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HEMOGRAMA

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O hemograma é uma das análises de sangue mais úteis e mais solicitadas na prática médica. Apesar de extremamente comum, esse é um exame que ainda causa muita confusão na população e até nos meios de comunicação. Algumas pessoas acham que todo exame de sangue é um hemograma, como se ambos os termos fossem sinônimos. Isto é um equívoco.
O exame de sangue não funciona como o antivírus do seu computador que faz automaticamente um rastreamento em toda a máquina à procura de algo errado. Quando o médico solicita uma coleta de sangue, ele precisa dizer para o laboratório o que pretende que seja analisado nesta amostra. No nosso sangue circulam várias substâncias que podem ser dosadas ou pesquisadas, como proteínas, anticorpos, células, eletrólitos (potássio, sódio, cálcio, magnésio, etc.), colesterol, hormônios, drogas e até bactérias ou vírus, em casos de infecção.
Se o médico quiser saber como andam os níveis de colesterol, ele precisa escrever no pedido que deseja uma dosagem do colesterol; se o objetivo for saber se a glicose do sangue anda controlada, solicita-se a dosagem da glicose sanguínea. O hemograma é solicitado quando o objetivo é ter informações sobre as células do sangue, nomeadamente, leucócitos, plaquetas e hemácias. Portanto, em um hemograma não é possível obter dados sobre o nível de colesterol, taxa de glicose, pesquisa de bactérias, pesquisa de drogas, teste para HIV, etc.
Neste texto vamos explicar que tipos de informações o exame de hemograma pode nos trazer.
HEMOGRAMA
No nosso sangue circulam três tipos básicos de células, todas produzidas na medula óssea. São estas células que estudamos através do hemograma:
– Hemácias (glóbulos vermelhos).
– Leucócitos (glóbulos brancos).
– Plaquetas.
Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960, após observação de vários indivíduos sem doenças. O considerado normal é, na verdade, os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima). Portanto, pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência, maior a chance disto verdadeiramente representar alguma patologia.
Não vou me ater muito em valores específico, uma vez que os laboratórios atualmente fazem essa contagem automaticamente através de máquinas, e os valores de referência sempre vêm impressos nos resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio e, em geral, são todos muito semelhantes.
A- ERITROGRAMA
O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos glóbulos vermelhos, ou seja, das hemácias, também chamadas de eritrócitos.
Vejam esse exemplo fictício abaixo. Lembre-se que os valores de referência podem variar entre os laboratórios.
Os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes.
O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é compostos por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e todas as outras substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do sangue é, na verdade, composto por células vermelhas.
Se por um lado a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de coágulos.
Exemplo de Hemograma – Parte do eritrograma
A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma anemia.
O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das hemácias. Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, hemácias grandes. VCM reduzidos indicam hemácias microcíticas, isto é, de tamanho diminuído.
Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. Por exemplo, anemia por carência de ácido fólico cursa com hemácias grandes, enquanto que a anemia por falta de ferro se apresenta com hemácias pequenas. Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal.
O alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia.
O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia.
O HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da hemoglobina dentro das hemácias.
Os dois valores indicam basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm poucas hemoglobinas, elas são ditas hipocrômicas. Quando têm muitas, são hipercrômicas.
Assim como o VCM , o HCM e o CHCM também são usados para diferenciar os vários tipos de anemia.
O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando este está elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho reduzido.
Excetuando-se o hematócrito e a hemoglobina, que são de fácil entendimento, os outros índices do eritrograma são mais complexos e pessoas sem formação médica dificilmente conseguirão interpretá-los de forma correta. É preciso conhecer bem todos os tipos de anemia para que esses dados possam ser úteis.
B- LEUCOGRAMA
O leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos. Estes são também conhecidos como série branca ou glóbulos brancos. São as células de defesa responsáveis por combater agentes invasores.
Os leucócitos são, na verdade, um grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune. Alguns leucócitos atacam diretamente o invasor, outros produzem anticorpos e alguns apenas fazem a identificação do microrganismo invasor.
O valor normal dos leucócitos varia entre 4000 a 11000 células por microlitro (ou milímetros cúbicos).
