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AULAS DE PENAL

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Culpabilidade 
Culpabilidade existência de dolo ou culpa (aspecto positivo)
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Presunção- é tomar como certo, aquilo que é prevaleci.
Existência de dolo e culpa – pontos positivos
Imputabilidade art. 26, ação irresistível art. 2, obediência ao superior hierárquica art. 22, erro ou ignorância art.21, 73 e 74
Aspecto negativo da culpabilidade
- quando não há culpabilidade (aspectos negativos) – imputabilidade, coação irresistível, obediência à ordem de superior hierarquia (art. 22), erro ou ignorância (art. 20, 21, 73 e 74).
- causas de exclusão da culpabilidade
-imputabilidade por doença mental – art.26
- coação moral irresistível e obediência hierárquica – art.22
- emoção e paixão – art.28
- a ignorância ou erro
- menor idade penal – art. 27 – sujeito ao ECA
Qual foi o sistema adotado pelo CP quanto à doença mental enquadrada no art.26.
Imputabilidade:
Imputabilidade é um juízo prévio.
Critério do sistema biológico ou etiológico, critério psicologia, critério misto ou biogencicologico.
Art.28 
-aspectos negativos da antijuridicidade
-aspectos positivos da culpabilidade dolo direto ou indireto, cumulativo ou eventual.
Art. 142 – calunia, injuria.
Inimputabilidade pode ser doença mental (plena, relativa), retardo mental (caput art. 26, ou no parágrafo único).
A imputabilidade é o pressuposto da culpabilidade
A imputabilidade por doença mental está descrita no art. 149 à 154 do CPP.
Semi imputabilidade: quando o indivíduo não está completamente insano. Ex: algumas doenças mentais em estado de termino. Paragrafo único art. 26
Quando o problema mental é plena o juiz aplica medida de segurança, e quando é parcial é aplicando a pena.
Quando juridicidade, quando não a antijuridicidade não a culpabilidade.
Aplicação da medida de segurança
- duplo binário: aplicava a pena e depois a medida de segurança.
No código penal de 1940, adotamos o sistema duplo-binario, pelo qual impõe-se pena e mediata de segurança ao semi-impútavel. Á partir de 1984, adotamos o sistema vicariante, só sendo possível a imposição de pena, ou de medida de segurança. No entanto, a lei nº 6.368/1976 consagrava o sistema do duplo-binário, mantido no art. 47 da nova lei.
- sistema vicariante: se a indivíduo sentir a pena, como punição aplica-se a pena, com a determinação de 1 a 2/3 (aplica-se na 3º fase do processo).
É um sistema em que haverá pena ou medida de segurança, um substituindo o outro. No CP de 1940 adotávamos o sistema duplo- binário, pelo qual havia pena e medida de segurança, a serem impostos ao semi-imputável, com a reforma de 1974 passamos a adotar o sistema vicariante isso para acompanhar a Alemanha.
Quando não sente aplica-se a medida de segurança imediante.
Coação irresistível (art. 22) –trata-se da violência moral.
É o emprego da força física corporal, ou da grave ameaça para levar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
“vis absoluta”
“vis corporalis”
Grave ameaça: chamada violência moral
A coação física é aspecto negativo da tipicidade, é atribuído tudo o que ocorrer ao coator.
Ambos a coações (física ou corporal) requerem a existência de 03 pessoas de existência visível.
1 – coator (não pode ser difuso – ex: a sociedade)
2 – coagido (sofre a coação moral do coator)
3 – vitima
Art. 65, c, C.P
Obs: algumas vezes o coagido pode ser a vítima quando a coação é moral porém o indivíduo poderia resistir, responde o mesmo porem com atenuante.
Ordem de superior hierárquico
Só vale nas relações de direito público.
-ordem legal
- a ordem ilegal – não manifesta mente ilegal – responde só o mandatário e nada em erro, manifestamente ilegal, responde o mandante e o mandatário.
Ordem é uma manifestação de vontade de um funcionário público que ordem um subalterno a cometer um ato
- quando a ordem for ilegal, mas não manifestamente, o subordinado que a cumpre não agirá com culpabilidade, por ter avaliado incorretamente a ordem recebida, incorrendo numa espécie de erro de proibição.
