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Departamento de Engenharia Civil www.civ.puc-rio.br Relatório do Laboratório de Materiais de Construção Nº3 Determinação da resistência à compressão do concreto - Antonio Celes - Fábio Walan - Gabriel Zeitel - Lucas Figueira Turma 3VD Pontifícia Universidade Católica – Rio de Janeiro, Departamento de Engenharia Civil, Rua Marquês de São Vicente, 255, 22451-900, Rio de Janeiro – RJ, Brasil Rio de Janeiro, 26 de março de 2015 1. Introdução O cimento Portland é o material de construção de mais extenso uso no mundo. Apesar de sua invenção ter ocorrido há mais de um século, muitos são os que fazem uso dele sem conhecê-lo com maior rigor, e é de fundamental importância utilizá-lo corretamente. Para isto, é preciso conhecer bem suas características e propriedades, para poder aproveita-las da melhor forma possível na aplicação que se tem em vista. O concreto possui três principais propriedades mecânicas, que são resistência à compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade. Ambas são medidas a partir de ensaios em laboratório que atendem critérios estabelecidos pelas normas técnicas e em condições específicas. Dessa forma, ensaios de concreto são realizados para averiguar se o se as especificações do projeto são atendidas. Assim, o presente trabalho trata-se do relatório de ensaios de compressão realizados em corpos de prova cilíndricos (50 mm diâmetro e 100 mm de altura) elaborados com argamassa composta por 1 (uma) parte de cimento para 3 (três) de areia normalizada e uma relação água/cimento de 0,48. Os ensaios foram realizados com 3, 7 e 28 dias de idade de cura. 2. Objetivo A determinação da resistência a compressão da pasta de cimento Portland de acordo com as determinações da NBR 7215 (cimento Portland – determinação da resistência à compressão). 3. Material Utilizado Foram utilizados os seguintes materiais: Cimento Portland (375 g); Areia (1123 g); Água (180 ml). 4. Equipamentos Foram utilizados os seguintes equipamentos: Misturador mecânico; Espátula; Moldes; Soquete; Maquina de Ensaio Universal (MTS). 5. Procedimentos O procedimento experimental pode ser dividido em três etapas, para cada etapa existem fotos ilustrando como se deu o experimento. 5.1 - Preparo da argamassa do cimento: Adicionar água na cuba toda a quantidade de água e cimento enquanto o misturador funciona na velocidade baixa por 30s. Após esse tempo adicionar areia sem interromper o misturador durante 30s. Depois, mudar para a velocidade alta e deixar por 30s. Passado esse tempo, desligar a maquina por 1min e 30s. Nos primeiros 15 segundos retirar a argamassa que ficou aderida a parede da cuba com ajuda da espátula. Após o tempo restante, ligar o misturador na velocidade alta por mais 1 min. Não pode-se esquecer de registrar a hora em que o cimento é colocado na água.Figura 2 - Mistura Cimento + Água + Agregado miúdo Figura 1 - Agregado miúdo 5.2 Moldagem dos corpos de prova: A moldagem dos corpos de prova deve ser feita o mais rápido possível. Deve-se, em cada molde, colocar quatro camadas de cimento iguais e golpear, cada uma, por 30 vezes. Após esse procedimento, deve-se "alisar" a extremidade superior do cilindro.Figura 3 - Moldagem dos corpos de prova Determinação da carga de ruptura: Os corpos de prova devem ser rompidos a 3,7 e 28 dias contados a partir do momento em que o cimento é posto na água. O corpo de prova deve ser bem