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Gerador Magnético de Energia

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DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO (DTCC) 
 
Técnico em Mecatrônica 
 
GERADOR MAGNÉTICO DE ENERGIA 
 
 Autores: 
Daniela Eugenio 
Jean Rocha 
 Filipe Urbinati 
 Patrick Andrade 
 Vitor Coppen 
 Orientador: 
 Professor Ivo 
 
 
São Caetano do Sul/ SP 
2013 
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
ETEC JORGE STREET 
 
 
 
 
 
Gerador Magnético de Energia Elétrica 
 O Gerador Magnético de Energia, como o próprio nome já diz, é um gerador 
de energia elétrica por meio da utilização de ímãs e seus campos magnéticos. 
Vocês podem ouvir falar também de Gerador de energia infinita, isso porque ela 
pode gerar energia por muito tempo, sem interrupção, de acordo com a durabilidade 
magnética dos ímãs utilizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETEC Jorge Street – 2013 
 
 
Agradecimentos 
 Primeiramente, queremos agradecer aos nossos familiares e amigos, que nos 
apoiaram desde o início do projeto dando conselhos e sugestões; 
 Agradecer também aos Professores Francisco Chagas e Ivo, que foram, 
respectivamente, nossos professores orientadores do projeto no segundo semestre 
de 2012 e no primeiro semestre de 2013; 
 Ao coordenador Arci, que nos disponibilizou a oficina mecânica no período da 
tarde das quintas-feiras; 
E, finalmente, agradecer á ajuda de Dante Bianchi e Alexandre Mazini, que 
mesmo sabendo da complicação do projeto, nos ajudaram com alguns fatores do 
projeto. 
 
 
 
Resumo 
O Gerador funciona do seguinte esquema: Um anel com ímãs espalhados 
uniformemente na sua parte interna com todos os magnetos virados com o mesmo 
polo. E um disco, com raio menor do que o raio interno do anel, com ímãs na parte 
exterior, também distribuídos uniformemente com os polos dos magnetos iguais aos 
polos dos magnetos do anel. Ao juntar essas duas peças a repulsão dos polos dos 
ímãs faz com que o disco comece a girar e, junto a ele, um eixo. Nesse eixo, há um 
disco com movimento de rotação excêntrica. Esse disco transmite movimento a um 
eixo na posição radial do mesmo, que na extremidade desse eixo contém uma barra 
de ímã que entra e sai de uma bobina. O movimento que a barra de ímã faz, com o 
campo magnético dos mesmos, gerar corrente elétrica na bobina. Com essa 
corrente pode-se alimentar receptores elétricos. 
 
Palavras-chaves: Energia autossustentável, Gerador elétrico, ímã, 
eletromagnetismo. 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução ................................................................................................................... 7 
1. Fundamentos Teóricos ......................................................................................... 10 
1.1 Gerador Elétrico ........................................................................................... 10 
1.1.1 Características ...................................................................................... 10 
1.1.2 Tipos de geradores elétricos ................................................................ 11 
1.2 Ímãs e Magnetos .......................................................................................... 11 
1.2.1 Propriedades dos ímãs ......................................................................... 12 
 1.2.2 Campo magnético ................................................................................. 14 
1.3 Ímã de Neodímio .......................................................................................... 16 
1.3.1 Propriedades e utilização ..................................................................... 16 
1.3.2 Cuidados ............................................................................................... 17 
1.4 Bobina .......................................................................................................... 17 
 1.4.1 Funcionamento ..................................................................................... 18 
 1.4.2 Emprego ............................................................................................... 18 
1.5 Lei de Faraday-Neumann-Lenz ................................................................... 19 
1.6 Lei de Ampère .............................................................................................. 20 
 1.6.1 Motivação histórica ............................................................................... 21 
 1.6.2 Determinação do campo magnético B .................................................. 22 
 1.6.3 Aplicações da Lei de Ampère ............................................................... 22 
1.7 Polipropileno ................................................................................................ 23 
 1.7.1 Principais propriedades ........................................................................ 23 
1.7.2 Aplicações ............................................................................................. 24 
2. Planejamento ........................................................................................................ 25 
2.1 Escolha do projeto ....................................................................................... 25 
2.2 Escopo do projeto ........................................................................................ 25 
 2.2.1 Parte mecânica ..................................................................................... 25 
2.2.1.1 Base .............................................................................................. 25 
2.2.1.2 Cabeceiras .................................................................................... 26 
2.2.1.3 Anéis .............................................................................................. 26 
 
 
2.2.1.4 Discos ............................................................................................ 26 
2.2.1.5 Eixos .............................................................................................. 26 
2.2.1.6 Rolamentos ................................................................................... 26 
2.2.1.7 Tampa de Proteção ....................................................................... 27 
2.2.1.8 Ímãs de neodímio .......................................................................... 27 
2.2.2 Parte elétrica ......................................................................................... 27 
2.2.2.1 Bobina ........................................................................................... 27 
2.3 Fluxograma .................................................................................................. 27 
2.4 Planilha de custos ........................................................................................ 28 
3. Desenvolvimento .................................................................................................. 29 
3.1 Materiais .................................................................................................. 29 
3.2 Usinagem dos materiais .......................................................................... 29 
3.3 Montagem ................................................................................................ 31 
3.3.1 Montagem da parte mecânica .............................................................. 31 
 3.3.2 Montagem da parte elétrica .................................................................. 32 
3.4 Finalização ............................................................................................... 32 
3.5 Vistas ...........................................................................................................33 
4. Resultados Obtidos .............................................................................................. 35 
5. Conclusão ............................................................................................................. 36 
6. Referências .......................................................................................................... 37 
 
 
 
 
 
7 
 
Introdução 
No mundo moderno de hoje, o maior problema que a humanidade debate é o 
do aquecimento global. A utilização da energia não renovável no mundo é altíssima 
e traz muitas consequências ruins ao nosso planeta, por exemplo: Poluição da 
atmosfera, da água, das florestas, redução da produtividade agrícola, deterioração 
da camada de ozônio, chuva ácida, degelo, entre outros. Também chamada de 
energias convencionais, são elas o petróleo, o carvão mineral, gás natural e 
elementos radioativos (figura 1). Todos fontes de energia limitadas, ou seja, que em 
um tempo não será mais encontrado. 
 