Existem cinco tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades, a saber:
1) Neutrófilos
O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representa, em média, de 45% a 75% dos leucócitos circulantes. Os neutrófilos são especializados no combate a bactérias. Quando há uma infecção bacteriana, a medula óssea aumenta a sua produção, fazendo com que sua concentração sanguínea se eleve. Portanto, quando temos um aumento do número de leucócitos totais, causado basicamente pela elevação dos neutrófilos, estamos provavelmente diante de um quadro infeccioso bacteriano.
Os neutrófilos têm um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas. Por isso, assim que o processo infeccioso é controlado, a medula reduz a produção de novas células e seus níveis sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.
Neutrofilia → é o termo usado quando há um aumento do número de neutrófilos.
Neutropenia →  é o termo usado quando há uma redução do número de neutrófilos.
Explicamos a leucocitose com neutrofilia com mais detalhes no artigo: O QUE SIGNIFICAM LEUCOCITOSE E NEUTROFILIA?
2) Segmentados e bastões
Os  bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo para esperar que essas células fiquem maduras antes de lançá-las ao combate. Em uma guerra o exército não manda só os seus soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão disponíveis.
Normalmente, apenas 4% a 5% dos neutrófilos circulantessão bastões. A presença de um percentual maior de células jovens é uma dica de que possa haver um processo infeccioso em curso.
No meio médico, quando o hemograma apresenta muitos bastões chamamos este achado de “desvio à esquerda”. Esta denominação deriva do fato dos laboratórios fazerem a listagem dos diferentes tipos de leucócitos colocando seus valores um ao lado do outro. Como os bastões costumam estar à esquerda na lista, quando há um aumento do seu número diz-se que há um desvio para a esquerda no hemograma. Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um aumento da produção de neutrófilos jovens.
Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está doente ou já está em fase final de doença, praticamente todos os neutrófilos são segmentados, ou seja, células maduras.
3) Linfócitos
Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos. Representam de 15 a 45% dos leucócitos no sangue.
Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.
Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.
Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo de ativação do sistema imune. Os linfócitos são, por exemplo, as células que iniciam o processo de rejeição nos transplantes de órgãos.
Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS (SIDA) causar imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas.
Linfocitose = é o termo usado quando há um aumento do número de linfócitos.
Linfopenia = é o termo usado quando há redução do número de linfócitos.
Obs: linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente, que podem ser encontrados no sangue. Geralmente surgem nos quadros de infecções por vírus, como mononucleose, gripe, dengue, catapora, etc. Além das infecções, algumas drogas e doenças auto-imunes, como lúpus, artrite reumatoide e síndrome de Guillain-Barré, também podem estimular o aparecimento de linfócitos atípicos. Atenção, linfócitos atípicos não têm nada a ver com câncer.
4) Monócitos
Os monócitos normalmente representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São ativados tanto em processos virais quanto bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por algum germe, o sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa, transformando-se em macrófago, uma célula capaz de “comer” micro-organismos invasores.
Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas, como a tuberculose.
5) Eosinófilos
Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo da alergia. Apenas 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.
O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de infecção intestinal por parasitas.
Eosinofilia =  é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos.
Eosinopenia = é o termo usado quando há redução do número de eosinófilos.
6) Basófilos
Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Representam de 0 a 2% dos glóbulos brancos. Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.
Conclusão
Quando os leucócitos estão aumentados, damos o nome de leucocitose. Quando estão diminuídos chamamos de leucopenia. A leucocitose pode ser causada por uma linfocitose ou por uma neutrofilia, por exemplo. Já a leucopenia pode surgir devido a uma linfopenia ou neutropenia.
Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos é importante ver qual das seis linhagens descritas anteriormente é a responsável por essa alteração. Como neutrófilos e linfócitos são os tipos mais comuns, estes geralmente são os responsáveis pelo aumento ou diminuição da concentração dos leucócitos.
Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos leucócitos. Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 20.000-30.000 células/mm3, na leucemia estes valores ultrapassam facilmente as 50.000 cel/mm3.
As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por micro-organismos.
C- PLAQUETAS
As plaquetas são fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de coagulação. Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente encaminha as plaquetas ao local da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de rolha ou tampão, que imediatamente estanca o sangramento. Graças à ação das plaquetas, o organismo tem tempo de reparar os tecido lesados sem que haja muita perda de sangue.
O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.
Quando os valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, uma vez que pode haver sangramentos espontâneos.
Trombocitopenia é como chamamos a redução da concentração de plaquetas no sangue. Trombocitose é o aumento.