“É a obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico, tornando viciada a vontade subordinada e afastado a exigência de conduta diversa.” (Fernanda capez)
- se a ordem cumprida for manifestamente ilegal é punível também o subordinado juntamente com o seu superior. “É punido sempre, segundo o dispositivo, o autor da ordem legal; trata-se também de autoria, mediata quando o subordinado desconhece a ilegitimidade ilegal” (Mirabelle)
- quando não for funcionário público no sentido administrativo.
- quando é funcionário público porém não tem competência para o ato.
- quando o funcionário público esta dentro das suas competências mas não obedece a formalidade devidas ao ato, ou formalidades legais. Ex: invasão de embaixadas (privilegio de habitação), invasão de domicilio sem mandato.
Teoria psicológica reduz a culpabilidade a um nexo psíquico.
Inexigibilidade de conduta diversa.
Teoria de belling.
Teoria finalista da ação.
Teoria geral da sanção penal ou resposta penal do estado
Pena é sofrimento
A lei pena tem caráter retributivo.
A pena é a retribuição do mal causado pelo agente
O crime afeta um bem jurídico de um particular ou do estado.
Conceito da pena:
É a privação ou restrição de um direito, ou bem jurídico imposta segundo a lei, imposta pelos órgãos juridicamente competentes (juízes e tribunais) ao culpado ou considerado culpado dentro do devido processo legal.
Antes da lei 7.209/84 as penas se dividiam em 2 partes principais e acessórios.
Principais reclusão, detenção e multa.
Acessórios, perca dos cargos públicos (eletivo ou de nomeação), as interdições de direito, a publicação da sentença condenatória.
Nosso código retirou as penas acessórias e colocou como efeitos da condenações art. 91 e 92 do C.P, colocou expirada no código mexicano em 84.
As penas podem ser classificadas na doutrina ou no direito positivo nacional (CF 88 e CP 1940)
Reformado pela lei 6.416/1977(regime fechado, semi-aberto e aberto), lei 7.209 introduzia profundas alterações na parte geral do CP, aperfeiçoou os 3 regimes e garantiu direitos aos presos.
Lei 7.210/84 lei o código de execução penal.
Desde 1930 que José Gabriel Lemos de Brito e Evaristo de Moraes tentam a criação de um código penitenciário.
Doutrinariamente dividem-se as penas em 5 categorias: natureza da pena: sofrimento.
Penas corporais – as que incidem sofre a integridade lesiva do condenado (lesões corporais e morte).
Privativa de liberdade.
Restritiva de liberdade.
Privativa de direitos.
Penas pecuniárias.
Pena
Natureza: afetiva, castigo
A natureza da pena é afetiva, é um castigo, pois não pode ter pena sem sofrimento.
Ao estado e que cabe julgar e executa a pena, ao particular cobre acusar.
Pena é castigo imposto pelo estado
Ação penal em relação aos crimes contra honra, em funcionários público, pode ter representação em ação privada ou em ação pública.
Se a ação for iniciada pelo funcionário público é publicizada e não pode mais o funcionário publico desistir.
Fins da pena 
- castigo – vingança social contra o delinquente 
Art 121 Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Definições:
Cominar- Ameaçar de punição, por infração da lei. Prescrever, decretar, impor (castigo, pena)
Aplicar - Pôr em prática; manipular:aplicar conhecimentos.
Executar - Realizar, levar a efeito, pôr em prática
- prevenção 
Geral, genérica e abstrata – quando a pena e certas condutas. Quando juiz aplica na casa que está sob julgamento afastando o delinquente do convívio social fitando que continue cometendo crime. O juiz comina aplica, executa, ameaça a pena para determinada condutas.
Especial – (concreta) - quando o juiz aplica a pena nado o caso está em julgamento. Pode-se verificar que o direito penal, ao submeter um indivíduo a uma sanção por um crime que ele cometeu, pretende evitar que esse indivíduo volte a cometer crimes.
O legislador – comina
O juiz – aplica
O servidor – executa
Princípio primário: matar alguém
Princípio secundário: “santo juris” sanção penal.
É a união que dispõe sobre o sistema e o regime penitenciário.
7.209 e 7.210 (LEP)
Os recursos materiais e humanos são de competência do estado.
Quando o juiz aplica a pena privativa de liberdade, de pois o juiz pode substituir a pena restritiva de Direitos.
