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RESUMO DE PORTUGUÊS III atualizado

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Mateus Gomes Rangel 
Português III 
RESUMO DE PORTUGUÊS III 
 
AULA 1 – MECANISMOS DE ARTICULAÇÃO ENTRE 
ORAÇÕES: COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO – VISÃO 
TRADICIONAL E VISÃO CONTEMPORÂNEA 
 
1. caracterizar os processos sintáticos de coordenação e de 
subordinação; 
De acordo com o trecho supracitado, as orações possuem níveis de integração diferentes. 
Quando uma oração é coordenada, seu nível de integração sintática é menor, sendo facilmente 
identificada através de sua independência e autonomia frasal. Ao passo que as orações 
subordinadas, apresentam uma integração mais acentuada expressa de forma sintática, 
demonstrando uma dependência e coesão semântica entre os constituintes. O “continuum” 
exprime a visão panorâmica das orações e seus graus de integração entre os constituintes 
frásicos, a saber: os sujeitos e complementos verbais e nominais. Ex.: 
 
 
No primeiro exemplo, podemos notar que os atos de “chegar cedo do trabalho” e 
“treinar”, revelam uma sequência de ações independentes sintaticamente, sendo assim 
coordenada. Enquanto no segundo exemplo, a mesma frase foi constituída de forma 
subordinada; haja vista condicionar o ato de “ir ao treino” com a ação de “chegar cedo do 
trabalho”. A diferença mais acentuada entre os exemplos é que, no primeiro, o sujeito decide 
“ir treinar” porque estava com o tempo livre; ao passo que, no segundo exemplo, o sujeito “só 
pode ir ao treino” porque “chegou cedo”. 
 
2. distinguir orações coordenadas de subordinadas. 
A coordenação é um mecanismo por meio do qual elementos do mesmo nível associam-
se, formando uma sequência; são independentes sintaticamente uns dos outros. 
A subordinação é um mecanismo que cria funções, sintagmas, uma vez que estabelece 
uma relação de dependência entre dois termos, de modo que um passa a ser função do outro. 
No âmbito do período composto, vimos que se coordenam orações de mesma natureza 
sintática e se subordinam orações que estão em uma relação de hierarquização. 
É uma palavra invariável que une duas orações ou termos parecidos. 
Conjunções Coordenativas 
(Ligam orações ou termos semelhantes da mesma oração. Divide-se em) 
1 Aditivas: “e” – Ex. Comprei pão e leite. 
2 Adversativas: “mas” – Ex. Estudou, mas não passou. 
3 Alternativas: “ora...ora” – Ex. Ora sorria, ora chorava. 
4 Conclusivas: “portanto” – Ex. Ela está preparada, portanto se sairá na entrevista. 
5 Explicativas: “porque” – Ex. Não veio porque esqueceu as chaves do carro no trabalho. 
 
Conjunções Subordinativas 
(Ligam duas orações subordinando uma à outra. As conjunções subordinativas são 
divididas em) 
1 Causais: visto que; 
2 Comparativas: como, que nem; 
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Português III 
3 Concessivas: ainda que; 
4 Condicionais: contanto que; 
5 Conformativas: conforme; 
6 Consecutivas: de modo que; 
7 Finais: a fim de que; 
8 Integrantes: que, se; 
9 Proporcionais: à proporção que; 
10 Temporais: enquanto, mal, quando, logo que, até que, antes que; 
11 Locução Conjuntiva: conjunto de palavras com valor de conjunção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
AULA 2 – NÍVEIS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ORAÇÕES: 
AUTONOMIA X DEPENDÊNCIA 
 
1. reconhecer que a articulação de orações extrapola a dicotomia 
coordenação e subordinação 
 ORAÇÃO HIPOTÁTICA ADVERBIAL: As orações hipotáticas adverbiais mantêm 
uma relação de dependência com a oração principal, indicando as circunstâncias de causa, 
comparação, conformidade, concessão, tempo, finalidade, condição, proporção e modo. 
Elas se destacam por não funcionarem como constituinte obrigatório, como é o caso das 
subordinadas. Podem equivaler a um advérbio, segundo a Gramática Tradicional – GT. 
Ex.: (4) Ah, se eu ganhasse na Loteria... 
Já no exemplo (4), a ORAÇÃO HIPOTÁTICA ADVERBIAL temporal não possui 
uma oração principal. Ela está articulada ao próprio ato de fala. Assim, as pessoas, ao lerem 
ou falarem o exemplo (4), vão preencher o espaço da oração principal com os próprios 
desejos e anseios, o que vai variar de um falante para outro. Desse modo, alguns vão 
preencher a oração principal com “eu compraria várias casas bonitas”, um outro falante 
diria: “eu viajaria pelo mundo todo”, e assim vai. 
As hipotáticas adverbiais não apresentam o mesmo nível de integração das demais 
subordinadas, não funcionam como constituintes e apresentam dependência semântica, 
portanto, ficam no meio do continuum. Já, em contrapartida, as subordinadas não poderiam 
existir sozinhas. As subordinadas substantivas funcionam como constituintes da outra 
oração e as adjetivas, como um adjetivo. A Figura 2.1. representa o continuum. 
 
 CONSTITUÊNCIA: Os constituintes sintáticos são: sujeito, objeto direto, objeto indireto 
e agente da passiva, selecionados pelo verbo, e complemento nominal, que é selecionado 
por um nome. 
 VALÊNCIA: Indica o número e o tipo de laços que podem existir entre os elementos da 
oração, com um elemento fundamental, geralmente o verbo, e um certo número de 
elementos dependentes (denominados argumentos, ou seja, o sujeito e os complementos). 
Por exemplo, a valência de pesquisar inclui o sujeito e o objeto direto. 
 FALSAS COORDENADAS: As justapostas adverbiais (DECAT, 1999) ou falsas 
coordenadas (GARCIA, 1988, p. 24) são aquelas orações que apresentam orações 
independentes do ponto de vista sintático, mas não do ponto de vista semântico ou 
psicológico. Por exemplo, em O dia estava muito quente e eu fiquei logo exausto, temos 
independência sintática, já que as duas orações poderiam ser usadas separadas em 
contextos independentes. Mas, do ponto de vista semântico, há uma dependência, já que 
podemos considerar a paráfrase com valor causal, que ficaria Como o dia estava muito 
quente, fiquei logo exausto. A conjunção “e”, nesse caso, não é aditiva. 
 
2. reconhecer que o processo de “subordinação” extrapola a sintaxe. 
Faz-se necessário verificar que tipo de dependência está sendo considerado para essas 
definições: dependência de forma? De sentido? Dependência pragmática? Além disso, não 
constitui novidade a existência, seja na língua oral, seja na escrita, de conexões implícitas e 
conexões explícitas. 
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AULA 3 – COORDENAÇÃO: CARACTERIZAÇÃO E 
INSTRUMENTOS 
 
1. caracterizar o período composto por coordenação; 
 ORAÇÃO COMPLEXA: De acordo com alguns gramáticos, entre os quais Evanildo 
Bechara, é a unidade sintática formada de mais de uma oração. Para simplificar, pode-se 
dizer que é a denominação do período composto por subordinação da gramática tradicional. 
 