A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias e para avaliar quadros de sangramentos sem causa definida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando temos redução de duas das três linhagens de células do sangue, chamamos de bicitopenia. Quando os três tipos de células estão reduzidos, damos o nome de pancitopenia. Doenças que cursam com inflamação crônica, como o lúpus, por exemplo, podem se apresentar com redução de uma, duas ou das três linhagens. Na verdade, qualquer agressão à medula óssea, seja por medicamentos, infecções ou doenças, pode causar diminuição da produção das células do sangue.
Não é preciso nenhuma preparação, nem estar em jejum, para se colher sangue para o hemograma.
O termo hemograma completo é apenas um preciosismo, já que não existe hemograma incompleto. Se o médico quiser apenas saber o valor do hematócrito e da hemoglobina, ele solicita um eritrograma. Se quiser ver apenas o valor dos leucócitos, é só pedir um leucograma. Se o alvo for apenas as plaquetas, solicita-se um plaquetograma. Quando se pede um hemograma, está implícito que o médico quer a avaliação das três linhagens (hemácias, leucócitos e plaquetas).
Hemograma Completo: para que serve e valores de referência
  
O que é hemograma completo?
O hemograma completo é um tipo de exame de sangue feito para medir a saúde geral do paciente. É muito usado para diagnosticar distúrbios como anemia, doenças autoimunes e leucemia. O exame consiste na medição dos níveis de glóbulos vermelhos (hemácias), brancos (leucócitos) e plaquetas.
Trata-se de um dos tipos de exame de sangue mais pedidos pelos médicos nos exames de rotina. Isso porque ele avalia a saúde de um modo geral, calculando a quantidade e forma dos três tipos de células básicas presentes no sangue.
Esse exame não pode ser considerado como um teste de sangue comum, pois, para sua realização, é preciso que o médico especifique o que deve ser analisado. No caso de exames de sangue habituais, o médico pede, por exemplo, pelo nível de colesterol. Já o hemograma analisa as principais células constituintes do sangue, detectando diversos distúrbios como anemia, doenças autoimunes, doenças infecciosas e leucemia, entre diversas outras.
Os valores referência para o hemograma foram estabelecidos na década de 1960, baseados nos valores presentes em 95% da população mundial sadia. Entretanto, cerca de 5% das pessoas sem problemas de saúde podem ter níveis que destoam da referência. Assim, variações pequenas, para mais ou para menos, não significam exatamente que o paciente tem alguma doença.
Quais são as células básicas presentes no sangue?
As células analisadaspelo hemograma são as três principais presentes no sangue, são elas:
Hemácias: glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo organismo;
Leucócitos: glóbulos brancos, responsáveis pelo sistema de defesa do organismo, auxiliam no combate a infecções;
Plaquetas: fragmentos de células que são produzidos na medula óssea, responsáveis pela coagulação do sangue.
Como é feito o hemograma?
O exame é feito em um hospital ou laboratório por um profissional da saúde, geralmente um enfermeiro. Sua realização se assemelha a qualquer outro tipo de exame de sangue.
Com o paciente sentado, amarra-se um elástico (denominado garrote) em seu braço para interromper o fluxo sanguíneo. Assim, as veias ficam mais largas e aparentes. O profissional faz a assepsia (limpeza que elimina possíveis microrganismos) da área do braço a ser perfurada e insere a agulha na veia do paciente.
O sangue é coletado na seringa e colocado em um tubo. Depois, o elástico é removido e uma gaze é pressionada para impedir o sangramento. Assim que a gaze for retirada, é colocado uma bandagem.
Quando o hemograma deve ser feito?
Geralmente o hemograma é pedido como um exame de rotina para verificar a saúde geral do organismo. Entretanto, o médico também poderá solicitar o exame para diagnosticar alguma condição, como asma, ou caso o paciente apresentar alguns sintomas ou doenças, como:
Cansaço;
Fraqueza;
Sangramento intenso da pele, nariz ou gengivas;
Manchas roxas grandes ou em grande quantidade;
Infecções ou inflamações;
Anemia;
Policitemia;
Doenças do sangue.
Além disso, o exame também pode ser feito para verificar se o corpo está reagindo bem a um tratamento medicamentoso ou de radiação, se os valores de células estão normais, antes de uma cirurgia, ou para analisar a quantidade de sangue perdida em uma hemorragia.
Gestantes podem fazer o hemograma?
