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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA_CPC 03 (R2) A partir da Lei 11.638/07 artigos 176, inciso IV tornou-se obrigatório a elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa que veio substituir a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. As normas para sua elaboração foram apresentadas através do Pronunciamento Técnico CPC 03, Deliberação CVM 547/08. Lei 11.638/07 - § 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (Dois Milhões de Reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. Caixa e Equivalentes de Caixa – Numerário em mãos, depósitos bancários disponíveis, aplicações de curto prazo (90 dias? Julgamento), de alta liquidez e saques à descoberto. Esta Demonstração Financeira indica as modificações ocorridas no fluxo de disponibilidades da empresa durante determinado período que é a base para avaliação da situação financeira da empresa e sua capacidade de arcar com o pagamento das obrigações. Considerações Em função do regime de competência o resultado do período que é apurado através da Demonstração de Resultado não evidencia necessariamente o real fluxo de caixa operacional do período. A determinação do fluxo real de caixa operacional está condicionada ao confronto entre as receitas e despesas sob o enfoque de caixa. A elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa poderá ser desenvolvida através do Método Direto ou Indireto, sendo que a diferenciação ocorre no fluxo de caixa operacional. “A entidade deverá apresentar seus fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento da forma que seja mais apropriada aos seus negócios. A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem também ser usadas para avaliar a relação entre essas atividades” “Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de um empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada como atividade de financiamento” Elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa Os recebimentos e pagamentos são registrados considerando as seguintes atividades: - operacionais; - investimentos; - financiamento. Atividades Operacionais Os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais são basicamente derivados das principais atividades geradoras de resultado da empresa. Portanto, eles geralmente resultam das transações e de outros eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Devem englobar as atividades ligadas à produção e à entrega de bens e serviços, além das transações não definidas com atividades de investimento e financiamento. Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são: (a) recebimentos das vendas à vista de bens , serviços e royalties e das contas a receber correspondentes, na hipótese de vendas a prazo; (b) recebimentos de caixa decorrentes de honorários, comissões e outras receitas; (c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; (d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; (e) pagamentos de impostos, taxas, contribuições e multas aos governos federal, estadual e municipal; (f) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice; (g) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e (h) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda futura. Atividades de Investimentos A divulgação em separado dos fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento é importante porque tais fluxos de caixa representam a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a finalidade de gerar resultados e fluxos de caixa no futuro. Exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento são: (i) pagamentos de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo. Esses desembolsos incluem os custos de desenvolvimento ativados e ativos imobilizados de construção própria; (j) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo; (k) pagamentos para aquisição de ações ou de concessão de empréstimos para empresas e de participações societárias (exceto desembolsos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação imediata ou venda futura); (l) recebimentos de caixa provenientes da venda de ações ou de empréstimos feito a outras empresas e participações societárias (exceto recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e os mantidos para negociação); (m) adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira); (n) recebimentos de caixa por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos de uma instituição financeira); Atividades de Financiamentos A divulgação separada dos fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento é importante por ser útil para prever as exigências sobre futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade. Exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento são: (o) caixa recebido pela emissão de ações (aporte de capital) ou outros instrumentos patrimoniais; (p) pagamentos de caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade; (q) caixa recebido proveniente da emissão de debêntures, empréstimos, títulos e valores, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; (r) amortização de empréstimos e financiamentos, incluindo debêntures emitidas, hipotecas, mútuos e outros empréstimos de curto e longo prazos; e (s) pagamentos de caixa por arrendatário, para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil financeiro. Método Indireto Este método tem uma grande capacidade informacional, permitindo visualizar a relação entre o lucro e o caixa. Há também a possibilidade de identificar e analisar o efeito das políticas de administração do Capital Circulante sobre o Fluxo de Caixa. Nesta evidenciação é efetuada uma forma de reconciliação entre o resultado obtido na Demonstração do Resultado com o caixa gerado pelas atividades operacionais. Esta informação é muito importante para o entendimento da situação da empresa e para efetuar projeções. Modelo da Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Indireto Fluxo de Caixa das Atividades operacionais Lucro líquido do exercício Despesas (receitas) que não afetam o caixa: - Perda por Estimativa em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) - Depreciação - Equivalência patrimonial Variações no ativo circulante - Créditosde clientes - Outros créditos - Estoques - Antecipações de impostos - Pagamentos antecipados Variações no passivo circulante - Fornecedores - Folha de pagamento e Encargos trabalhistas - Tributos e contribuições sociais - Empréstimos e financiamentos Caixa Líquido gerado pelas atividades operacionais Fluxo de Caixa das Atividades de investimentos Adições em investimentos Aquisição de bens do ativo imobilizado Acréscimos do ativo intangível Venda de bens do ativo imobilizado Caixa líquido utilizado nas atividades de investimentos Fluxo de Caixa das Atividades de financiamento Aumento do capital Empréstimos e financiamentos Pagamentos de financiamentos Pagamento de dividendos Juros sobre o capital próprio Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento Total dos efeitos de caixa Saldo Atual Saldo Anterior Variação do caixa (Aumento ou Diminuição) Método Direto Na elaboração do fluxo de caixa pelo método direto, faz-se uma descrição de entradas e saídas no disponível durante o exercício. Modelo da Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – Método Direto Fluxos das Atividades Operacionais Recebimento de duplicatas Recebimento de dividendos Recebimento de juros Recebimento de aluguel Outros recebimentos provenientes das operações Pagamentos de fornecedores Pagamentos de impostos, taxas e contribuições. Pagamentos de despesas operacionais Pagamentos de despesas antecipadas Outros pagamentos decorrentes das operações Fluxos das Atividades de Investimentos Recebimento do principal de empréstimos concedidos Recebimento do resgate de investimentos temporários Recebimento da alienação de imobilizado e intangível Recebimento da alienação de participações societárias Desembolso de empréstimos e financiamentos concedidos Pagamento na aquisição à vista de participações societárias Pagamento na aquisição à vista de imobilizados Pagamento na aquisição à vista de intangíveis Pagamentos na aquisição de investimentos temporários Fluxos das Atividades de Financiamentos Aporte de capital em espécie Recebimento de empréstimos obtidos Recebimento de financiamentos obtidos Pagamento do principal do empréstimo obtido Pagamento do principal do financiamento obtido Outros pagamentos decorrentes das atividades de financiamento Variação das Disponibilidades no Período Saldos de Caixa Em 31/12/2015 Em 31/12/2014 Diminuição do saldo de Caixa
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