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Administração de Estoque como Estratégia para a Rentabilidade das Empresas

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i 
 
 
UNIVERSIDADE LUEJI ANKONDE 
ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICO DA LUNDA SUL 
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINTRSTAÇÃO DE ESTOQUE COMO ESTRATÉGIA PARA 
RENTABILIDADE DAS EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Arão Manuel Mbongue 
 
 
 
 
 
 
 
ii 
 
 
UNIVERSIDADE LUEJI A´NKNDE 
ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA DA LUNDA-SUL 
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO: ADMINTRSTAÇÃO DE ESTOQUE, ESTRATÉGIA PARA 
RENTABILIDADE DAS EMPRESAS. 
 
 
Monografia apresentada no Departamento 
de Administração e Gestão para a 
obtenção do título de licenciado em 
Administração e Gestão. 
 
 
Monografia Nº _________ 
 
 
Autor: Arão Manuel Mbongue 
 
Orientador: Mcs. Manuel A. da Silva Coimbra 
 
 
 
 
Saurimo/2015 
iii 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
A Deus todo-poderoso 
Minha mãe Adelaide João, que sua alma 
descanse em paz 
Minha esposa, Zinha Maria, 
amiga, companheira e conselheira 
Meus filhos Arão, Elizabeth, Seno e Adelaide 
potenciais seguidores por excelência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iv 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
 
 
A Deus por iluminar o meu caminho. 
Ao professor Manuel A. Silva Coimbra por 
ter aceitado o meu pedido, pelos conselhos, 
dedicação, pareceres críticos, 
encorajamento e pelo tempo concedido 
Gratidão imensa endereça-se também a 
minha esposa e aos meus filhos pelo apoio, 
carinho, amizade e compreensão. 
Aos meus amigos e colegas Abreu, Vasco, 
Alzira, Duracelma, Paula; a senhora 
Kulacama que no momento certo e horta 
certa encorajou-me a se escrever na ESPLS. 
Aos professores, funcionários da ESPLS, ao 
gerente da Loja Nosso Super e a todos que 
de forma directa ou indirecta contribuíram na 
minha formação. 
v 
 
ÍNDICE 
Lista de tabelas ……………………..…………………………….........……........……. vii 
Lista de Gráficos ……………………….…………………….........…………….…….. viii 
Lista de siglas e abreviatura ……………….……………........………………….…… ix 
RESUMO .................................................................................................................... x 
ABSTRACT ............................................................................................................... xi 
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 12 
1.1 TEMA: .............................................................................................................. 13 
1.1.1 Delimitação do Tema ........................................................................... 13 
1.2 JUSTIFICAÇÃO DA ESCOLHA DO TEMA ...................................................... 13 
1.3 OBJECTIVOS .................................................................................................. 14 
1.3.1 Objectivo Geral ........................................................................................ 14 
1.3.2 Objectivos Específicos ............................................................................ 15 
1.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................. 15 
1.5 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ..................................................................... 15 
1.5.1 Hipótese .................................................................................................... 15 
1.6 METODOLOGIA .............................................................................................. 15 
1.6.1 Caracterização da pesquisa .................................................................... 15 
1.7 MÉTODOS DE ABORDAGEM ......................................................................... 16 
1.7.1 Método dedutivo. ..................................................................................... 16 
1.7.2 Método Dialéctico .................................................................................... 16 
1.8 PROCEDIMENTO DE COLECTA .................................................................... 17 
1.8.1 Entrevista ................................................................................................. 17 
1.8.2 Observação .............................................................................................. 17 
1.8.3 Pesquisa bibliográfica ............................................................................. 18 
1.8.4 Pesquisa documental .............................................................................. 18 
CAPÍTULO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUE
 .................................................................................................................................. 19 
2.1 CONCEITO DE ESTOQUES ........................................................................... 19 
2.1.1 Objectivo de estoque ............................................................................... 20 
2.1.2 Políticas de estoque ................................................................................ 20 
2.1.3 Tipos de estoques ................................................................................... 21 
2.2 CONTROLO DE ESTOQUE ............................................................................ 22 
vi 
 
2.2.1 Função de controlo de estoque .............................................................. 22 
2.2.2 Avaliação de estoque .............................................................................. 23 
2.2.3 Custo Médio ............................................................................................. 24 
2.2.4 Retorno de capital .................................................................................... 25 
2.2.5 Giro de estoque ou rotatividade ............................................................. 25 
2.2.6 Estoque de segurança ............................................................................. 26 
2.3 INVENTÁRIO FÍSICO ...................................................................................... 27 
2.4 A CURVA ABC ................................................................................................ 28 
2.5 CUSTO DE ESTOQUE .................................................................................... 30 
2.6 AVALIAÇÃO DE NÍVEIS DE ESTOQUE .......................................................... 34 
2.6.1Tempo de reposição ................................................................................. 35 
2.6.2 Ponto de Pedido ....................................................................................... 35 
2.6.3 Lote de Compra ........................................................................................ 36 
2.6.4 Estoque Máximo ...................................................................................... 36 
2.7 PREVISÃO DE ESTOQUE .............................................................................. 36 
CAPÍTULO 3. ARMAZENAGEM DE MATERIAIS .................................................... 42 
3.1 CONCEITO DE ARMAZENAGEM ................................................................... 42 
3.2 ESTOCAR MATERIAL INTELIGENTEMENTE ................................................ 43 
3.3 NECESSIDADE DE ESPAÇO FÍSICO ............................................................. 44 
3.4 O EQUIPAMENTO DE MOVIMENTAR MATERIAIS ....................................... 45 
3.4.1 Cargas unitizadas .................................................................................... 46 
CAPÍTULO 4. EMPRESA ESTUDADA .................................................................... 49 
4.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ...................................................50 
4.1.1 Sistemas de controlo de estoque ........................................................... 50 
4.1.2 Métodos de previsão de estoque ........................................................... 57 
4.1.3 Processo de armazenamento ................................................................. 58 
4.1.4 Particularidades da empresa estudada ................................................. 60 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 61 
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................. 63 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 64 
ANEXOS ................................................................................................................... 65 
PÊNDICE .................................................................................................................. 68 
 
vii 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Quadro de funcionários da Loja Nosso Super de Saurimo .………….…. 49 
Tabela 2: Quadro de retorno de capital e rotatividade de estoque ………….....…… 52 
Tabela 3: Quadro de capital investido em estoque ……………………….………….. 53 
Tabela 4: Quadro de dados em ordem decrescente ……...………………………….. 55 
Tabela 5: Quadro de dados em ordem crescente ……………………...………..…….55 
 
 
viii 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1: Curva ABC …………………………………………..………….…………..… 56 
 
ix 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
ECC – Evolução de Consumo Constante 
ECS – Evolução de Consumo Sazonal 
ECT – Evolução de Consumo por Tendência 
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo 
JIT – Just in Time 
MMA – Método de Média Aritmética 
MMP – Método da Média Ponderada 
MMMQ – Método da Média Mínimo Quadrado 
MUP – Método de Último Período 
NRSA - Nova Rede de Supermercados de Angola 
PEPS – Primeira a Entrar Primeiro a Sair 
PRESILD – Programa de Reestruturação do Sistema de Logística e de Distribuição 
de Produtos Essenciais à População 
SA – Sociedade Anónima 
UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair 
 
x 
 
RESUMO 
 
Nos dias de hoje debate-se com problemas de fraca produção de 
materiais no mercado local e a escassez de divisa no mercado financeiro angolano 
associada a crise económica que o país vive motivada pela queda do preço de 
petróleo bruto, desde Junho de 2014, a gestão de estoque pode ser estratégia 
decisiva para rentabilizar as empresas do ramo comercial. 
No mercado, a contenda não é mais de preços, e sim, da busca 
incessante pela redução de custos e por uma melhor prestação de serviço ao 
cliente. Uma das fontes de redução de custos está no controlo e armazenagem de 
materiais, e embora este seja um fato incontestável, a gestão de estoques assim 
como outras áreas da administração, passa despercebida por parte de algumas 
empresas. Isso pode implicar em redução da lucratividade do negócio de forma 
silenciosa e quase imperceptível. 
Em Saurimo, nas pequenas e médias empresas, ocorre um paradoxo 
administrativo provocado pelo pouco conhecimento sobre gestão de estoques. É 
grande a quantidade de empresas que utilizam apenas o conhecimento intuitivo para 
gerir seus estoques, em detrimento das ferramentas padronizadas e difundidas 
nesta área. Diante deste contexto, o objectivo principal foi analisar as políticas de 
administração de estoque da loja nosso super em Saurimo. Foram observados 
alguns aspectos na pesquisa feita na empresa, tais como: o controlo de estoque que 
é muito bem feito pelo fato de trabalharem com um sistema actualizado e eficaz, 
seus métodos de previsão de estoque são bem aplicados, o processo de 
armazenagem de materiais é correcto, os materiais e produtos são movimentados 
de acordo com os tipos de transportes utilizados. 
O objectivo deste trabalho foi atingido, já que a loja sempre enxergou 
na mercadoria como capital financeiro imobilizado no armazém, pois o uso de 
sistemas de controlo de estoque informatizados e actualizados marca uma estratégia 
imprescindível para redução de custos e, obviamente caucionar competitividade e 
rentabilidade a empresa. 
Palavras-chave: Controlo. Previsão de estoque. Armazenagem. Loja 
xi 
 