Não existe qualquer contraindicação para esse exame, pois é feito somente com a extração do sangue. Portanto, qualquer um pode fazê-lo, inclusive gestantes.
Como se preparar e quais os cuidados após um hemograma?
Não há nenhum preparo específico para esse exame, pode-se comer e beber normalmente. Porém, é indicado evitar exercícios físicos na véspera e bebidas alcoólicas nas 48 horas antes do exame, além de sempre informar caso o paciente use algum medicamento.
Também deve-se sempre avisar caso esteja grávida ou menstruada, pois essas condições podem alterar os valores do teste.
Caso a amostra coletada seja utilizada para qualquer outro teste, o médico ou profissional da saúde irá recomendar os preparos necessários.
Assim como a preparação, o exame não exige qualquer cuidado após o mesmo, e o paciente poderá seguir o dia normalmente. Porém, caso seja recomendado jejum antes do hemograma, o paciente poderá se alimentar regularmente após a coleta.
Resultados do hemograma
O resultado de um hemograma é dado em uma série de números e o indivíduo mais capacitado para entendê-los é o médico. Porém, também é possível que leigos compreendam alguns detalhes. O laboratório sempre disponibiliza, no relatório, os valores considerados normais, para fins de comparação com o resultado do paciente.
O exame é realizado em três etapas, chamadas eritrograma, leucograma e plaquetas. Tais etapas analisam as seguintes características:
Contagem de Leucócitos: neutrófilos, linfócitos, monócitos e basófilos;
Contagem de Hemácias;
Hemoglobina;
Hematócrito;
VGM (Volume Corpuscular Médio);
HGM (Hemoglobina Corpuscular Média);
Concentração de CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média);
RDW;
Contagem de Plaquetas;
MPV.
Eritrograma
É a primeira etapa de análise do exame, nela são analisados os valores dos glóbulos vermelhos.
Hemácias: os valores baixos dessa célula podem indicar casos de anemia normocítica, um tipo de anemia que apresenta hemácias de tamanho normal com pouca produção celular. Já valores altos são denominados eritrocitose e podem significar policitemia, o oposto da anemia. Nesse caso, a espessura do sangue pode aumentar, reduzindo a velocidade da circulação;
Hemoglobina: é uma proteína presente nas hemácias, responsável por pigmentar o sangue e transportar o oxigênio pelo corpo. Quando seus valores estão baixos, pode causar descoloração do sangue, palidez e falta de oxigênio nos órgãos;
Hematócrito: representa a porcentagem de sangue ocupada pelas hemácias, por exemplo, caso apareça como 40%, significa que 40% do sangue do paciente é composto de hemácias. Seus valores altos podem indicar anemia, enquanto seus valores baixos podem indicar, também, um caso de policitemia;
VCM: auxilia na análise do tamanho das hemácias e possibilita o diagnóstico de anemia. Caso apareçam nos resultados como microcíticas, indica hemácias muito pequenas, ou macrocíticas, indicando hemácias grandes, significa que algo está errado;
HCM: representa o peso da hemoglobina dentro das hemácias e auxilia a diagnosticar diferentes casos de anemia;
CHCM: representa o nível de concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. Nos resultados, pode aparecer como hipocrômica, indicando pouca hemoglobina nas hemácias, ou hipercrômica, indicando níveis de hemoglobina além do normal;
RDW: é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando elevado pode significar problema na morfologia dessas células. Seu valor elevado pode aparecer, por exemplo, por carência de ferro, pois a falta desse elemento impede a formação da hemoglobina de forma normal, reduzindo o tamanho da hemácia.
Leucograma
A segunda etapa de análise do exame representam os valores de glóbulos brancos.
Leucócitos: os valores altos dessa célula são denominados leucocitose e representam, geralmente, uma infecção. Níveis extremamente altos podem indicar uma leucemia e, nesses casos, os valores chegam a ultrapassar 50 mil cel/mm3. Já valores baixos, chamado de leucopenia, pode indicar depressão da medula óssea, causada por uma infecção viral ou reações tóxicas.