Casa de detenção onde ficam presos que ainda estão em processo.
Penitenciário – onde ficam presos os criminoso que já responderiam o devido processo legal, e já estão com suas penas estabelecidas.
Violência, vidências materiais no corpo da vitima sem deixar vestígios. Ex: pescar o cabelo
Lesões corporais
Homicídio
Grave ameaça: é a intimidação de ameaça ao bem maior, vida, a vítima ou a ente querido.
Réu, processado, indiciado e condenado.
Técnica legislativa primaria e secundaria 
Aplicação da pena art. 59 C.P
Estudo do castigo art. 44 e 145
O que se deve entender por violência?
- contravenção de via de fato, art. 21, LEP (lei de contravenção penal) um empurrão, puxa cabelo (aqui não deixa castigo)
- lesões corporais
- homicídios
O que se deve entender por grave ameaça?
Intimidação grave a própria pessoa ou outrem próximo que possa atingi-lo, a um importante a vida. A ameaça em que ser realizável.
 Individualização da pena
É erguida no Brasil como princípio constitucional (art. 5º XLVI CF/88).
É a adaptação da pena para cada infrator, pois não existe um criminoso igual ao outro.
1 momento (genérico e abstrato) legislativo – criação da lei.
2 momento (concreto) competência do poder judiciário (juiz e tribunais).
3 momento execução da pena (poder executivo sobre controle pelo profissional penitenciário)
Roberto Lyra – 2 fases processo de aplicação da pena
Nelson Hungria – 3 fases
Para aplicar a pena 
Pena base ou pena definitiva
Tem que se levar em conta
Circunstâncias judiciais indicadas no CP art. 59.
Circunstâncias legais obrigatórias agravante e atenuante genéricos art. 61, 62 e 65. O Juiz pode reconhecer mesmo que não esteja na peça inicial (denuncia ou queixa crime) art. 41 CPP.
Causas gerais e especiais de aumento do diminuição de pena
Agravantes: são circunstâncias que agravam a pena (não pode o juiz passar do teto da pena).
Até a lei 7.209/84 poderia se aplicar a pena por Roberto Lyra, após usar-se o art. 68 – cálculo da pena.
O Brasil passou a adotar a visão da Nelson Hungria, o período trifásico de aplicação da pena.
3 classificação:
Auto de prisão ou flagrante.
Na peça acusatória, denuncia ou queixa.
Sentença (tribunal superior).
Sistema atual de Nelson Hungria
Depois da lei nº 7.209/84 - Critério de Nelson Hungria a lei passa por 3 Fases ou etapas (CP art. 68) 
Fase: pena base ou provisória (entre o mínimo e o máximo da pena). O juiz vai ver na denúncia ou na queixa crime.
Fase: ocorre variação.
Fase: protelação da sentença.
Obs: o crime sofre 3 classificações (2 provisórias e 1 definitiva) as duas provisórias:
No alto da prisão em flagrante (nota de culpa)
Homicídio qualificado 
Art. 121 – matar alguém
pena: 6 a 20 anos
parágrafo 1 homicídio qualificado
pena: Rec. 12 a 30 anos
3 classificações:
Auto e prisão em flagrante
Na peça acusatória (denuncia ou queixa)
Sentença (tribunal superior)
- só não pode ser desclassificado por incompetência absoluta.
- no rito procedimento – trata do homicídio culposo e se coloca que é homicídio doloso.
- prejuízo certo para defesa.
1- classificação dada pela policia
2- classificação dada pelo juiz
Circunstância judiciais (art. 59)
Circunstância atenuantes e agravantes, consequências legais ou obrigatórias.
Causas de aumento ou de diminuição de pena; as privilegiadoras.
São circunstancias que sempre atenua e a pena, que agravam a pena sem dizer a quanto.
Em sentido estrito e restrito eles o diferenciam as circunstancias atenuantes. 
Incompreensão absoluta;
Influir no rito procedimental;
Prejuízo certo para defesa. 
Na terceira fase o juiz vai dizer em sentença.
- o estabelecimento.
- o regime inicial, art. 77 “sursic”
- substituição de pena art. 45
Exemplo:
Calculo de pena.
Furto: 1 a 4 anos e multa – toda vez que houver tentativa de vantagem financeira da vitima.
Art. 59 pressuposto comportamentais
pena base 2 anos.