 
 Fig. 1 
 
Exemplos: 1 - Petróleo, 
 2 - Carvão mineral, 
 3 - Gás natural, 
 4 - Elementos radioativos. 
 
As alternativas encontradas e já utilizáveis são a energia solar, energia eólica, 
hidrelétrica, biocombustível, biomassa e geotérmica, como mostra a figura a seguir: 
1 
2 
3 
4 
8 
 
 
 
 Fig. 2 
Exemplos: 1 - Solar, 
 2 - eólica, 
 3 - biomassa, 
 4 - geotérmica. 
 
Essas fontes são chamadas de energia renovável, porém são muito caras e 
também podem provocar alguns danos à fauna e à flora. Mas, mesmo assim, não 
podemos descarta-las de jeito nenhum. 
Neste projeto, o objetivo é mostrar às pessoas que todo problema possui uma 
solução, não importa o grau de dificuldade. O projeto mostra uma alternativa de 
solução de um dos principais problemas no mundo todo. Este protótipo consegue 
gerar energia limpa sem combustão de matérias ou extração de elementos, apenas 
com a força magnética da Terra e a sua influência com os metais magnéticos. 
O motivo da escolha desse projeto é estimular a divulgação dessa energia, 
que pode ser a solução do problema do aquecimento global, para que nacionais e 
multinacionais possam adotar essa fonte de energia e comercializá-la. 
Com a utilização do gerador magnético de energia, os carros poderão ser 
movidos por motores magnéticos, não com a utilização desse gerador, mas com o 
mesmo princípio, e não precisaremos usar combustíveis fósseis para gerar energia. 
Por esse motivo, infelizmente ela não é divulgado, pois sem a utilização dos 
combustíveis fósseis, que são os mais utilizados hoje, várias empresas iriam falir 
4 3 
2 1
 
9 
 
com a instalação dessa fonte energética. Com isso, as indústrias de combustível não 
renovável acabam inibindo a imagem de tais alternativas ou encarecendo o produto. 
 Para a realização desse projeto vamos utilizar os métodos da engenharia. 
Tanto de Eletromagnetismo quanto da Mecânica. No eletromagnetismo, vamos 
utilizar uma bobina de ignição com fundamento nas leis de Ampère e Faraday. Na 
mecânica, vamos utilizar soldagem, usinagem e toda a estrutura do projeto que será 
de PP (Polipropileno). 
 O Gerador funciona do seguinte esquema: É um anel com ímãs espalhados 
uniformemente na sua parte interna com todos os magnetos virados com o mesmo 
polo. E um disco, com raio menor do que o raio do furo do anel, com ímãs na parte 
exterior, também distribuídos uniformemente com os polos dos magnetos iguais aos 
polos dos magnetos do anel, como ilustrado na figura abaixo. 
 
 
 
Figura 3: Esquema de funcionamento da rotação do disco pela repulsão 
magnética dos polos dos ímãs. 
 
 Ao juntar essas duas peças a repulsão dos polos dos ímãs faz com que o 
disco comece a girar, e junto a ele, um eixo. Nesse eixo, um disco excêntrico 
transmite um movimento para outro eixo posicionado na radial desse disco. Na 
extremidade desse eixo tem um ímã em forma de barra que irá entrar e sair de uma 
bobina. A movimentação desse ímã faz, com o campo magnético dos mesmos, gerar 
corrente elétrica na bobina. Com essa corrente pode-se alimentar receptores 
elétricos. 
 
 
 
10 
 
1. Fundamentos teóricos 
 
1.1 Gerador elétrico 
Gerador elétrico é um dispositivo utilizado para a conversão da energia 
mecânica, química ou outra forma de energia em energia elétrica. O gerador elétrico 
foi inventado em 1879 (figura 4) por Werner von Siemens, co-fundadora Siemens 
AG. 
 
 
 
Figura 4: Primeiro gerador elétrico em 1879. Inventado por Werner von 
Siemens, co-fundadora Siemens AG. 
 
 
1.1.1 Características 
O tipo mais comum de gerador elétrico, o dínamo (gerador de corrente 
contínua) de uma bicicleta, depende da indução eletromagnética para converter 
energia mecânica em energia elétrica, a lei básica de indução eletromagnética é 
baseada na Lei de Faraday de indução combinada com a Lei de Ampère. 
No caso de um gerador que fornece uma corrente contínua, 
um interruptor mecânico ou anel comutador alterna o sentido da corrente de forma 
que a mesma permaneça unidirecional independente do sentido da posição da força 
eletromotriz induzida pelo campo. Os grandes geradores das usinas geradoras de 
energia elétrica fornecem corrente alternada e utilizam turbinas 
hidráulicas e geradores síncronos. 
 
11 
 
1.1.2 Tipos de geradores elétricos 
Há muitos outros tipos de geradores elétricos. Geradores eletrostáticos como 
a máquina de Wimshurst, e em uma escala maior, os geradores de van de Graaff, 
são principalmente utilizados em trabalhos especializados que exigem tensões muito 
altas, mas com uma baixa corrente e potências não muito elevadas. 
 