2. distinguir os tipos de orações coordenadas; 
 Há dois tipos de instrumentos instauradores da coordenação: a conjunção e a pausa, que 
ocorrem sós ou se combinam para coordenar elementos. Duas orações, conforme se expôs, 
podem estar coordenadas por um conectivo que explicite a relação de sentido desejada pelo 
enunciador ou sem qualquer elemento de ligação que as una. Estas últimas são as 
coordenadas assindéticas, que embora sem o nexo coordenativo, são capazes de explicitar 
várias relações semânticas, conforme se observa dos exemplos seguintes: 
 
(17) [O complexo de favelas dá uma virada], [atrai turistas] [e vira cenário de novela]: cada 
oração apenas acrescenta conteúdo à anterior. 
(18) [O governo está inerte], [a especulação acentua-se]: a segunda oração contém um 
efeito da primeira. 
 
3. reconhecer os efeitos discursivos do emprego da coordenação de orações. 
 As orações coordenadas representam expansões de uma sentença simples, em que a oração 
acrescentada tem
valor sintático e semântico equivalente ao das orações preexistentes com 
que se articula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 4 – COORDENAÇÃO E “FALSA COORDENAÇÃO” 
 
1. reconhecer que a falsa coordenada e/ou a justaposta adverbial se 
localizam num continuum entre coordenação e hipotaxe adverbial; 
 
 JUSTAPOSTAS OU COORDENADAS ASSINDÉTICAS: As justapostas, segundo 
Garcia (1988, p. 23), “são orações não ligadas por conectivo, separadas na fala por uma 
ligeira pausa com entoação variável, marcada na escrita por vírgula, ponto e vírgula ou, mais 
comumente, por dois-pontos”. Alguns autores chamam as justapostas de coordenadas 
assindéticas. Estas ficam no continuum entre as coordenadas e as subordinadas. 
 
2. reconhecer que a falsa coordenação não se confunde com a 
coordenação e a aposição. 
 
 Eu posso dizer que vou de carro, e pronto. Ou posso dizer que vou de Kombi, e a 
comunicação fica completa. Quando o falante coloca as duas orações uma do lado da outra, 
nós percebemos que a segunda oração delimita o tipo de carro, apresentando uma relação 
HIPONÍMICA. Tal relação semântica é peculiar da aposição e não da coordenação. Ou 
seja, a Kombi é um tipo de carro, assim como Fiat etc. Então não temos uma estrutura de 
coordenação ou justaposição, sem conector, mas uma falsa coordenada, já que de fato a 
relação é peculiar da aposição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 5 – A HIPOTAXE ADVERBIAL NO USO 
 
1. identificar os tipos de orações hipotáticas adverbiais; 
 As orações hipotáticas adverbiais que indicam valores circunstanciais determinantes na 
classificação das orações. Temos as causais, as comparativas, as concessivas, as 
condicionais, as conformativas, as consecutivas, as finais, as temporais e as proporcionais. 
Além dessas reconhecidas pela nomenclatura gramatical brasileira, temos ainda as modais e 
as locativas que já são reconhecidas por alguns gramáticos. 
 
2. reconhecer as relações circunstanciais em orações sem a presença de 
conjunções adverbiais. 
 As orações hipotáticas adverbiais não foram consideradas dentro do grupo das subordinadas, 
por não serem constituintes obrigatórios exigidos pelo verbo da oração principal. A função 
de adjunção, peculiar das hipotáticas adverbiais, existe para realçar, embelezar, expandir a 
informação Contida na oração principal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 6 – HIPOTAXE ADVERBIAL (CONTINUAÇÃO) E 
FIXAÇÃO DE CONTEÚDOS CORRELATOS 
 
1. caracterizar o mecanismo sintático da hipotaxe adverbial; 
 Compreendemos também que a dicotomia coordenação x subordinação não é sufi ciente 
para dar conta de suas particularidades sintáticas e que, com mais propriedade, deve ser 
adotada a noção de hipotaxe para a expressão de seu papel discursivo de adjunção a 
uma cláusula matriz. Esse conceito evidencia que existem diferentes tipos de 
interdependência entre as cláusulas em um enunciado e, em suma, propicia uma análise 
que vai além do nível da sentença e atinge o nível do discurso. 
 
 
2. distinguir orações hipotáticas de subordinadas. 
As orações adverbiais, consideradas pela tradição gramatical, como subordinadas, têm, 
diferentemente das subordinadas substantivas e adjetivas, uma ligação mais fraca em relação à 
sentença matriz, em função de seu papel de adjunto. Linguistas funcionalistas, por tal razão, 
propõem um estatuto próprio para essas orações, situando-as a meio termo entre as coordenadas 
e as subordinadas, caracterizando o que denominam de hipotaxe adverbial. 
As hipotáticas podem organizar-se formalmente com elementos correlatos ou não. 
Conteúdos circunstanciais são veiculados não apenas por orações ditas adverbiais, mas também 
ocorrem, com noções subsidiárias, em orações adjetivas explicativas e em orações coordenadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
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AULA 7 – REVISÃO DE CONTEÚDOS 
FAZER AS ATIVIDADES 
1. distinguir os mecanismos sintáticos da coordenação e da 
subordinação; 
Resumindo: Coordenação = independência sintática; subordinação 
= dependência sintática. 
2. caracterizar as orações coordenadas e hipotáticas; 
3. diferenciar as orações hipotáticas das subordinadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
Ap 1 – 2019. 1 
GABARITO 
 
 1 - Leia o fragmento de texto e julgue as afirmativas (C ou E): (2,0) 
a) O primeiro período do texto é composto por coordenação. (E) 
b) No terceiro período, não há oração principal. (C) 
c) No segundo período, a oração “de conhecer coisa alguma” depende do substantivo 
tempo. (C) 
d) A palavra grifada (QUE) retoma o sintagma a gente. (E) 
e) A oração com a forma verbal queres depende semanticamente da oração seguinte. (C) 
 
2 -Reconheça, então, as circunstâncias expressas pelas adjetivas em destaque. (1,5) 
a) CAUSA; b) CONCESSÃO; c) CONDIÇÃO 
 
3 – (2,0) Com a expressão “falsas coordenadas”, Othon Garcia refere-se a períodos ditos 
coordenados em que as orações são FORMALMENTE coordenadas, no caso dos 
exemplos, JUSTAPOSTAS (sem conectores), mas manifestam uma RELAÇÃO DE 
DEPENDÊNCIA SEMÂNTICA entre si. Nos exemplos, as segundas orações de cada um 
dos períodos não são autônomas QUANTO AO SENTIDO. 
No período 1, a segunda oração manifesta uma noção de causa em relação ao conteúdo da 
primeira oração. No período 2, a segunda oração estabelece um valor de conclusão ou 
consequência em relação à primeira. Para Othon Garcia essas seriam as “falsas coordenadas”. 
 
4 -. Reconheça esse termo e explique a relação entre ele e a oração destacada. (2,0) 
O termo é a forma verbal CONSIDERO do verbo CONSIDERAR, transitivo direto. A oração entre 
colchetes funciona como objeto direto do verbo e, portanto, é uma oração subordinada 
substantiva objetiva direta. 
 
5 - Classifique as orações coordenadas destacadas (Aula 3, livro de Português III, vol.1, p. 
42/43). (1,5) 
5.1 [de sorte que não posso receber amigos agora] Coord. sindética conclusiva A oração 
encabeçada por “de sorte que” expressa uma conclusão/consequência manifestada na primeira 
oração. 
 5.2 [tanto que estão muito caros]. Coord. sindética explicativa A oração encabeçada por “tanto 
que” serve de argumento para justificar a “tese” manifestada na primeira oração 
 5.3 [no entanto a obra está atrasada.] Coord. sindética adversativa A oração encabeçada por 
“no entanto” expressa uma ideia contrastante em relação ao significado da primeira oração. 
 OBS.: Não é necessário explicar as classificações; estão aí para auxiliar a compreensão dos 
que, por acaso, tiverem errado as respostas. 
 
