Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
23/9/2010 1 Prof. Felipe Bravo Mestre em Odontologia – UFPE / Especialista em Estomatologia felipebravomachado@gmail.com Anestésicos Locais de uso Odontológico Curiosidades Séc. XIX: observação do hábito de mascar a folha de Coca nos Andes – Analgesia; O primeiro anestésico local utilizado foi a Cocaína, isolada da folha da Coca, por Albert Niemann, na Alemanha, em 1860. A primeira utilização clínica: 1884 por Sigmund Freud Foram Freud e Karl Kollar que primeiro relataram a ação anestésica da cocaína. Kollar introduziu a cocaína na clínica oftalmológica como anestésico ocular tópico. Em 1884, Dr. William Stewart Halsted foi o primeiro a descrever a injeção de cocaína para bloqueio de nervos sensoriais para indução de anestesia cirúrgica. 1904: Einhorn, síntese de outros anestésicos locais (menos tóxicos) 1943: Löfgren, síntese da lidocaína Cocaína Ações clinicamente desejadas: bloqueio da transmissão nervosa e vasoconstricção Potencial toxicidade (excitante do SNC) e risco de causar abuso e dependência Impulsionou a busca por novos anestésicos locais, sem os seus inconvenientes A transmissão do impulso nervoso A membrana de um neurônio em repouso apresenta-se com carga elétrica positiva do lado externo (voltado para fora da célula) e negativa do lado interno (em contato com o citoplasma da célula). Quando essa membrana se encontra em tal situação, diz-se que está polarizada. Essa diferença de cargas elétricas é mantida pela bomba de sódio e potássio. A transmissão do impulso nervoso Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega ao neurônio, pode ocorrer a alteração da permeabilidade da membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula e pequena saída de potássio dela. Com isso, ocorre uma inversão das cargas ao redor dessa membrana, que fica despolarizada gerando um potencial de ação. Essa despolarização propaga-se pelo neurônio caracterizando o impulso nervoso. Como agem os anestésicos locais? A hipótese mais aceita para explicar o mecanismo de ação dos anestésicos locais se baseia na teoria do receptor específico. Segundo essa teoria, os anestésicos locais, na sua forma não-ionizada, atravessam a membrana do axônio, penetram na célula nervosa e se ligam a receptores específicos nos canais de sódio, reduzindo ou impedindo a entrada do íon na célula. Isto resulta no bloqueio da condução nervosa e, consequentemente, na percepção da dor. 23/9/2010 2 Como agem os anestésicos locais? Ao serem injetados nos tecidos, parte das moléculas fica na forma ionizada e parte na forma não-ionizada. As moléculas não ionizadas atravessam a membrana do axônio. Dentro da célula nervosa, ocorre o restabelecimento do equilíbrio das formas não- ionizada e ionizada. A forma ionizada se liga aos receptores dos canais de sódio, impedindo a entrada desses íons na célula, bloqueando a propagação do estímulo nervoso e da percepção da dor. Como agem os anestésicos locais? Características dos Anestésicos Locais - Estão disponíveis na forma de sais (geralmente na forma de cloridrato), exibindo 3 porções bem definidas: 1. Hidrofílica: permite sua injeção nos tecidos; 2. Lipofílica: difusão do anestésico através na bainha nervosa; 3. Cadeia Intermediária: une as porções hidrofílica e lipofílica, classificando os anestésicos em ésteres e amidas. Características dos Anestésicos Locais Características dos Anestésicos Locais - Incluem: cocaína, procaína, tetracaína e cloroprocaína. - São hidrolisados no plasma pela pseudo-colinesterase. - Um dos subprodutos do metabolismo é o ácido paraaminobenzóico(PABA), que pode comumente causar reações alérgicas. - Interação com antibióticos (Sulfas) - A Benzocaína é a única usada atualmente em odontologia. Características dos Anestésicos Locais - Inclui: lidocaína, mepivicaína, prilocaína, bupivacaína e etidocaína. - São