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semana 4 - pratica simulada II

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Faculdade Estácio de Sá – Nova América – Noite
Aluna: Patricia José Trovisco de Abreu – Matricula: 201407279432
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE _________. 
EMPRESA LV, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº.............., com sede na Rua...................., CEP............, neste ato representada por.........., nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº........, inscrito no CPF sob o nº …........, residente na Rua........., CEP..........., vem por seu advogado, com escritório na Rua........, CEP........., onde recebe intimações e notificações, conforme artigo 39, I do CPC, propor
 AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
pelo rito especial, em face de JOSÉ, nacionalidade, estado civil, recepcionista, portador da Carteira de identidade nº............,inscrito no CPF sob o nº …...., PIS......, CTPS.....,Serie......, filho de …..........,residente na Rua..........., CEP. …....., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
I- DOS FATOS 
	O Réu foi admitido pela Autora no dia 11/05/2008, para exercer as funções de recepcionista, mediante a remuneração mensal de R$ 465,00.
	Ocorre que no dia 19/06/2009, o Réu afastou-se do trabalho, em função da percepção de auxílio-doença.
	Tendo em vista que tal benefício previdenciário foi cessado em 20/07/2009, e ter se passado dez dias sem que o Réu retornasse as suas atividades laborativas, o Autor promoveu convocação por meio de AR e edital publicado em jornal de grande circulação. Mesmo diante da convocação, o Réu permaneceu inerte.
	Passado mais 30 dias, a parte Autora procedeu com nova convocação que restou sem resposta.
	O afastamento por mais de 30 dias implica na presunção do animus abandonandi, de modo que a consignante considera rompido o contrato de trabalho por sua iniciativa, com base em justa causa praticada pelo consignatário (neste sentido o art. 482, i, da CLT, interpretada pela Súmula 32 do TST). 
	Como exemplo de como o prazo tridecenal é elástico, vejamos o seguinte julgado: 
				DISPENSA MOTIVADA – ABANDONO DE EMPREGO – A 					caracterização da dispensa 		motivada por abandono 				de emprego exige prova robusta e incontestável, face o 					prejuízo de ordem moral e profissional que pode acarretar ao 				empregado. Não 			basta, entretanto, somente a 				prova material da falta ao serviço por mais de trinta 						dias consecutivos. Necessário se faz a prova do animus 					abandonandi. Grifamos 		(TRT 17ª R. – RO 2050/2001 				– (591/2002) – Rel. Juiz Geraldo de Castro Pereira – 					DOES 22.01.2002) 
	Contudo, a parte autora preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com a baixa da CTPS e com o pagamento das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, resolveu recorrer do Poder Judiciário, demonstrando, assim, boa-fé . 
II- DOS FUNDAMENTOS
	Diante da recusa do credor em receber seu crédito, restou configurada a mora creditoris, na conformidade do art. 394 do Código Civil, cuja incidência é autorizada pelo art. 8º da CLT. Segundo o disposto no artigo 890 do CPC, diante da recusa do credor em receber seu crédito, é cabível a presente ação de consignação em pagamento.
	A obrigação, segundo Antonio Carlos Marcato, tem natureza eminentemente pessoal e se define como o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa fica adstrita a satisfazer uma prestação em proveito da outra. Ou ainda, como uma relação transitória que constrange a dar, fazer ou não fazer alguma coisa economicamente apreciável em proveito de alguém.
Em análise mais apurada, verifica-se que a obrigação é composta de 3 elementos, o sujeito, objeto e o vinculo jurídico.
Este terceiro elemento estabelece o liame que interliga os sujeitos e uma vez que a obrigação de dar, fazer ou não fazer é descumprida a força abstrata contida neste elemento pode ser acionada.
Surge, então, a existência da sanção que é a medida imposta pela lei pela não observância das obrigações. Esta sanção além de se externar como multas e juros moratórios defere ao estado o poder de eliminar a resistência através da constrição patrimonial do devedor, cujo efeito final será a satisfação do direito e a extinção do vínculo obrigacional.
O código civil explica que o pagamento é uma forma voluntária de extinção de obrigação, mas cuida, ainda, de normatizar os chamados pagamentos especiais em consignação, sub-rogação, imputação do pagamento, dação em pagamento, bem como, outras modalidades de extinção do vínculo obrigacional sem pagamento tais como a novação, compensação, transação, confusão e remissão.
A modalidade especial de pagamento por consignação inexiste “convergência volitiva, eis que o devedor, querendo pagar, encontra um obstáculo concreto a intenção”.
A falta de pagamento acarreta a incidência da mora, que segundo Caio Mario da Silva Pereira, caracteriza-se pelo retardamento injustificado da parte de algum dos sujeitos da relação obrigacional no tocante a prestação.
	Vale destacar o entendimento do colendo tribunal superior do trabalho:
			RECURSO DE REVISTA. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM 					PAGAMENTO. 				PROCESSO EXTINTO SEM 			JULGAMENTO DO MÉRITO, POR AUSÊNCIA DE 						INTERESSE PROCESSUAL. VERBAS RESCISÓRIAS 					DEPOSITADAS NA CONTA-			CORRENTE DA 				CONSIGNATÁRIA. AUSÊNCIA DE RECUSA. Verifica-se que a 				intenção do consignante, em dar quitação às verbas rescisórias por 			meio do 			depósito dos valores diretamente na conta-			corrente da consignatária, não 			merece acolhida, 				porquanto não preenchido um dos pressupostos de 						validade da ação, qual seja, a recusa do pagamento. Importante 				ressaltar 			que o Tribunal -a quo- consignou 				expressamente que não houve prova da 			recusa do 			crédito. Pelo contrário, a Corte foi enfática ao registrar que a 				consignatária recebeu o crédito depositado diretamente em sua conta 			corrente. Recurso de revista de que não se conhece.
			(TST - RR: 3421820105040812 342-18.2010.5.04.0812, Relator: 				Pedro 	Paulo Manus, Data de Julgamento: 29/08/2012, 7ª Turma)
	O consignatário não quer de maneira alguma restar em mora com o consignante, e por estar de boa-fé, é que demanda a presente ação. 
III- DO PEDIDO
	 Diante do exposto requer: 
1) A notificação do Réu;
2) O reconhecimento do abandono de emprego e da existência de motivo justo para a ruptura do pacto laboral por parte do Réu;
3)O reconhecimento da ausência de mora da parte autora.
IV – DAS PROVAS 
	Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 332 do CPC, em especial a documental.
V- DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ …...........
 
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB nº

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