalismo - o jornalismo de informação - a ideia chave da separação entre "fatos" e "opiniões SEGUNDO MOMENTO • CONCEITO DE OBJETIVIDADE: • tem lugar no século XX com surgimento do conceito de objetividade nos anos 20 e 30 nos Estados Unidos. • IDEOLOGIA DE OBJETIVIDADE: • os jornalistas substituíram uma fé simples nos fatos por uma fidelidade às regras e procedimentos criados para um mundo no qual até os fatos eram postos em dúvida. • TEORIA DA AÇÃO PESSOAL OU A TEORIA DO "GATEKEEPER", ( 1950, David Manning White): • o processo de produção da informação é concebido como uma série de escolhas onde o fluxo de notícias tem de passar por diversos gates, isto é, "portões" que não são mais do que áreas de decisão em relação às quais o jornalista, isto é, o gatekeeper, tem de decidir se vai escolher essa notícia ou não. • DECISÃO POSITIVA = a notícia acaba por passar pelo "portão"; • DECISÃO NÃO POSITIVA = a progressão é impedida, o que na prática significa a sua "morte“, porque significa que a notícia não será publicada TEORIA DA AÇÃO PESSOAL E GATEKEEPER PROCESSO DE SELEÇÃO = é subjetivo e arbitrário • as decisões do jornalista são altamente subjetivas e dependentes de juízos de valor baseados no "conjunto de experiências, atitudes e expectativas do gatekeeper. TEORIA DA AÇÃO PESSOAL (Schudson,1989) • as notícias são explicadas como um produto das pessoas e das suas intenções. 1. CRÍTICA: A teoria do gatekeeper analisa as notícias apenas a partir de quem as produz: o jornalista. (concepção limitada do trabalho jornalístico) 2. POR QUE? A teoria se baseia no conceito de "seleção", minimizando outras dimensões importantes do processo de produção das notícias. A TEORIA ORGANIZACIONAL 1. Esta teoria alarga a perspectiva teórica - do âmbito individual a um nível mais vasto, a organização jornalística INDIVIDUAL ORGANIZAÇÃO A TEORIA ORGANIZACIONAL WARREN BREED TEORIA ORGANIZACIONAL = JORNALISTA NO SEU CONTEXTO MAIS IMEDIATO = a organização para a qual trabalha. MOTIVOS: • O jornalista se conforma mais com as normas editoriais da política editorial da organização do que com quaisquer crenças pessoais que ele tivesse trazido consigo. • o jornalista acaba por ser "socializado" na política editorial da organização, através de uma sucessão sutil de recompensa e punição. Escreve Breed (1955/1993:154): "O primeiro mecanismo que promove o conformismo é a socialização do redator no que diz respeito às normas do seu trabalho”, incluindo a política editorial do veículo. TEORIAS DA AÇÃO POLÍTICA MÍDIA = FORMA INSTRUMENTALISTA TEORIAS DA AÇÃO POLÍTICA = A MÍDIA SERVE objetivamente certos interesses políticos. MOTIVOS: • As notícias seriam distorções sistemáticas que servem a interesses políticos de certos agentes sociais específicos que utilizam as notícias na projeção de sua visão do mundo, da sociedade VALORES-NOTÍCIA : 1. estão presentes ao longo de todo o processo de seleção e de produção jornalística – seleção dos acontecimentos e elaboração da notícia, ou seja, construção da notícia. (Wolf). São os valores-notícia de seleção e de construção. VALORES-NOTÍCIA DE SELEÇÃO : • referem-se aos critérios que os jornalistas utilizam na seleção do acontecimento, ou na decisão de escolher um acontecimento como candidato à sua transformação em notícia, em detrimento de outro (DIVIDIDO EM 2 SUBGRUPOS) VALORES-NOTÍCIA Os jornalistas têm os seus óculos particulares através dos quais veem certas coisas e não outras, e veem de uma certa