Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DINÂMICA DA AVALIAÇÃO VOCAL TRIAGEM Telemarketing; Professores Atores TRIAGEM Nome Idade DN Sexo Profissão Data da triagem TRIAGEM Jornada de trabalho/semana; Quanto tempo exerce a profissão; Faz uso da voz em outra atividade; Questionar se o paciente tem problemas com a voz; TRIAGEM Questionar sobre apresentar algum destes sintomas: Rouquidão; Perda da voz; Variação na voz; Ardor ou dor na garganta; Cansaço na voz; Pigarro; Esforço ao falar; TRIAGEM Questionar sobre apresentar algum destes sintomas: Sensação de corpo estranho na garganta; Perguntar se já ficou afastado do trabalho por problemas vocais; Perguntar sobre o uso de pastilhas e/ou remédios para cuidar da voz Anamnese/entrevista inicial Iniciar com uma adequada ficha de identificação: Nome Data da avaliação Idade Sexo DN Estado civil Profissão Endereço Telefones Tempo de atuação profissional Queixa e história da voz Talvez seja o item mais importante da avaliação, pois neste momento questiona- se o motivo pelo qual o fonoaudiólogo foi procurado; Verificar o nível de consciência que a pessoa tem de seu problema vocal; O quanto ele é consciente sobre sua postura ao falar, respirar e como emprega a voz. Destaque à voz profissional: demanda vocal e condições ambientais Nos profissionais da voz considerar: demanda vocal e as necessidades particulares inerentes a cada tipo de profissão; Investigar tempo de uso e a distribuição deste ao logo da semana de trabalho ; Quais circunstâncias ambientais, qual a necessidade do indivíduo quanto ao emprego de volume de voz; Destaque à voz profissional: demanda vocal e condições ambientais Questionar as condições acústicas, exposição à poeira, calor excessivo, ar condicionado; Se há maior tendência a perder líquidos e se há condições para reposição hídrica adequada. Dados de saúde geral Alergias; Refluxo gastroesofágico; Alterações hormonais; Comprometimentos neurológicos. Verificação de hábitos que contribuem para a adequada saúde geral Preparo físico e obesidade; Alimentação adequada; Respeito a horas de sono, descanso e lazer; Hidratação e reposição hídrica; Álcool, fumo, drogas; Medicamentos, anabolizantes, uso de anticoncepcional. Aspectos emocionais da voz Considerar o estado mental e a personalidade do indivíduo ao avaliá-lo; Emoções, tensões e estresse emocional podem ser convertidos em perda de voz; Considerar elementos como: autoimagem, competitividade, perfeccionismo, ansiedade e outros; A situação psicoemocional pode se resolver e persistir a fixação do gesto muscular. Sintomas e sinais vocais: indicadores de disfonia Os sintomas podem fornecer apenas parte do quadro da dificuldade vocal do paciente; Presença de três ou mais sintomas indicam risco de distúrbio vocal; Atenção especial ao sintoma fadiga vocal (mesmo se for o único). Avaliação da voz falada Escutar criticamente a voz e a fala e observar visualmente o falante; Criar ambiente de confiança para o paciente se sentir à vontade para relatar sua história; Audiogravação de trechos de fala espontânea, provas formais (vogal sustentada, contagem de números e leitura). Avaliação das bases da produção vocal e da fala Padrões de produção vocal e da fala alterados, por conta do tipo de respiração, tensão de pescoço e da mm do trato vocal e dos órgãos envolvidos na fala; Má postura corporal com problemas de alinhamento da cabeça, pescoço e ombros ao falar; Avaliação das bases da produção vocal e da fala Postura em geral e movimentos corporais; movimentos laríngeos e de mandíbula; Apoio respiratório; Tensões corporais e de região cervical; Sinais de esforço vocal ao falar. Postura corporal A adequada postura corporal é a base para uma boa produção da voz e da fala, bem como bom suporte respiratório; observar como a pessoa posiciona-se ao falar, sentar-se, em pé, executando alguma tarefa da avaliação; cabeça reta em relação ao alinhamento corporal; Postura corporal observar musculoesquelético durante a produção vocal, pois muitos desvios de laringe acontecem por desvios do tronco (lordose cervical); tronco caído para frente (disfonia funcional); observar postura estática e dinâmica. Respiração como suporte para a voz Uso do suporte respiratório diafragmático, pois ele é importante para a adequada produção vocal; Na voz profissional, em especial no canto, observar se há a respiração costo-diafragmática- abdominal/inferior (voz mais estável, com melhor projeção e controle da hiperfunção laríngea); O padrão respiratório superior causa excesso de pressão ao nível da glote. Medidas aerodinâmicas, coeficientes respiratórios (TMF) Emissão de vogais sustentadas: /a/, /i/ e /u/ (média masculina – em torno de 20 s; feminina – 14 s); fonemas /s/ e /z/ (média – 15 a 25 s cada um), /z/ pode ser levemente maior (3s); os dois menores que 15 s há comprometimento do suporte respiratório; Medidas aerodinâmicas, coeficientes respiratórios Relação s/z (três vezes e tirar a média): proporções acima de 1,4 são consideradas anormais; Observar a fala encadeada; contagem de números (de 1 