Divididos em cinco tipos no hemograma, os valores dos leucócitos auxiliam a compreender e diagnosticar doenças infecciosas e hematológicas. Seus tipos são:
Basófilos: encontrado somente até 1% em pacientes considerados saudáveis, acima desse valor pode indicar processos alérgicos;
Eosinófilos: quando seus valores estão elevados, indica casos de processos alérgicos ou parasitose;
Neutrófilos: mais encontrada em adultos, seu valor alto pode indicar infecções bacterianas ou virais;
Linfócitos: predominante em crianças, quando é presente, em alto nível, em adultos, pode indicar infecções virais ou, em casos mais raros, leucemia. Essa célula pode ser afetada pelo vírus HIV, por esse motivo a AIDS causa imunossupressão (enfraquecimento do sistema imunológico);
Monócitos: seus valores altos indicam infecções virais, porém seu nível pode aumentar após quimioterapias.
Plaquetas
As plaquetas, como previamente explicado, são fragmentos de células responsáveis pela coagulação do sangue. Quando um tecido é lesado, as plaquetas são encaminhadas para o lugar da lesão, agrupando-se como uma forma de tampão, que permite que o ferimento estanque sem perder muito sangue.
Valores de plaqueta muito abaixo dos normais, denominado trombocitopenia, podem representar risco de morte, já que o paciente fica suscetível a sangramentos espontâneos. Seus valores altos são chamados de trombocitose.
Os valores considerados normais variam entre 150 a 450 mil por microlitro, porém com valores próximos a 50 mil, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.
Valores referência
Os valores referência de cada célula analisada pode variar de laboratório para laboratório, apesar serem valores próximos. Geralmente aparecerá, no resultado, os valores que foram considerados normais, junto aos valores destinados ao paciente.
Entretanto, pode-se tomar como base os seguintes valores de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito:
	
	Eritrócitos
	Hemoglobina
	Hematócrito
	Recém nascidos
	4 5,6
	13,5 19,6
	44 62
	Crianças (3 meses)
	4,5 4,79,5 12,5
	32 44
	Crianças (1 ano)
	4 4,7
	11 13
	36 44
	Crianças (10 a 12 anos)
	4,5 4,7
	11,5 14,8
	37 44
	Mulheres (gestantes)
	3,9 5,6
	11,5 16
	34 47
	Mulheres
	4 5,6
	12 16,5
	35 47
	Homens
	4,5 6,5
	13,5 18
	40 54
Já os valores para volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração da hemoglobina corpuscular (CHbCM) são:
	Idade
	VCM (µ³)
	HbCM (pg)
	CHbCM (%)
	Crianças (3 meses)
	83 110
	24 34
	27 34
	Crianças (1 ano)
	77 101
	23 31
	28 33
	Crianças (10 a 12 anos)
	77 95
	24 30
	30 33
	Mulheres
	81 101
	27 34
	31,5 36
	Homens
	82 101
	27 34
	31,5 36
Riscos do hemograma
Os riscos de um exame de hemograma completo são quase inexistentes e extremamente raros. Em pessoas saudáveis, pode ficar um hematoma na região onde o sangue foi coletado e, em alguns casos, a veia também pode ficar inchada. Para reduzir o inchaço, basta fazer compressas geladas várias vezes ao dia.
Caso o paciente utilize medicamentos anticoagulantes ou tenha problemas de coagulação, pode ocorrer sangramento contínuo após a coleta. Nesses casos, o profissional da saúde deve ser avisado antes do exame.
O hemograma completo é um exame de sangue, mais comumente pedido como exame de rotina, que analisa a saúde do paciente de forma geral. Compartilhe esse artigo com seus amigos e familiares para que eles também entendam o que o resultado deste exame pode significar!
Referências
http://ingoh.com.br/dicas-de-saude/o-que-o-hemograma-completo-avalia/
http://www.mdsaude.com/2009/11/hemograma.html
http://www.labes.com.br/hemograma_completo.htm
http://saude.ig.com.br/minhasaude/exames/hemograma/ref1237829923290.html
http://www.labtestsonline.org.br/understanding/analytes/cbc/tab/test/
http://diariodebiologia.com/2009/06/como-interpretar-um-exame-de-hemograma-completo/
http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/248135/hemograma+o+que+ele+pode+indicar.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemograma
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade
No hemograma, VCM, HCM e RDW são os índices hematimétricos, que servem para avaliar as características das hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos.
Esses índices adicionais do hemograma permitem verificar o tamanho e o formato das hemácias, sendo usados em conjunto com a contagem dessas células para diagnosticar diversos tipos de anemia.
