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SISTEMA COMPLEMENTO
O QUE É O SISTEMA COMPLEMENTO? 
É um conjunto formado por mais de 30 proteínas de caráter termolábil, encontradas tanto no 
plasma sanguíneo como na membrana celular. 
Esse sistema é um dos mecanismos efetores mais importantes na resposta imune inata, como 
também está na base do mecanismo efetor da imunidade mediada por anticorpos, já que 
complementa a atividade antibacteriana dos anticorpos, daí vem nome de tal sistema. 
O complemento não é ativado somente por organismos infecciosos. Células mortas, lesadas ou 
apoptóticas podem ativar o sistema complemento, o que facilita a identificação dos fagócitos e a 
eficiência 
O sistema é ativado pela presença do patógeno, mas também pode ser ativado precocemente 
nas infecções ainda na ausência dos anticorpos. 
Esse sistema, é formado por proteínas do tipo proteases as quais necessitam ser quebradas para 
serem ativadas. 
**Em seu estado inativo essas proteínas são chamadas de zimógenos ou pró - enzima. 
Neste sistema complemento, os precursores zimógenos estão amplamente distribuídos através 
dos fluidos corporais e dos tecidos. Nos locais da infecção eles são ativados e induzem uma série 
de potentes eventos inflamatórios. 
O sistema complemento é ativado por meio de uma cascata enzimática. Nessa cascata, uma 
enzima ativa do complemento, gerada pela clivagem do seu precursor zimógeno, cliva seu 
substrato, outro zimógeno do complemente, em sua forma enzimaticamente ativa e assim 
sucessivamente. 
Percebe-se a necessidade de regulação dessa cascata, pois o efeito desta é amplificado a cada 
fase e, por isso, existem muitos mecanismos reguladores para impedir a ativação descontrolada. 
FORMAS DE AÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO 
O sistema do complemento pode se manifestar de 3 formas efetoras. 
1) Promovendo a opsonização do patógeno para que esse seja englobado pelos fagócitos 
portadores de receptores do complemento. Para realizar esse mecanismo é gerado um 
grande número de proteínas ativadas que se ligam co valentemente ao patógeno, 
opsonizando-o. 
2) Pequenos fragmentos de proteínas do complemento atuam como quimioatraentes para 
recrutar mais fagócitos para o local da ativação do complemento, assim como na 
vasodilatação dos sítios de inflamação, na aderência dos fagócitos ao endotélio do vaso 
sanguíneo e na saída de fagócitos dos vasos. 
3) Os componentes finais da via do complemento promovem lesões em certas bactérias pela 
criação de poros na membrana. 
Obs: O que é opsonização? 
É o recobrimento da partícula estranha com fragmentos proteicos específicos do complemento o 
que torna mais fácil de ser identificado pelo fagócito que possuem receptores para essas 
proteínas. Estes fragmentos proteicos se aderem a membrana do fagócito e i nicia a primeira 
etapa do processo fagocitário.
VIAS DE ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO 
a) Via clássica: A ativação dessa via é iniciada por complexos antígeno-anticorpo, sendo um 
componente do braço humoral da imunidade adquirida. 
 É identificada pela ligação C1q, a primeira proteína da cascata do complemento, na 
superfície do patógeno. 
OBS: C1q pode ligar a superfície do patógeno em uma das três vias. 
 
b) Via Alternativa: Desencadeada quando algumas proteínas do complemento aderem a 
membrana do microrganismo e não podem ser controladas, porque as proteínas do 
complemento são reguladas pelas proteínas reguladoras presentes na célula do 
hospedeiro. 
 A ativação do complemento pode ser indicada pela ligação espontânea de 
complemento C3 ativado do plasma à superfície de um patógeno. 
c) Via Lectina: É iniciada pela ligação de proteínas ligadoras de carboidratos ao arranjo de 
carboidratos na superfície do patógeno. 
 Essa proteína ligadora de carboidrato inclui a lectina MBL, a qual se liga a 
carboidratos que contêm manoses de vírus e bactérias e as ficolinas, os quais se 
ligam ao N-acetilglicosamina presente na superfície de alguns patógenos.
MECANISMOS DE REGULAÇÃO 
 Os componentes ativados do complemento algumas vezes se ligarão a proteínas nas células do 
hospedeiro, e para que não ocorra danos nestas células é necessário a regulação do 
complemento, por meio de proteínas controle que regulam a cascata em pontos diferentes. 
Muitas dessas proteínas protegem especificamente as células do hospedeiro, enquanto permitem 
que a ativação do complemento prossiga na superfície do patógeno. Portanto, as proteínas de 
controle permitem, ao hospedeiro, distinguir entre o próprio e o não-próprio. 
1) O inibidor de C1(C11NH): o Inibidor de C1 reconhece o C1r e o C1s ativados, e faz com 
que ela se dissocie de C1q, o qual permanece ligado ao patógeno. A consequência dessa 
dissociação é a suspensão precoce da ativação de C1.Da mesma forma, o inibidor 
também previne a ativação de C1 no plasma. 
2) Proteína de Ligação ao C4, fator I e o fator H: A proteína de ligação ao C4 (C4BP, C4 
binding protein) e uma segunda proteína, o fator I, são responsáveis pela regulação do 
C4b. A C4BP liga-se ao C4b pelo fator I, mas sua presença pode acelerar o processo de 
clivagem. O fator I também é responsável pela clivagem do C3b. Neste caso, o co -fator 
requerido é denominado de fator H. O fator H atua como um co-fator obrigatório na fase 
líquida e como um acelerador da clivagem de C3 sobre as superfícies celulares 
A proteína do complemento mais abundante no plasma, chamada de C3, desempenha um papel 
central em todas as três vias. A C3 é hidrolisada espontaneamente no plasma em baixo nível, 
mas seus produtos são instáveis e rapidamente se fragmentam e se perdem.

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