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Resumo metabolismo BL 2

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1) SENSORES METABÓLICOS – mTOR e AMPK: 
mTOR significa mammalian target of rapamycin. A Rapamicina é um antibiótico, mas 
que não causava apenas morte de bactérias. Rapamicina também era empregada como ótimo 
antineoplásico. 
mTOR é um complexo de proteínas que é inibido pela Rapamicina, a qual se associa 
com FKPP12 e desestabiliza mTORc1. mTORc1 é um complexo que abrange FKBP12,Raptor, 
Deptor, PRAS40, mLST8, TTI1 e TEL 2. Há também mTORc2, que não é muito sensível à 
Rapamicina e, além de que no lugar de Raptor há Retor e, no lugar de PRAS40 há SIN1. 
Rheb é ativador de mTOR, sendo fundamental para a progressão tumoral no câncer. A 
atividade de mTOR depende da ativação de Rheb, e S6K é alvo de mTOR. Quanto mais 
forsforilado S6K estiver, mais ativa a via de mTOR estará. S6K é ativador de transcrição. A 
superexpressão de Rheb leva a aumento da atividade de mTOR. 
 
 
Rheb funciona ligado a GTP, se encontrando ativado. TSC 1 e 2 ativam a unidade 
GTPásica de Rheb, induzindo a clivagem de GTP à GDP. 
 
 
Rheb apresenta um sítio ativo e um sítio GTPásico. 
 
 
mTOR é segundo mensageiro de diversos estímulos proliferativos, sendo segundo 
mensageiro para hormônios e fatores de crescimento. 
Rheb é uma small GTPase, as quais são proteínas de 
sinalização celular que trabalham ligadas ao GTP, e elas 
próprias apresentam atividade GTPásica, se autorregulando. 
Ou seja, não é TSC 1 e 2 que tem atividade GTPásica e sim 
estimula essa atividade inerente a Rheb. 
PI3K/Akt são ativadores de mTOR, 
por isso que inibem TSC1/2 e 
consequentemente evitam a 
conversão de RhebGTP à RhebGDP, 
mantendo mTOR ativada. 
LAMP2 é marcador de lisossomos. Células não estimuladas apresentam mTOR em um 
compartimento no citoplasma e LAMP2 nos lisossomos. Com a adição de aas, mTOR se 
transloca para os lisossomos sendo marcada junto a LAMP2, uma vez que há associação física 
entre eles. A insulina necessita da presença de aas para ativar mTOR, não conseguindo ativa-la 
na ausência de aas. 
Sensores de nutrientes correlacionam a disponibilidade de nutrientes à possibilidade 
de proliferação, correlacionando a detecção de nutrientes com a detecção de estímulos 
proliferativos. 
A ativação de mTOR mediante à presença de aas garante que haverá nutrientes 
suficientes para a proliferação, e isso acontece pela associação entre o estímulo hormonal para 
a proliferação com a disponibilidade de nutrientes dada pela presenta de aas. 
Rag se localiza na membrana dos lisossomos, estando associada a um complexo 
proteico chamado Ragulator, o qual prende Rag a membrana do lisossomo. Nocauteando 
alguma proteína de Ragulator, o mesmo é desligado. Rheb está associado ao lisossomo. Na 
ausência de aas, mTOR está flutuando no citoplasma e com isso, mesmo que Rheb esteja ativo, 
não entrará em contato com mTOR a fim de ativá-lo. Rag captura mTOR do citoplasma, 
quando há presença de aas, e o recruta para o lisossomo a fim de que possa interagir e entrar 
com Rheb e ser ativado. 
 
Os fatores de crescimento inibem TSC1/2 e como este inibe Rheb, na presença de 
fatores de crescimento Rheb está ativado, bem como mTOR pode ser ativado. Isso é o primeiro 
convite à proliferação. O segundo é a presença de aas, que associa o estímulo proliferativo e a 
presença de nutrientes. Rag só consegue recrutar mTOR para os lisossomos mediante a 
estímulo proliferativo que ativa Rheb. Ou seja, deve haver aas para que Rag consiga recrutar 
mTOR, para o lisossomo a fim de interaja com Rheb que foi previamente ativado pela presença 
de estímulo proliferativo. 
Todavia, as células proliferam conforme seu programa genético, proliferando mais ou 
menos. Nas células em que a programação não é para a proliferação, mTOR está envolvida na 
síntese protéica e de lipídeos. 
