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anatoMIA e fisiologia do olho - LAOFT 2018

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8 Anatomia & fisiologia
cap. 01Parte externa do olho
Parte externa do olho
Pálpebras
As pálpebras (Figura 1) desempenham duas prin-
cipais funções:
• Proteção do globo ocular;
• Secreção, distribuição e drenagem da lágrima.
Dinâmica palpebral
O espaço entre as pálpebras é chamado de “fis-
sura” ou “abertura ocular”. As fibras do músculo 
orbicular formam um anel ao redor da abertura 
palpebral e sua contração leva ao fechamento 
da mesma. A abertura palpebral é realizada prin-
cipalmente pelo músculo elevador da pálpebra 
superior, embora ainda existam túnicas fibrosas 
que agem na retração da pálpebra inferior. O 
músculo elevador se origina no ápice da órbi-
ta, cursa anteriormente sobre o músculo reto 
superior e insere-se na placa tarsal e na pele da 
pálpebra superior. As pálpebras são firmemente 
aderidas às margens da órbita pelos ligamentos 
palpebrais medial e lateral. 
O movimento de piscar distribui a lágrima atra-
vés da córnea, o que mantém uma superfície 
lisa, além de promover a retirada de debris. O 
reflexo palpebral do piscar é também um impor-
tante fator de proteção. A via nervosa aferente é 
composta por um ramo do trigêmeo (V par), e a 
eferente, pelo nervo facial (VII par). Os cílios tam-
bém desempenham função protetora.
Pele e apêndices
A pele das pálpebras é fina e frouxamente ade-
rida aos tecidos subjacentes, o que permite, em 
situações de inflamação e sangramento, a for-
mação de considerável edema. A placa tarsal é 
uma faixa de tecido conjuntivo denso e situa-se, 
posteriormente, à pele e ao músculo orbicular, 
e anteriormente, à conjuntiva palpebral (tarsal). 
É nessa região que encontramos as glândulas 
de Meibomius, responsáveis pela produção da 
camada lipídica do filme lacrimal. Essas glându-
las são alinhadas verticalmente na placa tarsal 
e se abrem junto à margem palpebral, onde se 
pode notar seus orifícios. As placas tarsais são 
contínuas perifericamente com o septo orbitário 
(uma fina, mas relevante estrutura divisória en-
tre a pálpebra e a órbita). Ao longo da margem 
palpebral encontramos os cílios, anteriormente 
(com importante função protetora), e os orifícios 
meibomianos, posteriormente. No terço nasal, 
observa-se uma abertura denominada “ponto la-
crimal”, responsável pela drenagem da lágrima. 
A linha cinzenta, importante estrutura na repa-
ração das lacerações palpebrais, situa-se entre os 
cílios e os orifícios meibomianos.
Inervação
A inervação sensorial é originada do nervo trigê-
meo (V par craniano), via divisão oftálmica (pál-
pebra superior) e divisão maxilar (pálpebra infe-
rior). O músculo orbicular é inervado pelo nervo 
facial (VII par craniano). O músculo levantador da 
pálpebra superior é inervado pelo nervo oculo-
motor (III par craniano). Uma paralisia desse ner-
vo leva a uma queda da pálpebra superior deno-
minada “ptose”. Note-se que todos os nervos, ex-
ceto o facial, são oriundos da órbita e alcançam 
a pálpebra.
Irrigação vascular e drenagem linfática
As pálpebras são supridas por uma extensa ma-
lha vascular, a qual forma anastomoses entre ra-
9
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Parte externa do olho
Figura 01: pálpebras e bulbo ocular em corte sagital.
mos originados da artéria carótida externa (pela 
face) e da artéria carótida interna (pela órbita). 
Isso fornece excelente recuperação dessa região 
no pós-trauma.
O fluido linfático das pálpebras superiores é 
drenado para linfonodos pré-auriculares e das 
pálpebras inferiores para os linfonodos subman-
dibulares. Linfadenopatia é um sinal comum de 
infecção das pálpebras e das conjuntivas (princi-
palmente por vírus).
10 Anatomia & fisiologia
cap. 01Parte externa do olho
Conjuntiva
A conjuntiva (Figura 1) é uma membrana muco-
sa que reveste posteriormente as pálpebras e co-
bre a superfície anterior do olho até a córnea. Na 
reflexão superior e inferior, entre o globo ocular 
e as pálpebras, a conjuntiva forma um fundo de 
saco, denominado “fórnice”. A conjuntiva é firme-
mente aderida às pálpebras, frouxamente aderi-
da ao globo ocular e encontra-se livre na região 
dos fórnices. Portanto, inflamações podem cau-
sar edema (quemose) na região dos fórnices e da 
conjuntiva bulbar (globo ocular).
A conjuntiva é composta de uma camada epite-
lial e de um estroma subjacente. Na camada epi-
telial encontramos as células caliciformes, res-
ponsáveis pela secreção de mucina (importante 
componente do filme lacrimal). Outras glândulas 
conjuntivais contribuem ainda na formação das 
camadas aquosa e lipídica do filme lacrimal. A 
conjuntiva facilita o livre movimento do globo 
ocular e promove uma superfície lisa para que as 
pálpebras deslizem sobre a córnea.