ABSTRACT 
 
Today is struggling with problems of low production of materials in the 
local market and a shortage of currency in the Angolan financial market associated 
with the economic crisis that the country lives motivated by the fall in the price of 
crude oil, since June 2014, the inventory management can be a decisive strategy to 
monetize the business. 
On the market, the feud is not over prices, and yes, the incessant 
search for cost savings and improved customer service. One of the sources of cost 
reduction is in control and storage of materials, and although this is an indisputable 
fact, the inventory management as well as other areas of administration, go 
unnoticed by some companies. This may involve reducing the profitability of business 
quietly and almost imperceptible. 
In Saurimo, in small and medium-sized enterprises, an administrative 
paradox caused by little knowledge of inventory management. There is a great 
amount of companies that use only the intuitive knowledge to manage their inventory, 
to the detriment of standardized tools and widespread in this area. In this context, the 
main objective was to analyze the stock administration policies of our super store in 
Saurimo. Some aspects were observed in research done in the enterprise, such as: 
the control of stock that is very well done by the fact of working with a system well 
updated and effective, their methods of forecasting of stock are well applied, the 
process of storage of materials is correct, the materials and products are moved 
according to the types of transport used. 
The aim of this work was reached, since the store always saw the 
merchandise as financial capital asset in the warehouse because the use of 
computerized inventory control system and updated mark a vital strategy to reduce 
costs and support competitiveness and profitability the company. 
 
Keywords: Control. Inventory forecasting. Warehousing. Store 
12 
 
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO 
 
Dada a instabilidade do mercado fornecedor, geralmente traduzida por 
“crises e bonanças”, a partir do momento em que a empresa esteja dotada de 
estratégias que auxiliem no controlo de estoque e armazenamento de materiais, 
podemos aferir que a sua rentabilidade será significativamente maior. Estas 
estratégias assentam na administração de estoque. 
É essencial que as empresas entendam o papel e a importância de 
administrar os estoques, cujo controlo permite reduzir as imperfeições que ocorrem 
na estocagem de materiais, sobretudo os custos a ele associados. Um dos principais 
papéis da gestão de estoque deve ser eficiente na coordenação dos níveis de 
estoque e o capital investido. Isto poderá ajudar minimizar as imobilizações crónicas 
do volume de materiais mantidos no armazém e desta forma aumentar o capital de 
giro. 
Nos dias de hoje a concorrência torna-se cada vez mais acirrada e 
detalhes podem fazer a diferença nas empresas em relação a sua rentabilidade 
financeira, tornando-a competitiva ou não. Dentro da área de administração de 
materiais é necessário um controlo de estoque robusto, evitando o custo de falta de 
matérias-primas, mas ao mesmo tempo não as solicitar em excesso, para melhor 
administrar o espaço físico do estoque, adequando-o com a real necessidade da 
empresa, reduzindo investimentos com infra-estrutura. 
Considerando que na maioria das empresas em Saurimo,os 
investimentos em materiais representam grande parte de seus activos, uma atenção 
cada vez maior deve ser dada a gestão de estoque. 
O presente trabalho se desenvolveu com base a uma pesquisa 
descritiva, qualitativa e quantitativa, quanto a natureza de método utilizado foi estudo 
de caso. O estudo de caso permitiu conectar os dados da empresa e do objectivo do 
tema, para além das conclusões e recomendações do final do trabalho. Estabeleceu 
um elo entre a teoria e a prática das questões iniciais e as conclusões, através de 
dados colhidos na Loja Nosso Super. Os instrumentos para colecta de dados 
desejados foram as entrevista (estruturadas e semi-estruturada), observação, 
pesquisa bibliográfica e documental, bem como se fez uso, ainda de uma análise 
13 
 
interpretativa dos factos ocorridos na empresa. Os métodos de abordagem usados 
foram dedutivo e dialéctico: Dedutivo - que permitiu tirar uma verdade particular de 
uma geral referente a administração de estoque; enquanto o Dialéctico – foi 
utilizado para a confrontação de dados colhidos nas empresas concorrentes. 
A orientação deste trabalho é apresentada em quatro (4) capítulos que 
podem oferecer discernimento, compreensão de administrar estoque por excelência: 
capítulo1, a introdução. No capítulo 2, tratamos de fundamentação teórica de gestão 
de estoque onde apresentamos e desenvolvemos algumas sistemáticas de 
administrar e controlar os níveis de estoque. No capítulo 3, tratamos de assuntos 
relacionados ao processo de armazenagem de materiais dando ênfase ao conceito 
de armazenagem, estocagem de materiais e necessidade de espaço físico, assim 
como equipamento utilizados na movimentação dos materiais. No capítulo 4, 
apresentamos os resultados da pesquisa tratando de armazenamento de materiais 
área decisiva na minimização de custos e no aumento de fluxo de caixa. 
 
1.1 TEMA: 
Administração de estoque, estratégia para rentabilidade das 
empresas. 
 
1.1.1 Delimitação do Tema 
 
O presente tema se limita à administração de estoque como estratégia 
para rentabilidade das empresas: caso Loja Nosso Super 
 
1.2 JUSTIFICAÇÃO DA ESCOLHA DO TEMA 
 
A escolha deste tema foi feita de forma estratégica, devido a 
inexistência de produção académica a respeito da Administração de estoque, 
tratando o assunto de forma intuitiva. São inexistentes pesquisas que abordem os 
factores motivadores para que seja incrementada e a qual dificuldade enfrentada 
pelas empresas para utilizá-la. O amadurecimento da ideia do tema aconteceu pela 
14 
 
observação do mercado de micro, pequenas e médias empresas de Saurimo nos 
últimos anos, onde foi observado que a administração de estoque é usada de forma 
empírica, podemos concluir que é a causa de fraca rentabilidade de muitas 
empresas, levando-as a crise financeira prematura. Esta observação também 
evidenciou que o conhecimento e o incremento de gestão de estoque pode ser 
estratégia de rentabilidade para as empresas. Foi possível comprovar mediante 
observação feita em diversas empresas que em certos casos aplicam a 
administração de estoque, porém, dificilmente percebem a função desta ferramenta. 
Este artigo vai facilitar as empresas que conheçam melhor a gestão de 
estoque como estratégias de maximizar o serviço prestado ao consumidor, minimizar 
o investimento com estoque e maximizar a rentabilidade da organização. Faz parte 
dos principais objectivos da administração de materiais encontrar alternativas viáveis 
para que isso venha a acontecer, tomando as decisões correctas. Para Franceschini 
Gourgel (2013, p. 91), a principal meta de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o 
lucro sobre o capital investido em fábrica e equipamentos, em financiamentos de 
vendas, em reserva de caixa e em estoques. Espera-se que o dinheiro investido em 
estoques seja o lubrificante necessário para a produção e o bom atendimento das 
vendas. 
Face a instabilidade de mercado fornecedor de materiais, como as 
empresas tem gerido seus estoques? Por esta pergunta suscitou interesse em 
realizarmos o presente trabalho. 
 
1.3 OBJECTIVOS 
 
1.3.1 Objectivo Geral 
 
Analisar as políticas sobre administração de estoque das empresas do 
ramo comercial. 
 
 
15 
 
1.3.2 Objectivos Específicos 
 
 Descrever o sistema de controlo de estoque; 
 Identificar métodos de previsão de estoque; 
 Descrever o processo de armazenamento; 
 Apontar as particularidades da empresa. 
 
1.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA 
 
Para a realização deste artigo fez-se levantamento de dados 
populacional nas empresas comerciais e industriais, localizadas na cidade de 
Saurimo. Como amostra do universo da população tomada como objecto de 
trabalho, foi a Loja Nosso Super. Realizou-se entrevistas estruturadas e semi-
estruturadas com o gerente de loja, assim como uma observação minuciosa da 
realidade funcional. 
1.5 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 
 
Será que as empresas de Saurimo aplicam a administração de 
estoque como estratégica para rentabilizar seus negócios? 
1.5.1 Hipótese 
 
Se as empresas de Saurimo utilizam a administração de estoque em 
seus negócios, então elas são rentáveis. 
 
1.6 METODOLOGIA 
 
1.6.1 Caracterização da pesquisa 
 
O presente trabalho se desenvolveu com base a uma pesquisa 
descritiva, qualitativa e quantitativa, através do método de Estudo de Caso. 
Segundo Yin (2001, p. 32), define como: 
16 
 
“Uma investigação empírica que investiga um fenómeno 
contemporâneo dentro de seu contexto de vida real, especialmente 
quando os limites entre o fenómeno e o contexto não estão 
claramente definidos”. 
 
O Método Estudo de caso foi escolhido, porque pode, envolver exames 
de registos existentes, observação da ocorrência do fato, entrevistas estruturadas, 
entrevistas não estruturadas, etc. Mattar (1999, p. 84). Refere-se ao levantamento 
com mais profundidade de determinado caso ou grupo humano sob todos os seus 
aspectos. Entretanto, é limitado, pois se restringe ao caso que estuda, ou seja, um 
único caso, não podendo ser generalizado. Lakatos (2011, p. 276). 
“O estudo de caso conecta os dados da empresa e do objectivo da 
pesquisa, além das conclusões e recomendações do final do trabalho. O estudo 
estabelece um elo entre as questões iniciais e as conclusões estabelecidas, através 
de investigação da empresa, do tema abordado e da ligação entre a teoria e a 
prática”. 
 