SRBP1 controla a HMG-CoA redutase e ácido graxo sintase, promovendo a síntese de 
lipídeos estimulada por mTOR. RNAm associado a eif4e(iniciador de transcrição), o qual é 
bloqueado por 4EBP, que associado ao enovelamento pode impedir a transcrição. 4EBP é 
fosforilado por mTOR, se desligando de eif4e, permitindo a transcrição do RNAm, uma vez que 
a partir da adição de complexo de transcrição, eif4e é ancorador do complexo, o qual servirá 
como base para a formação de ribossomos, além de apresentar a função de helicase. 
AMPK é uma proteína cinase dependente de AMP, e não se deve confundir AMP com 
AMPc! A quantidade de ATP não pode variar muito, pois pouco ATP pode levar à morte. Com o 
aumento da presença de ADP, em função do consumo de ATP, a associação de 2 ADP irá levar 
a formação de ATP e AMP. Em função disto, a depleção de ATP leva à 10% da perda do mesmo, 
o que é ruim para as células pois não há geração de ADP e aumento de 600% de AMP. 
Portanto, monitorar níveis de AMP é muito mais confíavel que monitorar a disponibilidade 
energética, pois pequenas flutuações na quantidade de ATP levam à grandes flutuações de 
AMP. 
AMPK responde às flutuações nos níveis de AMP na célula. AMPK é um trímero, no 
qual a subunidade reguladora se liga a 3 tipos de adenosina. Constituitivamente um dos sítios 
de AMPK está ligado à AMP, enquanto que os outros 2 sítios podem estar ligados tanto a ATP, 
ADP ou AMP. Quando há disponibilidade de ATP, os 2 sítios apresentam ATP ligados, conforme 
o ATP é depletado esses sítios vão sendo gradativamente ocupados por ADP e AMP e quando a 
célula está em estresse energético há a ligação de ADP e AMP, além do AMP constitutivo. No 
primeiro cenário, quando há ATP – ATP – AMP, a AMPK está inativa, enquanto que no cenário 
de estresse energético, quando há ADP – AMP - AMP, a AMPK está ativa. 
Há um pool de AMPK, ligadas a ATP, ADP e AmP de diferentes maneiras, o que garante 
que as células monitores todos os graus de disponibilidade energética. 
LKB1 fosforila AMPK, fazendo com que esteja constitutivamente potencialmente ativa, 
pronta para responder mediante à flutuações da razão ATP/AMP. No músculo essa regiulação 
sempre acontece, pois a fosforilação de AMPK é induzida e promovida por Calmodulina em 
resposta ao cálcio, ativando AMPK em resposta à contração muscular. 
AMPK ativa GLUT, ativa todas as vias de produção de síntese de ATP, ou seja todas as 
vias de degradação de macro moléculas, bem como inibe a síntese das mesmas. AMPK ativa a 
glicogênio fosforilase e inibe a glicogênio sintase, bem como inibe a ácido graxo sintase e a 
acetil CoA carboxilase, estimula a produção de malonil CoA, pois este inibe o transportador de 
carnitina, permitindo a entrada de ácidos graxos na célula e estimula a β-oxidação. 
AMPK fosforila ULK1, o qual é regulador de autofagia, estimulando a autofagia de 
mitocôndrias, favorecendo a reciclagem de organelas. AMPK também estimula a biogênese 
mitocondrial, além da mitofagia, o que possibilita a reciclagem das mitocôndrias. Isso 
acontece, pois as mitocôndrias mais velhas apresentam cadeia respiratória menos eficientes, 
as quais produzem menos ATP e mais ROS. 
Com o aumento de GLUT 4 na membrana há o aumento da sensibilidade à insulina, 
pois mesmo que o transporte das vesículas de GLUT4 mediado por insulina seja menor, haverá 
maior expressão de GLUT4 na membrana pela ação de AMPK. Esse efeito também pode ser 
obtido com o exercício, pois o mesmo promove depleção de ATP e aumento de ATP, causando 
o emagrecimento, devido a degradação das reservas lipídicas. 
AMPK ativa Ghrelina a fim de estimular a procura por alimentos, visando suprir a 
carência energética. 
AMPK fosforila Raptor, inibindo mTORc1, bem como ativa TSC1/2 inibindo mTOR, pois 
se AMPK está ativa em carência de ATP, não é o momento adequado para a proliferação 
mediada por mTOR, e esse cenário resulta na inibição de mTOR.2) CONTROLE DO METABOLISMO POR PPAR: 
PPAR são os receptores ativados por proliferação de peroxissomos. Os peroxissomos 
são organelas depuradoras. 