metabolizados no fígado, gerando compostos inativos. - Reações alérgicas são raras (especialmente com a lidocaína) 23/9/2010 3 Classificação dos Anestésicos Locais Fatores que determinam a potência dos AL Efeito do pKa - O pKa é o pH onde um determinado fármaco encontra-se 50% em sua forma ionizada e 50% em sua forma não ionizada. Em valores acima de um determinado pKa, predominam as formas não ionizadas (apolares, lipofílicas) e abaixo deste valor, predominam as formas ionizadas (polares, hidrofílicas). - Os anestésicos locais são bases fracas. São em regra, preparados na forma de sal de ácido clorídrico, melhorando a hidrossolubilidade e a estabilidade em meio aquoso. Fatores que determinam a potência dos AL Efeito do pKa - Uma vez injetado, é rapidamente neutralizado por tampões dos tecidos e uma fração iônica é convertida em base molecular não ionizada. A percentagem do fármaco convertida depende primariamente do pKa do anestésico local e do pH do tecido circundante. Somente a forma não ionizada pode se difundir rapidamente para o interior dos nervos (axoplasma). - Quanto maior for a lipofilia e o pKa, maior é a tendência para o anestésico se concentrar dentro do meio interno. Quanto mais lipofílico, melhor penetração, mais potência e menor tempo de latência. - Se os metabólitos dos anestésicos forem ácidos fracos (pKa < 7) serão facilmente eliminados pelo rim => menor toxicidade, menor duração e menor latência. Fatores que determinam a potência dos AL Efeito do pH - Quanto mais próximo do pKa de um determinado anestésico local for o pH do meio circundante, mais rápido será o início do efeito da droga. O processo inflamatório diminui pH tecidual (acidez deve-se ao uso das vias energéticas redutoras primitivas: acidose láctica), causando “aprisionamento” do anestésico no espaço extracelular, tornando a droga muito menos efetiva. Fatores que determinam a potência dos AL Potência - É a capacidade de a molécula interferir na estrutura e de inibir o funcionamento dos canais iônicos. Relacionada com a ligação às proteínas e com a lipofilia de um determinado composto. - Quanto maior for à ligação às proteínas plasmáticas menor será a potência e menor a sua toxicidade; - Quanto maior for a lipofilia (coeficiente de partição), maior será a potência (melhor penetração); - Quanto maior a fração não ionizada, maior é a facilidade de penetração => maior potência (menor latência) Lidocaína Há mais de 50 anos, a droga mais utilizada em todo o mundo, servindo como padrão de comparação para todos os AL; Início de ação rápido; A duração de anestesia pulpar é de apenas 5 a 10 minutos se não houver vasoconstritor associado; Metabolizada no fígado e excretada pelos rins; Meia-vida plasmática de 90 minutos aproximadamente 23/9/2010 4 Mepivacaína Início de ação entre 1,5 a 2 minutos; Quando empregada na forma pura, promove anestesia pulpar mais duradoura que a lidocaína (20 a 40 minutos); Metabolização hepática e excretada pelos rins; Meia-vida plasmática de aproximadamente 2 horas; Toxicidade semelhante à lidocaína Prilocaína Início de ação um pouco mais lento: entre 2 e 4 minutos; No Brasil, não é fabricado na sua forma pura, sem vasoconstritor; É metabolizada mais rapidamente que a lidocaína, no fígado e nos pulmões, podendo induzir a metemoglobinemia no caso de sobredosagem; Excreção renal; Toxicidade semelhante à lidocaína Articaína Introduzida na Alemanha em 1976; Rápido início de ação; Potência um pouco maior do que a Lidocaína; Metabolizada no fígado e excretada pelos rins; Meia-vida plasmática de 30 minutos; Toxicidade semelhante à lidocaína Bupivacaína Início de ação em torno de 6 a 10 minutos; Potência 4 vezes maior que a lidocaína; Anestésico local de longa duração de ação; Nas anestesias por bloqueio,produz analgesia pulpar por até 3 horas e em tecidos moles por até 12 horas; Devido a sua maior potência, possui