Circunstância atenuantes
art. 65 ex: idade
ex: residência
art. 67
Aumento de 1/3 repouso noturno
ex: 8meses
não comporta “sursis” mas sim substituição de pena art. 44.
O juiz poderá fixar de longo valor de multa para o bem presidio tutelado.
A multa está em todos os crimes contra o patrimônio.
Todos os crimes contra o patrimônio ou contra a dignidade da sexual da pessoa humana.
Reincidência genérica – quando o agente reincide em crimes de natureza diferentes. Ex: furto- homicídio
Reincidência especifica – quando o agente reincide em crimes de natureza idênticas. Ex: homicídio – homicídio
A reincidência só se prova com sentença anterior transitado ou em julgado.
Prisão domiciliar
Regime aberto:
Prisão albergue
Prisão em estabelecimento
Prisão domiciliar
O maior criminoso é o juiz. Princípio de individualização da pena.
Lei 7.209/84
Art. 68 – a pena-base será fixada atendendo-se ao critério do Art. 59 deste código; em seguida serão consideradas as circunstancias atenuantes e agravantes, por último as causas de diminuição e de aumento.
Aplicação da pena
Antes da lei 7.209/84
critérios de roberto lyra (2 fases)
Após a lei 7.209/84
critério de Nelson Hungria (3 fases – art. 68)
1º fase: circunstancias judiciais do art. 59 (entre o mínimo e o máximo da pena)
(pena base ou provisória)
2º fase: circunstância atenuantes e agravantes (art. 61 a 65), (entre o mínimo e o máximo da pena)
3º fase: causas de aumento, gerais e especiais de aumento e de diminuição de pena.
- para o juiz aplicar a pena precisa de 3 circunstancias judiciais – 
1º circunstancias judiciais art.59
O juiz pode reconhece-las sem que haja na peça
2º atenuantes ou agravantes legais ou obrigatórias absolutória, desde que existem provas nos autos art. 61, 62, 65.
3º causas de aumento ou diminuição da pena a juiz só pode reconhecer se figura na peça acusatória, se não a sentença e onde a circunstância em sentido amplo as 3 e restrito as 2 primeiras.
Causa de aumento de pena.
Obs: o crime é em todo unitário, um bloco monolítico.
O crime tem requisitos elementais, essenciais e secundários.
Os elementos essenciais são as tipicidade, judicidade e culpabilidade e os elementos secundários (as circunstancias) – requisitos acidentais pode existir ou não existir sem interferir no crime.
As circunstancias é a roupagem do crime, é tudo aquilo que modifica ou altera um fato sem lhe destruir a essência.
Em havendo circunstancia a pena pode se elevar ou diminuir, (circunstância judiciais cabe ao juiz acolho ou não) circunstância rodeia o crime. (Indicações no art. 59 – orienta o juízo aplicar a pena base)
A pena só é validada se for trifásica (no brasil)
É tudo aquilo que altera um fato sem destruir o essencial. 
O crime pode ocorrer sem circunstancia judicial no art. 59.
Exercício da aplicação da pena
Estrupo: (todo crime sexual e patrimonial é torpe)
(Quando há palavra se resulta é crime perterdolo)
Art. 217, 213 C.P
6 e 10anos de pena base (examinando o art.59- comportamento)
*o réu ingere bebida para encoraja-se a praticar o crime “actio libera in causa”- antes da açãoele era livre.
Pena provisória – 7 anos (aumento de 1 ano que fica a critério do juiz)
Analisar o art. 67 que mostra as 3 analise para o aumento da pena.
Circunstancias essenciais – tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade.
- Aplicação da pena no caso de concurso de crime.
O concurso de crime pode ser 1- Real e 2 – Aparente
- Real são hipóteses de concurso material (art. 69), concurso formal ou ideal (art.70) e crime continuado. (Comum, art. 71).
OBS: concurso material benigno (art. 70, parágrafo único)
Inserido pela lei 7.209/84
* comum e especial
OBS: no concurso real, há sempre mais de um crime, por isso, a condenando receberá a pena de mais de um delito.
- Aparente: ocorre quando há vários tipos abstrato mente em que, um fato (unidade de fato) passo se esquadrar.