Na presença de fibratos há a proliferação de peroxissomos, o que resulta em aumento 
dos hepatócitos, promovendo hepatomegalia. O tratamento com análogos de fibratos por 
algum período de tempo pode desencadear câncer hepático. 
Houve o desenvolvimento de um receptor quimérico, no qual o domínio de ligação ao 
DNA era advindo dos receptores de corticóides e o domínio de ligação ao ligante era de origem 
diversa. Isso mostra que eram receptores órfãos que foram catalogados a fim de formar uma 
biblioteca de receptores. 
Testou-se cada domínio de ligação ao ligante até encontrar um sinal, e como este sinal 
promovia proliferação de peroxissomos, o nome deste receptor se tornou PPAR. Em suma, o 
PPAR é um receptor órfão adotado. 
Alguns ligantes endógenos de PPAR são os ácidos linoleico e arquidônico. Tais ligantes 
endógenos foram descobertos através do acoplamente entre os elementos responsivos ao 
PPAR (ERP) e a luciferase para controlar a expressão, onde toda vez que se tratar a célula com 
ligante, a mesma irá acender. 
São conhecidas 3 isoformas de PPAR, as quais são α,β e γ, que são receptores 
nucleares com o domínio de ligação com o DNA formado por dedos de zinco. O domínio de 
ligação ao ligante é bem grande, apresentando capacidade de ligar a uma grande variedade de 
moléculas hidrofóbicas. 
Os PPAR detectam o fluxo de lipídeos pelas células, detectando se há maior ou menor 
quantidade dos mesmos, sendo ativados quando a célula está exposta a grande quantidade de 
lipídeos. 
HSP90 segura PPAR no citoplasma, impedindo sua translocação para o núcleo, mas 
com a ligação de PPAR ao ligante, a ligação com HSP90 é rompida e PPAR é translocado para o 
núcleo. 
PPAR só funciona quando dimerizado com RXR, o qual é potenciamente sempre 
funcionante, já que é receptor de ácido retinóico e este está sempre presente nas células. 
Após dimerizar com RXR, PPAR pode interagir com ERP do DNA. A atividade de PPAR no DNA 
depende de co-ativadores e co-repressores. Os fatores co-ativadores ativam a transcrição 
gênica, como por exemplo, as histonas acetilases, as quais favorecem a abertura do DNA, a fim 
de que seja transcrito, enquanto que os co-repressores reprimem a transcrição gênica. 
As diferentes respostas do PPAR dependem de qual isoforma de PPAR é mais expressa 
naquela células, bem como quais co-ativadores e co-repressores estão presentes do que do 
próprio gene. 
Mediante a um estímulo pró-inflamatório, o IFκB, que se encontrava desfosforilado e 
segurando NFκB, irá sofrer fosforilação, a qual permite a liberação de NFκB, o qual está 
fisicamente livre para interagir com PPAR, o qual irá se dimerizar com RXR, e essa dimerização 
bloqueia a entrada de NFκB no núcleo. 
Os PPAR aumentam a captação e queima de ácidos graxos pelo tecido, reduzindo TGS, 
LDL e aumentando HDL, promovem a diferenciação do tecido adiposo subcutâneo, além de ser 
sensor metabólico para xenobióticos. 
PPARγ promove o aumento e oxidação de ácidos graxos, aumenta a respiração 
mitocondrial, estimula a termogênese no tecido adiposo, no músculo cardíado aumenta o 
transporte e oxidação de ácidos graxos. 
Os agonistas de PPARγ mimetizam o exercício, pois aumentam a eficiência da 
utilização dos combustíveis metabólicos, além de aumentar a endurance, a qual é a 
capacidade de quão o músculo suporta realizar trabalho sem entrar em fadiga. 
 
3) MICROBIOTA E METABOLISMO: 
Microbiota é o conjunto de microorganismos que podem ser residentes ou transitórios 
que atuam de modo comensal, estando em equilíbrio com o organismo. 
Participa da fisiologia como os demais órgãos, uma vez que o organismo evoluiu com a 
microbiota. 
A primeira abordagem metodológica para estudo de microbiota foi a administração de 
antimicrobianos de amplo espectro, os quais detruiriam a microbiota. A outra abordagem 
metodológica é a experimentação com animais germ- free. Como contraprova dessas 
abordagens, há a transferência de microbiota a fim de recolonizar o animal. Essa transferência 
de microbiota é via administração de fezes diluídas de outros animais, por via tópica ou oral. 