O índice VCM significa Volume Corpuscular Médio e serve para avaliar o tamanho médio dos glóbulos vermelhos e diagnosticar anemias. Se o valor for inferior a 80 fl, significa que as hemácias estão pequenas e a anemia é do tipo microcítica. Um exemplo comum desse tipo de anemia é a anemia ferropriva, causada por deficiência de ferro.
Se o VCM for maior que 96 fl, a anemia é do tipo macrocítica, pois as hemácias estão maiores que o normal. Dentre esse tipo de anemia, as mais comuns são a anemia megaloblástica e a perniciosa.
Valores de VCM entre 80 e 100 fl indicam que as hemácias estão dentro do tamanho normal. No entanto, se o número de glóbulos vermelhos estiver reduzido, a anemia é chamada normocítica.
O índice HCM significa Hemoglobina Corpuscular Média e indica o peso da hemoglobina na hemácia. Portanto, serve para avaliar a quantidade média de hemoglobina na célula. A hemoglobina é a proteína que dá a cor vermelha aos glóbulos vermelhos e, consequentemente, ao sangue. Sua principal função é se ligar ao oxigênio para que este seja transportado para as células do corpo.
Valores altos de HCM são encontrados em glóbulos vermelhos mais escuros. Nesses casos, a anemia é denominada hipercrômica.
Se o HCM estiver baixo, as hemácias terão coloração mais clara e a anemia é chamada hipocrômica.
Valores normais de HCM são encontrados em glóbulos vermelhos de cor normal, chamados normocrômicos. Caso haja anemia, ela é denominada normocrômica. O resultado do HCM é dado em picogramas. O valor de referência é de 30 a 33 pg.
RDW é a sigla em inglês para Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos). É um índice que indica a variação de tamanho entre as hemácias, representando a percentagem da variação entre os tamanhos obtidos. Serve para avaliar a distribuição dos glóbulos vermelhos de uma amostra em relação ao seu diâmetro, mostrando assim o grau de heterogeneidade dessas células. Para classificar a anemia, deve ser usado em conjunto com o VCM. Os valores de referência do RDW ficam entre 11% e 14%.
O hemograma é um exame de sangue usado para obter informações sobre as células do sangue (leucócitos, hemácias e plaquetas), quer para auxiliar o diagnóstico ou verificar a evolução de diversas doenças.
Índices hematimétricos
Written by Judith Epstein on 15 de Junho de 2012
Anemia
 
Componentes
 
VCM
 
HCM
 
CHCM
 
Resultados normais
 
Resultados de exames
 
O exame
Panorama geral
Os índices hematimétricos (índices da contagem de glóbulos vermelhos) fazem parte do exame de sangue de rotina denominado hemograma completo. O hemograma completo é usado para avaliar o estado geral de saúde de uma pessoa. O exame avalia a quantidade e as características de diferentes populações de células encontradas no sangue.
O sangue é composto por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas suspensos no plasma. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina que leva oxigênio para todo o organismo. A cor do glóbulo vermelho (eritrócito) é vermelha clara e sua cor é obtida da hemoglobina. Os glóbulos vermelhos tem o formato de uma rosquinha, mas com uma região mais fina no meio ao invés de um buraco. Normalmente, os glóbulos vermelhos são todos da mesma cor, tamanho e do mesmo formato, mas algumas doenças provocam variações que comprometem a capacidade dessas células de funcionar adequadamente.
Os índices hematimétricos avaliam o tamanho, o formato e as características físicas dos eritrócitos. Juntamente com a contagem de glóbulos vermelhos, os índices hematimétricos são usados para diagnosticar várias formas de anemia. Uma pessoa com baixa contagem de glóbulos vermelhos e/ou alterações nos índices hematimétricos apresenta alguma forma de anemia.
ANEMIA
Anemia
Os glóbulos vermelhos são produzidos na medula óssea. Seu tempo de vida normal é de 120 dias. A anemia é uma doença na qual o número de glóbulos vermelhos e/ou a quantidade de hemoglobina no sangue cai a um nível abaixo do normal. Essa queda priva os tecidos do organismo dos níveis necessários de oxigênio.
