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Competência Jurisdicional

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Competência
A competência é uma parcela da jurisdição, ou melhor, é a divisão da jurisdição atribuída aos órgãos do poder estatal. Jurisdição é una.
Por competência, entendemos o instituto que define o âmbito de exercício da atividade jurisdicional de cada órgão desta função encarregado. “medidas de jurisdição”
As normas de competência funcionam como uma "divisão de trabalho" no Judiciário, facilitando a prestação da atividade jurisdicional (art. 42, CPC).
	Divisão de Competências
•   Justiça Estadual (Civil e Penal) [Comum]: busca solucionar conflitos que possam surgir entre pessoas, empresas, instituições e impõe penas àqueles que cometem algum crime; competência residual
•   Justiça Federal [Comum]: julga casos que forem de interesse da União, das autarquias ou das empresas públicas; art. 109, CF.
•   Justiça do Trabalho [Especializada]: busca resolver conflitos entre trabalhadores e empregadores;
•   Justiça Eleitoral [Especializada]: existe para garantir que o processo eleitoral seja honesto;
•   Justiça Militar [Especializada]: processa e julga os crimes militares.
Em razão disso o ato jurisdicional praticado só será validado se tiver sido exercido por aquele que tiver competência para exercê-la validamente em cada caso concreto.
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL 
Existem questões que podem ser examinadas pela justiça brasileira – para quais ela tem jurisdição – e questões que não podem, em regra porque não nos dizem respeito. 
A competência internacional pode ser concorrente ou exclusiva. 
No primeiro caso, como o próprio nome diz, dois países são competentes, concorrentemente, para processar e julgar determinado fato. 
Já no segundo caso, apenas um deles é competente para processar e julgar determinado fato, excluindo-se, desta maneira, o outro.
A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas.
Competência concorrente: está prevista no art. 21 e no art. 22, CPC e são os casos em que não houve a exclusão do juiz estrangeiro, podendo ser ajuizada ação tanto no juízo brasileiro, quanto no juízo estrangeiro quando:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; (reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal) 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de fato praticado no Brasil. 
Em razão de alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
	Ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência (prevalece a primeira sentença que transitar em julgado). 
A autoridade judiciária brasileira poderá conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Pendência de causa não impede a homologação de sentença estrangeira (mecanismo pelo qual a autoridade brasileira outorga eficácia à sentença estrangeira para que possa ser executada no Brasil – STJ – art. 960ss – Resolução n. 9/2005-STJ).
Competência exclusiva: prevista no art. 23, CPC, determina que à autoridade judiciária brasileira, é a única competente para conhecer da ação: 
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
São ações que versam sobre matéria que só pode ser julgada pela justiça brasileira, com exclusão de qualquer outra. 
COMPETÊNCIA INTERNA art. 67-69
A competência interna é restrita ao ordenamento jurídico brasileiro, sendo apreciada e julgada, ou, ainda, tendo todo o seu procedimento apreciado pelo Poder Judiciário nacional.
São as regras de competência interna que indicarão quais os órgãos responsáveis (competentes) para a realização do julgamento de determinado processo levado a Juízo. 
A competência interna pode ser fixada em razão da matéria, do valor da causa, da função e do território.
O critério objetivo leva em consideração a demanda apresentada pelo PJ como dado relevante a distribuição da competência. É fundamental o conhecimento dos elementos da demanda para correta compreensão deste critério: partes, pedido e causa de pedir.
Competência em razão da pessoa: tendo em conta as partes envolvidas. Ex: Vara privativa da Fazenda Pública.
Competência em razão da matéria: é determinada pela natureza da relação jurídica controvertida, definida pelo fato jurídico que lhe dá causa. Assim é a causa de pedir, que contém a afirmação do direito discutido, o dado a ser levado em consideração para a identificação do juízo competente. É com base nesse critério que as varas da família, cível, penal, etc. são criadas.
Competência em razão do valor da causa: é definido a partir do valor do pedido, um dos elementos da demanda. Ex: Competência do juizados especiais.
Competência em razão do território: É quando, para fixação da competência adota-se como critério o local em que os fatos ocorreram ou o local do domicilio/residência do réu, isso porque os casos que se apresentam ao Poder Judiciário somente poderão ser julgados pelos órgãos julgadores situados em locais que guardem alguma relação com os fatos que o originaram.
Competência em razão da função: Leva em conta a função do órgão jurisdicional, observa a função que o tribunal, que o juiz faz para definir a competência. É por meio da competência funcional que se separam as atribuições dos diversos juízes num mesmo processo.
Fixação de competência – para determinar a competência da demanda deve-se partir de um plano genérico para o plano específico.
1º - competência originária (STF, STJ, TJ)
2º - competência de jurisdição (comum, federal, militar...)
3º - competência de foro ou territorial (distribuição geográfica 0 comarcas e subseções)
4º - competência de Juízo (divisão interna do Juízo)
5º competência recursal (Juízo competente para julgar o recurso)
Levando-se em conta o disposto no NCPC, é possível dizer que a competência será determinada:
1º) pelos elementos da demanda a ser proposta: a) as partes; os fundamentos da causa de pedir; c) o pedido
2º) natureza do processo e a função exercida do PJ no mesmo processo ou em processos antecedentes
Conceito de FORO: indica a base territorial sobre a qual determinado órgão judiciário exerce a sua competência. é o nome que se dá a cada uma das porções territoriais em que se divide o País para efeito de distribuição de competência.
	Foro TJ – Todo o Estado - comarcas
Foro JF – Região – subseções judiciária
Foro STJ e STF – território nacional
Conceito de JUIZO: sinônimo de órgão jurisdicional. Juízo de 1º grau; Juízo de 2º grau ou grau superior. São unidades judiciárias, integradas pelo juiz e seus auxiliares. 