Tipos de geradores que convertem energia mecânica em elétrica: 
 Gerador Síncrono 
 Gerador de indução ou Gerador Assíncrono 
 Gerador de Corrente contínua 
 
Motores elétricos desempenham a função inversa, ou seja, convertem energia 
elétrica em energia mecânica e construtivamente são semelhantes aos geradores, 
pois se baseiam no mesmo princípio de conversão. 
 
Tipos de motores elétricos que convertem energia elétrica em energia mecânica: 
 Motor Síncrono 
 Motor de indução ou Motor Assíncrono 
 Motor de corrente contínua 
 Motor de corrente contínua 
 
Tipo de gerador que converte energia química em elétrica: 
 Geradores de célula à combustível ou célula de combustível 
 Pilhas 
 
Tipo de gerador que converte diretamente a energia luminosa do Sol em elétrica: 
 Geradores fotovoltaicos 
 
1.2 Imãs e magnetos 
Um imã é definido como um objeto capaz de provocar um campo magnético à 
sua volta e pode ser natural ou artificial. 
Um imã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, como por 
exemplo, a magnetita. O artificial é feito de um material sem propriedades 
magnéticas, mas que pode adquirir permanente ou instantaneamente características 
12 
 
de um natural. 
Os imãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, temporais ou 
eletroímãs. 
 O permanente é feito de material capaz de manter as propriedades 
magnéticas mesmo após cessar o processo de imantação, esses materiais são 
chamados ferromagnéticos. 
 O imã temporal tem propriedades magnéticas apenas enquanto se encontra 
sob a ação de outro campo magnético, os materiais que possibilitam esse tipo de 
processo são chamados paramagnéticos. 
 O eletroímã é um dispositivo composto de um condutor por onde circula 
corrente elétrica e um núcleo, normalmente de ferro. Suas características dependem 
da passagem de corrente pelo condutor; ao cessar a passagem de correntecessa 
também a existência do campo magnético. 
 
1.2.1 Propriedades dos Imãs 
Uma das propriedades dos imãs são seus polos magnéticos são as regiões 
onde se intensificam as ações magnéticas. Um imã é composto por dois polos 
magnéticos, norte e sul, normalmente localizados em suas extremidades, exceto 
quando estas não existirem, como em um magneto em forma de disco, por exemplo. 
Por esta razão são chamados dipolos magnéticos. 
Para que sejam determinados esses polos, se deve suspender o imã pelo 
centro de massa e ele se alinhará aproximadamente ao polo norte e sul geográfico 
recebendo nomenclatura equivalente. Desta forma, o polo norte magnético deve 
apontar para o polo norte geográfico e o polo sul magnético para o polo sul 
geográfico (figura 5). 
 
 
13 
 
 
 
Figura 5: Ilustração do norte magnético/sul geográfico e norte geográfico/sul 
magnético. 
 
Ao manusear dois imãs percebemos claramente que existem duas formas de 
colocá-los para que estes sejam repelidos e duas formas para que sejam atraídos. 
Isto se deve ao fato de que polos com mesmo nome se repelem, mas polos com 
nomes diferentes se atraem, como mostra a figura abaixo: 
 
 
 
Figura 6: Polos iguais há repulsão e polos diferentes há atração. 
 
 
 
 
14 
 
Esta propriedade nos leva a concluir que os polos norte e sul geográficos não 
coincidem com os polos norte e sul magnéticos. Na verdade eles se encontram em 
pontos praticamente opostos. 
A inclinação dos eixos magnéticos em relação aos eixos geográficos é de 
aproximadamente 191°, fazendo com os seus polos sejam praticamente invertidos 
em relação aos polos geográficos. 
 
Dois polos se atraem ou se repelem, dependendo de suas características, à 
razão inversa do quadrado da distância entre eles. Ou seja, se uma força de 
interação F é estabelecida a uma distância d, ao dobrarmos esta distância a força 
observada será igual a uma quarta parte da anterior F/4, e assim sucessivamente. 
 
É impossível separar os polos magnéticos de um imã, já que toda vez que 
este for dividido serão obtidos novos polos, então se diz que qualquer novo pedaço 
continuará sendo um dipolo magnético. 
 
1.2.2 Campo Magnético 
O campo magnético é a região próxima a um imã que influencia outros imãs 
ou materiais ferromagnéticos e paramagnéticos, como cobalto e ferro. Comparando 
campo magnético com campo gravitacional ou campo elétrico e verá que todos 
estes têm as características equivalentes. 
Também é possível definir um vetor que descreva este campo, chamado vetor 
indução magnética e simbolizado por B. Se pudermos traçar todos os pontos onde 
há um vetor indução magnética associado veremos linhas que são chamadas linhas 
de indução do campo magnético (figura 7). Estas são orientadas do polo norte em 
direção ao sul, e em cada ponto o vetor B tangencia estas linhas. 
As linhas de indução existem também no interior do imã, portanto são linhas 
fechadas e sua orientação interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as linhas 
de força, as linhas de indução não podem se cruzar e são mais densas onde o 
campo é mais intenso. 
 
15 
 
 
 
Figura 7: Campo magnético e seu sentido, do polo norte ao polo sul. 
 
Como os elétrons e prótons possuem características magnéticas, ao serem 
expostos a campos magnéticos, interagem com o mesmo sendo submetidos a uma 
força magnética . 
Portanto: 
 campos magnéticos estacionários, ou seja, o vetor campo magnético B em 
cada ponto não varia com o tempo; 
 partículas possuem uma velocidade inicial V no momento da interação; 
 e o vetor campo magnético no referencial adotado é B; 
 
Um campo magnético estacionário não interage com cargas em repouso. 
Tendo um imã posto sobre um referencial arbitrário, se uma partícula com 
carga q for abandonada em sua vizinhança com velocidade nula não será observado 
o surgimento de força magnética sobre esta partícula, sendo ela positiva, negativa 
ou neutra. 
 
