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Av2 sociologia

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - UVA
Fabiana dos Santos
LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E DISCURSO.
Duque de Caxias 2019
Fabiana dos Santos 
Matricula 20182301323
LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E DISCURSO
Duque de Caxias 2019
Para entendermos a ideia de lutas de classes e todos os desdobramentos que Marx atribuiu a esse importante aspecto social, devemos primeiro entender o que são as classes sociais a que tanto nos referimos. Por mais simples que possa parecer, a ideia de classes sociais é tão ampla e complexa que ainda hoje é difícil encontrar consenso entre os estudiosos do assunto. De maneira geral, as classes sociais podem ser entendidas como sendo um grupo de indivíduos que possuem em comum uma mesma situação econômica e o mesmo tipo de acesso aos meios de produção. Esses “meios de produção” estão relacionados com as formas de produção dos bens de consumo que existem em uma sociedade, ou seja, fábricas e grandes porções de terra dedicadas à obtenção de matérias-primas para a produção de bens industrializados, por exemplo.
É a condição material dos indivíduos que determinaria os demais aspectos de sua vida. A importância dada por Marx a esse quesito justificar-se-ia, segundo a sua teoria, pelo impacto que a situação econômica de um sujeito tem em sua trajetória de formação. É inegável que aqueles que possuem maior condição econômica também possuem maior número de oportunidades de manter-se em melhor condição material. Já aqueles desprovidos das mesmas oportunidades enfrentam maiores dificuldades de ascensão na escala social.
A luta de classes, que seria, portanto, o motor das mudanças sociais, refletiria as diferenças materiais que se instauram no meio social. Essas mudanças poderiam ocorrer de forma gradual ou, em casos extremos de desigualdade, por meio de revoluções. Marx dedicou-se a tentar observar na história humana as formas como ocorreram as diferentes mudanças sociais nas sociedades europeias anteriores ao capitalismo. Desde as comunidades caçadoras coletoras, as primeiras relações escravistas, até as relações feudais entre os senhores proprietários de terras e os servos que se submetiam ao seu comando, Marx observou que os conflitos sociais estavam ligados sempre à condição econômica dessas sociedades. Nessa perspectiva, Marx acreditava que, assim como os comerciantes que ascenderam durante o período feudal para derrubar o poder da nobreza, a classe proletária, ou os trabalhadores, também poderia mudar as organizações sociais do mundo capitalista. Para Marx, a revolução do proletário seria inevitável.
É dessa contradição que nasce a luta de classes, conceito caro ao pensamento marxiano: ou se é o dono dos meios de produção (burguesia) ou se vende a força de trabalho (proletariado). Essa relação exploradora versus explorado, no sistema capitalista, tende a permanecer, pois é a fonte da riqueza da burguesia. É nesse contexto que Marx formula o conceito de ideologia, entendido como o mecanismo utilizado para a perpetuação da exploração, por meio do ataque à consciência. Por meio dela, o trabalhador vive em uma constante alienação, o que impede a tomada de consciência de que a realidade é resultado das escolhas humanas e, portanto, que é possível transformá-la.
Nesse ambiente, Marx acreditava que a busca incessante do lucro e a luta de classes, provocariam a destruição do próprio capitalismo (dialética marxiana), por meio da revolução do proletariado. E o resultado seria a transformação da realidade material, o nascimento do comunismo, em que não haveria propriedade privada dos meios de produção, portanto, não haveria exploração, e muito menos a alienação do homem.  Para Marx, o fim da propriedade privada acabaria com as guerras, a inveja e as diferenças entre homens.
 Marx não contava era com a capacidade do capitalismo de se reinventar, garantindo que a ruptura não acontecesse. É importante compreender que, nunca houve um sistema socialista ou comunista de acordo com a Teoria Marxiana. A Revolução Russa, Cubana, Chinesa e todas as outras tentativas, mais ou menos cruéis, nunca foram o que Marx pensou. Há uma diferença enorme entre as ideias de Marx e a realidade histórica de todas essas tentativas.
O seu objetivo último foi o de pensar um sistema econômico em que os homens pudessem ser felizes, tendo todas as suas necessidades atendidas, e não fosse reduzido a apenas um objeto, uma coisa (reificação).
Julgar o pensamento de Marx, utilizando como referencial as realidades vividas no séc. XX, principalmente pelos crimes e atrocidades ocorridos nas falidas tentativas de implantar o socialismo é o mesmo que julgar Jesus por atos criminosos cometidos por alguns cristãos, ou julgar Maomé pelos atos criminosos cometidos por alguns mulçumanos, ou julgar um pai pelos atos criminosos cometidos pelos filhos.
Entre os marxistas, persiste hoje um debate sobre a centralidade da luta de classes. Nas últimas décadas, as divisões entre as classes sociais chegaram a níveis muito mais complexos comparados com o que eram no tempo de Marx e Engels. Além disso, diversos conflitos sociais emergiram não apenas por questões de classe, mas envolvendo diferentes grupos nacionais, étnicos, religiosos, etc. Vale lembrar que, para Engels, uma das primeiras formas de exploração foi a da mulher pelo homem e que, muitas vezes, o conceito de lutas de classes foi usado assim, no plural, para abarcar a multiplicidade de formas que podem tomar esses conflitos. A sua aplicação mais pertinente, contanto, continua se dando no âmbito dos conflitos de interesse entre aqueles que produzem a riqueza e os que se apropriam dela. No entanto, a sociedade que surgirá desse conflito e a forma de conduzir esse processo, formam um longo e rico campo de debate dentro do marxismo.
“A história da humanidade é a história da luta de classes” (Marx, 1848)
A frase resume a teoria desenvolvida em parceria com Marx, que ficou conhecida como marxismo. Trata-se na aplicação de questionamentos econômicos e sociopolíticos para analisar o desenvolvimento do capitalismo e o papel do conflito social na mudança desse sistema.
“Quando for possível falar de liberdade, o Estado como tal deixará de existir” (Marx, 1848) Para o autor Engels, o Estado só surgiu para ajudar a classe dominante a se manter no poder. Por isso, por mais democrático que seja, ele sempre será uma forma de ditadura e um aparelho de dominação de uma classe por outra. Embora aceite que a revolução necessária para a construção do socialismo seja uma forma de Estado, Engels defende que seria mais uma espécie de anti-Estado, pois inverte as relações de domínio e cria as bases para seu próprio fim.
“Um povo que oprime o outro nunca será livre” (Marx, 1848)
O objetivo final do socialismo idealizado por Marx e Engels é acabar com a divisão da sociedade em classes.
https://www.infoescola.com/sociologia/luta-de-classes/
https://www.youtube.com/watch?v=ZEtObydpSTc
https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/enem/2015/11/20/noticia-especial-enem,707470/marx-socialismo-e-a-luta-de-classes.shtml
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/luta-classes.htm

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