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DIREITO DO CONSUMIDOR LFG INTENSIVO 2014 + RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

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Professor: ANDRÉ BARROS
Relação jurídica de consumo 
Conceito 
É a relação estabelecida entre um consumidor e um fornecedor com o objetivo de prestar serviços ou fornecer produtos. 
Temos que ter:
Consumidor 
Fornecedor 
Serviço prestado / produto fornecido 
Com esses três aplicamos a regra de consumo e temos o consumidor. 
Em regra de um desses elementos descaracteriza a relação comercial, indo para relação trabalhista ou civil.
Consumidor
E toda pessoa que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Art. 2 CDC e o consumidor padrão ou standar , consumidor básico 
Características 
Pode ser pessoa física ou jurídica: a intepretação do TJ ela é restritiva 
Deve ser o destinatário final: tendo dois fáticos (pessoa que simplesmente adquire ou utiliza o produto ou serviço) e o destinatário fático e econômico (e a pessoa que põe fim ao ciclo econômico do produto ou do serviço). 
Consumidor não pode agir de forma profissional: o objetivo da atividade dessa pessoa não pode ser atividade de serviços, ex; representante comercial, distribuidor. 
Deve ser vulnerável: vulnerabilidade e uma condição de inferioridade que justifica e legitima a aplicação do CDC, principio da isonomia substancial, o CDC equilibra essa gangorra para que fique igualdade. Não confundir vulnerabilidade (CDC) com hipossuficiência (inversão do ônus da prova, julgado do STJ determinou que a inversão do ônus da prova). 
Teorias explicativas do conceito de consumidor
Teoria maximalista / objetiva: ela defende a intepretação extensiva do art. 2˚ do CDC para aceitar o consumidor padrão como consumidor, aquele que se enquadra na categoria de destinatário fático. Art. 29 CDC no qual amplia o efeito de consumidor. 
	CDC
	Art. 29 - Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
Teoria finalista / subjetiva: intepretação e restritiva , a ideia não e ampliar o conceito de consumidor para aceitar como consumidor o simples destinatário final fático e econômico. Tem que por fim ao ciclo econômico. Em regra o STJ trabalha com a teoria finalista. 
Teoria do finalismo aprofundado / teoria hibrida /mista: ela é uma mitigação da teoria finalista para aceitar como consumidor a pessoa que não põe fim ao consumidor serviço, aceitar o consumidor o destinatário fático que tenha vulnerabilidade evidente ou evidente vulnerabilidade. STJ aplica essa teoria em situações excepcionais.
Consumidor por equiparação 
Coletividade:
	CDC
	Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Parágrafo único - Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
 art. 2˚ consumidor e toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Possibilidade de tutela de direitos difusos e coletivos.
Vitima do acidente de consumo: 
	CDC
	Art. 17 - Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
Os expostos as praticas comerciais: 
	CDC
	Art. 29 - Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as 
pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
Art. 29 CDC para fins deste capitulo e do seguinte equipara-se consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas as praticas nele previstas. Não e necessário para ser consumidor adquirir ou utilizar.
Publicidade enganosa: 
O que temos e informação falsa, só pode ser publicidade enganosa.
Publicidade abusiva: violação a valores claros para sociedade 
Fornecedor
E toda pessoa que atua na cadeia de fornecimento de produto e serviço 
Características:
Qualquer pessoa física ou jurídica entes despersonalizados sejam tratados como fornecedores 
O fornecedor deve ser profissional ele deve desenvolver atividade, temos que ver se corresponde à atividade econômica se e aquele habitualmente fornecido. , deve existir a remuneração. O STJ disse que tem que ter habitualidade e remuneração tem que cobrar pelo serviço que esta prestando.
STJ diz que entidades filantrópicas podem ser declaradas como fornecedoras desde que cobrem mensalidade. Tem remuneração por serviços prestados. Qualquer forma de remuneração esta diante da aplicabilidade do CDC a essas entidades filantrópicas. 