A inervação sensorial é mediada via divisão oftál-
mica do nervo trigêmeo. A vascularização é pre-
dominantemente originada de ramos orbitários 
com presença de anastomoses do sistema facial.
A conjuntiva tem um importante papel na prote-
ção do olho contra microorganismos.
Córnea e esclera
Juntas, a córnea e a esclera formam uma superfí-
cie esférica que compõe a parede externa do glo-
bo ocular. Embora as duas sejam muito similares, 
a estrutura corneana é unicamente modificada 
para transmitir e refratar a luz (Figura 1).
A esclera é formada principalmente por fibras 
colágenas. É avascular, apesar de apresentar va-
sos em sua superfície, e relativamente acelular. 
Apesar de ser fina (máxima espessura de 1 mm), 
é a esclera que dá o suporte para inserção dos 
músculos extra-oculares. É perfurada posterior-
mente pelo nervo óptico e também por vasos e 
nervos (sensoriais e motores) ao longo do globo 
ocular. A união entre a córnea e esclera chama-se 
“limbo”.
A córnea é formada por cinco camadas: o epité-
lio, camada de Bowman, estroma (mais espessa), 
membrana de Descemet e endotélio (camada 
única de células hexagonais). 
A córnea é extremamente sensível ao toque (em 
contraste com a esclera) devido a fibras nervosas 
originadas da divisão oftálmica do nervo trigê-
meo. Este é exposto quando há quebra do epité-
lio corneano (desepitelização), causando grande 
dor.
A córnea é avascular, sendo nutrida pelo humor 
aquoso, pelo filme lacrimal e por difusão de vasos 
presentes no limbo. A isquemia do limbo pode 
levar a um afilamento corneano periférico (mel-
ting), e a restrição da oxigenação através do filme 
lacrimal (devido ao uso de lentes de contato, por 
exemplo) pode resultar em ulceração corneana.
As funções principais da córnea são: proteção 
contra invasão de microorganismos e transmis-
são e refração da luz.
A refração da luz ocorre porque a superfície de 
curvatura corneana possui índice refracional 
maior que o do ar. Sua superfície é transparente 
devido ao especializado arranjo das fibras de co-
lágeno presentes no estroma, as quais devem se 
manter em um estado de relativa desidratação. 
Isso é conseguido através de uma bomba de íons 
encontrada no endotélio (a direção do fluxo é do 
estroma para a câmara anterior). A perda severa 
de células endoteliais (e a conseqüente perda da 
bomba iônica) leva a uma hidratação excessiva 
(edema) e à perda da transparência corneana.
11
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Parte externa do olho
Figura 02: produção e drenagem lacrimal.
Produção e drenagem lacrimal
A glândula lacrimal secreta a maior parte do com-
ponente aquoso do filme lacrimal (Figura 2). Ela 
repousa na região súpero-temporal da órbita an-
terior. Seu lobo anterior pode ser visto algumas 
vezes no fórnice conjuntival superior. É inervada 
por fibras parassimpáticas carreadas pelo nervo 
facial.
A lágrima corre em um menisco na margem pal-
pebral inferior, é espalhada através da superfície 
ocular pelo movimento do piscar e é drenada 
nos pontos lacrimais superior e inferior (situados 
no canto nasal palpebral). Os canalículos de cadaponto lacrimal se unem para formar o canalículo 
comum que termina no saco lacrimal. Finalmen-
te, a lágrima passa pelo ducto nasolacrimal e al-
cança a cavidade nasofaríngea através do meato 
inferior. Isso explica o desconfortável sabor que 
se segue após a administração de certos colírios.
Ao nascimento, o ducto nasolacrimal pode não 
estar totalmente desenvolvido, causando lacri-
mejamento constante (epífora). Na maioria dos 
casos o seu completo desenvolvimento se dá 
em um ano de vida. Já a obstrução adquirida do 
ducto nasolacrimal é uma causa importante de 
epífora em adultos. Pode ser causada por uma 
infecção aguda do saco lacrimal, a qual se mani-
festa por edema da região medial palpebral.
12 Anatomia & fisiologia
cap. 01Parte interna do olho
Parte interna do olho
A função das estruturas oculares internas é basi-
camente de refinar a imagem vinda da córnea e 
converter a energia luminosa em energia elétrica 
para formação da imagem no cérebro.
Úvea
A úvea compreende a íris e o corpo ciliar, anterior-
mente, e a coróide, posteriormente (Figura 03). 
 
Íris
A íris consiste em tecido conjuntivo contendo 
fibras musculares, vasos sangüíneos e células 
pigmentares. Sua superfície posterior é determi-
nada por uma camada de células pigmentares. 
Em seu centro há uma abertura, a pupila. A fun-
ção principal da íris é controlar a entrada de luz 
na retina e reduzir a lesão intra-ocular causada 
pela luminosidade. A dilatação da pupila é cau-
sada por contrações de fibras musculares lisas 
radiais inervadas pelo sistema nervoso simpáti-
co. A contração pupilar ocorre quando um anel 
de fibras musculares lisas em torno da pupila se 
contrai. Esse anel é inervado pelo sistema nervo-
so parassimpático.