Os animais germ –free apresentam menor concentração de uma série de metabólitos, 
o que é um indício de que a microbiota influencia na absorção. A carnitina é metabolizada pela 
microbiota do TGI, produzindo TMAO como metabólito, o qual aparece após a alimentação 
com carne. Na ausência de microbiota não há produção de TMAO. Com a recolonização após o 
tratamento com antimicrobianos, TMAO volta a ser produzido em grande quantidade. 
TMAO no plasma é maior em animais onívoros do que em veganos, e predipões à 
aterosclerose, a qual pode estar associada ao consumo de carne, já que esta predisposição é 
bem menor em veganos. 
Existe diferença qualitativa entre a microbiota de magros e obesos. Camundongos 
knowkout para leptina comem sem parar e se tornam obesos. A prevalência de fimicutes em 
camundongos magros é menor que em camundongos obesos. Transferindo microbiota de 
animal convencional para animal germ – free há um aumento no percentual de godura, apesar 
de não comer em excesso, mas há aumento na eficiência da absorção. A microbiota otimiza a 
aquisição de energia dos alimentos, pois otimiza a absorção. 
Animais knowkout para o TLR5 apresentam aumento da gordura corporal. A ausência 
de reconhecimento da microbiota, promove desrregulação do sistema endócrino, resultando 
em ganho de peso e facilita o desenvolvimento de resistência à insulina. 
Obesos apresentam menor variedade genética de bactérias na microbiota em relação 
a magros, ou seja, a questão não é apresentar ou não microbiota e sim a maior ou menor 
variabilidade genética da mesma. 
Quando obesos submetidos a dieta emagrecem, adquirem variabilidade genética de 
microbiota. No entanto, em magros que ganham peso, mas que mantém sua dieta não há 
alterações em termos de diversidade de microbiota. O tipo de alimentação e a condição 
metabólica, onde uma maior ou menor desrregulação do metabolismo irá influenciar na 
seleção de bactérias da microbiota. 
Quando a mãe apresenta dieta convencional e o filhote também, este apresentará 
variabilidade genética da microbiota, mas se a mãe apresenta dieta hipercalórica, mesmo que 
o filhote apresente dieta convencional, este irá apresentam menor variabilidade de 
microbiota, pois sua mãe era obesa e apresentava menor diversidade de microbiota e, se mãe 
e filhote apresentam dieta hipercalórica, a redução da variabilidade de microbiota é ainda 
maior. 
Adoçantes e espessante artificiais são capazes de alterar a microbiota, reduzindo sua 
variabilidade genética. A sacarina é o adoçante que mais altera a microbiota. Animais que 
receberam sacarina depuram-na mais lentamente no teste de tolerância a glicose, indicando 
início de resistência à insulina. O mecanismo de resistência à insulina, mediada pela sacarina 
passa pela seleção da microbiota, por isso que a utilização de antimicrobianos reverte este 
quadro de resistência à insulina. 
Tópicos importantes: 
 Não é questão de quantidade de bactérias e sim o tipo de bactérias presente 
na microbiota que levará a maior ou menor propensão à obesidade e síndrome metabólica. 
 A dieta pode alterar e selecionar o tipo de microbiota. 
 Predisposição a obesidade de mãe para filhote, com transferência do tipo de 
microbiota que favorece a obesidade. 
 
4) RESTRIÇÃO CALÓRICA: 
É o consumo inferior ao nível energético basal diário. Não implica apenas na redução 
da ingestão, mas também com a manutenção da absorção básica de nutrientes com aas, sais 
minerais, lipídeose carboidratos. 
Existe um ponto ótimo entre a massa corporal e o desenvolvimento de doenças. Um 
aumento da massa corporal aumenta as chances de morte por qualquer doença, mas uma 
massa corporal muito baixa também aumenta as chances de morte. O ideal é a manutenção de 
um peso baixo, com redução da ingesta, mas sem deficiência energética. 
Há o aumento da longevidade com a restrição calórica, mas por quê a restrição 
calórica aumenta o tempo de vida? Supõe-se que a restrição calórica contribui para redução da 
atividade metabólica, e consequentemente promove a redução de ROS e da proliferação. Há 
redução da proliferação, pois com redução da quantidade de nutrientes ingeridos, há redução 
do sinal de mTOR para proliferação. Com menos proliferação há a redução da probabilidade de 
de danos ao DNA, pois é justamente durante a proliferação que ocorrem a maior parte dos 
danos ao DNA, além das mutações que podem levar ao câncer. 