Amostra grátis tem relação jurídica de consumo, o curso da amostra grátis é que você esta recebendo remuneração do produto. 
Deve atuar no mercado de consumo: o STJ separa quando ele entende o que e relação de consumo quando separa um politica publica. Ex: contratos de financiamentos imobiliários pelo FSH com garantia governamental da caixa econômica federal, quando a esse contrato. ex: credito estudantil o STJ fala que quando governo esta dando isso não e relação jurídica de consumo . 
Objeto da Relação de Consumo art. 3,§1˚,2˚
	CDC
	Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
§ 1º - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
§ 2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, 
Inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Produto – pode ser móvel ou imóvel, podendo o produto ser corpóreo ou incorpóreo. Durável ou não Durável.
Produto Durável é aquele que permite determinado uso. 
Produto não durável extingue-se imediatamente com o uso. 
Serviços CDC- incluem bancos, financeiras, seguradoras, créditos elas estão incluídas nas atividades de consumo, e eles sabia que o banco queria sair relação de consumo o Banco entrou com uma ADIN 2591/ STF. Qualquer atividade bancaria aplica-se o CDC.
O CDC excluiu expressamente a relação trabalhista, deve aplicar a CLT e esquecer o CDC.
O advogado afasta o CDC na prova. 
Serviço Público
Diante do serviço Público Próprio também determinado como geral coletivo não aplica o CDC. Quando se utiliza esse serviço não ha remuneração, afasta a incidência do CDC. Educação, saúde, segurança, não se aplica o CDC. Sendo o serviço Público impróprio, singular Ex:, especifico útil singular são aqueles serviços prestados por concessionarias de serviço público. Ex: energia, água, aplicando neste caso o CDC .
Responsabilidade Civil no CDC
No CDC não há distinção entre a responsabilidade contratual e a responsabilidade extracontratual, não tem porque no CDC não imposta se você praticou do contrato de consumo, utiliza ou se você e vitima do acidente de consumo, não importa pelo CDC em qualquer uma das situações esta protegido pelo CDC. 
A distinção entre a responsabilidade pelo fato art. 12 e ss, e pelo vicio art. 18 ss 
 O mesmo problema pode das às duas coisas o fato ou vicio, Ex: compra liquidificador, liga o liquidificador não funciona e tira da tomada que dano causou? Nenhum o problema e que o produto não esta funcionando o interesse no momento e trocar. 
Dano intrínseco – é vicio, fica restrita a própria coisa, quando seu objetivo e simplesmente a resolução do problema. ex: o conserto do problema 
Dano extrínseco – é fato, objetivo principal e a reparação de Danos, responsabilidade pelo fato 
Responsabilidade pelo fato do produto /serviço 
Ela sempre surge quando há uma falha do dever geral de segurança todo consumidor diz que precisa de certa segurança quando falha segurança e por isso que causou dano. 
Ação de reparação de danos temque provar os elementos da responsabilidade civil, tendo que lembrar que a regra no CDC e a responsabilidade e objetiva, baseada no risco beneficio, aquele que vai sobre uma responsabilidade econômica tem que responder objetivamente pelos danos causados .
Elementos da responsabilidade objetiva:
Provar que ocorreu um fato 
Provar o nexo causal entre o fato e o Dano 
É o Dano , material moral, ou estético podendo cumular eles . o fato de cumular não gera a vitima o direito de pedir estas indenizações. 
Exceção: ele adota a responsabilidade subjetiva baseado na teoria da culpa, teoria do risco , dentro da responsabilidade ele adota a teoria da culpa simples adotando a exceção no art. 14§4˚ ao tratar dos profissionais liberais quatro elementos para caracterizar :
Fato 
Dano
Nexo 
Culpa do fornecedor 
Questão: quando profissional promete resultado? A responsabilidade dele seria objetiva segundo o STJ, outra corrente o profissional liberal teria que provar que não . Culpa presumida o Réu tem que provar que não e o culpado.