6 – Forme orações complexas que expressem as relações indicadas entre parênteses. 
(1,0) 
a) (consequência; hipotaxe adverbial; a primeira oração será a principal) 
 Houve tantas greves e protestos que as políticas mudaram. 
b) (concessão; hipotaxe adverbial; a segunda oração será a principal) 
As políticas não mudaram embora tenha havido greves e protestos. 
OBSERVAÇÕES: 1 - A resposta somente será julgada correta se apresentar todas as 
características solicitadas no enunciado da questão. 
2- O verbo HAVER com o sentido de existir é impessoal de modo que é conjugado apenas na 3.ª 
pessoa do singular. 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português
III 
AD2 DE PORTUGUÊS III 
 
1 – Destaque e classifique as orações subordinadas. (Aula 9) (4x0,5 = 2,0) 
a) Nota-se [que as provas têm sido menos complexas]. Subordinada substantiva subjetiva 
b) Pudemos observar [que as provas têm sido menos complexas]. Subordinada substantiva 
objetiva direta 
c) Lembre-se [de que sua adesão ao candidato terá consequências]. Subordinada 
substantiva objetiva indireta 
d) O problema é [que não se fiscalizam as novas obras nas encostas cariocas] 
Subordinada substantiva predicativa. 
 
2 – Comente a afirmativa a seguir e construa exemplos que ilustrem seus comentários. 
(Aula 11) 
Para Azeredo (1990:96), as orações adjetivas modificam um nome ou um pronome e 
podem vir integradas no SN, como um adjunto, ou logo após ele, como um aposto. (2,0) 
As orações adjetivas, segundo o autor, têm o papel de um adjetivo e como tal modificam um 
nome ou pronome, especificando o seu sentido – caso das restritivas – ou apenas 
acrescentando-lhe uma explicação suplementar – caso das explicativas (ou não restritivas). As 
restritivas formam um sintagma com o antecedente do relativo, na função de adjunto adnominal 
do antecedente. As não restritivas funcionam como um aposto do antecedente. 
EXEMPLOS: LIVRES 
Os filmes [que a Academia de cinema premiou] não tiveram grande bilheteria. A oração 
destacada modifica o nome FILMES e funciona como seu adjunto adnominal: é restritiva. 
O mesmo ocorre com a oração entre colchetes a seguir, que modifica o pronome demonstrativo 
O: 
Ela viajou, o [que me deixou triste]. 
A cidade do Rio de Janeiro, [que sempre deslumbra o visitante], apresenta problemas difíceis de 
solucionar. Aqui a oração funciona como um aposto do antecedente A cidade do Rio de Janeiro: 
é explicativa ou não restritiva. 
 
3. Em cada item (1 e 2) a seguir, há dois períodos semelhantes. (Aula 8) 
ITEM 1 - A- [Não só mora longe] [como também seu bairro é perigoso]. 
 B- [Mora longe[ [e seu bairro é perigoso]. 
 
ITEM 2 - C- [Foi tão eloquente] [que convenceu a plateia]. 
 D- [Foi muito eloquente] [de modo que convenceu a plateia]. 
 
Considerando-se a existência da correlação como processo autônomo no português, responda: 
a) Como você classifica as orações desses períodos? 
ITEM 1 – A Orações correlativas aditivas; B – Coord. assindética / coordenada sindética aditiva 
ITEM 2 – C - Orações correlativas consecutivas; D- Coord. assindética/ coord. sindética 
conclusiva 
 
b) Qual a diferença discursiva entre os períodos A e B (do item 1)? E entre os períodos C e 
D (do item 2)? (2,0) 
No item 1, tanto em A quanto em B, há o acréscimo de informações, mas em A essa adição 
manifesta uma gradação enfática. 
No item 2, de forma semelhante, as segundas orações representam resultados dos fatos 
enunciados nas primeiras, mas em C, há ênfase na informação. 
 
4. Explique a diferença entre coordenação e subordinação com base nos SINTAGMAS 
destacados na estrutura sintática a seguir transcrita. Atente para o fato de que há apenas 
UMA oração no período. (2,0) 
As previsões para a próxima eleição para Prefeito demonstram desejo de mudança e, ao mesmo 
tempo, desconfiança nos novos projetos. 
No exemplo, não há subordinação entre orações, uma vez que o período é formado de apenas 
UMA oração. Observamos, no entanto SUBORDINAÇÃO entre os termos oracionais. No 
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sintagma desejo de mudança, o sintagma “de mudança” subordina-se ao substantivo “desejo” 
como seu complemento, isto é, “de mudança” é função de “desejo”, depende sintaticamente do 
substantivo, o que significa subordinação. Também em desconfiança nos novos projetos, “nos 
novos projetos” é complemento do substantivo “desconfiança”, é subordinado ao referido 
substantivo. Por outro lado entre os dois sintagmas DESEJO DE 
MUDANÇA e DESCONFIANÇA NOS NOVOS PROJETOS, há uma relação de coordenação, já 
que ambos têm o mesmo valor sintático, a mesma função: são objetos diretos da forma verbal 
demonstram e estão ligados pela conjunção coordenativa E. 
 
5. Considerando o que é apresentado na Aula 10 do caderno didático, página 14, a seguir 
transcrito, comente o papel modalizador das orações principais dos períodos abaixo: (2,0) 
“Algumas matrizes ou a oração principal podem expressar também uma avaliação do conteúdo 
expresso na subordinada substantiva (DIAS; MOURA, 2011). (...) Assim, alguns verbos ou 
adjetivos que ocorrem na oração principal podem apresentar algumas propriedades semânticas 
modalizadoras em relação à oração subordinada subjetiva (NEVES, 2000)". 
 
a) [Não é correto] omitir uma informação tão importante. 
b) [É obrigatório] que usemos cinto de segurança. 
 
Segundo os autores mencionados, as OP podem indicar valores atribuídos às orações 
subordinadas. No exemplo do item “a”, o adjetivo CORRETO da OP indica avaliação subjetiva 
do conteúdo da subordinada: modalização avaliativa. No exemplo do item “b”, o adjetivo 
OBRIGATÓRIO indica que o conteúdo da subordinada é entendido como obrigatório: 
modalização deôntica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 8 - CORRELAÇÃO 
ATIVIDADE: Embora alguns gramáticos vejam as orações correlativas como um 
processo diferenciado da coordenação e da subordinação, a maioria concorda com a ideia 
de que a correlação pode apresentar-se com características de ambos os processos de 
articulação de orações. Verifique, então, nos períodos seguintes quais os correlatores, 
identifique a prótase e a apódose e justifique sua resposta. 
(1) Não só costumava ler os jornais pela manhã, como também assistia aos telejornais à 
noite. 
O exemplo (1) apresenta a prótase (“Não só costumava ler os jornais pela manhã”), e a 
apódose (“como também assistia aos telejornais à noite”). Os correlatores são: não só ... como 
também. É uma correlação aditiva. 
(2) Em muitos cartórios, os cargos não apenas são preenchidos por parentes, mas também 
são indicados por tabeliães sem concurso. 
O exemplo (2) apresenta a prótase - “Em muitos cartórios, os cargos não apenas são 
preenchidos por parentes” - e a apódose é “mas também são indicados por tabeliães sem 
concurso.” Os correlatores são: nãoapenas ... mas também. É uma correlação aditiva. 
(3) Os governantes estavam tão preocupados, que consideraram o caso como de 
calamidade pública. 
O exemplo (3) apresenta a prótase até “preocupados” e a apódose toda a segunda oração. Os 
correlatores são tão (...) que. É uma correlação consecutiva, portanto possui traços da hipotaxe 
adverbial. 
(4) O animal ora atacava, ora se defendia. 
O exemplo (4) apresenta a prótase “O animal ora atacava” e a apódose “ora se defendia”. Os 
correlatores são ora...ora. É uma correlação alternativa, logo, poderia também ser 
classificada como uma coordenada alternativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 9 – SUBORDINAÇÃO: CARACTERIZAÇÃO, 
INSTRUMENTOS. ORAÇÕES SUBSTANTIVAS 
 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES SOBRE ORAÇÕES SUBORDINADAS 
SUBSTANTIVAS 
1 - No período: "Consideramos que sua ideia é muito boa”, a oração sublinhada tem, em 
relação à primeira, valor de: 
a) substantivo e função sintática de sujeito. 
b) advérbio e função sintática de adjunto adverbial de modo. 
c) adjetivo e função sintática de predicativo do sujeito. 
d) substantivo e função sintática de objeto direto. 
e) substantivo e função sintática de complemento nominal. 
 