A pigmentação da íris reduz a lesão intra-ocular 
mediada pela luz. A quantidade de pigmento 
iriano determina a “cor dos olhos”: olhos azuis 
contêm menos quantidade de pigmento do que 
olhos marrons.
Corpo ciliar
O corpo ciliar (Figura 3) é uma estrutura especia-
lizada que une a íris com a coróide. É responsável 
pela produção do humor aquoso. O corpo ciliar é 
ligado ao cristalino pela zônula.
Anteriormente, a superfície interna é transfor-
mada em processos ciliares, os quais são respon-
sáveis pela produção do humor aquoso.
A contração de fibras musculares presentes no 
músculo ciliar causa uma redução em sua circun-
ferência; isso reduz a tensão na zônula, fazendo 
com que a elasticidade natural do cristalino gere 
um aumento em sua convexidade, propiciando 
um melhor foco para a visão de perto. Esse fenô-
meno é chamado “acomodação”, o qual é contro-
lado por fibras parassimpáticas do nervo oculo-
motor (III par craniano). O relaxamento das fibras 
é um processo passivo, aumentando a tensão na 
zônula, de forma que aplaina o cristalino, geran-
do melhor visão para longe.
A região posterior do corpo ciliar une-se à retina 
através da ora serrata.
13
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Parte interna do olho
Figura 03: corte transversal do olho.
Coróide
A coróide consiste em: vasos sangüíneos, teci-
do conectivo e células pigmentares. Está locali-
zada entre a retina (camada interna) e a esclera 
(camada externa). É responsável pelo aporte de 
oxigênio e de nutrição das camadas externas da 
retina.
Existe um espaço virtual entre a coróide e a es-
clera, o qual pode ser preenchido por sangue ou 
por líquido seroso em algumas patologias ocu-
lares.
14 Anatomia & fisiologia
cap. 01Parte interna do olho
Cristalino
O cristalino (Figura 3), em formato discóide, 
é compreendido por uma massa de células 
alongadas, chamadas “fibras cristalinianas”. No 
centro, essas fibras estão compactadas em um 
núcleo duro envolto por uma menor densidade 
de fibras, o córtex. Toda essa estrutura está en-
volvida por uma cápsula elástica e é capaz de se 
deformar para realizar a acomodação. Falência 
da acomodação relacionada à idade (presbiopia) 
ocorre devido à perda da elasticidade capsular e 
do enrijecimento do cristalino.
O cristalino é relativamente desidratado e suas 
fibras contêm proteínas especiais, o que gera sua 
transparência. A catarata é qualquer opacidade, 
congênita ou adquirida, do cristalino.
Humor aquoso
O humor aquoso preenche as câmaras anterior 
e posterior. A câmara anterior é o espaço entre 
a córnea e a íris. Atrás da íris e anteriormente ao 
cristalino, situa-se a câmara posterior. Essas duas 
regiões comunicam-se através da pupila.
Formação
O humor aquoso (ou apenas “aquoso”) é pro-
duzido pelo corpo ciliar por ultrafiltração e por 
secreção ativa. Sua composição é estritamente 
regulada para excluir proteínas de alto peso mo-
lecular e células, mas contém glicose, oxigênio e 
aminoácidos para a córnea e para o cristalino.
Drenagem
O aquoso circula da câmara posterior para a câ-
mara anterior pela pupila, deixando o olho pela 
malha trabecular; esta é um tecido especializa-
do, localizado no ângulo da câmara anterior, en-
tre a íris e a córnea, semelhante a uma peneira. A 
partir da malha trabecular, o aquoso é coletado 
pelo canal de Schlemm, o qual circunda o olho 
no limbo corneoescleral, drenando-se, então, 
para as veias episclerais.
A produção e a drenagem do aquoso são balan-
ceadas para manter uma pressão intra-ocular 
adequada.
Vítreo
O corpo vítreo é 99% composto de água, mas, 
vitalmente, também contém fibras de colágeno 
e de ácido hialurônico, que promovem coesão e 
uma consistência gelatinosa. Com o avançar da 
idade, o vítreo sofre uma progressiva liquefação 
(degeneração). É aderido à retina em certos pon-
tos, particularmente no nervo óptico e na ora 
serrata. Quando ocorre sua degeneração, pode 
haver tração e conseqüente descolamento da 
retina.
O vítreo ajuda no amortecimento do globo ocu-
lar e tem um menor papel como fonte de meta-
bólitos.
Retina
A retina converte a imagem luminosa em im-
pulsos nervosos (Figura 4). É compreendida pela 
retina neurossensorial e pelo epitélio pigmentar 
retiniano (EPR). O raio luminoso tem que passar 
através da retina interna para alcançar os fotor-
receptores (cones e bastonetes), os quais con-
vertem a energia luminosa em elétrica. A retina 
então tem que ser transparente. Neurônios co-
nectores (interneurônios) modificam e passam 
o impulso elétrico para as células ganglionares, 
cujos axônios correm ao longo da superfície reti-
15
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Parte interna do olho
Função
Concentração
Número
BASTONETES
Visão no escuro, movimento
Periferia da retina
> 100 milhões
CONES
Visão no claro, cores e definição
Mácula
6-7.000 milhões
Tabela 1. Propriedades dos cones e dos bastonetes
niana e entram no nervo óptico.