1.7 MÉTODOS DE ABORDAGEM 
 
1.7.1 Método dedutivo. 
 
Segundo Lakatos (2011, p. 256), processo pelo qual, com base em 
enunciados ou premissas, se chega a uma conclusão necessária, em virtude da 
correcta aplicação de regras lógicas. 
É dedutivo o raciocínio que parte do geral para chegar ao particular, ou 
seja, do universal ao singular, isto é, para tirar uma verdade particular de uma geral. 
 
1.7.2 Método Dialéctico 
 
De acordo Lakatos (2011, p. 91), que penetra o mundo dos fenómenos 
tendo em vista sua acção recíproca, da contradição inerente ao fenómeno e da 
mudança dialéctica que ocorre na natureza e na sociedade. 
 
 
17 
 
1.8 PROCEDIMENTO DE COLECTA 
 
Os procedimentos para colecta de dados desejados foram as 
entrevista (estruturadas e semi-estruturada), observação, pesquisa bibliográfica 
e documental. 
1.8.1 Entrevista 
 
“Entrevistas representam um dos instrumentos básicos para colecta 
dos dados” 
Segundo Lakatos e Marconi (2011, p. 280): 
Trata-se de uma conversa oral entre duas pessoas, das quais uma 
delas é o entrevistador e a outra o entrevistado. O papel de ambos 
pode variar de acordo com o tipo de entrevista. Todas elas têm um 
objectivo, ou seja, a obtenção deinformações importantes e de 
compreender as perspectivas e experiencias das pessoas 
entrevistadas. 
 
Entrevista estruturada ou padronizada, segundo Lakatos e Marconi 
(2011, p. 281), é quando o pesquisador segue um roteiro previamente estabelecido. 
As perguntas feitas ao indivíduo são predeterminadas. 
A entrevista semi-estruturada, também chamada de assistemática, 
antropológica e livre – quando o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada 
situação em qualquer direcção que considere adequada. É uma forma de poder 
explorar mais amplamente a questão. 
 
1.8.2 Observação 
 
Observação, segundo Lakatos e Marconi, (2011, p. 277): 
A observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir 
informações utilizando os sentidos na obtenção de determinados 
aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas 
também em examinar factos ou fenómenos que se desejar estudar. 
 
18 
 
A observação ajuda o pesquisador na identificação e obtenção de 
provas a respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, 
mas que orientam seu comportamento. Desempenha papel importante nos 
processos de observação, no contexto da descoberta, e obriga o investigador a um 
contacto mais directo com a realidade. É o ponto de partida da investigação social. 
A observação tem como principal objectivo registar e acumular 
informações. Deve ser controlada e sistemática. Possibilita um contacto pessoal e 
estreito do investigador com o fenómeno pesquisado. 
 
1.8.3 Pesquisa bibliográfica 
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de 
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e 
electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de Web sites. 
Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, 
que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o 
assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam 
unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas 
publicadas com o objectivo de recolher informações ou 
conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se 
procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32). 
Para Gil (2007, p. 44), os exemplos mais característicos desse tipo de 
pesquisa são sobre investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à 
análise das diversas posições acerca de um problema. 
1.8.4 Pesquisa documental 
 
A pesquisa documental trilha os mesmos caminhos da pesquisa 
bibliográfica, não sendo fácil por vezes distingui-las. A pesquisa 
bibliográfica utiliza fontes constituídas por material já elaborado, 
constituído basicamente por livros e artigos científicos localizados em 
bibliotecas. A pesquisa documental recorre a fontes mais 
diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: 
tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, 
cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de 
empresas, vídeos de programas de televisão, etc. (FONSECA, 2002, 
p. 32). 
19 
 
CAPÍTULO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUE 
 
 Neste capítulo fez-se referência ao conceito de estoque, seus 
objectivos e políticas, tipos de estoque, controlo de estoque, sua função, avaliação, 
custos médios, giro de estoque e estoque de segurança, inventário físico, custo de 
estoque, assim como avaliação de seus níveis, tempo de reposição, ponto de 
pedido, lote de compra estoque máximo e previsão de estuque e concomitantemente 
o armazenagem de materiais, seu conceito, estocagem de material inteligente, 
necessidade de espaço físico, equipamento de movimentação, cargas unitizadas. 
 
2.1 CONCEITO DE ESTOQUES 
 
Administração é arte de conciliar as funções de planear, organizar, 
dirigir e controlar a fim de alcançar metas previamente estabelecidas. No entanto, é 
sabido que toda empresa deve ter um almoxarifado de bens físicos (alimentos e 
ferramentas) para suprir necessidade produtiva e operacional. Esse almoxarifado de 
pertenças deve ser bem planeado, dirigido e controlado para que não tenha por 
excesso nem falta de materiais. Por isso o gerenciamento de estoque é de suma 
importância para as organizações. 
Os estoques podem ser percebidos, como certa quantidade de itens 
mantidos em disponibilidade constante e renovados permanentemente. 
 Para Francischini e Gurgel (2013, p. 91), define-se estoque como 
“quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma 
improdutiva, por algum intervalo de tempo”. 
 O estoque se faz necessário para o bom andamento das operações da 
empresa, de acordo com o Martins e Campos (2009, p. 198), a gestão de estoque 
constitui uma série de acções que permitem ao administrador verificar se os 
estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos sectores que 
deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. 
 
20 
 
2.1.1 Objectivo de estoque 
 
 Para Dias (2010, p. 21), os objectivos principais de estoque, são: 
 a) Determinar “o que” deve permanecer em estuque: número de itens; 
 b) Determinar “quando” se devem reabastecer os estoques: 
periocidade; 
 c) Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período 
predeterminado: quantidade de compra; 
 d) Accionar o departamento de compras para executar aquisição de 
estoque: solicitação de compra; 
 e) Receber, armazenar e guardar os materiais estocados de acordo 
com as necessidades; 
 f) Controlar os estoques em termos de quantidade e valor: fornecer 
informações sobre a posição do estuque; 
 g) Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades de 
estados dos materiais estocados; 
 h) Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. 
 
2.1.2 Políticas de estoque 
 
Segundo Pozo (2010, p. 28), a função de planear e controlar estoque é 
factor primordial em boa administração do processo produtivo. Preocupa-se com os 
problemas quantitativos dos materiais, sejam eles matérias-primas, materiais 
auxiliares, materiais em processo ou produtos acabados. 
De acordo como o Dias (2010, p. 17 – 18), dentro de grande variação 
de mercado, é necessário que o gerente de materiais se prepara de forma 
adequada, que fique capacitado a responder as novas exigências com relação as 
variações dos preços de venda de seus produtos acabados e dos preços da matéria-
prima. Dentro de incerteza, uma das formas confiáveis e segura é a correcta 
implantação da política de estoque. 
21 
 
Aqueles que necessitam repor os estoques em regime inflacionários 
deparam com problemas complexos, já que o volume de vendas diminui e, 
certamente, seus preços estão sendo reajustados constantemente. Como 
consequência, ocorre a redução imediata na margem de lucro, agravada pela 
irregularidade da demanda na quase totalidade da sua linha de produtos. O ponto 
central na política de estoques é o custo de reposição. 
A administração deverá determinar ao departamento de materiais o 
programa de objectivos a serem atingidos, isto e, estabelecer certos padrões que 
serviam de guia aos programadores e controladores e também de critérios para 
medir o desempenho do departamento. Essas políticas são directrizes que, de 
maneira geral, são as seguintes: 
a) Metas quanto a tempo de entrega dos produtos ao cliente; 
b) Definição do número de depósitos e/ou de almoxarifados e da lista 
de materiais a serem estocados neles; 
 c) Até que níveis deverão flutuar os estoques para atender a uma alta 
ou baixa das vendas ou a uma alteração de consumo; 
d) Até que ponto será permitido a especulação com estoques, fazendo 
compra antecipada com preços mais baixos ou comprando uma quantidademaior 
para obter desconto; 
 e) Definição da rotatividade dos estoques. 
A definição dessas políticas é muito importante ao bom funcionamento 
da administração de estoque. Os itens c e e citados merecem grande atenção, 
porque é exactamente neles que também vai ser medido o capital investido em 
estoque. 
 
2.1.3 Tipos de estoques 
 
 Segundo Francischini e Gurgel (2013, p. 91), estoques podem ser, 
basicamente, de quatro tipos: 
22 
 
1- Estoque de matérias-primas – materiais e componentes comprados 
de fornecedores, armazenados na empresa compradora e que não 
sofreram nenhum tipo de processamento. 
2- Estoques de materiais em processo – materiais e componentes que 
sofreram pelo menos um processamento no processo produtivo da 
empresa compradora e aguardam utilização posterior. 
3- Estoque de produtos auxiliar – peças de reposição, materiais de 
limpeza, materiais de escritório etc. 
4- Estoque de produtos acabados – produtos prontos para 
comercialização. 
 
