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APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE 
Art. 5º CP, temperada (não é absoluta, estanque): todo fato criminoso que ocorre no território brasileiro é julgado e a sentença cumprida aqui no brasil. (solo, terra e mar) 12 ilhas marítimas, mais 12 milhas que o Brasil é responsável, porém não cabe ao código penal.
- Ela permite que alguém cometa um crime aqui e seja punido de acordo com o sistema jurídico do país de origem.
IMUNIDADE:
Imunidade fator que impede que alguém que cometeu um comportamento, possa ser responsabilizado pelo que fez. É uma prerrogativa. Imunidades são causas impeditivas da punibilidade.
→ diplomática: proteger um cargo ao sistema judiciário do país aonde esteja localizado a embaixada. Ex: embaixador, família e alguns cargos (secretários, tesoureiros e outros), chefe de governo estrangeira (comitiva), integrantes de organizações internacionais,
OBS: A IMUNIDADE DIPLOMÁTICA, ela impede a punibilidade penal do autor de um comportamento criminoso, e essas decorre da imunidade diplomática que não atinge a figura do cônsul. Imunidade penal absoluta para o embaixador e família e alguns casos específicos de alguns cargos.
→ parlamentar (imunidade funcional): tem imunidade penal e civilmente no exercício (opiniões, palavras e votos). Vereadores, deputados estaduais...
OBS: quando o parlamentar estiver afastado do cargo, ocupando o cargo de ministro, secretário de estado, etc. Ele continua detentor das mesmas prerrogativas do cargo, ela subsiste mesmo não estando no exercício. Somente podem ser presos, por crimes inafiançáveis (hediondos, tráficos, terrorismo e tortura) (racismo com injúria praticada por preconceito racial) e em flagrantes. Deputados Federais e senadores têm foro privilegiado, vão ser julgados pelo STF. Tribunal de Justiça dos Estados vai julgar os Deputados Estaduais. 
→ judicial: advogado no exercício da causa pratica injuria, difamação. Não pode ser responsabilizado na defesa da causa. Art 7º da lei 8906 / 94.
Imunidade prisional, presidente da republica. E também tem foro privilegiado, julgados no STF.
Governadores só têm foro privilegiado. Julgados no STJ.
Prefeitos só detém foro privilegiado.
Extraterritorialidade: fatos ocorridos fora do território nacional. Aplicação da lei de um país às infrações penais cometidas fora do território nacional. A legislação brasileira, no tocante aos crimes, consagra três princípios: da nacionalidade (personalidade); da proteção (real); da universalidade (cosmopolita). Quanto às contravenções penais vigora apenas o princípio da territorialidade. Vide princípio da nacionalidade.
→ Incondicionada: Não exige condição nenhuma.
- Crimes contra a fé publica, patrimônio, empresa pública, sociedades de economia mista (pública e privada) ex Banco do Brasil, Petrobrás.
- Crimes praticados contra administração pública por quem estar a seu serviço. 
- Crimes de Genocídio permite punir um brasileiro e um estrangeiro 
→ Condicionada: (nacionalidade ativa) crimes praticados por brasileiros no estrangeiro; praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras ou privadas e não sejam julgadas lá. Art. 7º, II,CP.
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
1ª Sujeito tem que entrar no território brasileiro. Ex: Turismo, extradição.
2ª O fato tem que ter duplatipicidade. 
3ª O crime tem que ser passível de extradição no Brasil. Crimes Políticos e de opinião (manifestar-se contra o sistema) não são passiveis de extradição.
4ª O agente não ter sido absolvido.
5ª O agente não ter sido condenado e cumprido a pena.
6ª Agente não ter sido perdoado no estrangeiro.
7ª Não estar extinta a punibilidade no pais estrangeiro.
→ Hipercondicionada: Art. 7º, §3, CP. Aplicado por estrangeiro em brasileiro no estrangeiro. Deve ser requerido pelo ministro da justiça. A possibilidade jurídica, que permite punir um estrangeiro que comete um crime contra um brasileiro, fora do território nacional. Hipótese que somente será possível com a coexistência de todas as condicionantes do art. 7º parágrafo segundo, aliadas a uma requisição do ministro da justiça (condição de procedibilidade), além da inexistência de pedido de extradição, ou da negativa a um pedido.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
No dia 27 de fevereiro, Juvenal e Raimundo foram fazer um passeio na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, resolveram fazer compras na cidade Del Este no Paraguai. Enquanto faziam compras, Raimundo, subtraiu um relógio rolex, avalhado em U$$ 2.000,00, tendo sido flagrado por policiais paraguaios quando se preparava para atravessar a ponte da amizade e retornar ao Brasil. Para praticar o furto Raimundo contou com o auxílio de Juvenal que distraiu a atenção da vendedora da loja enquanto Raimundo subtraiu o relógio. A dupla foi presa, processada, julgada e condenada pela prática de furto, sendo que cada um recebeu a pena de 3 anos de prisão.
1) Seria possível aplicar a lei penal brasileira ao furto cometido pela dupla? Justifique.