Um campo magnético estacionário não interage com cargas que tem 
velocidade não nula na mesma direção do campo magnético. Sempre que uma 
carga se movimenta na mesma direção do campo magnético, sendo no seu sentido 
ou contrário, não há aparecimento de força eletromagnética que atue sobre ela. Um 
exemplo deste movimento é uma carga que se movimenta entre os polos de um imã. 
A validade desta afirmação é assegurada independentemente do sinal da carga 
estudada. 
 
16 
 
1.3 Ímã de neodímio 
Um ímã de neodímio é um poderoso imã feito a partir de uma combinação 
de neodímio, ferro e boro — Nd2Fe14B (Figura 8). Esses imãs são muito poderosos 
em comparação a sua massa, mas também são mecanicamente frágeis e perdem 
seu magnetismo de modo irreversível em temperaturas acima de 120 °C. Sua 
intensidade pode ser medida pelo seu produto energético máximo, em megagauss-
oersteds (MGOe) (1 MG·Oe = 7,957 kJ/m³). Essa intensidade varia de 12 a 15, nos 
ímãs aglomerados de neodímio (bonded magnets) e de 24 a 54 nos 
ímãs sintetizados. 
 Para alcançar a mesma força do imã de neodímio usando imãs de cerâmica 
é necessário um volume 18 vezes maior do material comparado ao de neodímio. 
 
 
Figura 8: Ímã de neodímio utilizado no projeto. Raio de 5mm e espessura de 
4mm. 
 
1.3.1 Propriedades e Utilização 
Usados em muitos tipos de motores elétricos e discos rígidos, os ímãs de 
Nd2Fe14B são também muito populares como curiosos. Um pequeno imã pode 
possuir propriedades incríveis - ao se aproximar de um material não magnético 
condutor de eletricidade, ele exibe uma "frenagem" graças a correntes elétricas que 
são induzidas no condutor. Uma excelente demonstração desse efeito pode ser 
realizada ao se deixar cair um imã de neodímio no interior de um cano de cobre. O 
imã irá cair através do cano muito mais devagar do que seria o normal. Um imã 
médio interage forte o suficiente com o campo magnético terrestre para que ele se 
alinhe aos polos magnéticos, como uma bússola. Imãs cilíndricos e em formato de 
disco em especial reagem ainda melhor. Eles são encontrados em quase todos os 
fones de ouvido produzidos. 
17 
 
1.3.2 Cuidados 
Cuidados devem ser tomados quando se usa um imã de neodímio. Mesmo 
um pequeno imã é capaz de destruir o conteúdo de um Disco Rígido (HD), de 
um disquete, ou de discos CDS, dentre outras mídias magnéticas, de modo que as 
informações fiquem irrecuperáveis. Esses imãs são normalmente fortes o suficiente 
não apenas para magnetizar as cores de televisores e monitores a base de CRT, 
mas também para deformar fisicamente partes do monitor. Esse tipo de dano é 
tipicamente irreparável desmagnetizando-o apenas via sua configuração. 
Esses imãs devem sempre ser manipulados cuidadosamente. Alguns imãs que 
são ligeiramente maiores que uma moeda de 25 centavos (antiga) são fortes o 
suficiente para sustentar mais de 10 kg. Eles são perigosos, sendo capazes de 
prensar a pele ou dedos quando atraídos por um objeto magnético. Por serem feitos 
de "pós" e folheações, os imãs são muito frágeis e podem quebrar em temperaturas 
superiores a 80 °C (ao passar de 80°C ele é sujeito a perder sua força magnética), 
ou se sujeitos a impactos com outro imã. Imãs desse tipo devem ser mantidos longe 
de aplicações elétricas, cartões magnéticos e monitores, pois o dano nesses pode 
ser irreparável. 
 
1.4 Bobina 
A palavra bobina tem diversos significados, mas em eletrônica, é a palavra 
utilizada para se referir a qualquer fio condutor elétrico enrolado em si mesmo, ou 
ainda em volta de uma superfície também condutora (Figura 9). Este simples rolo de 
fios encontra diversos usos na eletrônica,desde o seus mais antigos 
desdobramentos. 
 
18 
 
 
Figura 9: Bobina utilizada no projeto, a bobina toroidal. 
 
A sua aplicação mais evidente é a de produzir magnetismo, tornando-se a 
bobina num ímã elétrico ou eletroímã. Bobinas são empregadas como indutor, ou 
seja, um dispositivo elétrico passivo que tem como utilidade armazenar energia em 
forma de um campo magnético. 
1.4.1 Funcionamento 
Seu funcionamento parte do principio de que, quando a corrente elétrica passa 
num enrolamento de fios, gera-se um campo magnético e, inversamente, quando se 
interrompe um campo magnético, gera-se eletricidade em qualquer enrolamento de 
fio dentro das linhas de força do campo magnético. Devido ao fato de que o campo 
magnético ao redor de um fio ser circular e perpendicular a este, uma maneira fácil 
de amplificar o campo magnético produzido é enrolar o fio como uma bobina. 
Sua potência depende ainda da espessura e da quantidade de fio utilizado em 
sua composição. Em fios de maior espessura, a corrente elétrica fluirá melhor, o 
mesmo ocorrendo em um conjunto de fio mais extenso, isso é claro, dependendo da 
potência que se deseja conseguir. No entanto, para as pequenas correntes usadas 
nos casos habituais, o magnetismo produzido pode ser muito fraco. A solução mais 
comum para reforçar a potência da bobina é introduzir uma peça de ferro macio em 
seu interior. 
 
