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PROGRESSIVIDADE E IPTU

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Progressividade e IPTU
Elaboração
Nome dos acadêmicos:
Graziela Jacobino,208237
Ettore Akio Nakanishi, 192836
Thiago Ap. Mateus da Silva,208235
Tatiane Larissa Cordeiro, 205636
Poliana Magri,210561
Ricardo Teixeira,116064
Orientação: Professor Claudio Trevizan
Araçatuba
2019
6.1- O IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA E O PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE DA TRIBUTAÇÃO.
O tributo, em nosso sistema jurídico, só pode ser criado, pelo titular da competência tributária, mediante lei; isto por força do princípio da estrita legalidade. O legislador tributário está obrigado a descrever, de forma bastante clara e precisa, o tipo tributário.
Todos os aspectos da norma de tributação devem estar necessariamente presentes no momento de criação do tributo, nela deverão estar contidos os sujeitos da relação jurídica tributária, as circunstâncias de espaço e de tempo, relativas ao fato tributável, a materialidade do tributo, sua base de cálculo e alíquota.
O Executivo, através de regulamento, deverá explicitar a vontade da lei, nada podendo acrescentar do novo, sob pena de incidir em ilegalidade e, por via reflexa, em inconstitucionalidade.
A regra-matriz de incidência do IPTU, estabeleceu que este tributo deve ter por hipótese de incidência o fato de uma pessoa (física ou jurídica) ser proprietária de imóvel (prédio ou terreno) urbano.
6.2- A BASE DE CÁLCULO DO IPTU
Base de Cálculo é perspectiva divisível do aspecto material da hipótese de incidência. E a dimensão a medida da materialidade do tributo. A base de Cálculo deve levar em conta um aspecto de renda, sua base de Cálculo em concreto é o valor venal(efetivo) que, ano a ano, o imóvel urbano tem. E no lançamento do imposto que se apura qual, de fato, o valor de mercado do imóvel urbano. O imóvel urbano pode, sofrer alterações de valor por razões de mercado, por força da constituição, em suas imediações, de uma obra pública etc. O contribuinte, só pode insurgir-se, contra o lançamento do IPTU, Assim efetuado, se puder demonstrar que o valor efetivo de seu imóvel e inferior ao tomado, pela fazenda Municipal, como base de Cálculo do imposto que deve pagar. De modo que, se o contribuinte entender excessiva a base de cálculo do IPTU, Ele tem o direito subjetivo de recorrer ao judiciário, a fim de que este decida se a administração pública agiu ou está agindo bem, na aplicação de lei tributária ao caso concreto.
6.3- A PROGRESSIVIDADE DO IPTU
A progressividade das alíquotas tributárias pode ser de natureza fiscal ou extrafiscal, será de natureza fiscal, se o fato imponível, escolhido pelo legislador, revelar capacidade econômica e o objetivo da norma tributária for meramente arrecadatória. E será de natureza extrafiscal, sempre que tenha fins ordinatórios da vida social.
6.3.1- O IPTU E O PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
O IPTU como todo e qualquer imposto deve obedecer ao princípio da capacidade contributiva, que vem expresso no artigo 145, § 1º, da Constituição Federal. No campo tributário, das ideias republicanas, é justo, e razoável que quem, em termos econômicos, tem mais, pague proporcionalmente mais imposto do que quem, em termos econômicos, tem menos. Para que se obedeça ao princípio da capacidade contributiva, é necessário que o proprietário de imóvel de alto padrão, situado em bairro estritamente residual, seja mais tributado, por via de IPTU, tal procedimento se justifica em razão da diferença de valor venal de ambos os imóveis.
6.3.2 – A PROGRESSIVIDADE DO IPTU E A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
O IPTU é imposto norteado pela técnica de incidência de alíquotas progressivas, uma vez que a Constituição Federal admite-as, explicitamente, nos artigos 156, § 1º, I e II.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I – propriedade predial e territorial urbana;
(...)
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o artigo 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
A propriedade existe dentro dos limites fixados pelas normas jurídicas, sendo o Direito, o responsável por delinear seus contornos jurídicos. Diante da ótica de CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, sobre o tema, o mesmo aduz que: “O direito de propriedade é a expressão juridicamente reconhecida à propriedade. É, em suma, a dimensão do âmbito de expressão legítima da propriedade: aquilo que o direito considera como tal. Donde as limitações ou sujeições de poderes do proprietário impostas por um sistema normativo não se constituem em limitações de direitos pois não comprimem nem deprimem o direito de propriedade, mas, pelo contrário, consistem na própria definição deste direito, compõem seu delineamento e, deste modo, lhe desenham os contornos”. A propriedade trata-se de um direito garantido no texto constitucional estando no âmbito dos direitos fundamentais, que por sua vez, tem o condão de atender a sua função social. Com a Constituição Federal de 1988, a propriedade passou a ser um munus, ou seja, vinculada a um direito-dever, através do desempenho da função social.