Foi observada a redução da morte por doenças relacionadas à idade em macacos que 
apresentavam dieta com restrição calórica. 
A proteína SIRT2 quando superexpressa simula a restrição calórica, aumentando a 
longevidade. SIRT são proteínas que respondem a NAD+, além de que NADH é inibidor de SIRT, 
o que acontece em situações de excesso de energia, pois haverá excesso de NADH. Em 
carência energética há menos NADH e mais NAD+, retirando a inibição sobre SIRT, ocasionado 
sua ativação. 
SIRT ativada reduz os riscos de diabetes, de câncer, de doenças cardiovasculares, 
inflamatórias e neurodegenerativas. O exercício e o jejum também aumentam os níveis de 
NAD+ estimulando a ativação de SIRT. Quand superexpressa, SIRT aumenta o potencial de 
cicatrização, além de favorecer maior eficiência nos reparos de danos ao DNA. Em suma , a 
ativação de SIRT melhora os parâmetros das doenças degenerativas, promovendo aumento da 
longevidade. 
SIRT apresenta atividade sobre as mitocôndrias, aumentando a eficiência mitocondrial. 
Além disso reduz a apoptose de neurônios, reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas. 
SIRT estimula PGC1α, a qual estimula a reciclagem mitocondrial, uma vez que mitocôndrias 
velhas apresentam maior consumo de substrato e menor produção de ATP, apresentando 
menor eficiência além de produzir mais ROS, portanto SIRT estimula a biogênese de novas 
mitocôndrias e a autofagia das antigas. SIRT também estimula fatores de transcrição como 
FOXO, o qual aumenta o gasto energético basal, havendo aumento no fluxo pela via, mas 
resultando em menor gasto energético total, pois há menos energia sendo fornecida ao 
sistema. O resultado é o aumento da eficiência do metabolismo basal e não o aumento do 
metabolismo. 
SIRT é uma desacetilase, que atua desacetilando PGC1α, a fim de torná-la ativada, e 
sua acetilação é maior em camundongos knowkout para SIRT. Com PGC1α acetilada não há 
boigênese mitocondrial, e a desacetilação dispara a biogênese. PGC1α desacetilada também é 
obtida após o exercício físico. 
 
O butirato é um corpo cetônico e o tratamento com ele é favorável ao 
emagrecimento, pois há redução da massa gorda com manutenção da massa magra. O 
tratamento com butirato reduz a glicose de jejum, bem como a insulina de jejum, e portanto, o 
índice de HOMA, reduzindo a resistência à insulina, melhorando os parêmetros da diabetes. 
O butirato aumenta a expressão de PGC1α, por mecanismo diferente de SIRT. Como 
butirato é fonte de acetil CoA, o qual é fonte de acetil para a acetilação, embora associado ao 
perfil de acetilação, o butirato está relacionado com a acetilação de protéinas diferentes das 
que são desacetiladas por SIRT, ou seja, butirato atuam na acetilação de histonas e interfere 
na espressão gênica. 
O β – hidroxibutirato é um inibidor da histona desacetilase, sendo o memso fonte de 
acetil CoA, o qual é fonte de acetil sendo utilizado por histonas acetilases, promovendo a 
acetilação de histonas, tornando-as mais frouxas, o que favorece a expressão gênica, pois 
desacetilando o DNA fica mais compacto e de difícil acesso aos fatores de transcrição. 
A hiperacetilação de histonas promove a transcrição gênica de modo mais facilitado, e 
isso é um mecanismo epigenético. O β-hidroxibutirato atua em receptores órfãos acoplados a 
proteína G e que estão relacionados ao controle do metabolismo. Podem estar relacionados 
butirato e SIRT a fim de proteger a célula contra ROS, através de um mecanismo que estimule 
ROS, a fim de preparar a célula quanto aos seus mecanismos antioxidantes, havendo 
estimulação de catalase, superóxido dismutase e glutationa e, este mecanismo é o presente no 
Resveratrol. 
 
5) MÚSCULO, EXERCÍCIO FÍSICO E TECIDO ADIPOSO 
Existem outros hormônios produzidos pelo tecido adiposo, além da leptina, como a 
adiponectina, a qual é produzida pelo tecido adiposo branco. A adiponectina sensibiliza os 
tecidos à insulina e atua no controle glicêmico na ausência de insulina. 