cardiotoxicidade 4 vezes maior em relação à lidocaína. Por esse motivo, é usada na concentração de 0,5% Benzocaína; Ropivacaína; Etidocaína Anestésicos de longa duração de ação, com propriedades semelhantes à bupivacaína; No Brasil, a ropivacaína e a etidocaína não estão disponíveis para uso em odontologia. A Benzocaína é uma das formulações mais utilizadas como anestésico tópico em odontologia, disponível em forma de pasta. Vasoconstritores e Anestésicos Locais Os sais anestésicos comercialmente disponíveis em tubetes são vasodilatadores nas concentrações e doses usuais na prática odontológica. Portanto, quando administrados isoladamente, os sais anestésicos aumentam o calibre dos vasos e, assim, a velocidade e a extensão de absorção da solução depositada no tecido, reduzindo sua duração de ação e elevando os níveis plasmáticos rapidamente, o que pode aumentar o risco de reações adversas. O curto tempo de anestesia, entre dez a vinte minutos de anestesia pulpar, usualmente é insuficiente para o clínico trabalhar e obriga-o a novas punções ao longo do procedimento, contribuindo ainda mais para aumentar a toxicidade sistêmica. 23/9/2010 5 Vasoconstritores e Anestésicos Locais Desta forma, normalmente os sais anestésicos são associados aos vasoconstritores e muito raramente são indicados na forma de solução sem a sua associação. A adição de vasoconstritores a uma solução anestésica traz várias vantagens clínicas: Compensação da vasodilatação causada pelo sal Aumento a duração e a qualidade da anestesia Diminuição dos níveis plasmáticos de anestésico Diminuição da probabilidade de ocorrerem efeitos sistêmicos adversos e toxicidade Reduzem a concentração necessária para anestesia adequada Auxiliam no controle da hemorragia durante procedimentos cirúrgicos Vasoconstritores e Anestésicos Locais Os principais vasoconstritores usados em odontologia são epinefrina, norepinefrina e corbadrina (adrenalina, noradrenalina e levordefrina); A epinefrina é o vasoconstritor mais utilizado em todo o mundo, devendo ser o agente de escolha para procedimentos odontológicos de rotina em pacientes saudáveis, incluindo crianças, gestantes e idosos; A fenilefrina apresenta apenas 5% da potência vasoconstritora da epinefrina. Apesar disso, tem mais estabilidade e duração de ação. A felipressina está contida em soluções contendo prilocaína. Não pertencem ao grupo das aminas simpaticomiméticas, porém estudos recentes relataram que pode ocorrer efeitos no sistema cardiovascular em doses elevadas. Dicas Clínicas A prilocaína está contra-indicada em pacientes portadores de disritmias cardíacas por interagirem com os fármacos antiarrítmicos, potencializando os efeitos desses; Deve-se preferir a Mepivacaína 3% em pacientes em que estejam contra-indicados os vasoconstritores, por oferecer maior duração do efeito anestésico; Prilocaína e Articaína devem ser evitadas durante a gravidez por, potencialmente poderem acarretar metemoglobinemia no recém-nascido; A mepivacaína está contra-indicada em pacientes que estão amamentando por dificuldade de metabolismo por parte do lactante. Dicas Clínicas Qualquer vasoconstritor está contra-indicado em pacientes portadores de hipertensão sistêmica arterial grave(> 200mmHg/115mmHg). Deve-se preferir o uso de Prilocaína em pequenas doses para estes pacientes; A não utilização de vasoconstritor em pacientes que sofreram Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente vascular cerebral e Ponte de Artéria coronária somente deve ser considerada se o episódio ocorreu há menos de 6 meses; A bupivacaína deve ser utilizada com cautela em pacientes portadores de marcapasso, cardiopatias, angina instável e IAM. Dicas Clínicas Em um relatório de uma comissão especial da New York Heart Association, é recomendado que em cada sessão não se utilize mais que 0,2 mg de adrenalina nos pacientes com