maneira as coisas que veem. Operam uma seleção e uma construção daquilo que é selecionado”. (Bourdieu) Valores notícia de seleção = 2 subgrupos 1º Critérios substantivos 1. Morte; Notoriedade - do ator/atores principais; 2. Proximidade - geográfica, cultural;3. Relevância - importância do fato, impacto na vida da sociedade; 4. Novidade – o que há de novo; 5. Tempo – atualidade ou data específica; 6. Notabilidade – visível, tangível; 7. Inesperado – que irrompe, surpreende; 8. Conflito ou controvérsia –violência, disputa física ou simbólica; 9. Infração – violação, transgressão de regras; 10. Escândalo - político, econômico ( jornalista cão de guarda das instituições). avaliação direta do acontecimento em termos de sua importância ou interesse como notícia VALORES-NOTÍCIA DE SELEÇÃO Valores notícia de seleção = 2 subgrupos 2º Critérios contextuais 1. Disponibilidade – facilidade para cobrir o acontecimento; 2. Equilíbrio – quantidade de notícias já publicadas; 3. Visualidade – fotos, filmes; 4. Concorrência – (entre os veículos, Folha/Estado, por exemplo); 5. Dia noticioso – dias ricos e pobres. dizem respeito ao contexto da produção da notícia VALORES-NOTÍCIA DE SELEÇÃO OS VALORES-NOTÍCIA DE CONSTRUÇÃO São QUALIDADES DA SUA CONSTRUÇÃO COMO NOTÍCIA: funcionam como linhas- guia para apresentação do material, sugerindo o que deve ser realçado, omitido, e prioritário na construção do acontecimento como notícia. São critérios de seleção dos elementos dentro do acontecimento dignos de serem incluídos na elaboração da notícia. 1. Simplificação – menos ambígua e complexa = mais notada e compreendida; 2. Amplificação – mais amplificada, mais notada; 3. Relevância – o sentido que a notícia dá ao acontecimento; 4. Personalização – valorização das pessoas envolvidas; 5. Dramatização – Reforço dos aspectos críticos, emocional, natureza conflitual; 6. Consonância – Interpretar a notícia num contexto; conhecido. OS VALORES NOTÍCIA E A ORGANIZAÇÃO JORNALÍSTICA • 1. “Embora os valores-notícia façam parte da cultura jornalística e sejam partilhados por todos os membros desta comunidade interpretativa, A POLÍTICA EDITORIAL DA EMPRESA JORNALÍSTICA PODE INFLUENCIAR DIRETAMENTE O PROCESSO DE SELEÇÃO DOS ACONTECIMENTOS por diversas formas”. • 2. “A direção da organização jornalística (ou os seus donos) PODEM INFLUENCIAR O PESO DOS VALORES-NOTÍCIA COM A SUA POLÍTICA EDITORIAL, ás vezes por razões pessoais, dando prioridade a certo assunto ou tema. ” ORGANOGRAMA DE UMA REDAÇÃO ORGANIZ ADA AO LONGO DO TEMPO •Diretor de Redação/Editor Chefe •Chefe de Redação •Secretário de Redação •Editores – Política, Economia, Educação, Cultura/Caderno 2/Suplemento, Saúde, Trabalho, Geral/Cidade, Polícia, Esporte . Editorias se fundiram, sumiram, e editores diminuíram. •Sub-Editores em cada editoria •Coordenador de área •Pauteiro •Redator ou Copy-desk •Repórter •Repórter Fotográfico •Tituleiro •Noticiarista •Compositor •Diretor de Artes •Diagramador •Paginador •Revisor Diretor de Redação/Editor Chefe •Chefe de Redação •Secretário de Redação •Editores – Política, Economia, Educação, Cultura/Caderno 2/Suplemento, Saúde, Trabalho, Geral/Cidade, Polícia, Esporte •Sub-Editores em cada editoria •Coordenador de área •Pauteiro •Redator ou Copy-desk •Repórter •Repórter Fotográfico •Noticiarista •Tituleiro •Compositor •Diretor de Artes •Diagramador •Paginador •Revisor A N T E S D E P O IS O QUE DIFERENCIA AS DIVERSAS REDAÇÕES? • 1. JORNAL DIÁRIO = característica principal informar, sobretudo por meio de notícias factuais, os acontecimentos do dia anterior. • 2. SERVIÇOS ONLINE se encarregam de ir transmitindo ao público os fatos na medida em que acontecem, Por isso mesmo, o jornal impresso ou digital que será produzido no dia seguinte, em uma redação organizada, começa a ser preparado ao final do dia anterior, assim que suas seções vão fechando. • 3. É feita uma PROGRAMAÇÃO do que está previsto para acontecer no dia seguinte, com suas possíveis variáveis. A previsão inicial sempre muda alguma coisa ao longo do dia (às vezes muita coisa), dependendo dos acontecimentos. Por isso, em um jornal diário, a diagramação e número de páginas de cada editoria pode ir mudando no decorrer dos trabalhos. Embora o planejamento possa ter semelhanças, muda o foco do que se vai apurar e produzir, sobretudo em função do tipo de veículo e do projeto editorial. O QUE É NOTÍCIA? • a comunicação de uma ocorrência que interessará à maioria dos membros de uma comunidade, ou • é aquele fato cuja importância atinge a maior parte da coletividade onde foi gerado. Juvenal Portela (1976): • “É algo que não se sabia ontem”Turner Catledge (1978): • “é tudo o que o público necessita saber, tudo o que público deseja falar Revista Collier’s Weekly (1978): • “é um texto que informa o que está acontecendo, de modo claro, geralmente breve, com a preocupação de dizer a verdade. Nela o autor registra os fatos, tentando evitar suas opiniões ou interpretações, evitando tomar parte.” Samir Curi Meserani (1975): O QUE É NOTÍCIA? • É todo fato social destacado em função de sua atualidade, interesse e comunicabilidade Muniz Sodré (1982): • “É a informação atual, verdadeira, carregada de interesse humano e capaz de despertar a atenção e a curiosidade de grande número de pessoas.” Luiz Amaral (1978): • “A notícia se define pela novidade, pelo que é novo, sendo, portanto, o tempo que transforma o novo em velho, a novidade em conhecimento.” Isabel Siqueira Travancas (1993): O QUE É NOTÍCIA? MANUAL DO FOCA 1) NOTÍCIA É UM ACONTECIMENTO: mas nem todo acontecimento é notícia. Eventos contínuos geralmente perdem o interesse; 2) NOTÍCIA É UM ACONTECIMENTO QUE DESPERTA INTERESSE: mas nem todos os acontecimentos despertam o interesse geral. Alguns são dirigidos a públicos muito específicos, daí a imprensa segmentada; 3) NOTÍCIA É O FATO QUE CHOCA: mas há fatos que não chocam e são notícia. Os fatos derivados de uma descoberta científica não causam choque, mas têm grande interesse para a humanidade. 4) NOTÍCIA É O INUSITADO: mas também os fatos banais podem ser notícia. Por exemplo, todos os dias pessoas nascem e morrem. Podemos perguntar: quando um fato banal como o ato de nascer ou morrer torna-se notícia? 5) NOTÍCIA É O NOVO, A NOVIDADE: mas nem só o novo é noticia; 6) NOTÍCIA É TRANSMISSÃO DA EXPERIÊNCIA, ARTICULAÇÃO QUE TRANSPORTA O FATO A QUEM NÃO O PRESENCIOU: matéria-prima da produção jornalística, o relato noticioso que condensa a informação atual, verdadeira naquele momento, carregada de interesse humano e capaz de despertar a atenção e a curiosidade do maior número de pessoas possível; 7) NOTÍCIA É COMUNICAÇÃO: quanto mais pessoas essa comunicação atingir, melhor. O objetivo é ampliar o espectro da informação. Quanto mais fechada à notícia, menos ela comunica. O QUE É UMA PAUTA? ROTEIRO QUE ORIENTA E ORGANIZA A PRODUÇÃO de jornais, revistas, emissoras de rádio, televisão... • TEM CARACTERÍSTICAS