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Lei de Introdução ao Direito Brasileiro

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LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL
 	A Lei Introdução ao Código Civil (LICC), constitui-se de um conjunto de normas sobre as próprias normas, disciplina a elaboração, vigência, aplicação, bem como suas fontes, dentre outros. Trata-se de uma Lei que se aplica em todos os ramos do Direito, exceto os que tiverem normas regulamentando de forma diversa.
A Lei de Introdução ao Código Civil, no passado, estabelecia diretrizes e dirimia controvérsias somente dentro do âmbito do Código Civil, porém, com o advento do novo código em 2003, tornou-se uma lei sobre direito em geral, passando a servir na prática de introdução ao direito como um todo, contendo normas gerais sobre aplicação do direito em geral, além do direito internacional privado. Por esse motivo, existe uma nomenclatura alternativa e mais adequada à LICC, que é "Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro", regulada pela lei 12376 de 2010. Esta Lei devia ater-se apenas à matéria civil, mas é na verdade uma lei de introdução para todo o direito brasileiro. 
A primeira Lei de Introdução ao Código Civil é de 1916, aprovada em conjunto ao velho Código, vindo daí seu nome. Mais tarde, foi substituída pelo Decreto-lei 4657/42, que permanece até hoje em vigor, composta de 19 artigos no total. Ao ser aprovado o novo código civil, nem mesmo se pensou em substituir a lei de introdução, pois desde a sua elaboração entende-se que seu conteúdo desde sempre abordava o direito como um todo, não possuindo ligação estrita com o Direito Civil. 
DECRETO-LEI Nº4.657, DE 04 DE SETEMBRO DE 1942.
Lei de Introdução às normas do 
Direito Brasileiro.[1: Ementa com redação dada pela Lei nº 12.376, de 30.12.10 Redação anterior: Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro]
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, 
Usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:
 Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
Se a lei não especificar o prazo para entrar em vigor, tem-se por base este artigo1º, que determina que entre em vigor 45 dias depois de oficialmente publicada.
§ 1º Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.[2: Vide Lei 2.145, de 1953]
A lei em território estrangeiro, quando não especificada a data de entrar em vigor, entrara no praso de três meses após ser oficialmente publicada. Sendo assim, se havia uma lei anterior a ela no exterior, ela prevalece por estes 3 meses mesmo que no Brasil a lei nova já esteja em uso.
§ 2º (Revogado pela Lei nº 12.036, de 01.10.09)[3: Redação anterior: § 2º A vigência das leis, que os Governos Estaduais elaborem por autorização do Governo Federal, depende da aprovação deste e começa no prazo que a legislação estadual fixar.]
Tornou-se sem efeito
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 
Todos os prazos que constavam na lei, passam a contar novamente da nova publicação. Tal situação ocorre pra corrigir erros ortográficos ou em casos do sentido da lei ter ficado confuso, exigindo correção para eliminar o erro ou esclarecer qual é o objeto da lei em questão. 
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
As correções passam pelo mesmo processo de criação de uma nova lei equiparam-se (equivalem-se) elas a uma lei nova.
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
As leis de caráter temporário que já trazem expressas o tempo de sua validade, excetuam-se. As leis brasileiras têm caráter permanente, ou seja, seguem em vigor até que se publique uma outra lei que a modifique ou revogue.
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
A lei mais nova torna sem efeito a lei antiga, toda ou em parte, de acordo com a situação. Aparecerá de forma expressa ou silenciosa a ineficiência. A revogação (ineficiência) se dá por incompatibilidade parcial ou total, quando a matéria necessitar de uma regulação totalmente diferente em virtude da evolução de costumes.
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
A norma geral não revoga a especial assim como a especial não revoga a geral, podendo ambas reger a mesma matéria desde que não haja atrito entre elas. Se houver este atrito caberá um método de resolução de contradição entre os dois princípios.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora Perdido a vigência. 
A situação explicitada se justifica pelo fato do nosso ordenamento jurídico não admitir o dispositivo da repristinação (voltar ao valor) automática. A repristinação só ocorre se expressamente for declarada.
Art. 3ºNinguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
A lei depois de tornada pública através de publicação oficial (DOU), respeitando o período de vacatio legis ((Lê-se: vocácio légis.) Dispensa ou insenção da lei (vago)) se houver, passa a vigorar para todos, não podendo ninguém alegar desconhecimento para justificar seu descumprimento.