Uma região da mácula é responsável pela visão 
central. Em seu centro existe uma área altamente 
especializada denominada “fóvea”, a qual é res-
ponsável pela visão de alta qualidade. O restante 
da retina é responsável pela visão periférica.
Os cones estão concentrados na mácula. Eles são 
responsáveis pela acuidade visual e pela aprecia-
ção de cores. Os bastonetes estão relacionados 
com a visão em baixos níveis de luminosidade e 
com a detecção de movimento, estando distri-
buídos por toda a retina (Tabela 1).
Os fotorreceptores contêm pigmentos visuais, 
como o retinol (vitamina A), ligados à proteína 
(opsina). A absorção luminosa causa uma mu-
dança estrutural e química que resulta na hiper-
polarização elétrica do fotorreceptor.
Externamente à retina neurossensorial encontra-
se o EPR, uma camada única de células pigmen-
tadas que são essenciais na fisiologia dos fotor-
receptores. As células do EPR reciclam a vitamina 
A para formação do fotopigmento, transportam 
água e metabólitos, renovam os fotorreceptores 
e ajudam na redução do dano luminoso. Prejuízo 
na função do EPR, quepode ocorrer com a idade 
e em muitos estados patológicos, pode levar a 
uma perda da função retiniana e, conseqüente-
mente, da visão.
O suprimento sangüíneo da retina é derivado da 
artéria central da retina e da coróide. Ambos os 
sistemas são necessários para o funcionamento 
normal da mesma. Os vasos retinianos entram e 
saem do olho através do nervo óptico e correm 
sob a camada de fibras nervosas. Um ramo cali-
broso de artéria e veia forma uma “arcada”, a qual 
nutre cada quadrante da retina.
A barreira hemato-retiniana, que consiste nas ti-
ght junctions entre as células endoteliais dos va-
sos retinianos e as células do EPR, isola a retina 
da circulação sistêmica. A quebra dessa barreira, 
que ocorre na retinopatia diabética, por exem-
plo, leva a um edema retiniano e a acúmulo de 
proteínas e de lipídeos, causando perda da trans-
parência retiniana e diminuição da acuidade vi-
sual.
16 Anatomia & fisiologia
cap. 01Parte interna do olho
Figura 04: diagrama da retina.
Nervo óptico
Os axônios das células ganglionares presentes 
na camada de fibras nervosas da retina chegam 
ao nervo óptico através do disco óptico, o qual 
não possui fotorreceptores e corresponde, por-
tanto, a uma mancha cega fisiológica (Figuras 4 
e 6). A maioria dos discos ópticos tem uma ca-
vidade central, denominada “escavação”, a qual 
é pálida em comparação com a coloração rósea 
das fibras nervosas que a circundam. A perda das 
fibras nervosas, que ocorre no glaucoma e em 
outras patologias, resulta em um aumento dessa 
escavação.
Há aproximadamente um milhão de axônios no 
nervo óptico. Atrás do globo ocular, esses axô-
nios tornam-se mielinizados e o nervo óptico é 
revestido pelo fluido cerebroespinhal do espaço 
subaracnóideo, sendo protegido por uma bainha 
contínua com as meninges cerebrais.
Relações e conexões: órbita e vias ópticas
Cada olho repousa dentro de uma cavidade óssea 
(a órbita), que o protege em todas as direções, 
com exceção da sua parte anterior. Os músculos 
que movem o olho unem-se no ápice orbitário 
formando o cone muscular. Dentro da órbita ain-
da encontramos os nervos motores, sensoriais e 
autonômicos do olho e de estruturas associadas. 
O espaço orbitário é preenchido por gordura e 
por uma complexa malha de tecido conjuntivo 
que ajuda na sustentação do globo ocular e na 
interação com os músculos extra-oculares.
O campo e a qualidade de visão são gerados pe-
los dois olhos conjuntamente. Os nervos ópticos 
de cada olho são coordenados e conectados a 
outras áreas em nível cortical cerebral; disso re-
sulta a visão. Determinados centros motores, 
núcleos cranianos e conexões interligam os dois 
olhos (como as rodas da frente de um carro) para 
manter a visão binocular sem diplopia.
17
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Parte interna do olho
Órbita
As paredes ósseas da órbita formam uma estru-
tura piramidal (Figura 5). São constituídas pelos 
ossos frontal, maxilar, zigomático, etmoidal, la-
crimal e esfenoidal. A parede medial e o assoalho 
da órbita são finos. Quando uma forte pressão é 
exercida sobre a órbita (por exemplo nos trau-
mas), sua descompressão através de fraturas do 
assoalho ou da parede medial ajuda a minimizar 
o dano ao globo ocular. Por outro lado, infecções 
dos seios maxilar e etmoidal podem facilmente 
penetrar na órbita.