DISTINTAS DEPENDENDO DO VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO. Nos diários ( jornais, emissoras de rádio, televisão, portais), normalmente começa a ser feita no dia anterior e vai sendo modificada ao longo do dia, dependendo dos acontecimentos, até o momento do fechamento. • NOS PORTAIS DE NOTÍCIAS E DOS INFORMATIVOS NAS EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO, a pauta, que organiza a produção para posterior edição e veiculação das notícias, tornou-se um instrumento muito mais ágil, podendo sofrer várias transformações ao longo do dia • A PAUTA DE UMA REVISTA SEMANAL DE INFORMAÇÃO TEM CARACTERÍSTICAS DISTINTAS DAQUELA DE UM JORNAL DIÁRIO, (mesmo quando trata de assuntos que estão acontecendo). Não pode simplesmente ficar repetindo o que já saiu durante todaa semana anterior à sua circulação. Por isso mesmo, procura sempre ângulos e assuntos novos, de forma a atender satisfatoriamente a seus leitores. Muito mais do que os veículos diários, a pauta de uma revista semanal dá grande ênfase na interpretação dos fatos e mesmo opinião. • A pauta de um VEÍCULO DE PERIODICIDADE MAIOR – quinzenal ou mensal, por exemplo – dificilmente consegue se sustentar com as informações factuais do dia-a-dia. Se é um veículo de informação, como a revista Exame, procura avançar sobre os fatos, tentando levar ao seu leitor aspectos não abordados nas publicações de periodicidade mais curtas. • Já a pauta de UMA PUBLICAÇÃO SEGMENTADA tem outra característica. Volta-se prioritariamente para assuntos de interesse do seu público leitor. Nessa área, há desde publicações especializadas em tênis, motocicletas, automóveis, equipamentos de construção pesada, até publicações voltadas para o público feminino ou masculino, assuntos culturais em geral ou literatura, cinema. • A pauta de uma PUBLICAÇÃO SEGMENTADA PERTENCENTE OU PATROCINADA POR GOVERNOS, organizações públicas ou privadas, por sua vez, tende a tratar ou mesmo defender os pontos de vista de seus donos os patrocinadores. O QUE É UMA PAUTA? OS GÊNEROS JORNALÍSTICOS 1. JORNALISMO INFORMATIVO • notas, notícias, reportagens e entrevistas. • ONDE se abriga a maior parte do jornalismo: político, econômico, esporte, polícia, cultural 2. JORNALISMO OPINATIVO • editorial, comentário, artigo, resenha, crítica, coluna, crônica OS GÊNEROS JORNALÍSTICOS 3. GÊNEROS UTILITÁRIOS OU PRESTADORES DE SERVIÇOS • roteiro, obituário, indicadores, campanhas, educacional. 4. GÊNERO ENTRETENIMENTO • jogos, história em quadrinhos, folhetins, palavras cruzadas, contos, poesia, entre outros. OS GÊNEROS JORNALÍSTICOS 5. GÊNEROS ILUSTRATIVOS OU VISUAIS • gráficos, tabelas, quadros, demonstrativos, ilustrações, caricatura e fotografia. APURAÇÃO JORNALÍSTICA 1. Toda pauta tem um objetivo. Em função do assunto, da publicação, da periodicidade. • Se a apuração levar a uma nova questão, fundamental, vira outra matéria. No dia-a-dia dos jornais e das revistas semanais de informação a apuração diária pode mudar toda a programação. • Ao apurar, é fundamental seguir a velha regra do jornalismo: a precisão da informação. Nomes, datas, dados, informações corretas, endereços e telefones certos. • Não invente • Ouça os dois lados • Confira as informações com outras fontes • Muitas vezes, a apuração inicial indica que muitas pautas nem existem e nem precisam continuar. Em outros casos ela cresce • Existem pautas que geram notícias curtas, notas. Mas existem também as grandes