 
1.4.2 Emprego 
Há diversos empregos para a bobina na indústria, atualmente. Como 
exemplo, é possível citar o interior dos bulbos de vidro das lâmpadas fluorescentes, 
onde a bobina é imprescindível para o funcionamento destas. Na grande maioria dos 
alto-falantes encontramos como elemento central um eletroímã. Também nos 
automóveis a gasolina se usa uma bobina de ignição para produzir uma faísca que 
incendeia a gasolina e permite o funcionamento do motor. 
Nos transformadores, máquinas que servem para transformar uma tensão 
alternada noutra com outro valor (mais alto ou mais baixo), encontramos em sua 
19 
 
parte principal um conjunto de, pelo menos, duas bobinas. Todos os aparelhos 
eletrônicos domésticos (rádios, televisores, aparelhos de vídeo, etc.) têm um 
transformador. É um fator importante para aumentar o peso dos aparelhos, pois os 
transformadores têm um núcleo de ferro. 
Um simples eletroímã pode ser construído utilizando-se um parafuso, uma 
pilha e um fio metálico (por ser melhor condutor que outro tipo de fio qualquer) 
enrolado ao parafuso, em um exemplo simples de aplicação de uma bobina. 
 
1.5 Lei de Faraday-Neumann-Lenz 
A lei de Faraday-Neumann-Lenz, ou lei da indução eletromagnética, é uma lei 
da física que quantifica a indução eletromagnética, que é o efeito da produção 
de corrente elétrica em um circuito colocado sob o efeito de um campo 
magnético variável ou por um circuito em movimento em um campo magnético 
constante. É a base do funcionamento dos alternadores, dínamos, transformadores 
e também do projeto. 
 
Tal lei é derivada da união de diversos princípios. A lei da indução de 
Faraday, elaborada por Michael Faraday em 1831, afirma que a corrente elétrica 
induzida em um circuito fechado por um campo magnético, é proporcional ao 
número de linhas do fluxo que atravessa a área envolvida do circuito, na unidade de 
tempo. 
 
 
 
 
 
 
Sendo E o campo elétrico induzido, ds é um elemento infinitesimal do circuito 
e dB/dt é a variação do fluxo magnético. Uma maneira alternativa de se representar é 
na forma da derivada da função do campo magnético B: 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Portanto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
( ) 
 
 
 
Onde, E = Força eletromotriz, em Volts; 
 = variação do fluxo magnético; 
 = tempo que o ímã leva para entrar e sair da bobina, em segundos; 
 B = fluxo magnético; 
 A = número de espiras; 
  = ângulo do movimento do ímã em relação à Normal da bobina. 
 
Como não há variação de fluxo magnético e o ângulo do movimento do ímã 
em relação à Normal é igual a 0°, concluímos que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E a lei, expressa matematicamente na forma elaborada por Franz Ernst 
Neumann em 1845 em termos da força eletromotriz, é: 
 
 
 
 
 
 
A lei de Faraday-Lenz enuncia que a força eletromotriz que é induzida em 
um circuito elétrico ( ) é igual à variação do fluxo magnético no circuito. 
A contribuição fundamental de Heinrich Lenz foi a direção da força 
eletromotriz (o sinal negativo na fórmula). A corrente induzida no circuito é de fato 
gerada por um campo magnético, e a lei de Lenz afirma que o sentido da corrente é 
o oposto da variação do campo magnético que a gera. 
 
1.6 Lei de Ampère 
No eletromagnetismo clássico, a lei de Ampère permite calcular o campo 
magnético a partir de uma distribuição de densidade de corrente elétrica J ou de 
21 
 
uma corrente elétrica I, ambas estacionárias (independentes do tempo). A partir 
da Lei de Biot-Savart é possível calcular o campo magnético associado a uma 
distribuição estacionária de corrente somando-se as contribuições ao campo de 
todos os elementos infinitesimais de corrente ao longo do circuito em questão. O 
nome da lei é um reconhecimento ao físico francês André-Marie Ampère que a 
descobriu em 1826. 
 
1.6.1 Motivação Histórica 
Em 1819, o físico Dinamarquês Hans Christian Oersted, estudando a ação de 
uma corrente elétrica sobre um imã, colocou uma bússola (agulha imantada) 
perpendicular ao fio retilíneo por onde passava corrente, não observando qualquer 
efeito. Todavia, descobriu que quando colocada paralelamente ao fio 
a bússola sofria uma deflexão, acabando por orientar-se perpendicularmente a ela. 
Por conseguinte, uma corrente produz um campo magnético (Figura 10). Os 
resultados de Oersted foram usados pelo jovem físico André Marie Ampère para 
formular a Lei de Ampère. No caso de um fio retilíneo muito longo transportando 
corrente, as linhas de campo magnético são círculos em planos perpendiculares ao 
fio, e a orientação de tais linhas pode ser obtida por meio da regra da mão direita. 
 
 
 
 
Figura 10: Experimento de Oersted. A geração de eletricidade pela influência do 
campo magnético de um ímã. 
 
 
 
22 
 
1.6.2 Determinação do campo magnético B 
Analogamente ao caso de um sistema elétrico com elevado grau de liberdade 
em que a utilização da Lei de Gauss simplifica enormemente a determinação 
do campo elétrico, a lei de Ampère pode ser usada para determinar B num sistema 
de correntes estacionárias com alguma simetria. O resultado da experiência de 
Ampère diz que a circulação de B ao longo de uma curva C é proporcional à 
intensidade de corrente I que atravessa a curva (também denominada circuito 
amperiano). É importante destacar que isso só vale para correntes estacionárias. 
A lei de Ampère pode ser escrita como: 
 
 
 
 
 
 
onde é a permeabilidade magnética no vácuo com um valor no Sistema 
Internacional de Unidades (SI): 
 
 
 
 
 
 
 
 
e, B = Fluxo matgnético; 
 R = Raio do fio condutor; 
 i = Corrente elétrica. 
 