No ápice orbitário, o forame orbitário leva o ner-
vo óptico, posteriormente, para o quiasma ópti-
co intracraniano, e a artéria oftálmica, anterior-
mente, para a órbita. Lateralmente ao forame, 
existem duas fissuras:
 
• A fissura orbitária superior, a qual dá passagem 
para os nervos lacrimal, frontal e nasociliar (divi-
são oftálmica do V par craniano), para os III, IV e VI 
pares cranianos e para a veia oftálmica superior.
• A fissura orbitária inferior, a qual permite a saída 
da veia oftálmica inferior e a entrada da divisão 
maxilar do V par craniano.
Os quatro músculos retos extra-oculares (medial, 
superior, lateral e inferior) deixam o ápice da ór-
bita para se inserir no globo ocular de 5 a 7 mm 
atrás da junção córneo-escleral. Eles formam 
um cone, cujo interior possui nervos sensoriais 
e autonômicos, artérias do globo ocular, nervo 
óptico e nervos motores para todos os músculos 
extra-oculares, com exceção do músculo oblíquo 
superior. Portanto, a compressão do ápice orbi-
tário por um tumor, por exemplo, pode resultar 
na perda da sensibilidade corneana, na redu-
ção dos movimentos oculares e no prejuízo da 
função visual, assim como num deslocamento 
anterior do globo ocular (proptose). A completa 
anestesia ocular, por injeção local, requer que o 
anestésico seja injetado ou difundido para esse 
espaço intraconal.
18 Anatomia & fisiologia
cap. 01Parte interna do olho
Figura 05a e 05b: paredes da órbita.
19
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Parte interna do olho
Músculos extra-oculares
Os quatro músculos retos (Figura 6) têm uma 
adesão posterior comum no anel de tecido con-
juntivo que circunda o canal óptico e que divide 
a fissura orbitária superior em dois comparti-
mentos.
• Reto lateral: é inervado pelo VI par craniano 
(abducente). Sua contração move o olho lateral-
mente e, portanto, sua paralisia gera um desvio 
para dentro (convergente).
• Reto medial: é inervado pelo III par craniano 
(oculomotor). Sua contração move o olho nasal-
mente.
• Reto superior e inferior: esses músculos não só 
movem o olho para cima e para baixo, respec-
tivamente, mas também têm ações adicionais, 
ajudando na adução (movimento em direção ao 
nariz) e na rotação. Eles também são inervados 
pelo nervo oculomotor.
• Oblíquo superior e inferior: o músculo oblíquo 
superior se origina na região posterior da órbi-
ta, sofre um desvio em um tipo de polia (tróclea) 
situada atrás da rima orbitária súpero-nasal, e 
é então direcionado para trás, para se inserir 
no globo ocular. É inervado pelo IV par crania-
no (troclear). Age principalmente na rotação do 
olho, mas também contribui para o movimen-
to lateral (abdução) e para alguma depressão 
ocular. O músculo oblíquo inferior origina-se na 
rima orbitária inferior próximo à parede medial 
e passa lateralmente, e, posteriormente, para se 
aderir ao globo próximo à topografia da mácula. 
Como o oblíquo superior, ele roda o olho e ajuda 
na elevação e na abdução. É inervado pelo nervo 
oculomotor.
Músculo levantador da pálpebra
O músculo levantador (inervado pelo III par cra-
niano) projeta-se anteriormente na forma de 
uma ampla aponeurose, ligando-se na placa tar-
sal superior e na pele da pálpebra superior (Figu-
ras 1 e 6). Associadas a ele encontram-se fibras 
de músculo liso inervadas pelo sistema nervoso 
simpático. A função do músculo levantador é a 
de elevar a pálpebra superior.
Nervos da órbita
Além dos nervos motores dos músculos extra-
oculares, a órbita contém nervos sensoriais e au-
tonômicos (Figura 6).
O principal nervo sensorial é o nervo óptico (II 
par craniano), envolto por uma membrana contí-
nua com as meninges intracranianas, sendo que 
o espaço subaracnóideo estende-se até o globo 
ocular. O suprimento sangüíneo é dado por nu-
merosos vasos derivados da artéria oftálmica. Na 
porção final dessa artéria (próximo ao globo), 
não existem anastomoses, de forma que um pro-
cesso isquêmico, como arteriosclerose ou arte-
rite de células gigantes, tipicamente leva a uma 
perda visual severa.
Ramos da divisão oftálmica do nervo trigêmeo 
fornecem a inervação sensorial para o globo ocu-
lar (especialmente a córnea), para a conjuntiva e 
para a pele das pálpebras, com extensão para a 
fronte e o occipício. O nervo nasociliar dirige-se 
ao globo ocular, mas não termina nele. O nervo 
passa pela órbita junto à parede medial e emer-
ge ao lado do nariz. O herpes zoster ocular geral-
mente encontra-se associado a lesõescutâneas 
nasais.
20 Anatomia & fisiologia
cap. 01Parte interna do olho
Figura 06a e 06b: nervos e músculos da órbita.
vista frontal
vista superior
As fibras parassimpáticas do corpo ciliar (acomo-
dação) e do músculo constritor da íris seguem o 
trajeto do terceiro nervo. Há uma sinapse entre 
as fibras pré e pós-ganglionares no gânglio ciliar 
próximo ao nervo óptico. 
