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Elementos Pneumáticos de Trabalho Atuadores Lineares (cilindros): O atuador linear é um elemento que transforma a energia pneumática em movimentos retilíneos, permitindo a aplicação do movimento linear exatamente onde é necessário. 1. Atuadores lineares de simples ação (simples efeito): Esses atuadores são acionados por ar comprimido de um só lado e, portanto, trabalham em uma só direção. O retrocesso efetua-se mediante uma força externa ou por mola. Empregam-se esses elementos de trabalho principalmente para fixar, expulsar, prensar, elevar, alimentar, etc. Obs.: Em atuadores com mola, o curso do êmbolo é limitado pelo comprimento da mola. Por essa razão, são fabricados com comprimentos até aproximadamente 100mm. 2. Atuador linear de dupla ação (duplo efeito): Os movimentos de avanço e retorno nos atuadores de dupla ação são produzidos pelo ar comprimido e, por isso, podem realizar trabalho nos dois sentidos de seu movimento. Empregados em todos os casos em que é necessária dois sentidos do movimento, devendo-se, entretanto observar que os esforços de flexão sobre a haste dos cilindros devem ser evitados ao máximo, através do uso de guias. 3. Atuador Tandem (Duplicador de Força): Trata-se de dois cilindros de ação dupla que formam uma só unidade. Assim, com carga simultânea nos dois êmbolos, a força será a soma das forças dos dois cilindros. Ele é recomendado para obter uma força elevada quando a área útil do cilindro é pequena. 4. Atuador linear com amortecimento nos fins de curso: Empregados quando volumes grandes e pesados são movimentados por um atuador. Possui um sistema de amortecimento para evitar impactos secos e danificação das partes. Antes de alcançar a posição final, um êmbolo de amortecimento interrompe o escape direto do ar, deixando somente uma passagem pequena, geralmente regulável. Com o escape de ar restringido, cria-se uma sobre pressão que, para ser vencida, absorve grande parte da energia, o que resulta em perda de velocidade nos fins de curso. 5. Atuadores rotativos Na execução com atuador de dupla ação, a haste do êmbolo tem um perfil dentado (cremalheira). A haste do êmbolo aciona, com esta cremalheira, uma engrenagem, transformando o movimento linear em movimento rotativo, à esquerda ou à direita, sempre segundo a direção do curso. Cálculos em Cilindros atuadores Força do Êmbolo: A força do êmbolo depende da pressão de ar, do diâmetro do cilindro e da resistência de atrito dos elementos de vedação. Força teórica no avanço de um atuador linear: FT = força teórica [kgf] Aav = área útil do êmbolo [cm 3 ] p = pressão [bar, kgf/cm 2 ] - Cilindro de Ação Simples: Onde: Ft = Força teórica [kgf] Fr = Força de resistência ao atrito [kgf] Fm = Força da mola de recuo [kgf] Fea = Força efetiva no avanço [kgf] P = Pressão de trabalho [kgf/cm 2 ] Aav = Área útil D = Diâmetro da camisa [cm] - Cilindro de Ação dupla: Avanço: Onde: Ft = Força teórica [kgf] Fea = Força efetiva no avanço [kgf] Fr = Força de resistência ao atrito em kgf = 3 a 20% de Ft Retorno: Ft = Força teórica [kgf] Fer = Força efetiva no recuo [kgf] Fr = Força de resistência ao atrito [kgf] = 3 a 20% de Ft Ac = Área da camisa [cm 2 ] Ah = Área da haste [cm 2 ] Ar = Área útil de recuo [cm 2 ] D=Diâmetro da camisa em cm d=diâmetro da haste [cm] P = Pressão de trabalho [kgf/cm 2 ] Exemplo: Metodologia de cálculo para um cilindro de dupla ação. a) Força de Avanço 1º Passo: Cálculo da área de avanço 2º Passo: Cálculo da força teórica 3º Passo: Cálculo da força de atrito 4º Passo: Cálculo da força efetiva b) Força de Retorno: 1º Passo: Área da camisa (Ac) 2º Passo: Área da haste (Ah) 3º Passo: Cálculo da área de recuo (Ar) 4º Passo:Cálculo da força teórica (Ft) 5º Passo: Força de atrito (Fr) 6º Passo: Cálculo da força efetiva Tabela “Pressão-Força de avanço para Cilindros Pneumáticos” Cálculo do consumo de ar: É importante conhecer o consumo de ar da instalação, para poder produzi-lo e conhecer as despesas de energia. Calcula-se o consumo de ar para uma determinada pressão de trabalho, um determinado diâmetro de cilindro e um determinado curso, da seguinte forma: A relação da compressão (RC), ao nível do mar, será dada pela relação: pT = pressão de trabalho = 1 a 15 bar Fórmula para consumo de ar: Simples ação: dupla ação: Q = consumo de ar [L/min] s = comprimento do curso [cm] n = no de ciclos por minuto Outro modo de cálculo: Com o auxílio do diagrama de consumo de ar, pode ser calculado mais simples e rapidamente o consumo do equipamento. Para os usuais diâmetros do cilindro e para pressões de 1 a 15 bar, os valores são expressos litros por centímetro de curso (l/cm). O consumo de ar é dado em litros por minuto (ar aspirado). Tabela “Consumo de ar para cilindros” Fórmulas para cálculo do consumo de ar conforme a tabela dada: Exemplo: Qual o consumo de ar de um cilindro de dupla ação, com diâmetro de 50mm, com 100mm de curso, que realiza 10 cursos por minuto, submetido à pressão de serviço igual a 6 bar? s = 100mm = 10cm n = 10 cursos por minuto q = 0,134 (conforme tabela do consumo de ar) Q = 2 . (s . n. q) (l/min) Q = 2 . (10 . 