O concurso é aparente (não é real) porque, a ordenamento penalistico dispões de princípios e normas que vão desfazer a conflito e enquadrar devidamente o fato em um só tipo.
São quatro os princípios que procuram resolver os aparentes conflitos de tipos ou normas penais.
- princípio da absorção ou da consumação.
- princípio da subsidiariedade, (explicita ou tácita)
- princípio da alternatividade.
- princípio da especialidade.
Concurso de crime significa, na pratica, concurso de pena.
- Formal (ou ideal): é uma ação só, portanto dois ou mais resultados (art.70)
É subdividido em duas partes:
- próprio: uma só ação provocando dois ou mais resultados.
- impróprio: uma só ação provocando dois ou mais resultados
- improprio (ou impuro):
Crime continuado e concurso formal do crime art. 69 CP
Concurso formal próprio – vai ser punido por uma pena, e pode ter o acréscimo art. 70.
Concurso formal improprio – aplica a pena para dois ou mais crime.
Crime continuado foi para evitar a pena de morte para o criminoso. Art. 71
 REVISÃO PARA PROVA
Finalidade da pena:
Reprovação: do mau produzido pela conduta do agente.
Prevenção: prevenir futuras infrações penais
Jurias
Absoluta: retribuição compensatória para o autor sobre o fato cometido, é desvinculado de efeito social.
Relativa: funda-se em critérios de prevenção
Prevenção geral – negativa: por intimidação a pena aplicado ao autor do fato tende a refletir dentro da sociedade, fazendo com que os cidadãos fiquem intimidados a não cometerem os atos ilícitos.
Positiva: é integradora, tem como proposito infundir na consciência geral a necessidade de respeito a determinados valores.
Prevenção especial – negativa: neutraliza o agente que cometeu a infração penal segregando-o da sociedade com o cárcere.
Positiva: vascia-se na ressocialização, fazendo com que autor desista de cometer futuros delitos.
O nosso código penal adota a teoria mista ou unificadora da pena.
Reprovação + prevenção (art.59 parte final)
Aplicação da pena
Dois sistema se fazem presente no histórico de aplicação de pena brasileira, o sistema bifásico e trifásico.
O sistema bifásico idealizado por roberto lyra previa dosimetria da pena em 2 momentos que valoram as circunstancias judiciais e legais. Os dois momentos seriam a fixação da pena-base que engloba os aspectos da culpabilidade, os motivos e circunstancias do crime, o comportamento da vítima, antecedente conduta social, personalidade do agente bem como agravante e atenuantes do delito e posteriormente seriam levados e, consideração as causas de aumento e diminuição da pena, tal sistema sofreu críticas pela falta de entendimento por parte do réu sóbrio raciocínio utilizado pelo magistrado e por ferro direito à ampla deseja.
O sistema trifásico foi colocado por Nelson Ungria, e admitido pela lei penal nº 7200/84 e assegurada pelo código penal em seu art. 68.
Preleciona que a dosimetria da pena possui três fases incialmente a fase da fixação da pena-base sendo observado os requisitos do art. 59 código penal, posteriormente fixa-se a pena provisória na qual são analisados as circunstancias agravantes e atenuantes e finalmente a pena definitiva e aplicada analisando-se as causas de aumento e diminuição da pena.
O critério acima aceito pelo ordenamento pessoal brasileiro tende a ser mais claro, preciso em relação ao sistema bifásico.
Art. 61 – circunstância agravante
Art. 121 – matar alguém
Pena 6 a 20 anos
5º (privilegiado v6 a v3 – causas especiais de diminuição de pena)
Obs: existe diferença entre crime simples, e crime qualificado na pena base.
No crime simples a pena base é 6 a 12, se for homicídio qualificado a pena base será 12 a 30 (ex) cabendo na segunda fase sim qualificadoras.
Se o juiz aumentar o mínimo da pena base deve justificar-se.
Se houverem 2 circunstancia agravantes e ou atenuantes (art. 65)
Circunstancia:
- motivo determinantes do crime
- personalidade do réu (ex: idade de 19 a 21 a pessoalidade do indivíduo está se tomando)
- reincidência (comprovado com “critério ficto” da sentença anteriores e o seu trânsito em julgado)
Sendo reincidente aquele condenado e sentença transitado em julgado que comete outro crime (art.63)
Aplicação da pena
Concurso de crime: Real ou aparente (material, formal ou crime continuado)
Pode ser real ou aparente (fictício)
Concurso real:
São os hipótese de concurso material (art.69), concurso formal (art.70) e crime continuado: comum (art. 71 caput), específico (parágrafo único art.71)
Obs¹: concurso material benigno art.70 parágrafo I, inserido pela lei 7.209/84.