1.6.3 Aplicações da Lei de Ampère 
Quando a simetria do problema permite, é possível extrair o campo 
magnético B para fora da integral de linha , permitindo sua determinação 
via Lei de Ampère. Nas circunstâncias em que ela funciona, é de longe o método 
mais rápido; caso contrário, deve-se recorrer à Leide Biot-Savart. As configurações 
de corrente nas quais a Lei de Amperè pode ser aplicada são: 
 Linhas retas infinitas; 
 Planos infinitos; 
23 
 
 Solenóides infinitos; 
 Toróides; 
 
1.7 Polipropileno 
Polipropileno (PP) ou polipropeno é um polímero ou plástico, derivado 
do propeno ou propileno e reciclável (Figura 11). 
Ele pode ser identificado em materiais através do símbolo triangular de 
reciclável, com um número "5" por dentro e as letras "PP" por baixo. A sua forma 
molecular é (C3H6)x. 
O polipropileno é um tipo de plástico que pode ser moldado usando apenas 
aquecimento, ou seja, é um termoplástico. Possui propriedades muito semelhantes 
às do polietileno (PE), mas com ponto de amolecimento mais elevado. 
 
 
 
Figura 11: Peças feitas de Polipropileno. 
 
1.7.1 Principais propriedades 
 Baixo custo; 
 Elevada resistência química e a solventes; 
 Fácil moldagem; 
 Fácil coloração; 
 Alta resistência à fratura por flexão ou fadiga; 
 Boa resistência ao impacto acima de 15 °C; 
 Boa estabilidade térmica; 
24 
 
 Maior sensibilidade à luz UV e agentes de oxidação, sofrendo degradação 
com maior facilidade. 
 
1.7.2 Aplicações 
 Brinquedos; 
 Bumerangues; 
 Copos Plásticos; 
 Recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos; 
 Calças para eletrodomésticos; 
 Fibras; 
 Saca-rolhas; 
 Filmes orientados; 
 Tubos para cargas de canetas esferográficas; 
 Carpetes; 
 Seringas de injeção; 
 Material hospitalar esterilizável; 
 Como Invólucro para materiais altoclavaveis; 
 Autopeças (pára-choques, pedais, carcaças de baterias,interior de estofos, 
lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no habitáculo). 
 Peças para máquinas de lavar. 
 Material aquático(pranchas de bodyboard). 
 Cabos para ferramentas manuais. 
 
Atualmente há uma tendência no sentido de se utilizar exclusivamente o PP 
no interior dos automóveis. Isso facilitaria a reciclagem do material por ocasião do 
sucateamento do veículo, pois se saberia com qual material se estaria lidando. 
 
 
25 
 
2. Planejamento 
 
2.1 Escolha do projeto 
O grupo estava gostaria de ter um projeto que surgiria como uma solução de 
um grave problema no Brasil ou no mundo e que chamaria a atenção dos visitantes 
da apresentação dos TCCs. Inicialmente houve muita dificuldade para encontrar um 
grande projeto. Surgiram três ideias: A pulseira que bloqueava sinal; o compactador 
de lixo; e posteriormente o gerador magnético de energia. 
A pulseira bloqueadora de sinal tinha a função de cortar o sinal do celular que 
os presidiários usam para fazer ligações para as pessoas de fora da prisão. Foi uma 
boa ideia, mas foram procuradas alternativas para a superação dessa. 
A segunda ideia foi a do compactador de lixo. Como o próprio nome já diz, 
seria uma lixeira que ao chegar certo nível de lixo compactaria o mesmo a força com 
um sistema pneumático ou hidráulico. Porém esse projeto não iria dar resultado nas 
residências das pessoas, talvez em alguma indústria de reciclagem, apenas. 
Depois de muitas pesquisas, a ideia de fazer um gerador magnético de 
energia foi a escolhida. O gerador era exatamente o que era procurado, algo que 
chamasse a atenção do público e que solucionaria algum problema do meio 
ambiente. 
O planejamento do projeto foi organizado de acordo com a especialidade, 
capacidade e responsabilidade dos integrantes do grupo. Mesmo tendo alguns 
imprevistos de entrada de novos integrantes no grupo, as tarefas foram divididas 
com serenidade. A cada semana, com o acompanhamento do cronograma, cada 
atividade era entregue de acordo com a disponibilidade dos integrantes. 
 
2.2 Escopo do projeto 
 
2.2.1 Parte Mecânica 
2.2.1.1 Base 
A base, como o próprio nome já diz, vai ser o ―chão‖ do projeto. Suas 
dimensões são: 350 mm de comprimento, 250 mm de largura e 15 mm de 
espessura, no espaço que sobrará com a cabeceira, terá um afinamento para o 
comprimento de 180 mm. A base será de Polipropileno (PP), pois possui baixo e 
custo e alta resistência. 
26 
 
2.2.1.2 Cabeceiras 
 As cabeceiras tem a função de apoio dos eixos, e consequentemente de toda 
estrutura. Suas dimensões são: 160 mm de comprimento, 160 mm de largura e 15 
mm espessura. As cabeceiras também são feitas de polipropileno, pois esse 
material pode ser soldado, portentos irá se soldar com a base. 
 
2.2.1.3 Anéis 
Os anéis são os suportes dos ímãs. Os magnetos são colocados em furos 
passantes feitos no anel. Esses, com o campo magnético do ímã, faz girar os discos. 
Suas dimensões são: 133 mm de diâmetro externo, 94 mm de diâmetro interno e 20 
mm de espessura. Seu material é feito de nylon. 
 
2.2.1.4 Discos 
Os discos são responsáveis pela maior parte do projeto, girar o eixo central e, 
consequentemente, gerar eletricidade. Nesses discos os ímãs são colocados nos 
furos não passantes feitos no lado externo e pela influência dos outros imãs dos 
anéis fazem o eixo girar. O material será de polipropileno. Suas dimensões são: 80 
mm de diâmetro e 20 mm de espessura. 
 