2 - Relacione as orações subordinadas substantivas assinaladas à classificação adequada: 
(De acordo com a NGB) 
(5) 
 
Era impossível que ele terminasse o 
trabalho no mesmo dia. 
( 1 ) Oração subordinada substantiva 
objetiva direta.
(2) 
 
O novo técnico deu certeza de que ele viria. ( 2 ) Oração subordinada substantiva 
completiva nominal. 
(1) 
 
Eles jamais aceitariam que os funcionário 
os desacatasse. 
( 3 ) Oração subordinada substantiva 
agente da passiva. 
(5) 
 
Não será necessário que você compareça ao 
escritório. 
( 4 ) Oração subordinada substantiva 
objetiva indireta. 
(4) 
 
Todos desconfiam de que ele nos 
enganou. 
( 5 ) Oração subordinada substantiva 
subjetiva. 
(3) 
 
O trabalho será feito por quem passar na 
seleção. 
 
 
3 - Em relação à classificação das orações subordinadas substantivas, considere certa ou 
errada a classificação das orações assinaladas, justificando sua resposta: 
a) É evidente que ele não acredita em nossas explicações! (oração subordinada substantiva 
predicativa) 
Errada, porque a oração em destaque exerce a função de sujeito da oração principal. 
b) Convém que você estude melhor a proposta. (oração subordinada substantiva 
subjetiva) 
Certa, porque a oração em destaque exerce a função de sujeito da oração principal 
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c) Tenho a impressão de que Ana não gosta de mim. (oração subordinada substantiva 
completiva nominal) 
Certa, porque a oração em destaque exerce a função de complemento nominal do 
substantivo impressão, situado na oração principal. 
d) De você quero apenas uma coisa: que me deixe em paz. (oração subordinada 
substantiva apositiva) 
Certa, porque a oração em destaque exerce a função de aposto, explicando, esclarecendo o 
substantivo coisa, termo da oração principal. 
e) Lembre-se de que somos amigos. (oração subordinada substantiva completiva 
nominal) 
Errada, porque a oração em destaque exerce a função de complemento do verbo presente na oração 
principal: lembre-se. 
4 - Na sentença: “Perguntei se seria justo que o zelador ouvisse tantos desaforos”, as 
orações destacadas são, respectivamente: 
a) Ambas subordinadas substantivas objetivas diretas. 
b) Ambas subordinadas substantivas subjetivas. 
c) Subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva subjetiva. 
d) Subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva objetiva indireta. 
 
5. Complete os períodos com orações subordinadas substantivas e classifique-as: 
a) Descobriu-se que a verdade é outra. - oração subordinada substantiva subjetiva. 
b) Estou receoso de que ela não aceite minhas desculpas. - oração subordinada substantiva 
completiva nominal. 
c) Não é verdade que estou chateado com você. - oração subordinada substantiva subjetiva. 
d) A novidade é que Pedro conseguiu um trabalho. - oração subordinada substantiva predicativa. 
e) Ele prometeu aos filhos aos filhos que os levaria à praia. - oração subordinada substantiva 
objetiva direta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 10 - ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS: 
FIXAÇÃO DE CONTEÚDOS 
 - Apresentar, numa abordagem funcionalista, a subordinada substantiva como um constituinte 
da oração principal, e a oração principal como propícia a expressar determinados valores 
semânticos. - 
 
1. identificar os tipos de orações substantivas; 
O funcionalismo destaca, contudo, as peculiaridades das duas últimas: na função 
predicativa, a oração predicativa seleciona um sujeito e, na função apositiva, a oração apositiva 
detalha um nome de uma oração anterior, o que leva alguns teóricos a considerar esta Última 
como parte das relações coordenadas. 
 
FRASE CLASSIFICAÇÃO EXPLICAÇÃO 
Meu desejo é que haja paz 
 
Oração Subordinada 
Substantiva 
Predicativa 
(Função de 
Predicativo) 
Verbo de ligação “é” + 
conjunção integrante “que” 
fará com que a oração 
subordinada seja predicativa. 
Meu desejo é um só: que haja paz! Oração Subordinada 
Substantiva 
Apositiva 
(Função de Aposto) 
Os dois pontos “:” indicam o 
aposto. 
Convém que haja paz. Oração Subordinada 
Substantiva 
Subjetiva 
(Função de Sujeito) 
Quando não encontramos o 
sujeito na oração principal e 
na sequência uma conjunção 
integrante “que” ou “se”, a 
próxima oração fará a função 
sintática de sujeito. 
Eu acho que necessitamos de paz Oração Subordinada 
Substantiva 
Objetiva Direta 
(Função de Objeto 
Direto) 
O verbo da oração principal é 
“transitivo direto” (acho). 
Neste caso a oração 
subordinada faz a função 
sintática de objeto direto. 
Necessito de que haja paz. Oração Subordinada 
Substantiva 
Objetiva Indireta 
 (Função de Objeto 
Indireto) 
A oração principal inicia com 
um “sujeito oculto” e a oração 
subordinada possui uma 
“preposição” (de) antes da 
“conjunção integrante” (que) 
complementando um “verbo” 
(Necessito). 
Tenho medo de que esses 
assessores me traiam 
Oração Subordinada 
Substantiva 
Completiva 
Nominal 
(Função de 
Complemento 
Nominal) 
Quando temos na oração 
principal uma “preposição” 
(de) complementando um 
“substantivo abstrato” 
(medo), temos na oração 
subordinada um 
“complemento nominal”. 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
2. reconhecer alguns dos valores semântico pragmáticos expressos pela 
oração principal. 
Foram destacados apenas alguns valores semânticos de verbos e de nomes que ocorrem na 
oração principal e funcionam como predicadores ou selecionadores. 
Os verbos transitivos podem indicar os seguintes valores semânticos: 
 elocução (dizer, declarar, informar etc.), 
 volitivos (querer, desejar), 
 causativos (deixar, fazer, mandar), 
 perceptivos (ver, ouvir), 
 cognição (saber e aprender), 
 de modalidade (deôntica, epistêmica), entre outros valores semânticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
AULA 11 - SUBORDINAÇÃO: ORAÇÕES ADJETIVAS 
 
1. reconhecer a função adjetiva das orações; 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
São ligadas por pronomes relativos: que (podendo ser substituído por “o qual/ os 
quais” sem incorrer em perca de valor semântica), quem, quando, cujo, cuja, o qual, a 
qual, onde. 
RESTRITIVAS 
 “Os jovens que estão acostumados com as 
novas tecnologias encontram boas 
oportunidades de trabalho.” 
A ausência da vírgula restringe e especifica 
o termo genérico “jovem” a apenas os 
jovens “que estão acostumados com as 
novas tendências.”. 
EXPLICATIVAS 
 “Os jovens, que estão acostumados com as 
novas tecnologias, encontram boas 
oportunidades de trabalho.” 
A explicativa por sua vez faz o uso da 
vírgula “,” de modo a trazer um relevo sobre 
a expressão “os jovens” comunicando 
através desta expressão a ideia de “todos os 
jovens” de forma mais ampla e genérica. 
Isso causado apenas pelo uso da vírgula. 
 