2.2 CONTROLO DE ESTOQUE 
 
2.2.1 Função de controlo de estoque 
 
De acordo com o Francischini e Gurgel (2013, p. 159), a função de 
controlo é definida como um fluxo de informações que permite comparar o resultado 
real de determinada actividade com seu resultado planeado. Esse fluxo de 
informações pode ser visual ou oral, mas recomenda-se que seja documentado para 
que possa ser analisado, arquivado e recuperado quando necessário. 
Segundo Dia (2010, p. 15), a função de Administração de Estoque é 
maximizar o efeito do feedback de vendas e o ajuste do planeamento e 
programação da produção. Deve minimizar o capital investido em estoque, pois ele é 
de alto custo, e aumenta de acordo com o custo financeiro. Sem estoque é 
impossível uma empresa trabalhar, pois ele é amortecedor entre os vários estágios 
de produção até venda final do produto. 
Como premissa, é necessário haver um planeamento ou expectativa do 
resultado dessa actividade, sem o qual não há razão para implementar um controlo. 
Além disso, as informações que fluem na empresa devem ter algumas 
características essenciais: 
 Correctas e precisas – fieldade ao estado da actividade. 
 Válidas – mostrar o que se deseja medir. 
23 
 
 Completas – abranger todos os aspectos importantes. 
 Única e mutuamente exclusivas – não haver redundância. 
 Compreensíveis – simples e inteligíveis 
 Timing – geradas em tempo adequado. 
Controlo de estoque segundo Paoleschi (2014, p. 84), tem finalidade de 
manter os suprimentos estocados e disponíveis para serem requisitados, 
movimentados e transportados com segurança para os lugares de destino. Para isso 
devem ser embalados e alocados de maneira correcta em lugares adequados para 
permanecerem inalterados em sua forma e qualidade. 
Controlar adequadamente o estoque garante à empresa identificar 
falhas que podem vir a resultar em prejuízos futuros, pois, tem influência no 
resultado do produto final e em consequência na satisfação dos seus clientes. 
 
2.2.2 Avaliação de estoque 
 
Segundo Paoleschi, (2014, p. 88), a gestão de estoque tem por 
finalidade a busca constante da redução dos valores monetários de seus estoques, 
actuando para mantê-los mais baixo possível e dentro de níveis de segurança dos 
volumes para atender a demanda. 
De acordo com o Pozo (2010, p.75-77), … Muitas empresas chegam a 
falência por imobilizar elevadas somas de capital em estoque, faltando-lhes recursos 
financeiros para capital de giro. Uma actividade importante dentro do conjunto da 
gestão de estoque é prever o valor de estoque em intervalo de tempo adequado e 
gerencia-lo, comparando-o com o planeado e tomar as devidas acções quando 
haver desvios de rotas. Os factores que justificam a avaliação de estoque são: 
 a) Assegurar que o capital imobilizado em estoque seja o mínimo 
possível; 
b) Assegurar que estejam de acordo com a política da empresa; 
c) Garantir que a valorização do estoque reflicta exactamente seu 
conteúdo; 
24 
 
d) O valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisões; 
e) Evitar desperdícios como obsolência, roubos, extravios, etc. 
(…) Podemos avaliar os estoques pelos métodos de custo médio, 
PEPS ou FIFO e UEPS ou LIFO, conforme descrito a seguir: 
PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) ou FIFO (First In, First Out). 
Este método é baseado na cronologia das entradas e saídas. O procedimento de 
baixo dos itens de estoque é feito para ordem de entrada do material na empresa, o 
primeiro que entrou será o primeiro que sairá, e assim utilizaremos seus valores na 
contabilização de estoque. 
UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) ou LIFO (Last In, First Out). 
Esse método também é baseado na cronologia das entradas e saídas, e considera 
que o primeiro a sair deve ser o último que entrou em estoque, portanto, sempre 
teremos uma valorização do saldo baseado nos últimos preços. É um procedimento 
muito utilizado em economias inflacionárias, facilitado a contabilização dos produtos 
para definição de preços de venda e reflectindo custos mais próximos de realidade 
de mercado. 
 
2.2.3 Custo Médio 
 
Segundo Pozo (2010, p. 78), a avaliação por este método é muito 
frequente, pois seu procedimento é simples e ao mesmo tempo age como um 
moderador de preços, eliminando as flutuações que possam ocorrer. Esse processo 
tem por metodologia fixação de preços médios entre todas as entradas e saídas. É 
baseado na cronologia das entradas e saídas. 
“O procedimento de baixa do valor dos itens é feito normalmente pela 
quantidade da própria ordem de fabricação e dos valores finais de saldo são dados 
pelo preço médio dos produtos” (Paoleschi 2014, p. 90), 
De acordo com o Francischini (2013, p. 185), o custo médio é o método 
mais utilizado pelas empresas, pelo qual calculamos a média entre o somatório do 
25 
 
custo e o somatório das quantidades, chegando a um valor médio de unidades em 
estoque se altera pela compra de outras unidades por um preso diferente. 
Já o Dias (2010, p. 132) diz que a avaliação feita através do custo 
médio é a mais frequente. Tem por base o preço de todas as retiradas, ao preço 
médio do suprimento total do item em estoque. Esse método age como estabilizador, 
pois equilibra as flutuações de preços; e, a longo prazo, reflecte os custos reais das 
compras de mercadorias. 
 
2.2.4 Retorno de capital 
 
 De acordo com o Pozo (2010, p. 34), a avaliação do Retorno de Capital 
investido em estoques (RC) é baseada no lucro das vendas anuais sobre o capital 
investido em estoque. Como parâmetro de validade de uma boa administração de 
estoques, o retorno de capital deve situar-se acima de um coeficiente 1, e quanto 
maior for o coeficiente melhor será o resultado da gestão de estoques. A fórmula 
utilizada é apresentada a seguir: 
 
 
 
2.2.5 Giro de estoque ou rotatividade 
 
 Segundo Paoleschi (2014, p. 90), giro de estoque é a quantidade de 
vezes, em determinado período, que o estoque médio que a empresa mantém é 
renovado. 
 “A rotatividade ou giro de estoque é uma relação existente entre o 
consumo anual e o estoque médio” 
“O grande mérito de índice de rotatividade de estoque é que 
ele representa um parâmetro fácil para a comparação de 
estoques, entre empresas de mesmo ramo de actividades e 
entre classes de material em estoque”. (DIAS, 2010). 
 
RC = Lucro : Capital em Estoque 
RC = L : C 
26 
 
 De acordo com o Pozo (2010, p. 35) giro de estoque é a avaliação do 
capital investido em estoques comparado com o custo das vendas anuais (R), ou da 
quantidade média de materiais em estoque dividido pelo custo anual das vendas. Arotatividade, este é o termo mais comummente utilizado tanto pelas empresas 
multinacionais como pelas nacionais, é expressa por meio da quantidade que o valor 
de estoque gira ao ano, ou seja, o valor investido ou sua quantidade de peças que 
atenderá um determinado período de tempo. 
 Rotatividade = Custo de Vendas/Estoque; 
𝑅 =
CV
E
 
 A avaliação da rotação de estoque por meio da Rotatividade é muito 
útil e rápida, facilitando a análise da situação operacional da empresa, e é um 
padrão mundial de análise e comparação. Quanto maior for o número da 
rotatividade, melhor será sua competitividade. 
 
2.2.6 Estoque de segurança 
 
Segundo Pozo (2010, p. 54 – 55), estoque de segurança também 
conhecido por estoque mínimo ou estoque reserva, é uma quantidade mínima de 
peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações 
do sistema, que podem ser: eventuais atrasos no tempo de fornecimento (TR) por 
nosso fornecedor, rejeição do lote de compra ou aumento na demanda do produto. 
A situação mais cómoda é adoptar um estoque de segurança que 
supera toda e qualquer varação de sistema; porém, isso implicará não suportar. 
Então, a solução é determinar um estoque de segurança que possa optimizar os 
recursos disponíveis e maximizar os custos envolvidos. 
Para definirmos o nível do estoque de segurança, existem alguns 
modelos matemáticos para essa finalidade: 
- Método de Grau de Risco (MGR) ES = C x K 
- Métodos com Variação de Consumo e/ou Tempo de Reposição 
(MVC) ES = (Cm-Cn) + Cm x Ptr 
- Método com Grau de atendimento Definido (MGAD). 
27 
 
De acordo com o Martins e Campos (2009, p. 262), os estoques de 
segurança diminuem os ricos de não-atendimento das solicitações dos clientes 
externos ou internos. 
Segundo Dias (2010, p. 54 - 55), a importância do estoque mínimo é a 
chave para o adequado estabelecimento do ponto de pedido. De maneira utópica, o 
estoque mínimo poderia ser tão alto, que jamais haveria, para todas as finalidades 
práticas, ocasião de falta de material em estoque. Entretanto, desde que, em média, 
a quantidade de material representada pela margem de segurança não seja usada 
e, portanto, torna-se permanente no estoque, a armazenagem e os outros custos 
seriam elevados. E, ao contrário, estabelecer uma margem de segurança demasiado 
baixa acarretaria custos de rotura, que são os custos de não se possuir os materiais 
disponíveis quando necessário, isto é, a perda de vendas, paralisação da produção, 
despesas para apressar entrega, etc. 
 