Obs²: no concurso real há sempre mais de um crime, por isto o condenado receberá a pena de mais de um delito.
Concurso aparente de normas ou tipos penais:
Corre quando há vários tipos abstratamente em que um fato (unidade de fato) possa se enquadrar.
O concurso é aparente (não é real), porque o ordenamento penalistico dispõe de princípios ou normas que vão desfazer o “conflito” e enquadrar devidamente o fato em um só tipo penal.
São quatro os princípios que procuram resolver os aparentes conflitos de tipos ou normas penais:
- princípio da absorção ou concepção 
- princípio da subsidiariedade
Explícita ou tácita
- princípio da alternatividade
- princípio da especialidade (ex: infanticídio em relação ao homicídio)
O agente só sofrerá a sanção de um crime
Obs: concurso de crime é = a concurso de pena/ 
Concurso formal: 
Próprio art. 70 vai ser punido por uma pena e pode ter acréscimo de pena após a 3º fase 
Improprio art. 70, 2º parte, aplica a pena para dois ou mais crimes
1 só ação, e aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis 
Designos = intenções
 Material: soma de penas. Não se usa nenhum princípio fícto. Ex: matar e esconder cadáver – (os bens jurídicos são diferentes). Mais de uma ação e mais de 1 resultado.
Crime continuado
Lançaram mão aos romanos, em favor da equidade e de dar ênfase a pena de morte pois depois do 3º crime a pena era a morte.
A noção do crime continuado é uma ficção jurídica.
Presente no art. 71, que divide-se em comum (caput) e especial (parágrafo único) (modalidades) – afim de minorar os rigores do concurso material.
1 – item são as condições de pena
2 – condições de lugar
3 – crimes da mesma natureza
4 – maneira de execução
Comum caput:
Tempo - não pode ser superior a 30 dias (espaço de tempo)
Lugar – não pode ser de um pais para outro, nem de um estado para outro e dentro do estado não pode ser de uma região para outra.
Crime continuado especial
- não se admite 7.209/84 quando existia várias vitimas 
Art. 71 parágrafo único
Depois da 3 fase
Efeitos da condenação
- efeitos extrajudiciais
Efeitos genéricos art.91
A tornar certa obrigação de indenizar
Obs¹: transmissão ao herdeiros
Obs²: sentença absolutória – inexistência material do fato, ausência da autoria, causa excludente de ilicitude
Antes da lei 7.209/84 era dividida em penas acessórias e principais, depois da lei as penas acessórias foram colocadas com efeitos da condenação.
Depois que a condenação transita em julgado o estado penal condenado. A condenação geri um estado social inferior.
A condenação produz efeitos penais e extrapenais. Os efeitos extrapenais, como os penais, podemser primário ou secundário.
Efeitos penais primários: o cumprimento da pena, execução da pena, prisão só é prisão penal depois do trânsito em julgado, antes a prisão para fins de processo.
Efeitos penais secundários: a sentença penal condenatória serve de meio para evitar ou revogar o sursis e livramento condicional, ou inferir na prova da verdade nos crimes contra a honra.
Efeitos extrapenais
Primário: art. 91 obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, o confisco, perda em favor da união dos instrumentos e produtos do crime.
Secundários: folha corrida, tende figurar a condenação.
A sentença penal condenatória modifica o “status penales” do indivíduo, tornando-as a sua condição inferior diante dos demais indivíduo.
Causas da extinção da punibilidade
Distinção entre:
Causas de extinção de punibilidade
Causas de exclusão da criminalidade (justificativas e dirimentes penais)
Condições objetivas de punibilidade (diferenças entre essas e as escusas de punibilidade)
Causas de extinção da punibilidade:
Não se esvaziam neste art. Existem outras como arrependimento eficaz.
Causas de exclusão da criminalidade – quando se encontra na letra da lei: “não há crime” – como está no art. 23, “não constitui crime” – art. 142 “é inviolável” art.163 efeito além de não haver crime não há indenização civil.