Art. 4ºQuando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
Como existe brechas ou lacunas no direito, nem Sempre o Juiz irá encontrar uma lei que seja aplicável ao caso concreto. Porém, mesmo que não se encontre uma lei específica para resolver uma determinada situação, deve-se usar a analogia, buscando encontrar casos julgados semelhantes.
Art. 5ºNa aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
O Juiz deverá aplicar a norma para a sua interpretação atenda o melhor possível a situação, enquadrando a lei no caso concreto, evitando as lacunas ou contradições normativas.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.[4: Redação dada pela Lei nº 3.238, de 01.08.57 Redação anterior: Art. 6º A lei em vigor terá efeito imediato e geral. Não atingirá, entretanto, salvo disposição expressa em contrário, as situações jurídicas definitivamente constituídas e a execução do ato jurídico perfeito.]
A lei após entrar em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando esses três dispositivos (ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada) conforme ordena a CF1988. Valendo durante toda a sua vigência, para situações vindouras.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.[5: Parágrafo Acrescentado pela Lei nº 3.238, de 01.08.57]
(O ato jurídico perfeito é o já consumado) que pela legislação anterior foi regido e que por este motivo (sendo ele já concluído), não será objeto de nenhuma lei nova.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
(Direito adquirido é quando o seu titular já teve o direito reconhecido por uma lei antiga), mesmo que venha a lei nova, esta não poderá atingi-lo. (Pode-se citar como exemplo uma pessoa que necessite de 35 anos de serviço para se aposentar mas por escolha não se aposentou mesmo com 37 anos de serviço comprovados. Se na época que entrar em vigor uma nova lei nova exigindo 40 anos de serviços, esta lei não o atinge, pois quando ela entrou em vigor , ele já preenchia os requisitos da lei antiga.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
A última sentença, decisão esta que não tem comomais ninguém recorrer . É a decisão final sobre o caso. (A coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito são dispositivos para promover a segurança jurídica).
Art. 7ºA lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. 
A lei do país onde a pessoa tem domicílio (âmbito definitivo) determina as regras da ordem civil.
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
Casamento no Brasil é regido pela lei brasileira, no que diz respeito as formalidades para o casamento, e impedimentos legais. Os direitos de família serão regidos pela lei do domicílio dos casal, brasileiros ou estrangeiros. 
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
Se a lei der competência ao agente consular ou diplomático, este poderá realizar casamentos de estrangeiros (de mesma pátria) fora de seu país, dentro ou fora de seu consulado. Brasileiros que se casarem com estrangeiros só poderão casar-se em consulado brasileiro.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. 
A invalidade do matrimonio será apurada pela lei do domicilio comum dos cônjuges, ou pela lei do primeiro domicilio conjugal dos mesmos.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. 
As questões patrimoniais obedecerão às leis onde os cônjuges estiverem domiciliados (morando), se estiverem domiciliados em países diferentes, será regido pela lei do lugar onde tiveram o primeiro domicilio conjugal.
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressaanuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.
O estrangeiro que se naturalizar pode com o aval de seu cônjuge, solicitar o regime parcial de bens, desde que resguarde o direito de terceiros, anteriores a naturalização.
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.
O divórcio realizado fora do Brasil terá o prazo legal de um ano para ser reconhecido no Brasil, a não ser que tenha havido uma separação judicial também de um ano. O STF tem o poder de analisar documentos de divórcio dos brasileiros feitos no exterior, para que depois passe a ter todos os efeitos legais.
Homologação: Ato ou efeito de homologar; decisão tomada pelo juiz quando aprova ou confirma um ato processual ou uma convenção particular, para que produza efeitos jurídicos;
§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. 
T al regra serve para deixar claro que o domicilio eleito por um dos cônjuges, também é domicilio de seu companheiro e de seus filhos não emancipados, assim como o tutor ou curador estende os seu aos seus assistidos.
§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. 
Será considerada domiciliada uma pessoa sem domicilio, em sua residência habitual, temporária ou acidental ou naquele local onde se encontre.
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
A qualificação dos bens e os atos referentes a eles obedecem à lei do país onde se encontram.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. 
Para bens moveis que podem ser transportados (para uso pessoal ou em razão de negócio) para os mais diversos lugares, será aplicada a lei do lugar do domicilio do proprietário. Pois se não fosse assim, o bem móvel estaria sujeito as mais diversas legislações territoriais.
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. 
O penhor é regulado pela lei de onde quem empenhou a coisa tenha residência fixa (domicílio).Vale a regra de onde a coisa de situa.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem. 