centrado na prensa. A velocidade de carregamento da máquina deve ser de (0,25+-0,05) MPa/s. Deve-se registrar as cargas de ruptura Figura 4 - Ensaio de compressão do corpo de prova 6. Cálculos e Discussões 6.1 – Determinação da Resistência a compressão Considerando a área da secção transversal de um cilindro de 50 mm, podemos calcular a tensão axial (de compressão) no momento da ruptura, em outras palavras, podemos determinar a resistência a compressão do corpo de prova em questão, utilizando a seguinte equação: Onde σ é a tensão de ruptura, ou a resistência do concreto; Prup é a carga de ruptura; Acp é a área da secção transversal do corpo de prova; Por exemplo, após 3 dias da moldagem dos corpos de prova, foram feitos ensaios com os corpos de prova dos 4 grupos. No grupo 1, ao terceiro dia a carga de ruptura foi de 38,12 kN e a área da secção transversal é de aproximadamente 0,0019635 m2. Realizando o cálculo, portanto: Estes cálculos foram realizados para todos os grupos e para idades convenientes da argamassa (3, 7 e 28 dias). Abaixo segue uma tabela com todos os dados preenchidos. Grupo Idade (dias) Carga de Ruptura (KN) Resistência à Compressão (MPa) G1 3 38,12 19,4 G2 3 36,15 18,4 G3 3 35,87 18,3 G4 3 36,60 18,6 G1 7 43,53 22,2 G2 7 45,75 23,3 G3 7 39,21 20,0 G4 7 40,26 20,5 G1 28 59,82 30,5 G2 28 69,28 35,3 G3 28 63,61 32,4 G4 28 61,38 31,3 Média 3 36,69 18,7 7 42,19 21,5 28 63,52 32,4 Área Corpo de Prova (m) 0,0019625 O cimento utilizado na fabricação da argamassa foi o cimento Mauá CPII F 32, ou seja Cimento Portland II com adição de filler e resistência a compressão de 32 MPa aos 28 dias. Portanto, para que o experimento tenha sentido, a resistência a compressão aos 28 dias (para cada grupo) tem de girar em torno de 32 kN. A seguir é apresentada a representação gráfica (tensão x idade) para cada grupo. Grupo 1 Idade (Dias) Tensão (KN) 3 38,12 7 43,53 28 59,82 Grupo 2 Idade (Dias) Tensão (KN) 3 36,15 7 45,75 28 69,28 Tabela 1 Tabela 2 Gráfico 2 Gráfico 1 Grupo 3 Idade (Dias) Tensão (KN) 3 35,87 7 39,21 28 63,61 Grupo 4 Idade (Dias) Tensão (KN) 3 36,6 7 40,26 28 61,38 Tabela 3 Tabela 4 Gráfico 4 Gráfico 3 Tabela 5 Gráfico 6 6. Conclusões A partir dos dados obtidos no ensaio, concluímos que os valores são satisfatórios e esperados para o cimento utilizado (o CPII F 32), visto que para 28 dias, o cimento normalizado alcança uma resistência de 32 MPa, enquanto que no ensaio realizado foi alcançado a média de 32,4 MPa, se aproximando bastante do desejado. Uma variação de apenas 0,4 MPa ou de 1,23% da resistência normalizada. 7. Bibliografia - BAUER, F. L. Materiais de Construção V.1, LTC, 2000. - NBR 7215 (cimento Portland – determinação da resistência à compressão). Plan1 Grupo 1 Grupo 2 Grupo Idade (dias) Carga de Ruptura (KN) Resistência à Compressão (MPa) Idade (Dias) Tensão (KN) Idade (Dias) Tensão (KN) G1 3 38.12 19.4 3 38.12 3 36.15 G2 3 36.15 18.4 7 43.53 7 45.75 G3 3 35.87 18.3 28 59.82 28 69.28 G4 3 36.60 18.6 G1 7 43.53 22.2 G2 7 45.75 23.3 G3 7 39.21 20.0 G4 7 40.26 20.5 G1 28 59.82 30.5 G2 28 69.28 35.3 G3 28 63.61 32.4 G4 28 61.38 31.3 Média 3 36.68 18.7 7 42.19 21.5 28 63.52 32.4 Área Corpo de Prova (m) 0.0019625 Grupo 3 Grupo 4 Idade (Dias) Tensão (KN) Idade (Dias) Tensão (KN) 3 35.87 3 36.6 7 39.21 7 40.26 28 63.61 28 61.38 Media Idade (Dias) Tensão (KN) 3 36.685 7 42.1875 28 63.5225 Plan2 Plan3
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