2. empregar preposições antes de pronomes relativos no registro culto; 
A respeito do emprego do pronome relativo “cujo”, Azeredo (1990, p. 59) destaca que ele vem 
imediatamente seguido do nome que determina e com o qual concorda em gênero e número 
(“o pássaro cujo peito é vermelho”; “a cidade cujas igrejas são barrocas”), embora nós saibamos 
que usualmente muitos construam frases do tipo: “Esse é o pássaro que o peito é vermelho”, ou 
“Esse é o pássaro que o peito dele é vermelho”. 
 
3. empregar adequadamente “cujo” e suas variações. 
“Cujo” só é utilizado quando se indica posse, isto é, se algo pertence a alguém. A 
concordância em gênero e número é feita com a palavra seguinte ao “cujo”. 
Ex: O projeto, cujo funcionário responsável está viajando, já está pronto.
Embora comum, é errado usar artigos definidos depois do pronome. 
A equipe cujo o resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso inadequado) 
Os artigos devem ser unidos ao “cujo”: cujo + o = cujo / cujo + a = cuja / cujo +os = 
cujos / cujo + as = cujas. 
Exs: A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso correto) 
‘ Cuidado também quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, pois 
ela não pode ser omitida. 
Exs: Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a). 
Esta é a funcionaria com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com). 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
AULA 12 - ORAÇÕES ADJETIVAS: ABORDAGEM 
FUNCIONALISTA. FUNÇÕES DOS RELATIVOS 
 
1 – Identifique as funções sintáticas das orações subordinadas e indique as propriedades 
semântico-discursivas da oração principal sublinhada. (2,0) 
a) Nota-se que as provas têm sido menos complexas. 
b) Pudemos observar que as provas têm sido menos complexas. 
c) Alguns supunham que o candidato X venceria a eleição. 
d) As autoridades exigiram que os moradores cuidassem das ruas. 
a) sujeito - Cognitiva: expressa conhecimento do sujeito da oração principal acerca de 
eventos do mundo real. 
b) objeto direto -Cognitiva: expressa conhecimento do sujeito da oração principal acerca de 
eventos do mundo real. 
c) objeto direto –avaliativa: expressa o julgamento do falante, tendo em vista conhecimento 
da realidade política. 
d) objeto direto - modalizador deôntico, tipo de modalidade que diz respeito às noções de 
obrigatório, permitido e proibido. 
 
2.Comente a questão a que o fragmento abaixo se refere e construa exemplos que ilustrem 
seus comentários. 
Para Azeredo(1990:96), as orações adjetivas modificam um nome ou um pronome e 
podem vir integradas no SN, como um adjunto, ou logo após ele, como um aposto. 
 
O texto se refere ao papel sintático das orações adjetivas. Essas orações são introduzidas por 
um pronome relativo e retomam o significado de um substantivo (nome ou pronome) da OP 
(o antecedente do relativo). Seu papel sintático poderá ser de adjunto adnominal, quando 
restringe, ajuda a identificar o significado do antecedente e, por isso, classifica-se como 
subordinada adjetiva restritiva. Ex.: Os jovens [que foram classificados no programa do 
governo] viajaram para Madrid]. Nesse caso, nem todos os jovens foram classificados, mas 
apenas os classificados viajaram. 
Pode também acrescentar uma mera explicação ao significado do antecedente, como um 
aposto, razão pela qual será classificada como adjetiva explicativa (NGB) ou não restritiva 
(Azeredo). Ex.: Os jovens, [que foram classificados no programa do governo], viajaram para 
Madrid]. No exemplo, todos os jovens foram classificados e, consequentemente, todos 
viajaram. 
 
3. Em cada item (I e II) a seguir, há dois períodos semelhantes. 
 I A- Leu tanto que ficou com dor de cabeça. 
 B - Leu muito de modo que ficou com dor de cabeça. 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
II C- Ou estudarei ou serei reprovado! 
 D- Estudarei ou serei reprovado! 
 
Considerando-se a existência da correlação como processo autônomo no 
português, responda: 
a) Como você classifica as orações desses períodos? 
b) Qual a diferença discursiva entre os períodos A e B (do item I)? E entre os períodos C e D 
(do item II)? 
Considerando-se a correlação como processo diferenciado da coordenação e da 
subordinação, 
as orações em I: 
 no 1.º período: são CORRELATIVAS CONSECUTIVAS; 
 e no 2.º período: Leu muito - coordenada assindética; de modo que ficou com dor de 
cabeça – coordenada sindética consecutiva. 
Em ambas, há a noção de causa / consequência, mas no 1.º exemplo, enfatiza-se a situação 
expressa, o que não ocorre no 2.°. 
as orações em II: 
 no 1.º período: são CORRELATIVAS ALTERNATIVAS; 
 e no 2.º período: Estudarei – coordenada assindética; ou serei reprovado! – 
coordenada sindética conclusiva. 
Em ambas, há a noção de alternância, mas no 1.º exemplo, enfatiza-se a situação expressa, 
o que não ocorre no 2°. 
 
 4. Explique a diferença entre coordenação e subordinação com base nos sintagmas 
destacados na estrutura sintática a seguir transcrita. 
As previsões para a próxima eleição para Prefeito demonstram desejo de mudança e, ao 
mesmo tempo, desconfiança nos novos projetos. 
A coordenação é um mecanismo sintático por meio do qual associam-se termos de 
mesmo nível funcional, independentes sintaticamente, com a formação de sequências. Pode-
se exemplificar com a sequência: desejo de mudança e desconfiança nos novos projetos, em 
queos elementos destacados têm a função de núcleos do objeto direto da forma 
verbal mostraram (um sintagma não é função do outro). 
Por sua vez, a subordinação é um mecanismo sintático por meio do qual se associam 
termos entre os quais há uma dependência sintática (um deles é o determinante e o outro é o 
determinado), com a formação de sintagmas. No exemplo, os sintagmas desejo de 
mudança e desconfiança nos novos projetossubordinam-se ao verbo, na função de seu objeto 
direto. Há, assim, uma relação de subordinação dos dois sintagmas ao verbo. 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
 5. Considerando o que é apresentado na Aula 10 do caderno didático, página 14, a seguir 
transcrito, comente o papel modalizador das orações principais dos períodos abaixo: (2,0) 
“Algumas matrizes ou a oração principal podem expressar também uma avaliação do 
conteúdo expresso na subordinada substantiva (DIAS; MOURA, 2011). (...) Assim, alguns 
verbos ou adjetivos que ocorrem na oração principal podem apresentar algumas 
propriedades semânticas modalizadoras em relação à oração subordinada subjetiva 
(NEVES, 2000)". 
a) Não é correto omitir uma informação tão importante. 
A oração principal "não é correto" apresenta modalização avaliativa, visto que expressa o 
julgamento negativo do falante em relação ao conteúdo da oração subordinada. 
b) É obrigatório que usemos cinto de segurança. 
A oração principal "é obrigatório" manifesta modalização deôntica, já que expressa o 
sentido de obrigatoriedade em relação ao conteúdo da oração subordinada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
AULA 13 - EMPREGO DE CONECTORES. FUNÇÕES 
SEMÂNTICAS E DISCURSIVAS. EFEITOS DE EXPRESSIVIDADE 
 