As obrigações são regidas pela lei de onde forem realizadas as mesmas
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. 
A lei estrangeira será observada no Brasil, no caso de uma obrigação ter sido contraída (adquirida) no exterior e a lei brasileira irá disciplinar os atos para a execução da mesma.
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o proponente. 
As obrigações de um contrato são reguladas pela lei do local onde reside o proponente. Se os contratantes estiverem em estados diversos será o local em que o contrato foi proposto.
Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. 
A lei que vai reger a sucessão será a de onde estava domiciliado o defunto. Se o mesmo tinha dois domicílios, será competente o foro onde foi requerido primeiro.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
A sucessão de bens de estrangeiros será regulada pela lei brasileira em benefício de seus herdeiros brasileiros, a não ser que aquilo que a lei pessoal do de cujus determine seja mais vantajosa.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. 
A capacidade para suceder é disciplinada pela lei do domicílio do falecido, enquanto que a capacidade de exercer o direito de suceder é regulada pela do domicílio do autor da herança e pela lei pessoal do sucessor (herdeiro).
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem.
As pessoas jurídicas de direito privado obedecem a lei do Estado onde foram criadas. 
§ 1º Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
As empresas estrangeiras para terem filiais no Brasil devem passar pela aprovação do governo brasileiro ficando sujeitas a lei brasileira. 
§ 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetiveis de desapropriação. 
Os governos estrangeiros ou seus representantesconstituídos não podem adquirir imóveis ou susceptíveis de desapropriação, visando preservar a soberania nacional se por algum motivo ocorrerem crises diplomáticas.
§ 3º Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. 
(É à exceção do parágrafo anterior) , que dispõe que pessoas jurídicas de direito público externo podem adquirir sua sede para fins diplomáticos ou consulares.
Art. 12.É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. 
A autoridade brasileira é competente para julgar o réu domiciliado no Brasil seja ele brasileiro ou estrangeiro.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. 
§ 2º A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pela lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. 
Exequatur– (Lê-se: quisecuátur.) Execute-se. Autorização dada por um soberano a um cônsul estrangeiro para este exercer as suas funções no país.
A autoridade brasileira cumprirá aquilo que o estado estrangeiro solicitar através de carta rogatória, mediante a lei brasileira, excluindo as situações de execução como arresto e sequestro.
Arresto: apreensão judicial para garantir quitação de dívida.
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. 
A prova dos fatos ocorridos no país estrangeiro rege-se pela lei do mesmo, enquanto que nos tribunais brasileiros não se admite provas que a lei brasileira desconheça ou não autorize.
Caso da pena de morte por posse de drogas que ocorreu por execução de basileiros com fuzilamento esses dias pra traz não lembro em que país.
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. 
No caso do juiz aplicar a lei estrangeira por não ser aplicável a lei brasileira, no direito internacional privado, poderá ele exigir de quem a usa, prova de texto e de sua vigência.
Art. 15.Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos: 
a) haver sido proferida por juiz competente; 
b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a 
execução no lugar em que foi proferida; 
d) estar traduzida por intérprete autorizado; 
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 01.10.09)
As sentenças proferidas no estrangeiro não têm obrigatoriedade em outro por questões de soberania e independência de jurisdições, para o caso de alguma sentença estrangeira ser executada no Brasil, depende de uma série de requisitos que são os elencados ( relacionados) acima.
Art. 16.Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. 
Quando for necessário aplicar a lei estrangeira, será observada essa lei, não sendo válida qualquer remissão (alívio, cura) que esta faça a outra lei.
Art. 17.As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. 
Não terá eficácia às leis do país estrangeiro que de alguma forma ofender o país em sua soberania, ordem ou bons costumes.
Art. 18.Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.
As autoridades consulares brasileiras têm competência para celebrar para brasileiros os atos estabelecidos no artigo 18. Mesmo que o país onde estiver o consulado não reconhecer nenhum dos atos, os mesmos terão validade no Brasil.
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.
§ 2º É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública.
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais.
Os atos celebrados pelos cônsules brasileiros são válidos desde que cumpram todos os requisitos legais.
Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei.
Se a autoridade consular negar a celebração de algum ato previsto no artigo 18, poderá ser pedido novamente dentro do prazo de noventa dias.
Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942, 121º da Independência e 54º da República. 
GETULIO VARGAS 
Alexandre Marcondes Filho 
Oswaldo Aranha.

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