Não, porque pela questão da extraterritorialidade condicionada, aplicamos o Art. 7º, II, CP. Onde podemos observar que a dupla não pode receber a aplicabilidade da lei nacional porque eles já foram, processados, julgados, condenados e presos pela justiça paraguaia. 
2) Caso Juvenal fosse filho do Cônsul Brasileiro no Paraguai isso alteraria algo? Por quê?
Não, porque apesar de ser filho de um Cônsul não possui imunidade diplomática, tampouco seus familiares. 
3) Caso eles não tivessem sido presos no Paraguai e conseguissem ingressar no território brasileiro, o que poderia ser feito para possibilitar a responsabilização penal da dupla? Explique.
Deveria haver uma informação formal ao governo brasileiro relatando o fato para que assim seja aberto um processo criminal no Brasil, também, é imprescindível que atenda aos sete requisitos presentes no Art. 7º, § 2, CP, para assim, ocorrer o processo legal no Brasil e ter consequências para a dupla brasileira. 
A embaixada não é extensão do território nacional. (1º lei penal brasileira), se for um estrangeiro chinês ele é punido pela lei chinesa.
Efeitos que uma sentença estrangeira pode produzir no Brasil: 
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;
II - sujeitá-lo a medida de segurança. (inimputáveis por problemas mentais).
É necessário que ela passe por um processo de convalidação. Caso contrario não tem valor. Precisa ser homologada, aceita. STJ vai fazer essa aceitação.
Situações: 
1 Cumprir medida de segurança, inimputabilidade, periculosidade. (doente mental).
2 A indenização decorrente aos crimes praticados no estrangeiro. 
- Deportação é a entrada irregular em determinado país.
- Expulsão decorre de comportamentos criminosos que atentam contra a segurança nacional, interesses nacionais.
 - Extradição é o processo oficial pelo qual um Estado solicita e obtém de outro a entrega de uma pessoa condenada, ou suspeita de infração criminal.
- Ativa é pra quem pede
- Passiva é pra quem for pedido
- Obrigatória, compulsória. Quando um país pede para outro país e é feita.
- Voluntária quando o extraditando consenteem sua extradição
- Reextradição: A manda pro B, e B manda pra C. normalmente o Brasil veda a reextradição.
- Quem pode ser extraditado? Estrangeiros, excepcionalmente os estrangeiros não serão extraditados se cometerem crimes políticos ou de opinião. Sumula 421 STF não impede a extradição o fato de der casado com brasileiro, ou ter filho com brasileiro.
- PARA HAVER EXTRADIÇÃO:
Duplatipicidade, prevalência do tratado, princípio ou regra da reciprocidade (países se comprometem a dar o mesmo tratamento), princípio da jurisdicionalidade, aplica-se regra de preferência da competência nacional, aplica-se a regra da limitação em razão da pena (brasileiros não extraditam em locais que aplicam pena como a prisão perpétua etc), regra de detração.
- Entrega não funciona entre países, funciona entre o Tribunal Penal Internacional e um país.
- Imposta: quando o extraditando a ela se opõe;
- Instrutória: quando o pedido do instituto visa submeter o sujeito a processo penal;
- Executória: sendo aquela que se destina a obrigar ao cumprimento da pena imposta.
Se pedir pro Brasil entregar algm que está aqui, mesmo sendo nato, pode entregar, pq o q é vedado é a extradição e não a entrega.
Principio da Passagem Inocente: Segundo este princípio, somente são relevantes os crimes que afetarem o interesse nacional, sendo que as embarcações privadas/aeronaves privadas estrangeiras que estiverem somente de passagem pelo Brasil não sofrem, caso o crime não afete o interesse brasileiro, intervenção da lei brasileira.
Nos casos de contravenções penais ocorridas no estrangeiro, não se aplica lei penal brasileira, pois o código penal destaca a palavras “crimes”. Temos que aplicar o princípio da legalidade.
O principio que leva em consideração quem é o detentor do bem jurídico ofendido mais comumente conhecido como principio da defesa.
Principio da justiça universal: o agente fica sujeito à lei penal do país onde for encontrado. Esse princípio rege normalmente os crimes em que o Brasil se obrigou a reprimir em Tratados, independentemente do local onde foi praticado, quem praticou ou contra quem foi praticado. Exemplo: tráfico internacional.
Princípio da compensação: O “Princípio da Compensação” é uma tentativa de se estabelecer em que condições uma determinada situação que afeta de maneira diferente (uns beneficiando, outros prejudicando) pode ser modificada, de forma que os “ganhadores” possam compensar os “perderdores”, de maneira que esta segunda situação seja considerada “melhor” que a primeira situação.
Prazos penais
Correm em dias úteis. começam a ser computados no dia da ocorrência dos fatos. 
Conteúdo da prova
Conceituação do direito penal.
Princípios.
Teorias prevenção geral, prevenção especial.
Norma penal.
Lei penal no tempo.
Lei penal no espaço.
Condutas: dolo e culpa.

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