2.3 INVENTÁRIO FÍSICO 
 
O inventário físico de estoque, em alguns casos denominados como 
contagem física nos estoques, é primordial para a garantia da quantidade dos 
produtos estocados, além disso, é através de inventário físico dos estoques que 
serão detectadas diferenças nas quantidades que podem estar ocorrendo entre as 
matérias-primas. 
Viana (2006) define que o inventário físico é a contagem periódica das 
matérias-primas estocadas e serve para a comparação com o estoque teórico 
contabilizados na empresa, comprovando sua existência e sua quantidade correcta. 
Segundo Martins e Campos (2009, p. 199 - 200) descrevem que o 
inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja 
diferenças entre o inventário físico e os registos do controlo de estoque devem ser 
feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributários. 
De acordo com o Pozo (2010, p. 85), periodicamente, as organizações 
efectuam contagem física de seus itens em estoque, em processos e no acabado 
para comparar a quantidade física com os dados contabilizados em seus registos, a 
28 
 
fim de eliminar as discrepâncias que possam existir entre os valores contábeis, dos 
livros, o que realmente existe em estoque. Serve, também, o inventário, e isso é 
muito importante para a apurar o valor total de estoques para efeito de balanço do 
ano fiscal e seu imposto de renda. O inventário pode ser geral ou rotativo. 
O inventário geral é elaborado no fim de cada exercício fiscal de cada 
empresa, abrangendo a contagem física de todos os itens de uma só vez, incluindo-
se almoxarifado de recebimento, almoxarifado intermediário, peças em processos e 
produtos acabados. Nesse procedimento, geralmente, faz-se necessário a parada 
total do processo operacional da empresa, recebimento, produção e despacho, 
durante o período de inventário, que pode ser de vários dias, dependendo do 
tamanho da empresa. Essa parada é necessária para que possamos efectuar a 
contagem física de todos os itens de estoque, sem sofrer qualquer interferência e 
sem erros. 
O inventário rotativo é feito no decorrer do ano fiscal da empresa, sem 
qualquer tipo de parada no processo operacional, concentrando-se em cada grupo 
de itens em determinados períodos, que podem ser semanas ou meses. Tal 
procedimento é mais vantajoso e mais económico em razão de não haver 
necessidade de paralisação da fábrica, de permitir melhores condições e tempo para 
análise de problemas ou causas de ajustes, bem como por aperfeiçoar o sistema de 
controlo. 
 
2.4 A CURVA ABC 
 
Segundo Dias, (2010, p. 69) a curva ABC é um importante instrumento 
para o administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam atenção e 
tratamento adequado quanto a sua identificação. Obtém-se a curva ABC através da 
ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. 
De acordo com o Martins e Campos (2009, p. 211), a análise ABC 
consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), 
do consumo, em valor monetário ou quantidade dos itens de estoque, para que eles 
possam ser classificados em ordem decrescente de importância. 
29 
 
Segundo Pozo (2010, p. 80 - 81), a utilização da Curva ABC é 
extremamente vantajosa, porque se pode reduzir as imobilizações em estoque sem 
prejudicar a segurança, pois ela controla mais rigidamente os itens de classe A e, 
mais superficialmente, os de classe C. A classificação ABC é usada em relação a 
várias unidades como peso, tempo, volume, custo unitário etc. 
Dentro da logística empresarial e mais especificamente na 
administração de materiais, a Curva ABC tem seu uso mais específico para estudos 
de estoque de acabados, vendas, prioridades de programação da produção, tomada 
de preços em suprimentos e dimensionamento de estoque. Toda a sua acção tem 
como fundamento primordial tomar uma decisão e acção rápida que possa levar seu 
resultado a um grande impacto positivo no resultado da empresa. A Curva ABC 
assim é chamada em razão de dividirmos os dados obtidos em três categorias 
distintos, denominados classes A, B e C. 
Itens da Classe A - São os itens mais importantes e que devem 
receber toda a atenção no primeiro momento do estudo. É nos itens dessa classe 
que iremos tomar as primeiras decisões sobre os dados levantados e 
correlacionados em razão de sua importância monetária. Os dados aqui 
classificados correspondem, em média, a 80% do valor monetário total e no máximo 
20% dos itens estudados (esses valores são orientativos e não são regras). 
Itens da classe B - São os itens intermediários e que deverão ser 
tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens da classe A; são os 
segundos em importância. Os dados aqui classificados correspondem, em média, a 
15% do valor monetário total do estoque e no máximo 30% dos itens estudados 
(esses valores são orientativos, e não são regras). 
Itens de classe C - São os itens de menor importância, embora 
volumosos em quantidades, mas com valor reduzidíssimo, permitindo maior espaço 
de tempo para a sua análise e tomada de acção. Deverão ser tratados, somente, 
após todos ositens das classes A e B terem sido aliviados. Em geral, somente 5% 
do valor monetário total representam esta classe, porém, mais de 50% dos itens 
formam sua estrutura (esses valores são orientativos, e não são regras). 
A curva ABC de acordo com Francischini (2013, p.107 – 108), poucos 
vitais, muitos triviais. Esse talvez seja o melhor conselho, chamado princípio de 
30 
 
Pareto, para um analista quando está iniciando o seu trabalho. Como em qualquer 
actividade, existem pontos que devem ser tratados com muito cuidado para que a 
actividade alcance seu objectivo. 
Itens de análise Itens de grande 
importância 
Itens de pouca 
importância 
Número de itens estocados Poucos Muitos 
Valor envolvido Grande Pequeno 
Profundidade na análise Maior Menor 
Margem de erro Menor Maior 
Benefício relativo Maior Menor 
Atenção da administração Maior Menor 
 
 Vejamos agora os passos para a elaboração do Diagrama de Pareto: 
 Passo 1: Definir a variável a ser analisada 
 Passo 2:Colectar os dados 
 Passo 3: Ordenar os dados 
 Passo 4: Calcular percentuais 
 Passo 5: Construir o diagrama 
 Passo 6: Analisar os resultados 
 
2.5 CUSTO DE ESTOQUE 
 
Como vimos anteriormente, a gestão de estoques é fundamental, 
justamente para evitar custos desnecessários, porém o custo com estoque depende 
de seu controlo, pois existe devido à sua necessidade. Segundo Francischini (2013, 
p. 175-185) diz que uma das principais preocupações do Administrador de Materiais 
é saber quais são os custos relacionados ao estoque que ele gerência. Quando a 
sobrevivência da empresa está ameaçada pela existência de custos acima dos 
concorrentes directos o Administrador de Materiais deve manter um controlo rigoroso 
sobre esse item e, com base nessas informações, aplicar acções correctivas para 
reduzi-lo a níveis aceitáveis. 
 O custo de estoque pode ser desmembrado em quatro (4) partes, que 
auxiliarão na determinação do nível de estoque a ser mantido: custo de aquisição; 
custo de armazenagem; custo de pedido e custo de falta. 
31 
 
- O Custo de Aquisição: o custo de aquisição é o valor pago pela 
empresa compradora pelo material adquirido. Esse custo está relacionado com o 
poder de negociação de área de compras, em que buscará minimizar o preço pago 
por unidade adquirida. Embora esse custo não seja de responsabilidade directa do 
administrador de Materiais, ele implicará directamente o valor do material em 
estoque. Quanto maior o preço unitário pago, maior o valor do estoque para uma 
mesma quantidade estocada. 
 Custo de Aquisição = preço Unitário x quantidade Adquirida. 
Cᴀq= = Pu x Q 
- Custo de Armazenagem: de acordo Pozo (2010, p. 62) uma das 
tarefas mais importantes dentro da administração de estoque é a definição dos 
níveis de estoque que podem ser economicamente mantidos e a decisão sobre as 
quantidades, pois devemos levar em consideração as vantagens e desvantagens 
dos custos directos e associados a cada produto estocado (…) outro factor é a 
resultante de fortes flutuações na demanda e que com um estoque mais elevado e 
regulador permite-nos programar a produção sem grandes oscilações, optimizando 
recursos de manufactura, logicamente com maior estoque e custos elevados. (…) 
Para que possamos melhor administrar os estoques, devemos calcular 
quais os custos que os afeitam. Os factores que compõem o custo de armazenagem 
são: 
- Custo de edificações 
- Custo de manutenção 
- Custo de materiais 
- Custo de pessoal. 
Segundo Paoleschi (2014, p. 55), são considerados custos de 
armazenagem, todas as actividades que se referem a alocação, guarda e 
movimentação dos materiais. 
Francischini e Gourgel (2013, p. 175), o administrador de Materiais é o 
responsável por manter esse custo no nível mais baixo possível, pois se trata de um 
dos itens que mais oneram a empresa em sua lucratividade. 
32 
 
