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INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Tuane Vilas Boas Rode Oliveira Uindson Liberato Oliveira UNIFACS – Salvador/Bahia O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, é a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo, levando a diminuição da oxigenação das células do músculo cardíaco (miocárdio). O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, depende de qual artéria foi obstruída. Em casos raros o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que se aloja no interior dos vasos. Sendo assim, o manejo do infarto é baseado no rápido diagnóstico, na desobstrução imediata da coronária culpada, manutenção do fluxo obtido, profilaxia da embolização distal e reversão de suas complicações potencialmente fatais (arritmias, falência cardíaca e distúrbios mecânicos). INTRODUÇÃO Quando a obstrução afeta um pequeno ramo da coronária, atingindo uma área pequena e periférica do músculo cardíaco, o infarto pode ser assintomático (ou silencioso). O mais comum, porém, é que a pessoa tenha uma combinação de sintomas, que surgem de repente. Primeiro sintoma do infarto costuma ser a dor subesternal, visceral e profunda, descrita como dor ou pressão, irradiada para dorso, mandíbula, braço esquerdo ou direito, ombros ou todas essas áreas. A dor é semelhante à angina do peito, mas geralmente é mais grave e tem longa duração; mais frequentemente acompanhada de dispneia, diaforese, náuseas e vômitos; e aliviada um pouco ou apenas temporariamente com repouso. No entanto mulheres e idosos podem não ter essa manifestação típica, ou confundi-lo com dor de estômago, azia ou dor nas costas. A revascularização do miocárdio conhecida popularmente como cirurgia de "ponte safena", consiste no uso de um enxerto retirado de uma veia (como a safena) ou artéria (como a mamária ou a radial) para fazer uma ponte que liga a parte saudável da artéria obstruída à aorta, permitindo que o coração volte a ser revascularizado. Requer uma incisão no meio do peito, além de uma pequena incisão para retirada do enxerto Já os fibrinolíticos são medicamentos para dissolução do coágulo. Essa técnica é indicada somente quando não é possível a desobstrução por angioplastia, pois pode causar hemorragias. Além disso, são associados ao tratamento outros medicamentos que tem por objetivo evitar a formação de novos coágulos, prevenir arritmias e controlar o colesterol, além de favorecer a cicatrização da área afetada O mais importante no tratamento do infarto é a desobstrução da artéria entupida. Existem três formas de realizar esta desobstrução: angioplastia coronária (desobstrução mecânica), revascularização do miocárdio e a utilização de fibrinolíticos (desobstrução com medicamentos). No primeiro o procedimento consiste na inserção de um cateter pelo braço ou pela virilha que é guiado até a região do coração, como no exame de cateterismo. Guiado por imagens e com ajuda de uma injeção de um contraste, o médico leva um pequeno balão até o local da coronária em que está a obstrução, que, então, é inflado para que a artéria se abra e o sangue volte a passar. Para evitar que o vaso volte a fechar, é inserido um stent, espécie de mola metálica que mantém as paredes da artéria abertas. Existem dois tipos de stent: o convencional e o farmacológico, que libera medicamentos para evitar uma futura nova obstrução no local (reestenose) DIAGNÓSTICO Grande parte da população associa o infarto a uma dor forte no peito. O sintoma é mesmo o mais comum, mas não é o único. Em alguns casos, pode nem estar presente. Ter informações sobre esse tipo de emergência médica é fundamental, já que quanto antes o tratamento for iniciado, maiores as chances de sobrevivência. As doenças cardiovasculares são as doenças que mais matam no Brasil e em todo o mundo. São quase 400 mil mortes por ano, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Cardiologia para 2018. Isso equivale a mais de 1.000 por dia e cerca de 43 a cada hora. E quase todas essas mortes poderiam ser evitadas com mudanças no estilo de vida e o controle adequado de fatores de risco. RESUMO TRATAMENTO SINTOMAS O diagnóstico é feito com base no quadro clínico, nas alterações eletrocardiográficas e na elevação dos marcadores bioquímicos de necrose. Tendo em vista que os sintomas são extremamente variados e que a elevação dos marcadores iniciase cerca de seis horas após o inicio da dor, o principal instrumento diagnóstico e determinante da conduta é o eletrocardiograma. Ele deverá apresentar o supradesnível do segmento ST ou o bloqueio agudo de ramo esquerdo, critérios suficientes para desencadear a tentativa imediata de reperfusão em um paciente com história sugestiva. REFERÊNCIAS ALBERT EINSTEIN - Infarto do miocárdio. Disponível em: <https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/doencas-sintomas/infarto-do-miocardio >. Acesso em: 20 de abril 2019; MANUAL MDS. Infarto agudo do miocárdio (IAM). Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-cardiovasculares/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-iam >. Acesso em: 01 de maio 2019
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