Isso pode acontecer se:
 um número muito pequeno de glóbulos vermelhos for criado (anemia aplástica)
 os glóbulos vermelhos forem destruídos precocemente (anemia hemolítica)
 ocorrer perda significativa de sangue
A anemia pode ser aguda ou crônica. Pode ser adquirida ou hereditária. Os sintomas mais comuns da anemia são fadiga e falta de energia. À medida que a doença evolui, os sintomas podem incluir tontura, sensação de frio ou dormência nas mãos e nos pés, falta de ar, batimento cardíaco rápido ou irregular e dor no peito.
As causas da anemia incluem:
 dieta com baixo teor de ferro, vitamina B-12 ou folato (ácido fólico)
 doenças crônicas como câncer, diabetes, doença inflamatória do intestino, doença renal ou tireoidite (inflamação da glândula tireoide)
 infecções crônicas como HIV ou tuberculose
 perda significativa de sangue
 doenças que afetam a medula óssea, como leucemia, linfoma ou mieloma múltiplo
 determinadas doenças genéticas, como talassemia (uma forma hereditária de anemia) ou anemia falciforme (na qual os glóbulos vermelhos adquirem o formato de foice e afetam a maneira como transportam o oxigênio)
 quimioterapia
 intoxicação por chumbo
 gravidez
A anemia por deficiência de ferro (ferropriva) é o tipo mais comum de anemia. O tratamento da anemia dependerá da(s) sua(s) causa(s). A contagem de glóbulos vermelhos e os índices hematimétricos podem ajudar a determinar a(s) causa(s) da anemia.
COMPONENTES
Componentes
Existem três componentes nos índices hematimétricos:
 o tamanho médio do glóbulo vermelho,denominado volume corpuscular médio (VCM)
 a quantidade de hemoglobina por glóbulo vermelho, denominada hemoglobina corpuscular média (HCM)
 a quantidade de hemoglobina relativa ao tamanho da célula ou da concentração de hemoglobina por glóbulo vermelho, denominada concentração média da hemoglobina corpuscular (CHCM)
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VCM
VCM
O VCM avalia o tamanho médio dos glóbulos vermelhos.
O VCM aumenta se os glóbulos vermelhos estiverem maiores que o normal (macrocíticos). Este distúrbio é denominado anemia macrocítica.
O VCM cai se os glóbulos vermelhos estiverem menores que o normal (microcíticos). Este distúrbio é denominado anemia microcítica.
Se o VCM estiver normal, os glóbulos vermelhos estarão do tamanho normal. Esse glóbulos vermelhos são denominados normocíticos. No entanto, uma pessoa com glóbulos vermelhos normocíticos também pode apresentar anemia se houver um número pequeno de glóbulos vermelhos ou se os índices hematimétricos estiverem alterados. Este distúrbio é denominado anemia normocítica.
HCM
HCM
A HCM avalia ao quantidade média de hemoglobina em um glóbulo vermelho. Este é um cálculo baseado em dois outros valores mensurados no hemograma completo:
 no nível de hemoglobina (Hgb), que avalia a quantidade de hemoglobina no sangue
 na contagem de glóbulos vermelhos, que avalia o número de glóbulos vermelhos no sangue
A HCM é a Hgb dividida pelos glóbulos vermelhos. Portanto, HCM = Hgb/contagem de glóbulos vermelhos.
Se os valores da HCM estiverem altos, os glóbulos vermelhos serão denominados hipercrômicos. Os glóbulos vermelhos apresentarão cor mais escura. Este distúrbio é denominado anemia hipercrômica.
Se os valores da HCM estiverem baixos, os glóbulos vermelhos serão denominados hipocrômicos. Os glóbulos vermelhos apresentarão cor mais clara. Este distúrbio é denominado anemia hipocrômica.
Se os valores de HCM estiverem normais, os glóbulos vermelhos apresentarão cor normal. Esses glóbulos vermelhos são denominados normocrômicos. No entanto, uma pessoa com glóbulos vermelhos normocrômicos também pode apresentar anemia se houver um número pequeno de glóbulos vermelhos ou se os índices hematimétricos estiverem alterados. Esse quadro é denominado anemia normocrômica.
Os termos hipercrômico e hipocrômico também são usados para descrever níveis altos de CHCM e níveis baixos de CHCM, respectivamente.
CHCM
CHCM
A CHCM avalia a concentração média de hemoglobina dentro de um glóbulo vermelho. A CHCM é calculada usando dois outros valores do hemograma completo.
 a Hgb, que avalia a quantidade de hemoglobina no sangue
 o hematócrito, que avalia a porcentagem de glóbulos vermelhos em um determinado volume de sangue
A CHCM é a Hgb dividida pelo hematócrito. Portanto, CHCM = Hgb/hematócrito.