a 50) e marcar as pausas para a respiração. Coordenação pneumofônica Observar controle de saída e entrada de ar durante à fonação (adequada não há uso do ar de reserva); Observar início fonação/expiração; observar se há decréscimo de volume da voz à medida em que se fala. Articulação da fala Observar se a articulação está adequada para uma boa inteligibilidade da voz, bem como para uma ressonância equilibrada; Observar movimentos mandibulares livres e em alinhamento à posição da cabeça e tronco; observar posição de língua no repouso, fala e deglutição; Articulação da fala Observar postura, tonicidade, mobilidade e função da OFA’s, pois eles influem diretamente na projeção vocal, articulação dos fonemas e nos ajustes laríngeos e faríngeos. Avaliação dos componentes vocais Qualidade vocal; Frequência/Pitch; Sistema de ressonância; Intensidade/loudness; Ataque vocal. Qualidade vocal Rouquidão: característica perceptual primária de uma voz anormal. Caracterizada pela aperiodicidade da vibração (ruído) e a adução das ppvv na fase de fechamento do ciclo vibratório é incompleta. Esta associada as lesões orgânicas da laringe; Soprosidade: causa impressão de fraqueza e falta de potência. Refere-se a percepção de escape de ar audível na fonação. O fluxo de ar excessivo à fonação deve-se ao fechamento glótico incompleto.Qualidade vocal Aspereza: caracteriza-se por uma emissão rude e desagradável. É percebida nas vozes produzidas com esforço excessivo, tensão laríngea e constrição do trato vocal. Qualidade vocal áspera por rigidez da mucosa das ppvv; Diplofonia: voz dupla, produzida por duas fontes vocais distintas. As ppvv estariam vibrando em uma frequência diferente uma da outra por variação de massa/tamanho/tensão. Qualidade vocal Tenso/comprimida ou tenso/estrangulada: voz desagradável caracterizada por vibração restrita da mucosa das ppvv e contração exagerada do vestíbulo laríngeo (disfunção neurológica na maioria dos casos ou etiologia psicogênica); Tremor: voz com variações, regularmente rítmicas na frequência e na intensidade que não se encontra sob controle voluntário. Pode ser reflexo de uma disfunção do sistema nervoso. Pitch Na análise perceptivo-auditiva pode –se julgar se uma voz é grave, aguda ou se parece um pitch médio. O pitch grave está relacionado à fadiga vocal, o que podemos denominar de Síndrome a tensão – fadiga ou disfonia por hiperfunção vocal. Sistema de ressonância Behlau et al. define o sistema de ressonância como o “conjunto de elementos do aparelho fonador que moldam e projetam o som no espaço”, formado pelas caixas de ressonância: pulmões, laringe, faringe, cavidade da boca, cavidade nasal, e seios paranasais. O foco de ressonância pode ser hipernasal, hiponasal, laringofaríngea, laríngea com ou sem foco nasal, ou oral. Intensidade/loudness O volume de voz empregado por uma pessoa possui relação com manifestações de sua personalidade e temperamento, sentimento e estados emocionais, costume familiar, modelo de infância, entre outros. Pode ser considerado forte (falar alto) ou fraco (falar baixo). Ataque vocal É o efeito audível da voz, em razão da adução d glote ao iniciar a fonação. Pode ser classificado como: brusco: adução inicial tensa, com esforço excessivo; aspirado: adução glótica ineficiente com escape de ar ao se iniciar a fonação; isocrônico: também denominado suave, não há nem tensão nem perda de ar excessiva. TIPO DE RESPIRAÇÃO Clavicular ou superior; Média, mista ou torácica; Inferior ou abdominal; Completa, diafragmática abdominal ou costo-diafragmática-abdominal. CLAVICULAR OU SUPERIOR Há expansão somente da parte superior da caixa torárica; Há elevação visual dos ombros; Contração do esternocleidomastóideo e tensão laríngea; Voz tende a ser aguda pela elevação e tensão da laringe. MÉDIA, MISTA OU TORÁCICA Mais comum observada na população; Pouca movimentação superior ou inferior e um deslocamento anterior da região torácica média; É a respiração que utilizamos a maior parte do dia, em conversas coloquiais , mas é inadequada para a voz profissional principalmente para o canto. INFERIOR OU ABDOMINAL Caracteriza-se por ausência de movimentos da região superior (que geralmente apresenta-se hipodesenvolvida e com rotação anterior de ombros) e há expansão da região inferior; Encontra-se em indivíduos de pouca energia ou em pessoas que foram orientadas de forma equivocada (espiração “correta”). DIAFRAGMÁTICO-ABDOMINAL OU COSTO-DIAFRAGMÁTICO-ABDOMINAL Caracteriza-se por uma expansão harmônica de toda a caixa torácica, sem excessos na região superior ou inferior; Há o aproveitamento de toda a área pulmonar e é a respiração mais eficaz para o desenvolvimento de uma voz profissional; Não é indicada para a voz coloquial (uso social da voz), pois gera uma coluna de ar infraglótica com grande pressão, que pode instalar um regime glótico hipertônico na tentativa de impedir uma grande saída de ar. ESTIMAR Diagnóstico; Prognóstico; Condutas. ESTUDAR PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO VOCAL DA MARA BEHLAU CONCLUINDO
Compartilhar