1 – Explique a seguinte afirmativa e ilustre sua resposta com exemplos dos contextos 
referidos em a) e b): 
O rótulo de subordinação indica a relação de dependência 
a) entre sentenças e 
b) entre um núcleo lexical (substantivo, adjetivo, verbo) e os seus adjuntos e / ou 
complementos. 
RESPOSTA: Subordinar é estabelecer uma relação entre dois elementos linguísticos, de 
modo que um passa a ser função do outro. Isso quer dizer que haverá entre os dois uma 
relação de dependência. Examinem-se os exemplos: 
a) [Maria disse] [que participaria da solenidade]: a segunda oração (ou cláusula ou sentença, 
de acordo com o funcionalismo) estabelece com a forma verbal dizer uma relação de 
dependência, uma vez que funciona como seu argumento, seu objeto direto . 
b) Age certo [por temor a Deus]: o sintagma prepositivo a Deus liga-se ao 
substantivo temor com o qual contrai uma relação de dependência, pois funciona como seu 
argumento, na função de complemento nominal. 
2 – A afirmação abaixo é VERDADEIRA ou FALSA? Justifique sua resposta. 
Conjunções subordinativas e pronomes relativos são instrumentos gramaticais da 
subordinação. 
VERDADEIRA. São as conjunções subordinativas
e os pronomes relativos que conectam, 
articulam orações a termos de outras e fazem com que as primeiras (subordinadas) se 
comportem como funções dessas últimas (principais). As subordinadas vão exercer nas 
principais funções típicas de substantivos, de adjetivos ou de advérbios (NGB). Segundo o 
funcionalismo, essa orações serão as substantivas ou as adjetivas restritivas (não incluem as 
adverbiais). 
3. Complete os períodos com orações subordinadas substantivas e classifique as orações 
por você elaboradas. 
a) É improvável que consigamos descobrir o culpado das explosões em Boston. 
b) Acontece que o conselho já tinha chegado a uma decisão sobre o problema. 
c) Sabe-se que hoje a vida tem mais qualidade. 
d) Foi amplamente divulgado que o candidato da situação foi o vencedor das eleições. 
Todas as orações são subordinadas substantivas subjetivas 
OBSERVAÇÃO: Resposta pessoal, salvo a classificação. 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
4. Comente os períodos a seguir e apresente as possibilidades de classificação das orações 
que integram cada um deles. 
a) [Alguns cursos de Direito obtiveram nota tão baixa no ENADE] [ que o MEC suspendeu 
novos vestibulares para esses cursos]. 
b) [O professor não só transmite informações] [como também, segundo o MEC, é um 
orientador da família]. 
De acordo com a gramática tradicional, no primeiro período, a primeira oração é O.P. e a 
segunda é uma subordinada adverbial consecutiva. No segundo período, a primeira oração 
é coordenada assindética e a segunda é coordenada sindética aditiva. Esses estudos 
reconhecem a existência de termos correlatos (entre os quais há uma relação de 
interdependência ou paradependência) que estabelecem a ligação entre as orações, mas não 
aceitam que essa relação signifique a autonomia do processo de correlação. Para esses 
autores, os mecanismos de articulação de orações são a coordenação e a subordinação. Para 
outros estudiosos, os dois períodos são correlatos, o primeiro consecutivo e o segundo aditivo, 
de modo que consideram a correlação como processo diferente da subordinação e da 
coordenação. 
 
5. Numere as frases, de modo a classificar o tipo de correlação nos períodos seguintes. 
( 4 ) Quanto mais o Tribunal proíbe, mais aparecem propagandas fora de época. 
( 5 ) A vida agora está mais cara do que na minha infância. 
( 1 ) Tal foi a dificuldade do exercício que machuquei as costas. 
( 2 ) Não só queria o amor do marido, mas também sua fidelidade absoluta. 
( 3 ) Ou decidimos por um critério uniforme ou as avaliações serão sempre injustas. 
 
( 1 ) Correlação consecutiva. 
( 2 ) Correlação aditiva 
( 3 ) Correlação alternativa 
( 4 ) Correlação proporcional. 
( 5 ) Correlação comparativa 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
AULA 14 - ORDENAÇÃO DE ORAÇÕES – PADRÕES DE 
COLOCAÇÃO. EFEITOS EXPRESSIVOS DA COLOCAÇÃO 
 
1) Reconhecer o tratamento tradicional dado à ordenação de orações 
no âmbito do período composto; 
 
a) As alterações na ordem dos termos da oração ou das orações no interior do período são 
consideradas procedimentos desviantes, fora do padrão esperado. 
b) Como são “desviantes”, supõe-se que não seriam os procedimentos mais habituais na língua, 
ou seja, esses usos não representariam grande frequência de uso. 
c) Não há consenso quanto aos “limites” de cada figura de sintaxe (ou de construção). Assim, 
por exemplo, há diferentes concepções para o hipérbato e para a sínquise. Isso significa também 
que nem sempre é fácil classificar as inversões de ordem pelos conceitos apresentados pelos 
autores. 
d) Dispensa-se pouca ou nenhuma atenção à ordem das orações no período. Em geral, as 
observações são mais destinadas à reflexão acerca da ordem dos termos na oração. 
 
FIGURA DE 
SINTAXE 
DEFINIÇÃO EXEMPLO OBSERVAÇÃO 
ANÁSTROFE “é o tipo de inversão que 
consiste na anteposição 
do determinante 
(preposição + 
substantivo) ao 
determinado” Cunha e 
Cintra (2001, p. 627). 
Vingai a pátria ou valentes / 
Da pátria tombai no chão! 
A ordem “natural” desses 
versos seria: “Vingai a pátria 
ou valentes/Tombai no chão da 
pátria”. 
Conforme Cunha e Cintra 
(2001) “as Anástrofes não 
associam a anástrofe ao 
campo das relações entre 
orações, ou seja, essa figura 
de sintaxe não operaria no 
nível do período composto.” 
HIPÉRBATO O hipérbato “é a 
separação de palavras 
que pertencem ao mesmo 
sintagma, pela 
intercalação de um 
membro frásico” Cunha 
e Cintra (2001, p. 627). 
Essas que ao vento vêm / 
Belas chuvas de junho! 
A ordem natural: “Essas belas 
chuvas de junho que ao vento 
vêm!” 
Trata-se, portanto, de um 
hipérbato, pois houve 
separação de palavras que 
pertencem a um mesmo 
sintagma. 
Conforme Cunha e Cintra 
(2001) “em sentido corrente, 
[...] hipérbato é termo 
genérico para designar toda 
inversão de ordem normal 
das palavras na oração, ou 
da ordem das orações no 
período, com finalidade 
expressiva”. 
ANACOLUTO “é a mudança de 
construção sintática no 
meio do enunciado, 
geralmente depois de 
uma pausa sensível” 
Cunha e Cintra (2001, p. 
630). 
Umas carabinas que guardava 
atrás do guarda-roupa, a gente 
brincava com elas, de tão 
imprestáveis. 
Os gramáticos consideram o 
anacoluto como uma 
situação em que não há um 
“seguimento normal” da 
frase, ou seja, novamente se 
retoma a ideia de desvio. 
SÍNQUISE “inversão de tal modo 
violenta das palavras de 
uma frase, que torna 
difícil a sua 
interpretação” (Cunha; 
Cintra, 2001, p. 628). 
Lícias, pastor – enquanto o sol 
recebe, Mugindo, o manso 
armento e ao largo espraia, 
Em sede abrasa, qual de amor 
por Febe – Sede também, sede 
maior, desmaia. 
(Alberto de Oliveira) 
ORDEM NATURAL: Lícias, 
pastor – enquanto o manso 
armento recebe o sol e, 
mugindo, espraia ao largo –, 
abrasa em sede, qual de amor 
por Febe, sede também, sede 
maior. 
É pouquíssimo provável 
(diríamos quase impossível) 
haver exemplos de sínquise 
na linguagem do dia a dia. 
Aliás, até mesmo em textos 
escritos modernos, essas 
construções são raríssimas 
ou inexistentes. 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
2) Comparar o tratamento tradicional com o das abordagens mais 
atuais, no que diz respeito à ordenação das orações. 
 