Programas de melhoria de produtividade baseados em just-in-time têm 
como objectivo principal manter esse custo próximo a zero. O custo de 
armazenagem de determinado item i em estoque pode ser calculado pela fórmula: 
 Custo de Armazenagem = Estoque Médio x Preço Unitário x Tempo em 
estoque x Custo de Armazenagem Unitário. 
Ou 
CAmi = EMi x PMui x T x CAmu 
Onde: 
CAmi = Custo de Armazenagem do item i 
EM = Estoque Médio de item i no tempo T 
PMU = Preço Médio Unitário do item i estocado do tempo T 
Camu = Custo de Armazenagem unitário 
- Custo de Pedido: é o rolo gasto pela empresa para que determinado 
lote de compra possa ser solicitado ao fornecedor e entregue na empresa 
compradora. Se o custo de armazenagem está directamente ligado à área de 
armazenagem, o custo de pedido refere-se aos custos administrativos e 
operacionais da área de compra. 
Além do custo administrativo da área de compra, o fornecedor pode 
cobrar adicionais e/ou a empresa incorrer em custos de inspiração para lotes 
parcelados do mesmo pedido. 
CP = n (CPAu + CPVu) 
Onde: 
CP = Custo de Pedido 
n = Numero de pedido 
CPAu = Custo de Pedido administrativo unitário 
CPVu = Custo de Pedido Variável unitário 
33 
 
- Custo de falta: de um item em estoque pode causar diversos e, muitas 
vezes grandes prejuízos à empresa comprador. O problema é que esse tipo de custo 
é difícil de ser calculado com precisão, uma vez que envolve uma série de 
estimativas, rateios e valores intangíveis. 
Segundo Dias (2010, p. 43-44) se pode determinar os custos de falta 
de estoque ou custo de ruptura das seguintes maneiras: 
- Por meio de lucros cessantes, devido a incapacidade do 
fornecimento. Perdas de lucros, com cancelamento de pedidos; 
- Por meio de custeios adicionais, causadas por fornecimentos em 
substituição com material de terceiros; 
- Por meio de custeios causados pelo não cumprimento dos prazos 
contactuais como multas, prejuízos, bloqueios de reajustes; 
- Por meio da quebra de imagem de empresa, e em consequência 
beneficiando o concorrente. 
Arnold (1999, p. 276) também fala dos custos da falta de estoque: “Se 
a demanda durante o lead time excede a previsão, pode-se esperar uma falta de 
estoque.” Devido a isso, a importância da empresa estar preparada para oscilações 
que podem ocorrer ao longo do processo. 
Para evitar os custos com a capacidade de estoque, as empresas 
aderem ao sistema Just in Time. Martins e Campos (2009, p. 127) definem como 
sendo um método de produção com objectivo de disponibilizar os materiais 
requeridos pela manufactura apenas quando forem necessários para que o custo de 
estoque seja menor. Esse método determina que nada deve ser produzido, 
transportado ou comprado antes da hora exacta. Pode ser aplicado em qualquer 
organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes. 
Stoner e Freeman (1999, p. 477), define o Just in Time como: 
Sistema de estoque no qual às quantidades de produção 
equivalem, em termos ideal, as quantidades de entregas, 
com os materiais sendo comprados e os produtos prontos 
sendo entregues de acordo com a necessidade de uso, ou 
seja, no momento certo de serem usados. 
34 
 
 
O Just in Time é a produção de bens e serviços exactamente no 
momento em que são necessários, ou seja, as matérias-primas são produzidas e/ou 
entregues praticamente no momento de sua utilização. 
Uma das ferramentas do Just in Time é o sistema FIFO, que Bertaglia 
(2003), define como um processo importante para os itens que apresentam período 
de validade pequeno. Já Francischini e Gurgel (2013, p. 186) citam que: 
PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou FIFO (first in, 
first out) é o método que prioriza a ordem cronológica das 
entradas. Ou seja, sai o primeiromaterial que entrou no 
estoque, com seu respectivo preço unitário. Nesse caso, 
cada lote de compra é controlado separadamente. 
 
Através de ferramentas como o FIFO, o Just in Time é considerado um 
sistema enxuto, baseado no sistema de produção de pequenos lotes de acordo com 
a necessidade, eliminando o excesso de produção. Alguns autores destacam o Just 
in Time como uma filosofia para as empresas, destacando em suas obras mais do 
que o controlo do estoque, abrangendo as operações. 
Com a utilização desse sistema, a empresa elimina custos 
relacionados ao estoque, porém deve ter a garantia que as matérias-primas que está 
recebendo estejam na quantidade certa, de acordo com o pedido que foi feito, para 
não ocorrer impactos com perda de produção. 
 
2.6 AVALIAÇÃO DE NÍVEIS DE ESTOQUE 
 
Um problema importante é a de determinação do nível de estoque mais 
económico possível para a empresa, sabemos que os custos de estoque são 
influenciados por diversos factores, tais como volume, disponibilidade, 
movimentação, mão-de-obra e o próprio recurso financeiro envolvido, e, 
dependendo de situação, cada variável tem pesos que podem ter diversas 
magnitudes é o enfoque da dimensão de lote económico para manutenção de níveis 
35 
 
de estoques satisfatórios e que denominamos de sistema máximo-mínimo. Pozo 
(2010,p. 51). 
De acordo com Pozo (2010, p. 52-53), para podermos trabalhar e 
administrar adequadamente o “sistema máximo-mínimo”, é necessário calcularmos o 
tempo de reposição, o ponto de pedido, o lote de compra e o estoque máximo. 
 
2.6.1Tempo de reposição 
 
Tempo de reposição (TR) – quando emitimos um pedido de compra, 
decorre um espaço de tempo que vai desde o momento de sua solicitação no 
almoxarifado, colocação de pedido de compra e passando pelo processo de 
fabricação em nosso fornecedor até o momento em que o recebemos e o lote estiver 
liberado para produção em nossa fábrica. O Tempo de Reposição é composto de 
três elementos, conforme a seguir: 
1- Tempo para elaborar e confirmar o pedido junto ao fornecedor 
2- Tempo que o fornecedor leva para processar e entregar-nos o pedido 
3- Tempo para processar a libertação de pedido em nossa fábrica. 
TR 1 + 2 + 3 
 
2.6.2 Ponto de Pedido 
 
Ponto de Pedido (PP) – é a quantidade de peças que temos em 
estoque e que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de 
continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra, durante o tempo 
de reposição. 
PP = (C x TR) + Es 
Onde: 
PP = Ponto de Pedido; 
C = Consumo normal da peça; 
TR = Tempo de reposição; 
Es = Estoque de Segurança 
36 
 
2.6.3 Lote de Compra 
 
Lote de compra é a quantidade de peças especificadas no pedido de 
compra, que estará sujeita política de estoque de cada empresa. 
 
2.6.4 Estoque Máximo 
 
É o resultado da soma de estoque de segurança mais o lote de 
compra. O nível máximo de estoque é normalmente determinado de forma que seu 
volume ultrapasse a somatória da quantidade de estoque de segurança com o lote 
em um valor que seja suficiente para suportar variações normais de estoque em face 
de dinâmica de mercado, deixando margem assegure, a cada novo lote, que o nível 
máximo de estoque não cresça e onere os custos de manutenção de estoque. 
Emax = Es + LC 
Onde 
Emax = Estoque máximo 
Es = Estoque mínimo 
LC = Lote de compra 
 
2.7 PREVISÃO DE ESTOQUE 
 
De acordo com Pozo (2010, p. 39), a previsão de estoque, 
normalmente, é fundamentada nos informes fornecidos pela área de vendas onde 
são elaborados os valores de demanda de mercado e providenciados os níveis de 
estoque. A previsão deve levar sempre em consideração os factores que afeitam o 
ambiente e que tendem a mobilizar os clientes. Informações básicas e confiáveis de 
toda a dinâmica de mercado deverão ser utilizadas decidirmos quais as quantidades 
e prazos a serem estabelecidos. 
37 
 
Segundo Dias (2010, p. 24-25), todas a gestão de estoque está 
pautada na previsão do consumo do material. A previsão de consumo ou da 
demanda estabelece estimativas futuras dos produtos acabados comercializados e 
vendidos. 
As informações básicas que permitem decidir quais serão as 
dimensões e a distribuição no tempo da demanda dos produtos acabados podem 
ser classificados em duas categorias: quantitativas e qualitativas: 
a)- Quantitativas 
- Evolução das vendas no passado; 
- Variações cuja evolução e explicação estão ligados directamente às 
vendas. Por exemplo: criação e vendas de produtos infantis, área licenciada de 
construção e vendas de materiais de construção; 
- Variações de fácil previsão, relativamente ligadas às vendas 
(populações, venda, PIB) e, 
- Influência da propaganda. 
b) Qualitativas 
- Opinião dos gerentes; 
- Opinião dos vendedores 
- Opinião dos compradores 
- Pesquisas de mercado. 
As técnicas de previsão de consumo podem ser classificadas em três 
(3) grupos: 
a) Projecção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do 
passado ou as vendas evoluirão no tempo futuro de mesma forma do que no 
passado; segundo a mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é de 
natureza essencialmente quantitativa; 
38 
 