problemas cardíacos. Essa quantidade está presente em 20 ml da solução de concentração 1:100.000 e em 10 ml da solução 1:50.000. Levando-se em conta que em Odontologia não são necessários mais do que 1ou 2 ml de anestésico para os procedimentos de rotina, contamos com uma boa margem de segurança. Complicações graves: em pacientes normais, ocorrem em doses acima de 0,5 mg de adrenalina (50 ml da solução 1:100.000). Fatalidades ocorrem com doses acima de 4 mg (400 ml da solução 1:100.000). Soluções Disponíveis no Brasil Lidocaína Prilocaína Mepivacaína Articaína Bupivacaína Soluções a 2% -Sem vaso - Epinefrina 1:100.000 - Epinefrina 1:50.000 - Norepinefrina 1:50.000 -Fenilefrina 1:2.500 Solução a 3% - Felipressina 0,03UI/ml Soluções a 2% -Epinefrina 1:100.000 - Norepinefrina 1:100.000 - Corbadrina 1:20.000 Soluções a 4% -Epinefrina 1:100.000 -Epinefrina 1:200.000 Soluções a 0,5 % -Sem vaso - Epinefrina 1:200.000 Solução a 3% - Norepinefrina 1:50.000 Solução a 3% - Sem vaso 23/9/2010 6 Posologia dos anestésicos locais Em função da toxicidade sistêmica existem também recomendações quanto à dose máxima a ser administrada ao paciente por sessão de atendimento. Da mesma forma que para o cálculo da dose efetiva e tóxica de medicamentos, a dose máxima de anestésicos também é calculada em função da resposta obtida na maioria da população estudada. Assim, quando se relata a dose máxima de um sal anestésico, trata-se da dose segura para a maioria da população não sendo esperados efeitos colaterais nesta situação. Entretanto, um pequeno número de indivíduos pode responder de forma diferente (mais ou menos intensamente). Doses Máximas de AL Doses Máximas de AL Doses Máximas de AL Crianças Adultos Duração de Ação dos AL 20-60 Como calcular o volume máximo de uma solução Solução de Lidocaína a 2% Contém 2g do sal em 100ml de solução = 20mg/ml 20mg x 1,8ml (contido em um tubete) = 36mg Cada tubete anestésico contém 36mg de lidocaína, quando empregada na concentração de 2% Dose máxima da lidocaína = 4,4mg/kg de peso corporal Em um adulto de 60 kg: 60 x 4,4 = 264mg 264mg / 36mg = 7,3 tubetes O volume máximo da solução de lidocaína a 2% para um adulto de 60 kg é o equivalente ao contido em 7 tubetes 23/9/2010 7 Efeitos Colaterais dos AL Intoxicação por Anestésicos locais Os sinais e sintomas típicos de intoxicação por anestésicos locais (AL) ocorrem no SNC e no sistema cardiovascular, sendo o primeiro o alvo das respostas tóxicas mais frequentes. Alterações precoces podem ser manifestadas como sintomas gustativos, auditivos, visuais, queda do nível de consciência, convulsões e coma, seguidos até mesmo por arritmias cardíacas, colapso cardiovascular e, eventualmente, morte. Efeitos Colaterais dos AL Intoxicação por Anestésicos locais Sintomas de intoxicação por AL geralmente ocorrem por um ou mais dos seguintes fatores: Dose excessiva Absorção inesperadamente rápida Injeção intravascular inadvertida Queda de metabolização Efeitos Colaterais dos AL Lipossolubilidade A quantidade de anestésico local necessária para produzir toxicidade caminha paralelamente com a lipossolubilidade e a potência de uma determinada droga. Por causa da bicamada lipídica que constitui as membranas biológicas, quanto mais lipossolúveis for à droga, mais facilmente ela irá penetrar na célula e mais potente ela será. A toxicidade para o sistema nervoso central e o sistema cardiovascular é diretamente correlacionada com a potência do AL. Assim anestésicos locais menos lipossolúveis, como prilocaína, lidocaína e mepivacaína são menos tóxicos do que os que apresentam alta lipossolubilidade(bupivacaína). Efeitos Colaterais dos AL Idade A idade é um fator que conta principalmente nos seus extremos. Assim, pacientes idosos são mais sensíveis a intoxicação por AL porque a capacidade de metabolização e excreção está naturalmente diminuída. Idosos são mais