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DIREITO EMPRESARIAL Diferença de marca e nome empresarial: O nome empresarial é a identificação do empresário ou da sociedade empresária adotada para o exercício da atividade empresarial. O seu registro é feito na Junta Comercial e garante o uso exclusivo do nome nos limites do receptivo estado. Isso significa que, diferentemente da marca, a proteção conferida ao nome empresarial ocorre somente dentro do seu estado. A marca é um sinal distintivo que serve para identificar um produto ou um serviço de outros idênticos, similares ou afins, segundo o INPI. Em resumo, a marca é um símbolo que faz com que uma pessoa se lembre de uma determinada empresa ou produto. Por exemplo, ao se observar uma maçã prateada é esperado que você se lembre da empresa Apple. DIREITOS INTELECTUAIS É um conjunto de princípios que regula as criações intelectuais dos seres humanos. Comportam uma divisão: A) Direitos do autor e conexos: que regulam as criações de caráter ESTÉTICO, como por exemplo: cinema, pintura, musica, etc. Essas criações satisfazem a alma através de sentidos. A proteção dessas criações estéticas é para a vida todo do autor e se estende aos sucessores por mais 70 anos contados da morte do autor. É titular desses direitos o criador, que assim se intitula, independentemente de quaisquer formalidades legais (regime de proteção informal). Portanto, a atribuição dos Direitos de Autor decorre exclusivamente do esforço de criação intelectual da obra, afastando, assim, inclusive, questionamentos sobre a própria capacidade do criador. É titularidade originária. Portanto, é considerado autor aquele que se apresenta como tal na publicação da obra, independentemente de qualquer formalidade ou registro. OBS: software é um direito de autor e tem proteção de 50 anos a partir da sua criação. O nome da obra também é protegido. B) Direito de propriedade industrial: protegem as criações de caráter utilitário, que satisfazem as necessidades do dia a dia do homem. Proteção para invenção é de 20 anos; para modelo de utilidade é de 15 anos e para desenho industrial é 15 anos. Todos a contar a partir do pedido de patente. Aqui, o regime de proteção é formal pois depende de registro no INPI. Direitos do autor: Os direitos de autor se subdividem em: (i) direitos morais de autor e (ii) direitos patrimoniais de autor. Essas duas categorias de direitos de autor nascem do fato único da criação e são incindíveis, como duas facetas de um mesmo fenômeno. DIREITOS MORAIS: Está relacionado à integridade, só o autor pode modificar sua obra. Os direitos morais de autor estão elencados no art. 24 da lei de regência e se caracterizam pela pessoalidade, perenidade, inalienabilidade, imprescritibilidade e impenhorabilidade. Após a morte do autor, cabe aos sucessores ou ao Estado a defesa dos direitos morais, no interesse público. Direito do inédito: faculdade de tornar público. DIREITOS PATRIMONIAIS: se referem àqueles concernentes à exploração econômica da obra, por todas as formas e técnicas possíveis, sob regime monopolístico temporário. O criador poderá explorar sua criação por si ou conceder o direito de exploração a terceiros, mediante contrato (todo negócio envolvendo direitos patrimoniais de autor será interpretado restritivamente). Após a sua morte, os direitos patrimoniais se transferem para os herdeiros. Também são suscetíveis de penhora ou constrição judicial. Decorrido o prazo legal de proteção, a obra cai em domínio público, facultando-se a qualquer pessoa a utilização da obra, inclusive em âmbito empresarial. Também cairá em domínio público a obra cujo criador não tiver sucessores. Direitos conexos aos do autor: Direitos atribuídos aos artistas intérpretes e executantes das obras, aos produtores fonográficos e às empresas de radiodifusão, sem prejuízo dos direitos de autor das obras interpretadas, executadas, fixadas em quaisquer meios e às transmitidas através de radiodifusão. Conferem aos seus titulares direitos morais e patrimoniais sobre suas interpretações e execuções, sobre suas fixações e sobre suas irradiações. DIREITO DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL Marca: Marca deve ser um sinal distintivo, diferenciador, em relação a outros produtos idênticos ou semelhantes. Requisitos: a) cunho distintivo; b) novidade; c) veracidade (o uso