b) Explicação: procuram-se as vendas do passado mediante leis que 
relacionem as mesmas com outras variações cuja evolução é conhecida ou 
previsível. São basicamente aplicações de técnicas de regressão e correlação. 
c) Predilecção: funcionários experientes e conhecedores de factores 
influentes nas vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras. 
Para Pozo (2010), (…) a previsão de demanda é a tentativa de acertar 
o desejo do mercado num futuro próximo (…) as formas de evolução de demanda do 
mercado, são: 
1- Evolução de Consumo Constante (ECC) - nesse caso, o volume 
de consumo permanece constante, sem grandes variações no decorrer do tempo, e 
não sofre influências conjunturais, ambientais e mercadológicas, mantendo-se um 
valor médio no decorrer do tempo. Como exemplo estão todas as empresas que se 
mantêm com suas vendas estáveis, seja qual for seu produto, mercado ou 
competidores. 
2- Evolução de Consumo Sazonal (ECS) - nesse caso, o volume de 
consumo passa por oscilações regulares no decorrer de certo período ou do ano, e é 
influenciado por factores culturais e ambientais, acarretando desvios de demanda 
superiores a 30% de valores médios. Como exemplo, podemos citar produtos tais 
como sorvetes, cervejas, enfeites de natal, fogo de artifícios e outros. 
3- Evolução de Consumo de Tendência (ECT) - nesse caso, o 
volume de consumo aumenta ou diminui drasticamente no decorrer de um período 
ou do ano, e é influenciado por factores culturais, ambientais, conjunturais e 
económicos, acarretando desvios de demanda positiva ou negativamente. Como 
exemplo, podemos citar desvios negativos, produtos que ficam ultrapassados no 
mercado (enceradeira, maquinas de escrever) ou por motivos financeiros, fazendo 
com que a empresa perca seu crédito e passe a reduzir sua produção. Como 
desvios positivos, temos as indústrias de hardware e software (computadores). 
Segundo Pozo (2011, p. 42 - 47), na vida das empresas, podem 
ocorrer as combinações dos diversos modelos de evolução de demanda, em função 
das variáveis que as influenciam, mas muito mais em função da qualidade da 
administração empresarial efectuada. Conhecendo a evolução da demanda, fica 
39 
 
mais fácil elaborar a previsão futura da demanda, e para isso podemos utilizar os 
diversos modelos disponíveis: 
Método o Último Período (MUP) – é o método mais simples de todos 
e sem fundamento e consiste em simplesmenteutilizar como previsão para o 
próximo período o valor real do período anterior. Esse modelo é bastante utilizado 
por empresas pequenas e por administradores sem maior conhecimento técnico. 
Método da Média Aritmética (MMA) – nesse método, a previsão do 
próximo período é obtido por meio de cálculo da média aritmética do consumo dos 
períodos anteriores. O resultado desse modelo nos mostrará valores menores que 
os ocorridos caso o consumo tenha a tendência crescente, é maiores se o consumo 
tiver tendência descrente nos últimos períodos. Esse modelo também é bastante 
utilizado por empresas pequenas e por administradores sem conhecimento técnico. 
 
 
Onde: P pp(MMA) = Previsão do próximo período – Método da Média Aritmética 
 C1, C2, C3, Cn, = Consumo nos períodos anteriores 
 n = Número de períodos 
Método Média Ponderada (MMP) – nesse método, a previsão do 
próximo período é obtido por meio da ponderação dada a cada período, sendo o 
mais próximo recebe peso maior, e vamos reduzindo os pesos para os períodos 
mais distantes. A soma das ponderações deve ser sempre 100%. Os valores das 
ponderações como regra geral, devem ter um peso de 40 a 60% para o período mais 
recente e para o último período, 5%. Essa alocação será sempre função da 
sensibilidade do administrador em relação às variáveis e mudanças de mercado. Tal 
modelo tende a eliminar algumas das fragilidades apresentadas nos modelos 
anteriores. 
 
 
Onde: P pp(MMP) = Previsão do próximo período – Método da Média Ponderada 
Ppp(MMA) = (C1+ C2 + C3 + … + Cn) : n 
P pp(MMP) = (C1 + P1 + (C2 + P2) + (C3 + P3) … + (Cn ˣ Pn) 
40 
 
 C1, C2, C3, Cn, = Consumo nos períodos anteriores 
 P1, P2, P3,Pn,= Ponderação dada cada período 
Método da Média com Suavização Exponencial (MMSE) – nesse 
método, a provisão do próximo período é obtido mediante a ponderação dada ao 
último período, e teremos que utilizar também a provisão do último período. Esse 
método procura eliminar as variações exageradas que ocorreram em períodos 
anteriores. É um modelo simples de usar e, além disso, necessita de poucos das 
acumuladas e é auto adaptável, corrigindo-se constantemente de acordo com as 
mudanças dos volumes nas vendas. A ponderação utilizada é determinada 
constante de suavização exponencial, que tem símbolo (@) e pode variar de 1 ≥ @ 
≥. Na utilização prática, nas empresas @ tem geralmente um valor que varia de 0,1 
a 0,3, dependendo dos factores que estão afectando a demanda. 
 
 
Onde: 
P pp(MMA) = Previsão do próximo período – Método da Média com 
Suavização Exponencial 
 Ra = Consumo Real no período anterior 
 @ = Constante da Suavização Exponencial 
Pa = Consumo do período anterior 
Método da Média dos Mínimos Quadrados (MMMQ) – esse modelo 
é o que melhor nos orienta para fazermos uma previsão, pois é um processo de 
ajuste que tende a aproximar-se dos valores existentes, minimizando as distâncias 
entre cada consumo realizado. A vantagem desse modelo está em razão de ele 
basear-se na Equação da Recta [Y = a + bx] para calcular a previsão de demanda, e 
isso permite que tracemos uma tendência bem realista do que poderá ocorrer, com a 
projecção da recta. Usando a equação da recta, temos que calcular os valores de a, 
b e x. 
 
Ppp(MMSE) = [(Ra x @) + (1 - @) x Pa] 
Ppp(MMMQ) = a + bx 
41 
 
Onde: 
a = valor a ser obtido na equação normal por meio da tabulação dos 
dados; 
b = valor a ser obtido na equação normal mediante a tabulação dos 
dados; 
x = quantidades de períodos de consumo utilizados para calcular a 
previsão. 
Para calcularmos os termos a e b, é necessário tabularmos os dados 
existentes para preparar as equações normais, dada por: 
 
 
⅀Y = (n x a) + ⅀x xb) (1) 
⅀XY = (∑x x a) + (⅀x² x b) (2) 
42 
 
CAPÍTULO 3. ARMAZENAGEM DE MATERIAIS 
 
3.1 CONCEITO DE ARMAZENAGEM 
 
Armazenagem é entendida como “gerenciar eficazmente o espaço 
tridimensional de um local adequado e seguro, colocado a disposição para a guarda 
de mercadorias que serão movimentadas rápida e facilmente, com técnicas 
compatíveis a respectivas características, preservando a sua integridade física e 
entregando-a a quem de direito no memento atempado”. 
(www.conhecimentosdaarmazenagem.blogspot) 
O processo de armazenagem de material é quando a empresa 
estabelece seus produtos em armazéns, todos os materiais mantidos no mesmo 
devem ser bem-postos nas prateleiras, organizados por categoria como: alimento, 
electrodomésticos, produto de limpeza, higiene pessoal, etc. 
Segundo Pozo, (2010, p. 69), armazenagem, manuseio e controlo dos 
produtos são componentes importantes e essenciais do sistema logístico, pois seus 
custos envolvem elevada percentagem dos custos totais logísticos de uma empresa. 
O correcto armazenamento de materiais constitui um conjunto de 
ferramentas estratégicas importantíssimas nas empresas modernas e competitivas. 
Para Ballou (2007), o correcto gerenciamento do manuseio e armazenagem é 
essencial, pois produto entregue com danos ou em volumes de difícil manuseio 
contribuem negativamente para a satisfação do cliente, e, portanto, para que ele 
volte a comprar. Além disso, o custo dessas actividades é elevado. Sobre o espaço 
físico para o armazenamento dos produtos, deve – se observar a previsão de 
demanda, pois quando a empresa conhece a sua demanda, ela é capaz de 
aproveitar todo o seu espaço físico com os produtos certos para os clientes certos. 
 
 
 
43 
 
3.2 ESTOCAR MATERIAL INTELIGENTEMENTE 
 
 Segundo Pozo (2010, p. 71 - 72), actualmente a maioria das empresas 
estão se empenhando em eliminar etapas dentro do processo de distribuição, no 
sistema logístico. Em verdade, estão buscando a redução dos estoques e, 
consequentemente estocar menos material no sistema. Todo material que está em 
um canal de distribuição ou em um armazém resulta em custo ao sistema. Uma das 
acções que nos ajudam a reduzir os custos é através da utilização do cross-docking, 
em que os produtos são descarregados dos caminhões que chegam e 
descarregados directamente nos caminhões que irão sair, sem necessidade de usar 
estoques. 
 Em primeiro lugar, ao focalizarmos um projecto de sistemas de 
estocagem de materiais eficientes e efectivo, devemos focalizar o projecto na 
redução da necessidade de estocar material. Em geral, a estocagem de materiais é 
fruto da falta de informações adequadas sobre as futuras necessidades do mercado. 
(…). 
 Um Sistema de Movimentação de Materiais, no modelo de puxar, é um 
sistema altamente responsável, que tem como parâmetro o JIT. A ideia base do 
sistema JIT é inventário enxuto, sem excesso. Por meio do reconhecimento de que o 
material é um recurso físico, é evidente que estocar material é considerado estocar 
dinheiro e, (…) estocar menos dinheiro é reduzir custo, portanto, melhor. 
 “O JIT usa um sistema “puxado” para mover os produtos por meio das 
instalações. A lógica de um sistema puxado é simples: a comunicação no JIT 
começa ou com última estação de trabalho na linha de produção com o cliente e 
depois, trabalha para trás por meio do sistema. Cada estação requisita da estação 
de trabalho prévia a quantidade precisa de produtos que é necessária. Se os 
produtos não são requisitados, não são produzidos. Dessa forma os estoques em 
excesso não são gerados”. Moreira (2012, p. 507). 
 