As fibras parassimpáticas da glândula lacrimal 
possuem um trajeto complexo, passando pelo 
nervo facial e então seguindo o trajeto da divisão 
maxilar do trigêmeo.
As fibras sensoriais e parassimpáticas chegam ao 
globo ocular via nervos ciliares curtos e longos, 
que atravessam a esclera posteriormente.
Fibras simpáticas pós-ganglionares emergem do 
gânglio cervical superior no pescoço, unem-se 
à artéria carótida interna e percorrem um longo 
trajeto, entrando no crânio, passando através do 
seio cavernoso e finalmente chegando à órbita. 
Além de exercerem vasoconstricção arteriolar, 
21
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Parte interna do olho
tais fibras inervam o corpo ciliar (produção do 
aquoso) e o músculo dilatador da pupila. Dila-
tação pupilar máxima pode ser conseguida pela 
administração tópica de um inibidor do sistema 
parassimpático (como a tropicamida e o ciclo-
pentolato) ou de um agonista do sistema simpá-
tico (fenilefrina).
Vias ópticas
Os nervos ópticos unem-se no quiasma óptico 
sobre a sela túrcica do osso esfenóide. A glân-
dula pituitária projeta-se inferiormente atrás do 
quiasma. As fibras nervosas da retina nasal (cam-
pos visuais temporal ou lateral) cruzam para 
o lado oposto do quiasma, sendo que as fibras 
pós-quiasmáticas do lado esquerdo represen-
tam o campo visual do lado direito de ambos os 
olhos (e vice-versa).
O trato óptico estende-se do quiasma até o cor-
po geniculado lateral, onde nervos que começa-
ram como fibras na superfície da retina formam 
sinapses com neurônios, os quais seguem pela 
radiação óptica para alcançar o córtex visual no 
lobo occipital.
A pressão sobre o quiasma por um tumor hipo-
fisário leva a uma hemianopsia bitemporal. Atrás 
do quiasma, uma lesão unilateral causa uma he-
mianopsia no lado oposto.
O trato óptico e suas radiações são supridos por 
ramos da artéria cerebral média, e o córtex visu-
al, pela artéria cerebral posterior. Cada mácula é 
representada por uma área cortical em ambos 
os pólos occipitais, e tem um duplo suprimento 
sangüíneo (artérias cerebrais média e posterior). 
Como resultado, a oclusão do suprimento arte-
rial do córtex visual causa uma perda de campo 
bilateral, com preservação da visão central (cam-
po macular).
22 Anatomia & fisiologia
cap. 01Saiba mais
Saiba mais
Pálpebras
Músculo de Müller (tarsal superior): origina-se 
na face inferior do músculo levantador da pálpe-
bra superior a cerca de 15 mm da borda tarsal su-
perior. Consiste em um músculo liso de inervação 
simpática. Está fracamente aderido à conjuntiva 
e insere-se na borda tarsal superior. É responsá-
vel por cerca de 2 mm de abertura palpebral e 
tem papel na ptose da síndrome de Horner e na 
retração palpebral da doença de Graves. 
Músculo de Horner (tensor do tarso): porção 
profunda, medial do orbicular pré-tarsal, que se 
insere na crista lacrimal posterior e na fáscia la-
crimal. Sua contração move a pálpebra medial e 
posteriormente. Ao mesmo tempo, o saco lacri-
mal é distendido lateralmente a partir do orbi-
cular pré-septal, criando uma pressão negativa 
dentro do saco que drena a lágrima a partir do 
canalículo. Esse é o mecanismo conhecido como 
“bomba lacrimal”, sendo que paralisia, enfraque-
cimento e frouxidão palpebral causam epífora 
em razão da perda de função de bomba.
Músculo de Riolan: é a porção do orbicular que 
se situa próxima à borda palpebral, separada do 
orbicular pré-tarsal pelos folículos pilosos. Cor-
responde à linha cinzenta. Medialmente, o mús-
culo de Riolan se prolonga até o músculo de Hor-
ner. Ajuda a aproximar as bordas palpebrais.
Septo orbitário: separa a órbita da pálpebra, 
constituindo uma barreira para o acesso poste-
rior de hematomas ou de infecções. Na pálpebra 
superior, não se funde diretamente com o tarso e 
sim com o tendão do músculo levantador da pál-
pebra superior (MLPS). Posteriormente ao septo, 
encontra-se a gordura pré-aponeurótica, um de-
marcador importante para se chegar ao MLPS. O 
septo é composto por tecido conectivo fibroso 
que pode adelgaçar-se com a idade, permitindo 
o prolapso de bolsas de gordura.
Os equivalentes ao MLPS e ao músculo de Müller 
na pálpebra inferior são a “fáscia capsulopalpe-
bral do músculo reto inferior” e o “músculo tarsal 
inferior”, que são os retratores da pálpebra in-
ferior. Durante a infraversão, a pálpebra inferior 
excursiona inferiormente 5-6 mm graças à ação 
desses músculos. 
Quando as pálpebras estão fechadas, a rima pal-
pebral está quase no plano horizontal, exceto em 
determinadas raças (por exemplo, nos asiáticos). 