O tecido adiposo é bom dependendo do seu grau de comprometimento, logo, o tecido 
adiposo branco saudável é importante órgão endócrino. O tecido adiposo marrom está 
envolvido na termogênese, cuja adaptação ao frio promove a termogênese por mais tempo e 
com maior temperatura. É possível tansformar tecido adiposo branco em tecido adiposo 
marrom, quando se passa por grande período de tempo exposto ao frio, pois o adulto 
apresenta muito pouco tecido adiposo marrom. O tecido adipos marrom consome substrato 
sem produzir ATP, dissipando a energia na forma de calor. 
O balanço energético é o balanço do quanto de consome e de quanto se gasta, o gasto 
energético depende de 3 fatore: taxa metabólica basal, efeito térmico do alimento e atividade 
física. Quanto mais deslocar a balança para um lado ou outro há o ganho ou perda de peso. Os 
termogênicos são derivados de estimulantes, como adrenalina e cafeína e aumentam a taxa 
metabólica basal. 
Em modelo experimental com camundongos com dieta normal, com dieta com 25% de 
restrição calórica e com dieta com 12,5 % de restrição calórica + 12,5 % de exercício. Os dois 
últimos grupos, em tese, perdem a mesma quantidade de peso, no entanto, no último grupo 
há redução da pressão diastólica, do colesterol total, de LDL e aumento de HDL, além do 
aumento da sensibilidade à insulina, efeitos que não são encontrados no segundo grupo. 
O exercício físico tem efeito benéfico que vai além do aumento do metabolismo basal 
e, pode estar disposto de diversas formas ao longo do dia e não necessariamente apenas na 
academia. O estímulo do exercício físico produz miocinas, as quais são semelhantes as 
citocinas, e apresentam uma série de efeitos benéficos sobre diversos sistemas. 
A IL-6 atua na sensibilização à insulina, pois aumenta a taxa de oxidação da glicose, 
promovendo queima mais eficiente pelo músculo, aumenta o consumo de O2, o que implica 
em aumentar a taxa metabólica basal. O exercício físico em pessoas com pouca reserva de 
glicogênio é similar a um exercício de alta performance. 
A IL-6 promove a translocação de GLUT-4 para a membrana, de forma dose 
dependente, e quando administrada concomitantemente com a insulina há potencialização 
deste efeito, além disso seu efeito não é inibido quando a via de PI3K está inibida. E 
justamente é a inibição da via de PI3K que está presente em indivíduos com resistência à 
insulina, o que pode ser melhorado com a realização de exercício físico e adminstração de IL-6, 
a qual transloca GLUT-4 por um via não dependente de PI3K. 
PGC1α é ativada durante o exercício e parece estar envolvido com a produção de 
miocinas pelo músculo. O aumento da expressão PGC1α pelo músculo é acompanhado pelo 
aumento de irisina. A superexpressão de irisina aumenta a expressão da proteína UCP-1, a qualé desacopladora da cadeia respiratória, e nesse caso, esse aumento de expressão de irisina é 
no músculo e promove o aumento de UCP-1 no tecido adiposo. 
O organismo não compreende a diferença entre contração muscular pelo frio e pelo 
exercício, entendendo apenas o fator contração e esta promove termogênese, logo, uma 
pessoa em exercício tem seu tecido adiposo branco amarronzado, pois o desenvolvimento de 
exercício físico tem atuação semelhante à uma exposição prolongada ao frio, amarronzando o 
tecido adiposo branco. 
Para uma pessoa que se alimenta mal há a retardo no ínicio dos efeitos benéficos do 
exercício físico. 
Em resumo, o exercício físico ou o frio apresentam um denominador comum, que é a 
atuação do tecido muscular aumentando a expressão de PGC1α, levando a aumento de uma 
série de moléculas como IL-6, irisina, BIBA, meteorina, dentre outras, as quais irão atuar no 
tecido adiposo convertendo-o de branco à bege (marrom). Isso resulta no aumento da 
termogênese, a qual utiliza os substratos energéticos para produção de calor em vez de ATP. 
Isso funciona como uma adaptação a longo prazo ao frio, mas também acontece com o 
exercício, sendo ótimo para pessoas obesas, pois aumenta a taxa metabólica basal com 
dissipação da energia oriunda da queima de substrato, na forma de calor. Isso resulta no 
emagrecimento além de promover aumento da sensibilização à insulina.

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