Justificativas são as causas de exclusão de antijuridicidade ou ilicitude, que a lei impede a regra indenização do dano.
1- não á crime art.23
2- não constitui crime art.142 (imunidade judiciaria do advogado) exceto para calunia e difamação.
3- Art. 53 é inviolável exceto quanto segurança contra honra e os crimes parlamentares
Aos dirimentes penais excludente antijuridicidade e culpabilidade.
O que são as condições objetivas de punibilidade, são condições supervenientes do crime que estão fora da precisão do tipo e que não depende do dolo e da culpa, mas condiciona a culpabilidade art.7 CP, crimes de calunias, art. 122 CP.
Causas de exclusão da punibilidade: não há crime, mas pode haver indenização “é isento de pena” “não é passível de pena” “não é punível”.
Causas de exclusão da punibilidade x condições objetiva da punibilidade
- são acontecimentos depois da prática do crime que não são no tipo que não dependem do dolo ou culpa mas que condicionam o crime. Ex: crimes de falência ou recuperação. Art. 122
Exclusão absolutórias: favorecimento pessoal art. 348, II, 342 e inciso 2, só quem pode as reconhecer é o juiz, a polícia não pode.
Condições de punibilidade:
São exigência da queixa (ação privada) ou representação (nos crimes de ação pública condicionada)
Causas de extinção da punibilidade
Antes da teoria de Beling, depois de 1906 e antes de 1906 estudava pela lei de Carará.
Até Beling se falava dos elementos do crime com a qual punibilidade significa ser digno de pena.
Á partir da extinção de punibilidade é acusado depois do fato.
Antes das leis dos transplantes, só se declarava a morte quando o médico, atestava a parede respiratória, e após os transplantes declara a morte após a morte cerebral.
Pela morte do agente (comprovação: certidão de óbito e manifestação de MP art. 62 CPP – observar as 361 CPP) declaração definitiva de paralização da atividade cerebral.
Nos processos brasileiros, após a morte o processo é extinto.
“MORNS HONNIA SOLVIT” A MORTE TUDO ÁPAGA
O juiz sentencia reconhecendo a morte do indivíduo – sentido amplo da anistia.
Graça – poder que tem os soberano de agraciar os autores de crime em sentido amplo.
Anistia – significa paz, conciliação, apaziguamento esquecimento como se não tivesse ocorrido no direito penal aquele fato se destina a fatos e não as pessoas. Quem tem competência para dar anistia o congresso nacional, através de lei.
São crimes que podem ser anistiados: foi destinada aos crimes políticos (crime e seg. nacional lei 7.170/83) próprio.
Crime político próprio = atenta contra ordem sem envolver a criminalidade comum.
Crime político improprio = quer se subsiste a ordem política vigente utilizando-se o crime comum.
Pode ser concedida antes ou depois da sentença penal condenatória.
Excepcionalmente pode ser concedida contra os crimes eleitorais e político.
Induto: competência do presidente da república. É coletivo e visa corrigir rigor da aplicação da pena ou rigores na lei penal.
Prescrição, perempção e decadência
Decadência – matar, liquidar o direito da queixa e representação, só a decadência em crime privada, prazo de 06 messes, em que a última ou representante legal saiba quem é o autor do fato.
Crime de ação privada somente se procedi mediante a queixa.
Art. 44 cp
A decadência tem que ocorrer antes do início do processo impedindo a sua instrução. Passar dos 6 messes impera a decadência só se prorrogar os casos processuais.
Condições de procedibilidade 
Perempção – sobre o processo iniciado, é uma sanção para inercia da parte, que só aconteceu em ação privada o exclusiva, estão expressas no art. 60 cpp
Prescrição – natureza jurídica (benefício ou direito?)
Espécie de prescrição:
1- prescrição da pretensão política ou da ação (CP prescrição antes de transitar em julgado a sentença condenatória)
2- prescrição de pretensão executiva da pena ou prescrição de condenação (prescrição depois de transitar em julgado em sentença condenatória)
Sub espécie:
- prescrição virtual: a sentença ainda não foi protelada, mas com base nos bons antecedente, outros sequestros a prescrição se adiantará
- prescrição retroativa (prescrição da condenação com efeito retroativo)
- prescrição superveniente
- contagem do prazo da prescrição varia ente 03 a 20 anos art. 111
I – dia em que o crime se consumou, a partir do último ato de prescrição
II- da data em que o fato se tornou conhecido
Crimes permanentes ou instantâneo 
Permanente – é uma ação ou omissão e seu resultado que se prolonga indefinidamente durante o tempo, fica em critério do agente, ou terceiro ou ainda a vítima para o efeito (é representado por um travessão que dá ideia de continuidade). Após a paralização do efeito de ação.