matérias, reportagens. Os livros reportagens, biografias Escritores cronistas do seu tempo LIDE E PIRÂMIDE Já em 1848, agências como Associated Press, tentavam resumir os fatos mais importantes no primeiro parágrafo a prática se consolidou em 1861, durante a Guerra Civil nos Estados Unidos Surgia aí também a PIRÂMIDE INVERTIDA, que se tornou modelo do jornalismo ocidental PIRÂMIDE INVERTIDA LIDE 1º PARAGRAFO SUBLIDE 2º PARAGRAFO DO MAIS PARA O MENOS IMPORTANTE década de 40 Pompeu de Souza – Diário Carioca O lide dos norte-americanos é baseado na regra dos 5 W e um H. Para ser completa, a notícia deve responder às seguintes interrogações em seu PARÁGRAFO INICIAL: WHO, QUEM; WHAT, QUE; WHEN, QUANDO; WHERE, ONDE; WHY POR QUÊ; E HOW, COMO. O CORPO DA MATÉRIA é o desenvolvimento do tema, e O FECHO O FINAL DA MATÉRIA, correspondendo ao cume da pirâmide Obs: muitas vezes o sutiã funciona como o lide da matéria. A REPORTAGEM • A reportagem é a representação de um fato ou acontecimento enriquecida pela capacidade intelectual, observação atenta, sensibilidade, criatividade e narração fluente do autor • Dines diz que "o retrato quadrado de um acontecimento não é jornalismo, é registro. O retrato de um acontecimento engrandecido pela técnica da narração, argúcia e cultura de quem o observa, isto, sim, é jornalismo" Não significa, porém, que o fato deva ser distorcido pela visão de quem o relata. • No jornalismo brasileiro, o primeiro exemplo de romancista da atualidade foi Euclides da Cunha, enviado pelo jornal O Estado de São Paulo ao sertão da Bahia para cobrir a guerra de Canudos. • Trata-se de uma especialidade a meio caminho entre o jornalismo e a literatura ou já dentro dos limites da literatura. Segundo Alberto Dines, "é também uma arte, porque nela entra toda a bagagem subjetiva de quem a faz” A REPORTAGEM 1. DE ROTINA OU SETOR: • busca, redação e publicação de acontecimentos que ocorrem habitualmente, podem ser previstos. • funcionalidade 2. GRANDE REPORTAGEM: • busca, redação e publicação de acontecimentos extraordinários, originais e complexos, com o uso de múltiplas fontes. O repórter tem mais tempo para apurar as informações. A grande reportagem é a caçada de acontecimentos incomuns e depende da argúcia, espírito criador do jornalista • O repórter deve ter faro para a notícia, sensibilidade na criação de temas, cuidado na apuração e perfeccionismo na organização dos dados A REPORTAGEM 3. MATÉRIA DE SERVIÇO: • a prestação de informações mais diretas e de utilidade para o leitor. Vai de indicações de roteiros, hotéis e atrações turísticas, até manuais para preenchimento do imposto de renda. A internet facilitou este tipo de matéria, pois abriu a possibilidade de informações mais amplas, detalhadas, fotos, infográficos e outros recursos. 2. GRANDE REPORTAGEM: • busca, redação e publicação de acontecimentos extraordinários, originais e complexos, com o uso de múltiplas fontes. O repórter tem mais tempo para apurar as informações. A grande reportagem é a caçada de acontecimentos incomuns e depende da argúcia, espírito criador do jornalista • O repórter deve ter faro para a notícia, sensibilidade na criação de temas, cuidado na apuração e perfeccionismo na organização dos dados A REPORTAGEM REQUISITOS DE QUEM FAZ A REPORTAGEM 1. OBSERVAÇÃO ATENTA - a capacidade que tem o repórter de ver. A. A bagagem intelectual e as informações prévias sobre a questão facilitarão ao repórter discernir o que é principal e secundário durante o trabalho de campo e em meio a um mundo de informações. B. Agir com toda a curiosidade exigida pelo jornalismo. 