da marca não pode enganar o consumidor relativamente à origem e qualidade do produto), e d) caráter lícito. - Espécies de marca: A) Marca de produto ou de serviço: tem por função distinguir um produto ou um serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa. B) Marca de certificação: usada para atestar a conformidade de produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada. Entidade certificadora não pode ter nenhum interesse no objeto. C) Marca coletiva: usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade. Ou seja, é de uma associação ou cooperativa, em que apenas os associados podem usar a marca. D) Marca de Alto Renome (art. 125 da LPI): a marca assim registrada terá proteção legal especial assegurada em todos os ramos de atividade, não se aplicando o princípio da especialidade, mas tão somente o da novidade relativa. Em outras palavras, a marca registrada perante o INPI como de “alto renome” bloqueia qualquer possibilidade de registro de marca idêntica ou semelhança, seja qual for o ramo de atividade para o qual se possa pleitear o seu uso. E) Marca Notoriamente Conhecida: passa a ser reconhecida em todos os países que reconhecem o instituto de notoriedade. - Pedido de registro: Busca prévia no INPI – Pedido de registro/requerimento (indicar as classes que se quer registrar) – Publicação do pedido na revista de propriedade industrial – Impugnação (prazo de 60 dias) – Análise técnica do INPI para verificar se consta algo ilegal – Decisão (deferimento = certificado conferido / indeferimento: recurso). - Nulidade do registro, podendo ser pleiteada: Administrativamente, caso o registro tenha sido concedido com contrariedade da lei, de ofício ou a requerimento de pessoa com legítimo interesse, dentro do prazo de 180 dias da expedição do certificado de registro. O titular será intimado a se manifestar no prazo de 60 dias, após o qual se seguirá a decisão do Presidente do INPI. Judicialmente, de ofício ou por iniciativa de pessoa com legítimo interesse, dentro do prazo de 5 anos contados a partir da concessão do registro, perante a Justiça Federal, com intervenção da autarquia, salvo se ela for a autora da ação de nulidade. - Extinção do direito: Por decurso do prazo, quando a pessoa que não quer mais renovar a marca, podendo outra pessoa registrar. Por caducidade, seja pelo uso em desconforme com a lei ou o desuso. Por renúncia do titular. Por não observância do artigo 271 (não constituição de procurador residente e domiciliado no País com poderes para receber citação, no caso de requerente ou titular domiciliado no estrangeiro). - Motivos de proteção da marca: identificação do empresário, crédito do empresário e o consumidor. Identificações geográficas: A) Identificação de procedência: estabelece uma relação de pertinência entre um espaço geográfico específico que ganhou fama como centro de extração, produção ou fabricação de um determinado produto ou prestação de serviço e esse mesmo produto ou serviço. B) Denominação de origem: estabelece uma relação de pertinência entre um espaço geográfico específico e um produto ou serviço cujas qualidades ou características são atribuídas exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos. Patente: A) De invenção: É uma nova função. Requisitos: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Proteção: 20 anos do depósito do pedido. B) De modelo de utilidade: É uma melhor função. Requisitos: melhora funcional de objeto ou em parte dele, ato inventivo e aplicação industrial. Proteção: 15 anos do depósito.- Pedido de registro: Busca prévia no INPI – Depósito do pedido de patente – Período de sigilo de 18 meses – Publicação do pedido na revista de propriedade industrial – Impugnação (60 dias) – Análise técnica do INPI – Decisão. - Nulidades da patente: Na via administrativa, onde tem o prazo de 6 meses da concessão da carta patente e é iniciado pelo próprio INPI ou terceiro interessado. Via judicial, onde o prazo é durante o prazo de vigência da patente e o foro é a Justiça Federal. Prazo para contestação é de 60 dias. INPI é parte processual, pois ele é atingido pela sentença. - Licença para exploração: A) Voluntária: direito do titular da patente, de permitir que terceiro, através de contrato, use ou explore economicamente a patente (exploração autorizada).
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