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OS CROODS E OS TRÊS NÍVEIS DE SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIA
O filme Os Croods, apresenta o drama de uma família das cavernas lutando para sobreviver e se adaptar as mudanças do mundo. O filme retrata claramente as criações e adaptações realizadas pela iniciativa e influência do jovem Guy, diante das necessidades que iam surgindo, "forçando" a urgência da conscientização do processo de adaptação daquela família. A rotina da família se resumia em uma constante luta por sobrevivência, na qual eles caçavam de dia e se escondiam durante a noite. Grug, o pai daquela família, tenta a todo custo proteger sua família e para isso se isenta de qualquer comportamento que fuja do esperado por ele
	O medo do novo ou de qualquer outra coisa que os tire da rotina fazem com eles vivam enclausurados principalmente após terem visto outras famílias sendo destruídas. E esse medo de enfrentar as mudanças fica evidenciado na relação conflituosa entre pai e filha que por não se contentar com o modo de vida acaba saindo da caverna e conhecendo Guy que lhe mostrou uma nova forma de ver o mundo. 
	O pai é bastante resistente as mudanças, a filha tem sede por novas descobertas e Guy aparece trazendo transformações significativas no relacionamento entre pai e filha e de toda a família diante das mudanças propostas para eles, permitindo contribuir para mudanças comportamentais.
	Segundo Skinner, seleção por consequência limita à sua proposta de explicação do comportamento, mas refere-se a um tipo de relação de dependência entre eventos, a qual foi primeiramente reconhecida na teoria darwiniana de seleção natural.
	Skinner também afirma que tal modo causal deu origem e manutenção do comportamento ao longo da vida de um indivíduo, assim como a evolução de práticas no nível cultural, mas esse tipo de explicação para o fenômeno comportamental só foi possível porque uma suscetibilidade a certos tipos de consequências, juntamente com uma bagagem de comportamento indiferenciado, foram selecionados como traços via seleção natural, sendo esse o primeiro nível de seleção por consequência no qual percebemos nos primeiros comportamentos do pai da família que a princípio podem ser explicados e justificados por diversos fatores inclusos nesse nível de seleção, já que são demonstrados diversos comportamentos mecânicos, na qual a forma de interagir com o meio é imutável, desde que o ambiente também seja linear, estando presente nas situações onde pai daquela família(Grug), tenta a todo custo proteger sua família e para isso se mantém sempre na sua zona de conforto, ou seja os comportamentos daquela família eram moldados de acordo com o instinto e a necessidade de sobrevivência.
	
	O segundo tipo de 'seleção por consequências’, denominado condicionamento operante e a evolução desse processo, paralelo ao condicionamento respondente, possibilitou aos organismos adquirirem comportamentos apropriados às condições ambientais relativamente instáveis, e, consequentemente, a reprodução diante de tais condições. Skinner conferiu ao condicionamento operante “a mais clara evidência que temos do processo de seleção por consequências”, uma vez que ele evidencia esse tipo de relação de dependência entre eventos em processo. 	
	Percebemos esse segundo nível presente logo após a família perder o lugar onde viviam, no qual eles tiveram que se adaptar a uma nova realidade, totalmente diferente da que eles eram acostumados, e de repente, eles se veem sendo forçados a obter novos aprendizados, onde agora eles teriam que se adaptar e apresentar novas respostas para um mundo distinto daquele que eles eram habituados. E assim percebemos que essa é grande chave do condicionamento operante, o fato de que os comportamentos são mantidos pelas suas consequências, tendo em vista que cada novo problema que era apresentado para aquela família necessitava de uma resposta nova e ao apresentar essas respostas, a consequência acontecia e os comportamentos eram reforçados, ao passo que ocorria a extinção de alguns comportamentos do pai da família por serem retiradas as conseguências que lhe seguiam, principalmente pelos comportamentos apresentados pelo novo integrante, Guy. 
	Nas palavras de Skinner (1981): “Resiste-se particularmente ao papel de seleção por consequências porque não há lugar para um agente iniciador como sugerido pela mecânica clássica” um padrão de comportamento imitativo, diferente daquele tipo de imitação que é produto da seleção natural.
	Contingências de reforçamento que induzem um organismo a se comportar de determinada maneira passa a afetar um outro organismo quando esse se comportava de forma similar, tal evolução de ambientes sociais ou culturais foi caracterizada por Skinner como um terceiro tipo de ‘seleção por consequências’, o qual pressupõe que o principal processo de modificação ou evolução da cultura é a ação das consequências de sobrevivência do grupo sobre a variação de práticas culturais.
	Para esse terceiro nível de seleção chamado Comportamento verbal as práticas culturais são determinantes para o comportamento humano, e sua grande importância, é que ela torna possível para os individuos de um grupo aprender pela experiência do outro, o que podemos perceber de forma clara no filme, onde Guy, com sua coragem e curiosidade pelo novo é de certa forma, tido como pilar para que essa família possa se adaptar e aprender novos repertórios referentes as novas situações e aos novos problemas que lhes foram impostos. 
	E esse nível é de suma importância, tendo em vista que, vivemos em sociedade, e assim nos é apresentado algumas formas de aprendizado e adaptação que não partem somente das nossas vivências, mas também das experiências daqueles com que convivemos e que possam ou não fazer parte da nossa cultura.
REFERÊNCIAS
	OS CROODS . Dirigido por Chris Sandres (II), Kirk De Micco: Estados Unidos, 2013.
	SKINNER, B. F. Seleção por consequências. Rev. Bras. ter. comport. Cogn., São Paulo, v. 9, n. 1, p. 129-137, jun. 2007
	Andery, M A. P. A. O modelo se seleção por consequência e a subjetividade. In R. Banaco (Org.), Sobre comportamento e cognição (Vol.1). Santo André, SP: ARBytes

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