Na justiça comum estatal, o conceito de juízo coincide com o das varas. Uma comarca pode ter numerosas varas, isto é, diversos juízos. 
	Quando se quer apurar em que comarca determinada demanda deve ser proposta, está-se em busca do foro competente.
Quando, dentro da comarca, procura-se a vara em que a demanda deve ser aforada, a dúvida será sobre o juízo competente. 
Jurisdição e competência.
 São dois conceitos que permitema compreensão.
 Ex; Um juiz de Direito da comarca de São Paulo, por ser juiz, tem a jurisdição. Mas este juiz de Direito, não tem competência para julgar ação que tramita perante a comarca do Rio de Janeiro. 
 Ou seja, ele não tem uma atribuição que extrapola os limites extraterritoriais. Deixa de ter poderes concretos no caso, que foge a sua territorialidade.
 Competência é um pressuposto processual subjetivo referente ao juiz. 
Atos através de carta precatória ou carta rogatória
Critérios para determinar a competência
CRITÉRIO OBJETIVO: É adotado quando a competência for determinada pelo valor atribuído à causa, ou pela matéria que será discutida no processo. Material: É o objeto litigioso, o objeto que estar sendo discutido. Exemplo: causa de família, ou de trânsito, etc. Encontrado nas LOJ’s dos estados federativos. - Valor da causa: Poderá ser um critério de determinação de competência, é um dos motivos da obrigatoriedade do valor da causa na inicial. Encontra-se nas LOJ’s.
Regem a competência em razão do valor e da matéria, as normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos no Código de Processo Civil.
Quanto ao valor, pode-se citar como exemplo de competência em razão deste critério os Juizados Especiais criados pela Lei 9099/95. É um dos poucos casos de aplicação efetiva deste critério, já que o mesmo vem sendo pouco utilizado atualmente. (relativa)
CRITÉRIO FUNCIONAL: Abrange a competência hierárquica, que identifica a competência dos tribunais, seja para o julgamento dos recursos, seja para o julgamento de causas de sua competência originária. 
Gerará a competência originária. Em razão da função ou hierarquia move-se a causa no tribunal, por exemplo. Encontra-se na Constituição Federal para a competência do STJ e STF e para os Tribunais de Justiça encontra-se nas LOJ’s.
É por meio da competência funcional que se separam as atribuições dos diversos juízes num mesmo processo, qual o juiz competente pela função para atuar naquele processo, p. ex., o Tribunal do Júri é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida.
 COMPETÊNCIA TERRITORIAL: É utilizada pelo CPC, para a indicação do foro; e pelas Leis de Organização Judiciária, para a indicação do juízo competente. Leva-se em conta a localização territorial, seja do domicílio dos litigantes, seja da situação do imóvel que é disputado por eles. 
Este critério de competência indica onde deverá ser proposta determinada ação, já que os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição nos limites das suas circunscrições territoriais.
A regra na competência territorial é que as ações devem ser propostas no domicílio do réu, para as demandas de natureza pessoal e em direito real sobre bens móveis. (art. 46)
	Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor. 
Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. 
Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor (foro de eleição).
	UNIÃO COMO PARTE
Quando a União for autora, é competente o foro de domicílio do réu
Quando a União for ré, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal
	ESTADOS E MUNICÍPIO COMO PARTE
Se for autor: É competente o foro de domicílio do réu 
Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. (art. 52)
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
São ABSOLUTOS os critérios de competência fixados pela matéria, pela pessoa e pela função. 
A competência absoluta é aquela estabelecida em favor do interesse público, não sendo passível de modificação pela vontade das partes, em foro de eleição. 
A não observância destas regras implica na nulidade absoluta do processo.
Pode ser reconhecida de ofício pelo juiz ou alegada pelas partes a qualquer tempo. (vide art. 337, II). 
Reconhecida a competência absoluta, o juiz deve remeter os autos ao Juízo competente.
Se já foi proferida sentença com trânsito em julgado, nos casos de reconhecida a competência absoluta, será caso de ação rescisória. 
COMPETÊNCIA RELATIVA
É fixada em se valorizando mais o interesse particular. 
Tem como pressuposto a facilitação da defesa, e se não argüida no momento oportuno (contestação) pode ser prorrogada. 
É o que dispõe o art. 65, CPC, "Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação." (preclusão). 
A prorrogação da competência é, então, o mecanismo pelo qual um juiz, a princípio incompetente para julgar determinado fato, passa a ser competente, por não ter, o réu, argüido a incompetência em momento oportuno.
Não gera nulidade da sentença, nem ação rescisória. 
Somente as de competência relativa estão sujeitas à modificação pelas partes.	
As de competência absoluta não podem ser modificadas.
Causas de modificação: a prorrogação, a derrogação pela eleição de foro, a conexão e a continência, que só se aplicarão em casos de competência relativa. 
Somente a incompetência absoluta pode ser reconhecida de ofício pelo Juiz (Súmula 33, STJ) . Exceção: hipóteses do art. 63, § 3º). 
INCOMPETÊNCIA
(arts. 64 e 65, CPC)
 A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. 
 A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. 
Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência. 
Sendo acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente
Não sendo acolhida a incompetência, os autos serão remetidos 
Prorroga-se a competência, se o réu não opuser exceção declinatória do foro e de juízo, no caso e prazo legais.
Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de incompetência. O conflito de competência não obsta, porém, a que a parte que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do foro. 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA: é um incidente processual que se instaura quando dois ou mais juízos ou tribunais dão-se por competentes para a mesma causa → conflito positivo. Ou podem se dar por incompetentes → conflito negativo.

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