Segundo os estudos da linguística funcional centrada no uso, a ordem das orações não pode 
ser considerada gratuita e nem desviante, como indicam os gramáticos normativos. Ao 
contrário, a ordem das orações revela importantes aspectos organizacionais do discurso. 
 
Encontramos algumas propriedades em comum, no que tange à anteposição das 
concessivas. De uma forma geral, essas concessivas preparam o ouvinte/leitor para a 
informação que a sucede. Funcionam, dessa forma, como uma espécie de guia ou fio condutor 
pelo qual a argumentação será empregada. Nos termos de Cunha, Oliveira e Martelotta (2003), 
funcionam como fundo para a informação mais central que virá em seguida. 
 
CONCLUINDO: A primeira abordagem, calcada na gramática tradicional, é mais restritiva, 
reservando à inversão da ordem um caráter desviante do comum. Por outro lado, 
comprovamos que a linguística pode auxiliar na descrição gramatical ao lançar luzes sobre 
aspectos cognitivos, semântico-pragmáticos dos fenômenos linguísticos. 
Foi pelo viés da linguística funcional centrada no uso que analisamos as construções 
concessivas antepostas, pospostas e intercaladas. 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
 ANTEPOSTAS 
Preparam o ouvinte/leitor para a informação que a sucede. Funcionam como uma espécie de 
guia ou fio condutor pelo
qual a argumentação será empregada. Nos termos de Cunha, 
Oliveira e Martelotta (2003) ela trabalha um argumento “mais fraco” e em seguida um 
argumento “mais forte”. 
POSPOSTAS 
Ativam um mecanismo de focalização de elementos da principal. Via de regra, um elemento 
é eleito como mais importante ou saliente e é retomado ou focalizado na concessiva posposta. 
As pospostas funcionam como uma espécie de observação a posteriori, adendo ou pós-
reflexão 
INTERCALADAS/NOMINALIZADAS 
Produzem uma quebra no fluxo discursivo, com vistas a uma maior topicidade, 
desempenhando a função pragmática de foco, justamente por apresentarem informação mais 
saliente em posição de destaque. Isso contribui para uma carga ainda maior de 
argumentatividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
AULA 15 - TERMOS ORACIONAIS E CLASSES DE PALAVRAS: 
FUNÇÕES SINTÁTICAS, SEMÂNTICAS E DISCURSIVAS DAS 
CLASSES (PARTE I) 
 
1) Identificar e relacionar classes de palavras – substantivo e 
adjetivo – aos termos oracionais sujeito e objeto, na função 
substantiva (núcleo) e na função adjetiva (adjunto adnominal); 
Segundo Castilho (2010), adjetivo e substantivo compartilham propriedades morfológicas 
de gênero e número, mas se afastam nos seguintes quesitos: 
a) O adjetivo aceita flexão de grau, expressa por sufixos produtivos, ou seja, sufixos mais 
usados pelos falantes. 
b) O adjetivo pode ser criado por derivação de modo, como em amável. 
c) O adjetivo aceita a derivação em –mente transformando-se em advérbio, como em 
sabiamente. 
d) O adjetivo aceita a derivação por quantificação, como em estudioso. Mas, quanto à sintaxe, 
podemos verificar que: 
i) O adjetivo ocorre na função atributiva, temos o adjunto adnominal. 
ii) O adjetivo ocorre como predicativo. 
iii) O adjetivo pode ser pré-modificado por intensificador como em muito caro. 
iv) O adjetivo pode assumir formas comparativas e superlativas, como tem um livro mais 
caro do que o caderno, um livro caríssimo. 
Do ponto de vista semântico, o adjetivo pode ser modalizador, qualificador e 
quantificador. Vamos observar, nos exemplos, componentes da sintaxe, da morfologia e da 
semântica. 
 
MODALIZADOR: verbaliza uma avaliação pessoal do falante sobre o conteúdo do 
substantivo. O significado resultante mostra a intervenção do falante. 
QUALIFICADOR: afeta as propriedades do substantivo, de modo a agregar traços. Pode 
qualificar, graduar a propriedade ou mostrar alguma aspectualização. 
QUANTIFICADOR: modifica a extensão do substantivo, adicionando ou subtraindo traços 
semânticos de um conjunto. 
 
2) identificar e relacionar classes de palavras – pronomes e numerais 
– aos termos oracionais, sujeito e objetos, na função substantiva 
(núcleo) e na função adjetiva (adjunto adnominal). 
PRONOME: O semântico-discursivo abarca a propriedade dos pronomes de representar as 
pessoas do discurso, a dêixis (1ª, 2ª e 3ª pessoa do singular/plural) e de permitir o caminho da 
foricidade, ou seja, a retomada ou antecipação de participantes, o que nos leva à anáfora e à 
catáfora, que pertencem à foricidade. O aspecto gramatical da categoria diz respeito às 
propriedades morfológicas de caso, número/pessoa e gênero. O caso pode ser observado através 
da marcação na própria palavra, que é o caso dos pronomes pessoais. Quanto à sintaxe, o 
pronome pode apresentar relação de proximidade ou adjacência, se a forma pronominal 
acompanha o substantivo; ou de substituição, quando o pronome substitui o substantivo 
(CASTILHO, 2010 e NEVES, 2000). 
Assim, os pronomes podem, sintaticamente, ser agrupados por adjacência, ou função 
adjetiva, e substituição, ou função substantiva. 
a) pronomes possessivos, demonstrativos e quantificadores (acompanham os substantivos); 
b) pessoais (somente na 3ª pessoa, há substituição). 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
NUMERAIS: Os numerais servem para atribuir quantidade ou termos numéricos aos seres. 
Podem ser cardinais, ordinais, multiplicativos, fracionários, coletivos, partitivos e romanos. 
Selecionaremos apenas os dois primeiros. Alguns cardinais concordam em gênero e número 
com o substantivo, mas todos os ordinais estabelecem a referida concordância 
 
CONCLUSÃO: Abordamos as classes de palavras – substantivo, adjetivo, pronomes e 
numeral. 
 O substantivo funciona como núcleo das funções sintáticas: sujeito e objetos. Alguns 
substantivos podem funcionar como adjetivo, o que vai depender do modo como o 
falante faz a combinação na frase. 
 Alguns dos pronomes podem exercer a função de substantivo, sendo núcleos das 
funções sintáticas anteriormente citadas. 
 As demais classes podem exercer a função sintática de adjunto adnominal do núcleo 
substantivo, no interior das funções sintáticas selecionadas. 
 O adjetivo pode ainda funcionar, sintaticamente, como predicativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
AULA 16: TERMOS ORACIONAIS E CLASSES DE PALAVRAS: 
FUNÇÕES SINTÁTICAS, SEMÂNTICAS E DISCURSIVAS DAS 
CLASSES (PARTE II) 
 