susceptíveis a certas doenças e condições que também exigem uso mais criterioso dos AL. Recém-nascidos têm fígados imaturos e acumulam essas drogas mais facilmente. Entretanto, a imaturidade do SNC e do sistema cardiovascular poderia proteger a população mais jovem contra a intoxicação por AL. Autores sugerem que crianças jovens teriam um limiar para intoxicação por bupivacaína maior do que adultos. Efeitos Colaterais dos AL Doenças Preexistentes Disfunção hepática prévia (ex: cirrose hepática) diminui a taxa de metabolização dos AL tipo amida, podendo predispor a quadros de intoxicação. Local de Administração O local de administração é muito importante quando falamos de doses tóxicas de AL. Quando fazemos injeções intravenosas de AL, atingimos rapidamente níveis séricos elevados, conseqüentemente altas concentrações no SNC e no coração. Não há tempo para que a metabolização (hepática ou plasmática) reduza o risco de intoxicação. Outros sítios muito vascularizados também trazem maior risco de intoxicação, como por exemplo, as mucosas, região sublingual e a via intercostal. Portanto, recomenda-se muito cuidado quando anestesiamos estas áreas. Efeitos Colaterais dos AL Metemoglobinemia O único efeito colateral sistêmico associado com um AL específico é o desenvolvimento de metahemoglobinemia seguindo-se à administração de grandes quantidades de prilocaína. Em geral, doses acima de 600mg de prilocaína são necessárias para o desenvolvimento de metemoglobinemia clinicamente significativa em pacientes adultos sem patologias prévias. O metabolismo hepático da prilocaína resulta na formação de ortotoluidina, que é a responsável pela oxidação da hemoglobina para metemoglobina. 23/9/2010 8 Tratamento da Intoxicação dos AL Prevenção A prevenção é a idéia mais importante quando falamos sobre intoxicação com anestésicos locais. Aspirar antes de injetar, injeções lentas e manter o contato verbal com o paciente, em busca de qualquer sinal ou sintoma precoces de intoxicação ou injeção intravascular inadvertida, são condutas chaves na prevenção. Quando se trabalha com AL associados a vasoconstritores, taquicardia pronunciada e/ou hipertensão nos 60 segundos seguintes ao início da administração são sinais de injeção intravascular inadvertida até que se prove em contrário. Desta forma, a monitorização desses parâmetros é importante a fim de se evitar quadros graves de intoxicação. Tratamento da Intoxicação dos AL Sinais Clínicos Ao buscarmos sinais de intoxicação por AL, devemos ter em mente o quadro neurológico precoce e dar atenção a sinais/sintomas mais específicos, como: - alterações gustativas (gosto metálico na boca), - alterações auditivas (tinitus) e visuais(diplopia), normalmente ausentes de quadros como distúrbios neurovegetativos que podem ser causados por dor, desconforto, medo e ansiedade. Tratamento da Intoxicação dos AL Conduta 1) Interrompa a administração da droga; 2) Ofereça oxigênio a 100% por máscara: O2 aumenta o limiar convulsivo e previne hipoxemia, melhorando o prognóstico do quadro; 3) Coloque o paciente em decúbito dorsal horizontal ou leve Trendelenburg, a fim de melhorar as perfusões cardíaca e cerebral; 4) Caso o paciente não tenha acesso venoso estabelecido, providencie um; Tratamento da Intoxicação dos AL Conduta 5) Mantenha monitorização adequada de oxigenação (oximetria de pulso), ritmo e freqüência cardíaca (eletrocardiografia contínua) e pressão arterial. 6) O controle farmacológico das convulsões pode ser obtido com benzodiazepínicos por via venosa, particularmente com o diazepam (5 a 10 mg) ou com o midazolan (5 a 15 mg). Lembre-se sempre que estas medicações podem contribuir também para que o paciente entre em parada respiratória. Assim, você deve estar preparado para ventilá- lo artificialmente. Tratamento da Intoxicação dos AL Resumindo ... 23/9/2010 9 Resumindo ... FIM
Compartilhar