Nessas pessoas ocorre leve inclinação da rima 
palpebral para cima, em direção ao nariz, porque 
as extremidades mediais das pálpebras superio-
res projetam-se em sentido superomedial. Além 
disso, seus ângulos mediais são recobertos por 
uma prega cutânea extra denominada “prega 
palpebronasal”, a qual varia em tamanho. Rimas 
palpebrais oblíquas e pregas palpebronasais 
também estão presentes em pessoas com a sín-
drome de Down (trissomia do cromossomo 21) 
e com outras síndromes, por exemplo, síndrome 
do miado do gato (resultante de uma deleção 
terminal do cromossomo número 5).
Qualquer uma das glândulas palpebrais pode se 
tornar inflamada e edemaciada. Se os ductos das 
glândulas de Meibomius ficam obstruídos ou in-
flamados, desenvolve-se na pálpebra uma tume-
fação avermelhada e dolorosa conhecida como 
“hordéolo”. O calázio é uma lesão inflamatória, 
crônica, lipogranulomatosa e estéril, causada por 
obstrução dos orifícios das glândulas de Meibo-
mius e pela estagnação das secreções sebáceas.
Limbo
De um ponto de vista mais sofisticado, já foram 
identificadas várias evidências estruturais e bio-
químicas sugestivas não só da individualidade 
23
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Saiba mais
anatomofuncional do limbo, como também da 
possibilidade de que a região seja o reservatório 
das células germinativas da córnea (stem cells). 
Estudos realizados em coelhos demonstraram 
que a remoção parcial da região límbica compro-
mete a superfície corneana, o que poderá levar a 
descompensação da mesma e posterior defeito 
epitelial extenso.
Transplantes de córnea homólogos podem ser 
realizados cirurgicamente em pacientes com 
córneas opacas ou lesadas. O epitélio de super-
fície é regenerado pelo hospedeiro e recobre o 
transplante em poucos dias. Também são usados 
implantes corneais de material plástico não rea-
tivo. Como a parte central da córnea recebe oxi-
gênio do ar, lentes de contato gelatinosas usadas 
por longo período devem ser permeáveis a gás.
Camadas da retina (Figura 7)
Externamente, aderido à coróide, encontramos o 
“epitélio pigmentar da retina (EPR)”, que é uma 
monocamada de células cubóides a qual se es-
tende da margem do disco óptico até a ora ser-
rata, onde continua como “epitélio ciliar pigmen-
tário”.
No sentido da esclera para o corpo vítreo, te-
mos: 
• Retina externa (nutrida principalmente pela 
coróide)
1. Camada de fotorreceptores: compreende os 
segmentos interno e externo dos fotorrecepto-
res e as vilosidades do EPR.
2. Membrana limitante externa: não é uma 
membrana verdadeira mas sim complexos jun-
cionais que unem as células de Müller com os 
segmentos internos dos fotorreceptores.
3. Camada nuclear externa: é composta pelos 
corpos celulares dos fotorreceptores.
4. Camada plexiforme externa: consiste em 
axônios dos cones e dosbastonetes que formam 
sinapse com dendritos das células bipolares e 
horizontais.
• Retina interna (nutrida por vasos retinia-
nos)
5. Camada nuclear interna: contém núcleos 
das células bipolares, células horizontais, células 
amácrinas e células de Müller, sendo geralmente 
mais fina que a nuclear externa.
6. Camada plexiforme interna: consiste em 
axônios das células bipolares e amácrinas, além 
de suas sinapses, e nos dendritos das células 
ganglionares.
7. Camada de células ganglionares: consiste 
em corpos celulares das células ganglionares se-
parados uns dos outros por processos das célu-
las de Müller e de neuroglia.
8. Camada de fibras nervosas: composta pela 
extensão dos axônios das células ganglionares.
9. Membrana limitante interna: consiste, em 
sua maior parte, na lâmina basal das células de 
Müller.
cap. 01
24 Anatomia & fisiologia
cap. 01Saiba mais
Figura 07: camadas da retina.
25
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Resumocap. 01
Resumo
Pálpebras
• Proteção do globo e distribuição da lágrima 
pela córnea.
• Fecha-se por contração da porção ocular do 
músculo orbicular (nervo facial).
• Abertura feita pelo uso do levantador (nervo 
oculomotor).
• A margem palpebral contém uma linha de cílios 
anterior a uma linha de orifícios da glândula de 
Meibomius.
Conjuntiva
• Uma membrana mucosa que contribui para a 
produção lacrimal e dá resistência contra infec-
ções.
Córnea
• Tecido altamente especializado.
• Principal função: refração e transmissão lumi-
nosa.
• Formada por epitélio externo, por estroma avas-
cular e por monocamada de células endoteliais.
• O endotélio bombeia a água do estroma para 
a câmara anterior; sua falência leva à perda da 
transparência.
Lágrima
• Camada lipídica secretada por glândulas de Mei-
bomius; camada aquosa, pelas glândula lacrimal 
e glândulas conjuntivais associadas; camada de 
mucina, pelas células caliciformes conjuntivais.
• Drena para o ponto lacrimal, para os sacos lacri-
mais, chegando ao nariz pelo ducto nasolacrimal 
no meato inferior.