 
 
44 
 
3.3 NECESSIDADE DE ESPAÇO FÍSICO 
 
 De acordo com o Pozo (2010, p. 73 – 74, (…). As empresas usam 
estoques para melhorar a coordenação entre a oferta e demanda, resultante das 
dificuldades de estabelecer fortes parcerias entre a empresa, os fornecedores e opróprio mercado. 
 Podemos, então, reduzir os elevados custos de armazenagem 
conforme quatro razoes básicas para mantermos espaço físico para armazenagem, 
que são: 1- reduzir custos de transporte e produção; 2- coordenar suprimento e 
demanda; 3- auxiliar o processo de produção; 4- auxiliar o processo de marketing. 
1- Reduzir custos de transporte e produção: a estocagem de 
produtos em diversas localidades tende a reduzir custos de transporte pela 
compensação nos custos de produção e estocagem. Por conseguinte, os custos 
totais de fornecimento e distribuição dos produtos podem ser diminuídos. 
2- Coordenação de suprimento e demanda: empresas que têm 
produção fortemente sazonal com demanda por produtos razoavelmente constante 
enfrentam o problema de coordenar seu suprimento com a necessidade de 
produtos. Indústrias alimentícias produtoras de vegetais e frutas enlatadas são 
forçadas a armazenar produção, de modo a atender ao mercado durante a entres 
safra. Inversamente, firmas que devem fornecer produtos ou serviços a uma 
demanda sazonal ou incerta produzem, em geral, com nível constante ao longo do 
ano, para minimizar custos de produção, mantendo estoques para atender à curta 
temporada de vendas. Sempre que ocorra dificuldades para coordenar suprimento e 
demanda de forma precisa, são necessários estoques. 
“Problemas associados às oscilações nos preços de 
commodities também podem gerar necessidades de 
armazenagem. Materiais e produtos que experimentam 
fortes e súbitas alterações de preços internacionais, tais 
como cobre, alumínio, aço e petróleo, podem ser 
comprados antes do necessário para obter menores preços. 
Geralmente, será necessário ter espaço para o inventário, 
mas seu custo pode ser contrabalançado pelos melhores 
preços obtidos na compra de commodities”. Pozo (2010). 
45 
 
 
3- Auxiliar no processo de produção: determinados processos de 
produção certamente influencia necessidades de espaço físico para armazenagem. 
A manufactura de certos produtos, como queijos e bebidas alcoólicas, requer um 
período de tempo para maturação ou envelhecimento. Depósitos servem não 
apenas para guardar o produto durante o processo de manufactura, mas também, 
no caso de produtos taxados, a armazenagem pode ser usada para segurar a 
mercadoria até sua venda. Nesse caso, companhias podem evitar o pagamento de 
impostos até o momento de venda. 
4- Auxiliar marketing: para a área de marketing, é muito importante a 
disponibilidade do produto para o mercado. A armazenagem é utilizada para agregar 
esse tipo de valor. Ou seja, pela estocagem do produto próximo aos consumidores, 
pode-se conseguir entregas mais rápidas e melhoria no nível de serviço em razão de 
melhor entrega, assim como maior disponibilidade, o que pode ter efeito positivo nas 
vendas. 
 
3.4 O EQUIPAMENTO DE MOVIMENTAR MATERIAIS 
 
O Equipamento de movimentar materiais é super importante na 
organização, pois é responsável pela movimentação dos produtos. Cada produto 
exige um transporte adequado, sem danificar e nem perdê-los. Existem vários tipos 
de transporte diferentes para cada tipo de material. 
De acordo com Francischini (2013, p. 238 - 242), a busca pelo aumento 
da produtividade em movimentação de materiais permitiu o desenvolvimento de um 
grande número de equipamentos. Neste item, vamos analisar os tipos mais 
utilizados pelas empresas, sem a pretensão de esgotar o assunto. 
Paleteiro – Ele faz um roteiro aleatório, frequência intermitente, à 
distância percorrida é curta só em ambiente interno, direcção horizontal, ela funciona 
manualmente. 
Empilhadeira – Ele faz um roteiro aleatório, sua frequência é 
intermitente, sua distância percorrida é curta, o ambiente pode ser interno e externo, 
46 
 
faz as duas direcções tanto horizontais quanto vertical, accionamento eléctrico ou 
GLP sendo gasolina ou diesel. 
Comboios – Ele faz um roteiro aleatório, sua frequência é intermitente, 
à distância percorrida é longa, o ambiente pode ser interno e externo, com direcção 
horizontal, accionamento eléctrico ou GLP sendo gasolina ou diesel. 
Esteira transportadora – Tem um roteiro fixo, com frequência 
contínua, distância feita pelo aparelho é longa, podendo se adaptar ao ambiente 
interno e externo, sua direcção é horizontal ou rampa, accionamento eléctrico. 
Transporte de roletes – Seu roteiro é fixo, sua frequência contínua, 
percorre umas distâncias longas, podendo ficar tanto em ambiente interno quanto 
externo, sua direcção pode ser horizontal ou rampa, accionamento eléctrico ou 
gravidade. 
Monovia - Seu roteiro é fixo, sua frequência contínua, faz distâncias 
longas, podendo ficar tanto em ambiente interno quanto externo, sua direcção pode 
ser horizontal ou rampa, accionamento eléctrico. 
Elevadores de carga – Nesse caso o roteiro é fixo, sua frequência 
intermitente, faz distâncias longas e curtas, podendo ficar tanto em ambiente interno 
quanto externo, sua direcção é vertical, accionamento eléctrico. 
Pórtico - Nesse caso o roteiro é aleatório, sua frequência intermitente, 
faz distâncias curtas, podendo ficar tanto em ambiente interno quanto externo, sua 
direcção é horizontal e vertical (içamento), accionamento tanto manual quanto 
eléctrico. 
Guindastes - Seu roteiro é aleatório, sua frequência intermitente, faz 
distância curta, podendo ficar tanto em ambiente interno quanto externo, sua 
direcção pode ser horizontal e vertical (içamento), accionamento manual ou 
eléctrico. 
 
3.4.1 Cargas unitizadas 
 
De acordo com o Pozo (2010, p. 177), um conceito formal de carga 
unitizadas poderia ser “uma carga constituída de embalagens de transportes, 
47 
 
arranjadas ou condicionadas de modo que possibilite o seu manuseio, transporte e 
armazenagem por meios mecânicos, como uma unidade”. 
Segundo Francischini (2013, p. 246 – 252), a unitização de cargas é a 
arrumação de pequenos volumes em unidades maiores padronizadas, para que 
possam ser mecanicamente movimentadas. Os principais tipos de cargas unitizadas 
são: 
Paletização: cargas arranjadas em paletes. 
Conteinerização: cargas arranjadas em contêineres. 
Cintamento ou pré-lingamento: cargas unidas por cintas ou lingas 
Os tipos de equipamentos de unitização mais utilizados são: 
Paletes – são plataformas com abertura que permitem a inserção dos 
garfos de uma empilhadeira ou paleteira, nos quais podem ser arranjados os 
materiais a serem movimentos. É o elemento unitizador mais usado e pode ser feito 
de diversos materiais: madeira, aço, alumínio, papelão. 
Racks – São paletes especiais, dotados de colunas metálicas e 
travessas para a estabilização da carga, permitindo seu empilhamento. Permite 
elevar a ocupação volumétrica de um armazém, porém mantêm a característica de 
armazenamento blocado, com restrições de acesso aos materiais estocados e 
dificuldades de promover a rotatividade PEPS nos estoques. 
Gaiola - trata-se de um rack com telas metálicas nas laterais, 
permitindo a estabilização de cargas com maior segurança. 
Estantes porta-paletes – para que sejam possível dar maior 
acessibilidade às paletes e permitir alcançar maiores alturas no armazenamento, 
sem prejudicar as cargas inferiores, utilizam-se estantes especialmente desenhadas 
para a alocação de paletes. As dimensões da posição-palete e as dimensões das 
paletes a serem armazenados devem ser calculadas para que: 1- Optimizar a 
ocupação da estante; 2- Permitir o armazenamento aleatório (qualquer palete pode 
ocupar qualquer posição). 
Contêiner – são estruturas geralmente metálicas, de grandes 
dimensões, que permitem acomodar, estabilizar e proteger certa quantidade de 
48

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