Deste modo, uma vez incorporado o princípio da função social da propriedade, pelo texto constitucional, o proprietário do bem passou a sofrer limitações relativas ao seu uso, em que a propriedade privada passou a estar condicionada a uma finalidade, que não de interesse exclusivo do proprietário do bem, mas de interesse de toda a sociedade. Os incisos I e II do parágrafo 1º, do artigo 156 da Constituição Federal, contemplam, expressamente, a possibilidade de utilização das técnicas de progressividade e da diferenciação de alíquotas, como instrumentos de fiscalidade e extrafiscalidade, respectivamente, esta, voltada ao cumprimento do princípio da função social da propriedade. Consoante se vê, na redação do § 1º do art. 156 torna induvidosa a conclusão segundo a qual ao IPTU pode ser aplicada tanto a técnica da diferenciação de alíquotas, para o alcance de fins extrafiscais (inciso II), quanto a da progressividade de alíquotas para a perseguição de objetivos fiscais (inciso I), prestigiando, nesta última hipótese, o princípio da capacidade contributiva (art. 145, § 1º, CF). A diferenciação de alíquotas, de cunho extrafiscal, consignada pelo art. 156, § 1º, II, como adverte o texto fundamental, não se confunde com a progressividade apontada no art. 182, § 4º, II, que, por sua vez, estatui:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. (...)
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. (...)
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
Há progressividade de caráter extrafiscal para induzir o proprietário a obedecer ao plano diretor do Município, cumprindo assim a função primordial da propriedade, que, consoante a natureza jurídica que se lhe empresta pela doutrina de vanguarda, é a de direito de destinação e ordenação social. Em remate, pode-se afirmar que é licita e legítima a progressividade do IPTU, nos termos da lei municipal, de modo a garantir o atendimento da função social da propriedade.
6.3.3 – A PROGRESSIVIDADE NO TEMPO E SEU CARÁTER SANCIONATÓRIO (ART. 182, § 4º)
A progressividade no tempo do IPTU é um mecanismo que a Constituição colocou à disposiçãodos municípios, para que estes imponham aos munícipes a observância das regras urbanísticas, contidas nas leis locais. Tem caráter sancionatório. O caráter sancionatório da progressividade no tempo, não decorre de incidência do IPTU sobre o ato ilícito. O IPTU incide sobre o fato licito de uma pessoa ser proprietária de um imóvel urbano. A progressividade das alíquotas do IPTU no tempo visa compelir o proprietário renitente a atender aos ditames da lei. Objetiva o adequado aproveitamento dos imóveis não edificados, subutilizados, ou não utilizados. Essa progressividade encontra seu limite na proibição de confisco. A persistência do proprietário no uso inadequado de seu imóvel poderá levar o Poder Público a promove, não o confisco, mas a desapropriação para fins de reforma urbana, sem previa e justa indenização. Tal desapropriação difere da chamada desapropriação ordinária, já por não ser precedida de previa e justa indenização, já por decorrer do descumprimento, por parte do proprietário do imóvel, de deveres jurídicos inerentes a seu direito de propriedade.
6.3.4 – ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES
Em matéria de progressividade do IPTU, existem três situações distintas a saber: 
a) O princípio da capacidade contributiva exige alíquotas diferençadas, em razão da variação do valor dos imóveis urbanos, decorrentes de suas características peculiares, por força do dispositivo no art, parágrafo 1 c/c. o art 150 II, ambos da C.F;
 b) O parágrafo 1, do art 150 da CF, autoriza progressividade das alíquotas do IPTU, em função da social da progressividade das alíquotas do IPTU, no tempo em função das convivências locais;
 c) O parágrafo 4, do art 182 da C.F. autoriza a progressividade das alíquotas do IPTU, no tempo, em função da inobservância das regras do plano diretor do Município, que pode culminar até na expropriação (compulsória) do imóvel sem prévia e justa indenização.
Na última situação demonstrada, não está em jogo o princípio da capacidade contributiva, as sim a função social da propriedade, entendida em seus termos mais estritos, já que, em razão da inobservância por parte do contribuinte das exigências contidas no plano diretor. Ainda sendo, nada impede que as alíquotas aumentem progressivamente, ano a ano, a medida que o proprietário for perseverando no mau aproveitamento do seu imóvel urbano. Entretanto os princípios da capacidade contributiva e da igualdade tributária exigem, independentemente da existência do plano diretor do município, em que a tributação, por via de IPTU, seja maior ou menor de acordo com as características do imóvel. 
No município recebeu da Constituição Federal competência para tributar a propriedade predial e territorial urbana. E o dispositivo tantas vezes mencionado refere-se, segundo alguns doutrinadores, somente a propriedade territorial. Finalmente cumpre afirmar que a eventual, inexistência da lei Federal a que alude o precitado paragrafo4, do art.182, da C.F. não inibe o município de com base em lei local, tomar as providencias ali referidas. Por igual modo, tal lei federal deverá limitar-se a estabelecer normas gerais. 
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