2.2.1.5 Eixos 
No projeto há cinco eixos, um central, três formando um triangulo e um 
posicionado radialmente num disco excêntrico. O central serve para sustentar o 
disco e quando girar transmitir movimento para o outro eixo que produz eletricidade 
pelo ímã posto em sua extremidade. Os outros três eixos servem para dar 
sustentação ao anel, os quais deslizam no mesmo. As dimensões do eixo central 
são: 440 mm de comprimento e 8 mm de diâmetro. E as dimensões dos eixos do 
anel são: 350 mm de comprimento e 8 mm diâmetro. 
 
2.2.1.6 Rolamentos 
Com a finalidade de que o eixo não fique preso nas cabeceiras, é preciso 
utilizar rolamentos. Como são duas cabeceira, serão 2 rolamentos, com dimensões 
de: 22 mm de diâmetro e 7 mm espessura. 
 
 
27 
 
2.2.1.7 Tampa de Proteção 
Nesse projeto o material da tampa é feito de acrílico. Deve-se pegar uma 
placa de 570 x 350 mm e 5 mm de espessura e dividi-la em três partes iguais. Essas 
três partes são conectadas por cantoneiras e dobradiças. 
 
2.2.1.8 Ímãs de neodímio 
Os ímãs de neodímio formam a parte mais importante do projeto. Sem eles 
o projeto não teriam significado. Com a repulsão magnética dos ímãs acontece a 
rotação de discos, eixos e os ímãs dos eixos. 
 
2.2.2 Parte elétrica 
2.2.2.1 Bobina 
 A bobina tem uma das principais funções do projeto, que é gerar eletricidade. 
Ela feita de fios de cobre enroladas em forma de espiras formando uma solenoide. 
Quanto maior a quantidade de espiras e a espessura do fio de cobre a corrente fluirá 
melhor. Os terminais dos fios de cobre da bobina serão ligadas à leds. A bobina terá 
66 espiram com e um diâmetro 0,1 mm. 
 
2.3 Fluxograma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INÍCIO IMPULSO INICIAL 
GIRA EIXO CENTRAL FECHA DISCO E ANEL 
GERA CORRENTE NA 
BOBINA LIGA LEDS 
FIM 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 Planilha de custos 
 
CUSTO DO MATERIAL 
Descrição Dimensão 
Valor 
unidade 
Quantidade Total 
Placa de PP 
410x350x15 
mm 
R$ 75,00 1 R$ 75,00 
Tubo de Nylon 
130x80x75 
mm 
R$ 50,00 1 R$ 50,00 
Tarugo PP 90x75 mm R$ 25,00 1 R$ 25,00 
Eixo dealumínio 
3 8" x1000 
mm 
R$ 15,00 2 R$ 30,00 
Tampa de 
proteção de 
acrílico 
570x350x5 
mm 
R$ 60,00 1 R$ 60,00 
Ímã de neodímio 10x4 mm R$ 1,00 30 R$ 30,00 
 R$ 270,00 
 
29 
 
3 Desenvolvimento 
 
3.1 Materiais 
 1 (uma) placa de 410 x 350 x 15 mm de Polipropileno para fazer a estrutura 
do projeto; 
 1 (um) tudo de 130 x 80 x 75 mm de Nylon para fazer os anéis; 
 1 (um) tarugo de 90 x 75 mm de Polipropileno para fazer os discos; 
 1 (uma) placa de 570 x 350 x 5 mm de Acrílico para fazer a tampa de 
proteção de projeto; 
 2 (dois) eixos de 3 8" x 1000 mm; 
 27 (trinta e dois) ímãs de neodímio de 10 x 4 mm; 
 2 (dois) rolamentos; 
 2 (dois) metros de fio de cobre nu; 
 
3.2 Usinagem dos materiais 
Para a estrutura do projeto, começamos cortando a base. Pegamos a placa 
de PP, cortamos na medida de 350 x 250 mm e fizemos o corte triangular, onde uma 
lateral terá forma trapezoidal (figura 12). Todos os cortes da base foram feitos com o 
manuseio de makita. 
 
 
 
Figura 12: Ilustração da base. 
 
Com a mesma makita, cortamos o que restou do corte da base para originar 
as cabeceiras do projeto. Feito esses cortes, usinamos na fresa para chegarem à 
forma quadrada de 160 mm de lado e fizemos três furos de diâmetro de 8 mm nas 
30 
 
duas placas de forma que, ligando os furos, formasse um triangulo equilátero e que 
o centro dele seria o centro da cabeceira. E, por ultimo, furamos o centro da placa 
para encaixar o rolamento de 22 mm de diâmetro (figura 13). 
 
 
 
Figura 13: Ilustração de uma cabeceira. 
 
Para os discos, utilizamos o torno para a maior parte da usinagem. 
Primeiramente, desbastamos o tarugo de PP até chegar a 75 mm de diâmetro. 
Depois, cortamos a peça em três partes iguais de 20 mm de espessura com o 
bedame. Tendo os três discos em mãos, desenhamos em um deles as linhas de 
angulação e o centro do furo para os ímãs. Fizemos dez furos para os ímãs com 
angulação de 20° em relação à superfície do disco e finalmente um furo no centro 
para a fixação de eixo central de 8 mm de diâmetro (figura 14). 
 
 
 
Figura 14: Ilustração de um disco com os ímãs posicionados. 
 