Se a CHCM estiver mais alta que o normal, a hemoglobina se concentrará de maneira anormal nos glóbulos vermelhos. Os glóbulos vermelhos apresentarão cor mais escura. Este distúrbio é denominado hipercromia.
Se a CHCM estiver mais baixa que o normal, a hemoglobina será anormalmente diluída nos glóbulos vermelhos. Os glóbulos vermelhos apresentarão cor mais clara. Este distúrbio é denominado anemia hipocrômica.
Se a concentração de hemoglobina estiver normal, a CHCM estará normal. Uma pessoa com valores normais de CHCM também pode ter anemia se houver um número pequeno de glóbulos vermelhos ou se os índices hematimétricos estiverem alterados. Este distúrbio é denominado anemia normocrômica.
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RESULTADOS NORMAIS
Resultados normais
De acordo com o National Institutes of Health, os valores normais da série vermelha são os seguintes:
 VCM: 80 a 100 fentolitros
 HCM: 27 a 31 picogramas/célula
 CHCM: 32 a 36 gramas/decilitro (NIH, 2011)
Os valores normais de referência podem variar um pouco de laboratório para laboratório.
RESULTADOS DE EXAMES
Resultados de exames
Se a contagem de glóbulos vermelhos estiver baixa ou algum dos índices hematimétricos estiver alterado, haverá indicação de alguma forma de anemia. Se os valores estiverem altos, trata-se de uma doença chamada policitemia. É necessário avaliar todos esses valores para obter o diagnóstico correto. Também pode haver necessidade de realizar outros exames.
Glóbulos vermelhos maiores podem conter mais hemoglobina. Glóbulos vermelhos menores, geralmente contém menos hemoglobina. Portanto, a HCM pode refletir o VCM.
Se a quantidade média de hemoglobina por glóbulo vermelho diminuir, a concentração diminuirá. Assim, se o VCM diminuir , a CHCM diminuirá. Os aumentos da CHCM são limitados pela quantidade de hemoglobina que um glóbulo vermelho pode conter.
Queimaduras graves ou um distúrbio chamado esferocitose hereditária pode provocar altos níveis de CHCM.
A anemia normocítica/normocrômica ocorre quando os glóbulos vermelhos apresentam tamanho e conteúdo de hemoglobina normais, mas em número muito pequeno. Esse quadro pode ser causado por uma súbita perda de grande quantidade de sangue, por uma prótese de válvula cardíaca, um tumor, uma doença crônica ou anemia aplástica.
A anemia macrocítica /normocrômica pode ser causada pela deficiência de vitamina B-12 e/ou folato, ou por quimioterapia.
A anemia microcítica /normocrômica pode ser causada por insuficiência renal.
A anemia microcítica /hipocrômica pode ser causada por deficiência de ferro, intoxicação por chumbo ou tipo hereditário de anemia denominada talassemia.
A policitemia vera geralmente é provocada pela produção de um número demasiado de glóbulos vermelhos e é um distúrbio da medula óssea. Em algumas circunstâncias, as contagens de plaquetas e de glóbulos brancos também aumentam. Trata-se de um distúrbio raro e é geralmente relacionado a uma mutação genética de um gene chamado JAK2.
O EXAME
O exame
Não há necessidade de preparo para este exame. Pode-se fazer uma picada no dedo tanto para adultos quanto para crianças. Uma picada no calcanhar pode ser usada em bebês. O técnico limpará o local do exame com um antisséptico. Depois do exame, um curativo será usado para proteger a região.
Em adultos, o sangue também pode ser colhido de uma veia do braço. Esse procedimento é denominado venopunção. O técnico higienizará a região de teste com antisséptico e amarrará uma fita elástica ao redor da parte superior do braço para a veia inchar. A agulha será suavemente inserida e o sangue fluirá para dentro do tubo. Quando o tubo estiver cheio, o técnico removerá a fita elástica e, em seguida, a agulha. Um curativo poderá ser colocado sobre a região onde a agulha foi inserida.
Normalmente, pode ocorrer dor quando a pele for perfurada e também pode ocorrer latejamento.
Pode ajudar aplicar gelo no local da injeção. Essa aplicação deixará o local um pouco dormente.
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