*sequestro, ocultação de cadáver, cárcere privado
Instantâneo – é o que não cala entre os dois requisitos do crime permanente.
Prazos prescricionais art.109
Pena inferior a 1 ano (11 messes e 29 dias) – inciso VI – 3 anos prescrição
Pena de 1 ano até 2 anos – inciso V – 4 anos prescrição
Pena de 2 anos até 4 anos – inciso IV – 8 anos prescrição
Pena de 4 anos até 8 anos – inciso III – 12 anos prescrição
Pena de 8 anos até 12 anos – inciso II – 16 anos prescrição
Superior a 12 anos – inciso I – 20 anos prescrição 
* prescrição é um direito de todos, independente do fato.
* para os crimes até 4.5.2010, se o máximo da pena for inferior a um ano, aplica-se o prazo de 2 anos para prescrição.
* prescrição em face da idade: serão reduzidos os prazos de prescrição para os menores de 21 ao tempo do fato e maiores de 70 anos ao tempo da sentença (art. 115 CP)
Crimes imprescritíveis: constituição federal
Art. 5º, XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIV – constitui crime inafiançável e imperecível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático;
Contagem do prazo da prescrição
- começa a contar a partir da data da consumação
- no caso de crime permanente, como sequestro por exemplo, conta-se o prazo prescricional a partir do momento em que a vítima readquire a liberdade (Art. 111 III), pois a conduta contínua se prolonga no tempo.
- no caso de tentativa de estrupo começa a contar no ato do acontecimento
- no caso de bigamia, no ato que chegar a conhecimento das autoridades públicas.
Causas de interrupção da prescrição Art. 117
- recebimento da denuncia
- pela pronuncia
- pela decisão confirmatória da pronuncia
- pela sentença condenatória recorrível
- pelo início ou continuação do cumprimento da pena
- pela reincidência
Prescrição
Quando o juiz vai julgar, ele tem que olhar qual a denúncia.
O crimesofre 3 classificações (duas provisórias e uma definitiva)
Provisórias:
1- Feita pela polícia em flagrante 
2- feita na peça acusatória - Só muda depois de transitar um julgado
Prisões que são feitas antes do crime ser transitado em julgado é prisão preventiva, depois de transitar em julgado passa a ter em regime pois você foi condenado.
Definitiva
A sentença é definitiva, sendo que o juiz pode antecipasse e corrigir a classificação?
- o juiz só pode se antecipar quando a apuração do fato modificar o rito procedimental.
- quando se tratar de justiça especial. Ex: ser julgado na justiça simples e teria que ser julgado na espécie.
- quando houver prejuízo certo para defesa. Ex: colocar na queixa crime que era injuria e na verdade o crime é calunia, e o crime não teria como ser provado que era verdade.
O que é a prescrição retroativa e até onde vem a contagem do prazo.
Nelson Hungria fala que quando a lei cria a pena quando a lei fixa a pena no mínimo ou máximo ele está prevendo, genericamente para uma multidão de indeliquente, o juiz que cumprindo o exercício, impondo o limite ultrapassado da pena o juiz que está diante do crime da forma conta, ele que pode aplicar a pena da forma coerente para o caso.
Na opinião de Nelson Hungria após o juiz perceber a mudança do crime no julgamento deveria fazer uma recontagem prescricional até a data do fato.
Em pensamento foi aplicado antes da lei 7.209 e após da lei não foi mais aplicado dessa forma art. 117 CP, nessa lei as penas zeram ao contrário do art. 118 CP.
Causas de impedimento da prescrição art. 116 CP
Redução do prazo da prescrição art. 115 CP
Subsidiariedade quer dizer que a norma é primaria.
Implícito ou suplicito pode ser a subsidiariedade art. 132
O concurso forma estabelece o acréscimo da pena art. 70
O juiz vai aplicar a pena separadamente.

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