A responsabilidade pelo fato
Art. 12 CDC o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causado aos consumidores por defeito decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, formulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. Porque o CDC restringiu a responsabilidade do fato do produto aos importadores? Porque o CDC protegeu o vendedor do bairro , o comerciante colocando a responsabilidade ao fabricante também . Pelo fato em regra e exclusiva do fabricante ou importou.
Art. 13 CDC o comerciante e igualmente responsável, nos termos do artigo anterior , quando :
o fabricante , o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados ( responsabilidade subsidiaria )
o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante , produtor , construtor ou importador ( responsabilidade subsidiária)
não conservar adequadamente os produtos recíveis ( responsabilidade solidária )
Paragrafo único: aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis segundo sua participação na causação do evento danoso . 
Excludentes de responsabilidade pelo fato 
O fornecedor pode provar que não colocou o produto no mercado de consumo ou que não prestou o serviço. ex: da pílula de farinha, que as mulheres engravidaram com isso . 
Inexistência de defeito, prova que não há defeito no produto no serviço. ex: acidente de transito. 
Culpa exclusiva de alguém da vitima ou de terceiro . ex: comprou ventilador de teto pessoa comprou acho que era devagar ele mudou tudo e o ventilador estragou, a empresa não respondeu pelo dano , porque a empresa provou que o ventilador foi mexido . 
Obs: culpa concorrente ela e atenuante de responsabilidade ela atenua a responsabilidade ela mitiga a responsabilidade e tem como aplicar essa excludente atenuante e uma orientação do STJ. Se a prova perguntar se esta previsto essa responsabilidade no CDC não se aplica, mais o STJ considera.
Caso fortuito e força maior o STJ tem entendido o CDC e omisso quanto a isso, se perguntar sobre o STJ ele entende que exclui a responsabilidade.
Responsabilidade pelo Vício do produto / serviço 
Temos um problema, quanto a qualidade, quantidade ou informação a responsabilidade e simplesmente pelo vício do produto.
Aqui não sofre o Dano mais o uso e afetado o uso a que se destina o produto ou serviço ou o seu valor. 
Questão: quem e o responsável pelo vício do produto ou do serviço? Art. 18 todos os fornecedores respondem solidariamente pelo vício do produto ou do serviço. Fabricante, importador, distribuidor, comerciante todos respondem solidariamente podendo processar qualquer um deles. 
Objetivo: e a solução do vício, mais existe um procedimento a ser seguido:
Consumidor efetua a reclamação perante qualquer um fornecedor 
Fornecedor tem o dever e o direito de consertar.
Não resolvido o problema no prazo de 30 dias podendo ser aplicado ou reduzido com acordo prévio entre as partes, podendo o consumidor escolher uma das condições do art. 18 :
Abatimento proporcional do preço 
Desfazimento do negocio ( com devolução do dinheiro )
Novo produto ou serviço 
OBS: sendo tudo um direito potestativo do consumidor a escolha do consumidor. 
Prazos 
Prescrição – reparação de danos 5 anos ( responsabilidade pelo fato )
Decadência – busca a solução do vício ( responsabilidade e pelo vício )
Produto durável 90 dias 
Produto não durável 30 dias 
Vício de difícil constatação de difícil aparência, conta-se no dia que conhece o vício. 
Ler 39 (pratica abusiva) e 51 (clausula abusiva) do CDC
	CDC
	Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
        I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
        II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
        III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
        IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
        V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
        VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
        VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;
        VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
        IX - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério;
        IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
        X - (Vetado).