10. 0,134) Q = 2 . 13,4 Q = 26,8 l/min Válvulas Todos os elementos de comando que tem por finalidade influenciar o fluxo de energia (nesse caso o ar comprimido) são denominados válvulas, independentemente de sua forma construtiva. As válvulas são subdivididas, segundo as suas funções, em cinco grupos: 1. Válvulas direcionais; 2. Válvulas de bloqueio; 3. Válvulas de fluxo ou de vazão; 4. Válvulas de pressão; 5. Válvulas de fechamento. 1.Válvulas direcionais: São elementos que influenciam o percurso de um fluxo de ar, principalmente nas partidas, nas paradas e na direção do fluxo. As válvulas direcionais caracterizam-se por: a) número de posições; b) número de vias; c) posição de repouso; d) tipo de acionamento; e) tipo de retorno; f) vazão. Essas características são representadas por simbologia própria pela norma ISO 1219, descrita a seguir: a) Número de posições: As válvulas são simbolizadas graficamente com quadrados. O número de quadrados indica o número de posições (situações) ou manobras distintas que uma válvula pode assumir. b) Número de vias: As vias de passagem de uma válvula são indicadas por linhas nos quadrados representativos de posições, e a direção do fluxo, por setas. Os fechamentos ou bloqueios de passagem são indicados dentro dos quadrados, com traços transversais. Traços externos indicam as conexões (entrada e saída) e o número de traços indica o número de vias. Em geral, as conexões são representadas nos quadrados da direita. Triângulo no símbolo representa vias de exaustão do ar (escape). Identificação dos orifícios (vias) das válvulas direcionais: Conexão letras dígitos Alimentação (pressão) P 1 Utilização A, B, C 2, 4Escapes de ar R, S, T 3, 5 Pilotagem X, Z,Y 10, 12, 14 c) posição de repouso: Denomina-se posição de repouso ou posição normal da válvula, a posição em que se encontram os elementos internos quando a válvula não está acionada. Geralmente é representada do lado direito do símbolo. - Válvula normal fechada (NF) que não permite passagem do fluido na posição normal. - Válvula normal aberta (NA) que permite passagem do fluido na posição normal. d) tipo de acionamento: Conforme a necessidade, os mais diferentes tipos de acionamento podem ser adaptados às válvulas direcionais. Os símbolos de acionamento são desenhados horizontalmente nos quadrados. Exemplos: Acionamento por força muscular: Acionamento mecânico: Acionamento pneumático (direto): e) Tipo de retorno: Retorno é o “desacionamento”, que posiciona uma válvula direcional de 2 posições, à posição de repouso. O retorno pode ser feito por uma mola, que normalmente é representado do lado direito do símbolo. f) Vazão: Os fabricantes de componentes pneumáticos especificam nos catálogos dos produtos, os valores da vazão nominal. Exemplos de simbologias de válvulas direcionais: 2. Válvulas de bloqueio: são aparelhos que impedem a passagem do fluxo de ar em uma direção. Internamente, a própria pressão aciona a peça de vedação positiva e ajusta, com isto, a vedação da válvula. Exemplo: Válvula de retenção Esta válvula pode fechar completamente a passagem do ar em um sentido determinado. O bloqueio do fluxo pode ser feito por cone, esfera, placa ou membrana. 3. Válvulas de fluxo ou de vazão: Exemplos: Válvula reguladora de pressão (Unidade de Conservação) e Válvula limitadora de pressão. Utiliza-se a válvula limitadora de pressão, principalmente, como válvula de segurança ou de alívio. Ela não permite que o aumento da pressão no sistema seja acima da pressão admissível (pré-determinada). Quando é alcançada a pressão máxima na entrada da válvula, o êmbolo é deslocado da sua sede permitindo a exaustão do ar através do orifício de escape. Quando a pressão excedente é eliminada, atingindo o valor de regulagem, a mola recoloca o êmbolo na posição inicial, vedando a passagem ao ar. 4. Válvulas de pressão: Esta válvula tem por finalidade influenciar o fluxo do ar comprimido. Exemplo: Válvulas reguladoras de fluxo unidirecional: A regulagem do fluxo é feita somente em uma direção. Uma válvula de retenção fecha a passagem numa direção e o ar pode fluir somente através da área reguladora. Em sentido contrário, o ar passa livre através da válvula de retenção aberta. 5. Válvulas de fechamento: São válvulas que abrem e fecham a passagem do fluxo de ar comprimido. Estas válvulas são, em geral, de acionamento manual. - Torneira Registro: De Gaveta: -
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