2. SENSIBILIDADE - Embora influenciada pela bagagem cultural, é pessoal, íntima, não pode ser ampliada com simples regras de comportamento. Esta faculdade ou o repórter a tem ou não a tem, é o caso do músico, do pintor ou do escritor. A REPORTAGEM REQUISITOS DE QUEM FAZ A REPORTAGEM 3. CRIATIVIDADE - Mesmo submetido às regras que orientam o trabalho jornalístico, aos deveres com a empresa e o livro de estilo, o repórter goza de boa margem de liberdade para criar.. Toda a articulação e exposição do tema precisa assentar-se, porém, em bases reais, do contrário seria a negação mesma do jornalismo. A. Impõe-se a reconstituição honesta dos fatos e do clima em que se desenrolam. Por maiores que sejam a imaginação e a técnica narrativa do repórter, seu dever fundamental é com a verdade. 4. NARRAÇÃO FLUENTE - A informação bruta transforma-se em reportagem através da narração fluente. O repórter não deve mostrar muita preocupação com a forma, mas tem que saber expor os fatos demaneira que o leitor se sinta atraído do princípio ao fim do texto. A REPORTAGEM REQUISITOS DE QUEM FAZ A REPORTAGEM 5. INSTRUMENTO DE LUTA - A reportagem, sobretudo a grande reportagem, representa instrumento valioso da imprensa escrita em sua luta com o rádio e a televisão (agora a internet também). Com ela, o jornalista pode descer a detalhes e esgotar o assunto sob todos os ângulos, dando-lhe, assim, a interpretação necessária. Ressalte-se que hoje algumas das grandes e importantes reportagens do País são veiculadas por emissoras de televisão. . RESUMINDO OS FATOS A reportagem exige: • talento, sensibilidade, narração fluente e criatividade. • Permite alguma fantasia mas nunca alheamento aos fatos. • Como todo e qualquer material jornalístico, seu compromisso é com a verdade A ENTREVISTA A ENTREVISTA PODE SER: •sem acerto prévio Ocasional • normalmente feita com especialistas Temática •normalmente exige pesquisa prévia e conhecimento Em profundidade A ENTREVISTA TIPOS DE ENTREVISTA 1. ENTREVISTA-RITO: frases e bordões utilizadas com frequência como resposta 2. ENTREVISTA ANEDÓTICA: típicas dos talk-shows 3. Entrevista-diálogo: há contribuição do entrevistado e entrevistador. 4. CONFISSÕES: depoimento, entrevista testemunhal 5. ENTREVISTA CONCEITUAL: ouve os dois lados do problema 6. ENQUETE: algo como “o povo fala”; ou sim ou não 7. ENTREVISTA INVESTIGATIVA: e repórter vai atrás de algo desconhecido ou sobre o qual pouco se sabe 8. CONFRONTO: debates, discussões de temas polêmicos 9. PERFIL: de alguma pessoa ou grupos 10. ENTREVISTA PINGUE-PONGUE: pergunta e resposta 11. ENTREVISTA COLETIVA: com a participação de várias pessoas 12. ENTREVISTA EXCLUSIVA: para apenas um profissional ou veículo A ENTREVISTA CONSELHOS PARA UMA BOA ENTREVISTA 1. IDENTIFIQUE-SE (VOCÊ E O VEÍCULO), seja educação, evite grosserias 2. VEJA O TEMPO QUE TERÁ DISPONÍVEL E ESTRUTURE SUA ENTREVISTA 3. PESQUISE E LEIA ANTES SOBRE O ASSUNTO 4. FAÇA ANOTAÇÕES e, se possível, use o gravador 5. SEJA OBJETIVO NAS PERGUNTAS. Não tente demonstrar que sabe mais que o entrevistado 6. TENTE FORMULAR QUESTÕES CURTAS E SEGUIDAS, para evitar que o entrevista fuja do assunto 7. REGISTRE O CLIMA DA CONVERSA (CORDIAL, AGRESSIVO?), o ambiente, a postura do entrevistado e, se for o caso, até a sua vestimenta
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