31 
 
Do tubo é que vão sair os anéis. Usinamos o diâmetro interno do tubo até 
chegar a 94 mm. Feito isso, cortamos o tubo também em três partes de 20 mm cada 
com o bedame. Desenhamos as linhas de angulação e dos furos para os ímãs em m 
deles e depois fizemos 15 furos passantes de 8 mm Em seguida aumentamos para 
10 mm. Por último, furamos o anel com a mesmas coordenadas dos três furos para 
os eixos da cabeceira (figura 15). 
 
 
 
Figura 15: Ilustração de um anel com os ímãs posicionados. 
 
Dos dois eixos comprados, cortamos em três partes com medida de 350 mm 
cada e usinamos no torno até chegarem ao diâmetro de 8 mm e fizemos um rebaixo 
de 1,5 mm no diâmetro nas extremidades para a fixação de porcas. Para isso, 
fizemos as roscas nos três eixos. Depois, cortamos outro com medida de 440 mm e 
também usinamos até chegar a 8 mm. Com os 500 mm que restaram, utilizamos 100 
mm para fazer a função de empurrar a barra de ímã dentro da bobina e gerar 
energia. 
Para finalizar a parte de usinagem, cortamos a placa de acrílico, que é a 
tampa de proteção do dispositivo, com a makita em três partes iguais. 
 
3.3 Montagem 
3.3.1 Montagem da parte mecânica 
Primeiramente, foi colocado os ímãs nos respectivos furos nos discos e anéis 
sobre pressão. Em seguida, encaixamos os eixos de sustentação nos anéis e o eixo 
central nos discos (figura 16). 
32 
 
 
 
 
Figura 16: Eixos, discos e anéis ligados. 
 
Feito isso, fixamos os rolamentos nas cabeceiras e em seguida os eixos nos 
seus respectivos lugares, sendo que o eixo central é posicionado nos rolamentos, 
sendo que os eixos dos anéis foram fixados com porcas na cabeceira. Depois, 
colocamos um disco de maneira excêntrica no eixo central que faz movimentar o 
eixo que é posicionado radialmente e é colada uma barra de ímã na outra 
extremidade. Para finalizar, posicionamos a cabeceira em cima da base e soldamos 
as mesmas uma na outra. 
 
3.3.2 Montagem da parte elétrica 
Primeiramente, pegamos os fios de cobre e os enrolamos de forma espiral 
para originar uma solenoide. Depois de enrolados os fios, a bobina solenoidal é 
posicionado em frente à barra de ímã para que possa ocorrer a indução 
eletromagnética. Para terminar, ligamos um led nos terminar da bobina para provar a 
teoria do nosso projeto. 
 
3.4 Finalização 
Após todas as peças encaixadas e firmes na estrutura, colocamos a tampa de 
proteção em volta da estrutura (figura 17), para que não ocorram acidentes que 
possam envolver pessoas. 
 
33 
 
 
 
Figura 17: Estrutura do projeto sem a bobina e sua respectiva proteção. 
 
3.5 Vistas 
 
 
 
Figura 18: Vista lateral esquerda. 
 
34 
 
 
 
Figura 19: Vista frontal. 
 
 
 
Figura 20: Vista superior. 
 
35 
 
 
4 RESULTADOS OBTIDOS 
 
Foram utilizadas várias horas de usinagem até o primeiro teste. Inicialmente, 
sem a montagem completa do dispositivo, foi posicionado o eixo principal na vertical. 
Dado o impulso no disco dentro do anel, não foi possível a manutenção movimento 
de rotação através das forças de repulsão magnética. Entretanto, ao deslocar o 
disco em relação ao plano do anel constatou-se que as forças de repulsão entre os 
ímãs se anulavam com a força da gravidade, sustentando a peça por um período 
maior de rotação em relação ao posicionamento original. 
Após uma análise detalhada dos componentes, evidenciou-se que os ímãs 
não estavam equidistantes, o que poderia ser a causa principal do problema. Assim 
sendo, foi usinado outro disco com novas furações mais precisas. Repetidos os 
testes, o problema persistiu. 
Devido aos ângulos dos ímãs incorretos, difíceis de acertar pela 
complexidade do cálculo, além da falta de ferramentas, de tempo e a exigência de 
elevada precisão nas posições dos ímãs, o resultado do projeto foi insatisfatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Com o objetivo de desenvolver uma alternativa para energia limpa e a 
divulgação do Gerador magnético de energia elétrica, o projeto foi iniciado com 
muita confiança e empolgação, pois abordava um tema inovador para a sociedade. 
Porém, para o sucesso do projeto é necessário conhecer a fórmula para 
calcular a angulação dos ímãs em relação à superfície e a distancia dos mesmos 
entre o disco e o anel. Essa mesma fórmula é camuflada por ser uma alternativa de 
fonte de energia autossustentável e fácil de montar se conhecendo os valores, além 
dela ser extremamente complicada de se desenvolver. Se esse projeto fosse 
liberado para o público, teríamos energia gratuita para alimentar nossas residências 
sem a necessidade de pagar impostos, o que seria prejudicial ao governo. 
Os protótipos existentes são montados por pessoas que não mostram essa tal 
fórmula e poucos a conhecem. Eles desenvolvem o projeto com o auxilio de 
simuladores de altos custos e difíceis de serem encontrados. Portanto, isso torna o 
projeto muito complexo. 
Com a ajuda de terceiros, o grupo continua motivado e tentará desenvolver 
um protótipo mais simples e fácil de ser montado sem a necessidade de fórmulas ou 
simuladores, sendo possível fazer testes à mão e obter sucesso rapidamente. 
 
 
37 
 
6 REFERÊNCIAS 
 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerador_el%C3%A9trico 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Magnetismo 
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/CampoMagnetico/im
asemagnetos.php 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Faraday-Neumann-Lenz 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dm%C3%A3_de_neod%C3%ADmio 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Polipropileno 
 http://www.infoescola.com/eletricidade/bobina/

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