1. identificar a classe de palavra advérbio e relacioná-la ao papel 
sintático que desempenha na oração ou sentença; 
O advérbio é invariável e modifica ou acompanha um verbo, um adjetivo ou a si mesmo. 
Segundo a NGB, os advérbios podem ser classificados como de: lugar, tempo, modo, negação, 
dúvida, intensidade e afirmação. 
Tempo ontem, já, agora, afinal, tarde, breve, nisto, então. 
Lugar aqui, lá, fora, acima, longe, onde, detrás, além. 
Modo bem, mal, depressa, assim, melhor, como, aliás, -mente. 
Intensidade muito, pouco, tão, menos, demasiado, tanto, meio. 
Dúvida talvez, acaso, provavelmente, certo, decerto, quiçá. 
Afirmação sim, certamente, realmente, deveras, efetivamente. 
Negação não, tampouco. 
 
2. identificar as classes de palavras artigos e preposições e relacioná-las 
aos papéis sintáticos que desenvolvem na oração ou sentença. 
Bechara (1999, p. 110-112) classifica artigos, preposições e conjunções como 
palavras morfemáticas, elementos que pertencem ao universo da gramática, isto é, dotados 
de significado instrumental na língua. As palavras instrumentais não representam dados do 
mundo extraverbal, como os seres (mesa, amor) e as ações (amar), mas têm papel 
estruturador, servem para combinar as que concretizam os elementos da realidade externa 
à da gramática. 
ARTIGOS Os artigos são palavras variáveis que se antepõem aos substantivos com valor 
semântico demonstrativo e com função de adjunto adnominal. De acordo com 
a NGB, os artigos se dividem em definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uma, 
uns, umas), mas autores tais como Bechara (1999, p. 153) e Azeredo (2000, p. 
125) mencionam como artigos apenas o, a, os, as – os definidos – e consideram 
um, uma, uns, umas variedades dos pronomes indefinidos. 
PREPOSIÇÕES Chamam-se preposições as palavras invariáveis que estabelecem relações 
entre termos oracionais de modo que o significado do primeiro (antecedente) é 
especificado ou complementado pelo segundo (consequente). 
VALORES SEMÂNTICOS: assume os significados de 
 “companhia”(viajo com meu marido); 
 “modo” (trabalho com prazer); 
 “instrumento” (ferido com a tesoura); 
 “causa” (tremia com pavor da prova); 
 “oposição” (guerreou com os inimigos), atribuídos por nosso saber sobre as 
coisas. 
 
1º GRUPO: DINAMICIDADE (a relação que a preposição estabelece indica 
movimento): a, contra, até, para,
por, de e desde. 
 Vou a Paris (movimento de aproximação). 
 Venho de Paris (movimento de afastamento). 
 Saímos da escola (movimento de afastamento). 
2º GRUPO: NÃO MOVIMENTO: a relação implica um não movimento ou 
uma situação daí resultante: ante, trás, sob, sobre, com, sem, em e entre. 
 Chegou a tempo. 
 Chorava de fome. 
 Concordo com suas decisões. 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
AULA 17: ORDENAÇÃO DE TERMOS: ASPECTOS SINTÁTICOS 
E SEMÂNTICOS 
 
1. Identificar o padrão de ordem dos constituintes da oração; 
 
PRÓCLISE O pronome me está antes do verbo (proclítico). 
Ex.: Eu me vesti para a festa, na casa da costureira (pronome + verbo = 
próclise). 
MESÓCLISE O pronome fica entre o radical e a desinência verbal (mesoclítico). 
Ex.: Vestir-me-ei para a festa, na casa da costureira (radical + pronome + 
desinência verbal = mesóclise). 
ENCLISE O pronome é colocado depois do verbo (enclítico). 
Ex.: Vesti-me para a festa na casa da costureira (verbo + pronome = ênclise). 
EM TODOS OS CASOS A SUA FUNÇÃO SERÁ SEMPRE A DE OBJETO DIRETO 
DO VERBO VESTIR-SE. 
 
 Ordem direta: Sujeito, Verbo e Completo. Ex.: Penso muito nele. 
 Ordem Inversa: Alteração da Ordem direta. Ex.: Nele, penso muito. 
 Topicalização: isto é, a colocação do termo que se quer realçar/enfatizar no início da oração. 
Geralmente o tópico é seguido de vírgula. Ex.: O homem, criou D’us a sua imagem e 
semelhança. 
 Adjetivos funcionando como adjunto adnominais: O adjunto adnominal é aquele que 
complementa o sujeito, logo, o adjetivo colocado antes ou depois do substantivo exercerá a 
função de adjunto adnominal. Se colocado antes será qualitativo, depois, descritivo. 
a) Quando um adjetivo é colocado DEPOIS do substantivo, ele exercerá a função de 
Adjunto Adnominal. Pois o adjetivo apresenta valor objetivo, meramente 
DESCRITIVO (PREDICATIVO). Ex.: campos verdes; dia triste, homem gordo. 
b) Quando um adjetivo é colocado ANTES do substantivo, ele exercerá a função de 
Adjunto Adnominal, mas será considerado QUALITATIVO (ATRIBUTIVO). Ex.: 
verdes campos, triste dia, trágica notícia. 
 Advérbios: Antes dos adjetivos ou de outros advérbios, eles sempre aparecerão antes. 
- modo: depois do verbo. 
- tempo ou lugar: antes ou depois do verbo. 
- negação: antes do verbo. 
 Inversão Verbo + Sujeito: A inversão verbo + sujeito é exclusivamente de natureza 
gramatical e ocorre em: orações interrogativas, frases exclamativas, verbo no imperativo, 
orações com o verbo “dizer”, “perguntar” e “responder” e sinônimos, com o verbo 
“existir”, com verbos intransitivos cujos sujeitos só podem ser de terceira pessoa, verbos na 
voz passiva pronominal e sujeito representado por uma oração vem normalmente depois do 
verbo da oração principal. 
 Ordem das orações no período: Também as orações que formam o período composto 
seguem um padrão de colocação, como observaremos a seguir. 
a) As orações principais podem vir antes – sua posição normal – ou depois das 
subordinadas. Ex.: Chegarei cedo se puder (OP + OS). 
b) As subordinadas adjetivas vêm depois dos seus antecedentes (que estão na OP). Ex.: 
Há livros que merecem várias leituras. 
c) A oração subjetiva vem, geralmente, depois do verbo da oração principal, conforme se 
comentou em “A inversão verbo + sujeito”, no item h. Ex.: Parece que o trem atrasou. 
Mateus Gomes Rangel 
Português III 
d) A oração causal iniciada por como vem, habitualmente, antes da oração principal. Ex.: 
Como o resultado do exame foi negativo, todos ficaram aliviados. 
 
2. Relacionar a ordem dos termos aos seus papéis sintáticos e 
semânticos. 
 Cada termo, isto é: classe de palavras pode realizar um papel sintático (complementos 
verbiais: objetos direto ou indireto, e nominais: substantivo, adjetivo ou advérbio), assim como 
as preposições e advérbios podem denotar valores semânticos de: finalidade, instrumento, 
companhia, intensidade, modo, causa, oposição....

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