Íris
• Constrição: parassimpático. Dilatação: simpáti-
co.
Corpo ciliar
• Produz o humor aquoso, mediador de acomo-
dação.
Cristalino
• Consiste em um núcleo duro e um córtex mole, 
circundado por uma cápsula e fixo pela zônula.
Aquoso
• Drenado pela malha trabecular, no ângulo da 
câmara anterior entre a íris e a córnea.
Retina
• Fotorreceptores convertem energia luminosa 
em elétrica; transmitem a energia elétrica para 
as células ganglionares via interneurônios.
• Axônios das células ganglionares cruzam a su-
perfície da retina e deixam o olho pelo disco óp-
tico.
• Os cones estão concentrados na mácula e são 
responsáveis por visão de alta qualidade.
cap. 01
26 Anatomia & fisiologia
cap. 01Resumo
Relações e conexões: órbita e via óptica
• As paredes orbitárias medial e inferior são mais 
delgadas.
• O nervo óptico e a artéria oftálmica passam 
através do canal óptico.
• O terceiro nervo supre os músculos levantador, 
retos superior, inferior e medial, oblíquo inferior, 
além de ser responsável pela acomodação e pela 
contração pupilar.
• O quarto nervo supre o músculo oblíquo supe-
rior.
• O sexto nervo supre o músculo abducente.
• Função dos músculos extra-oculares:
• Reto medial: adução.
• Reto lateral: abdução.
• Retos superior e inferior: elevação e depressão.
• Oblíquos: rotação.
Via visual
• Nervos ópticos chegam ao quiasma (fibras da 
retina nasal cruzam para o lado oposto) e diri-
gem-se ao trato óptico.
• Ocorre uma sinapse no corpo geniculado late-
ral.
• Radiações ópticas seguem ao córtex occipital.
27
cap. 01
Anatomia & fisiologia
cap. 01 Auto-avaliaçãocap. 01
Auto-avaliação
1. Fazem parte da ÚVEA:
a. Cristalino, íris e esclera;
b. Coróide, corpo ciliar e íris;
c. Cristalino, esclera e coróide;
d. Coróide, retina e esclera.
2. Paciente vítima de trauma crânio-facial dá en-
trada no PS com quadro de edema periorbitário 
à direita. Ao exame nota-se enfisema subcutâneo 
periorbitário à direita. As paredes orbitárias mais 
prováveis de terem sido fraturadas são:
a. Superior e inferior;
b. Temporal e nasal;
c. Nasal e inferior;
d. Temporal e superior.
3. Paciente com ptose pode ter qual nervo (par 
craniano) lesado?
a. Óptico;
b. Troclear;
c. Facial;
d. Oculomotor.
4. Considere as assertivas abaixo:
I. A córnea é avascular, sendo nutrida por difu-
são de vasos presentes no limbo, além do humor 
aquoso e filme lacrimal;
II. Os cones são responsáveis pela visão em bai-
xos índices de luminosidade e detecção de mo-
vimentos, enquanto que os bastonetes relacio-
nam-se com a acuidade visual e visão de cores;
III. O humor aquoso é produzido pelo corpo ciliar 
por ultrafiltração e secreção ativa.
a. Apenas I e II são corretas;
b. Apenas I e III são corretas;
c. Apenas II e III são corretas;
d. Todas estão corretas.
5. Na fisiologia da drenagem lacrimal qual dos 
fatores abaixo é responsável pelo maior percen-
tual de drenagem? 
a. Evaporação; 
b. Absorção; 
c. Bomba lacrimal; 
d. Gravidade. 
6. No hordéolo (terçol) temos o comprometi-
mento de: 
a. Glândula de Meibomius; 
b. Glândulas sudoríparas da pálpebra; 
c. Glândulas de pele - sebáceas; 
d. Glândulas de Krause. 
7. Os músculos levantador da pálpebra superior 
e orbicular do olho são inervados, respectiva-
mente, por ramos oriundos dos seguintes nervos 
cranianos: 
a. III e V;
b. III e VII; 
c. III e VII; 
d. VI e VII. 
8. O conduto lacrimonasal chega à fossa nasal 
através de: 
a. Meato médio; 
b. Corneto inferior; 
c. Corneto médio; 
d. Meato inferior.
28 Anatomia & fisiologia
cap. 01Auto-avaliação
9. As paredes da órbita formam uma estrutura:
a. esférica
b. piramidal
c. trapezoidal
d. em forma de elipse
10. O músculo reto lateral é inervado pelo:
a. VI par craniano
b. III par craniano
c. IV par craniano
d. VII par craniano
11. O corpo ciliar:
a. É responsável pela produção do humor aquo-
so.
b. Se une à retina através da zônula.
c. Se une ao cristalino pela ora serrata.
d. Não tem papel na acomodação. A acomoda-
ção se dá exclusivamente por ação do cristalino.
12. Quanto à retina:
a. A visão central se dá na mácula.
b. Os bastonetes estão relacionados com a visão 
de cores.
c. Há grande concentração de bastonetes na má-
cula.
d. Os cones se concentram na periferia retiniana.

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