        X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
        XI -  Dispositivo  incluído pela MPV  nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em inciso  XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
        XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.(Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
        XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999)
        Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
	CDC
	Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
        I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica,a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
        II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
        III - transfiram responsabilidades a terceiros;
        IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
        V - (Vetado);
        VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
        VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
        VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
        IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor;
        X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
        XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor;
        XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
        XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
        XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
        XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
        XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
        § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
        I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;
        II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
        III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
        § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
        § 3° (Vetado).
        § 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.
OAB Resolução de Questões – Direito do Consumidor
OAB RESOLUÇÃO DE QUESTÕES Disciplina: Direito do Consumidor Prof: Rodrigo
Aula nº01
Questã0 01
Analisando o artigo 6º, V, do Código de Defesa do Consumidor, que prescreve: “São direitos básicos do consumidor: V – a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas”, assinale a alternativa correta.
(A) Não traduz a relativização do princípio contratual da autonomia da vontade das partes.
(B) Almeja, em análise sistemática, precipuamente, a resolução do contrato firmado entre consumidor e fornecedor.
(C) Admite a incidência da cláusula rebus sic stantibus. (D) Exige a imprevisibilidade do fato superveniente.
Questão 02
(OAB FGV VIII EXAME) Determinado consumidor, ao mastigar uma fatia de pão com geleia, encontrou um elemento rígido, o que lhe causou intenso desconforto e a quebra parcial de um dos dentes. Em razão do fato, ingressou com medida judicial em face do mercado que vendeu a geleia, a fim de ser reparado. No curso do processo, a perícia constatou que o elemento encontrado era uma pequena porção de açúcar cristalizado, não oferecendo risco à saúde do autor. Diante desta narrativa, assinale a afirmativa correta.
 A) O fabricante e o fornecedor do serviço devem ser excluídos de responsabilidade, visto que o material não ofereceu qualquer risco à integridade física do consumidor, não merecendo reparação.
B) O elemento rígido não característico do produto, ainda que não o tornasse impróprio para o consumo, violou padrões de segurança, já que houve dano comprovado pelo consumidor.
C) A responsabilidade do fornecedor depende de apuração de culpa e, portanto, não tendo o comerciante agido de modo a causar voluntariamente o evento, não deve responder pelo resultado.
D) O comerciante não deve ser condenado e sequer caberia qualquer medida contra o fabricante, posto que não há fato ou vício do produto, motivo pelo qual não deve ser responsabilizado pelo alegado defeito.
Questão 03
Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de Viagens e Turismo “X” um pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, hospedagem por sete noites, e seguro saúde e acidentes pessoais, este último prestado pela seguradora “Y”. Após chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma gastrite severa e Marcos entrou em contato com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que não havia médico credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Elisabeth internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Paris, tudo às suas expensas. Partindo da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) O casal poderá acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do serviço tenha sido da seguradora, em razão da responsabilidade solidária aplicável ao caso.
B) O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de turismo responderia por falhas na organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi realizado por outra empresa.
C) O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora simultaneamente por se tratar da hipótese de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de insurgir em carência da ação.
D) O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismo já que havia liberdade de contratar o seguro saúde viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de venda casada, não há responsabilidade solidária na hipótese.
Questão 04
Franco adquiriu um veículo zero quilômetro em novembro de 2010. Ao sair com o automóvel da concessionária, percebeu um ruído todas as vezes em que acionava a embreagem para a troca de marcha. Retornou à loja, e os funcionários disseram que tal barulho era natural ao veículo, cujo motor era novo. Oito meses depois, ao retornar para fazer a revisão de dez mil quilômetros, o consumidor se
OAB Resolução de Questões – Direito do Consumidor
queixou que o ruído persistia, mas foi novamente informado de que se tratava de característica do modelo. Cerca de uma semana depois, o veículo parou de funcionar e foi rebocado até a concessionária, lá permanecendo por mais de sessenta dias.
Franco acionou o Poder Judiciário alegando vício oculto e pleiteando ressarcimento pelos danos materiais e indenização por danos morais. Considerando o que dispõe o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, a respeito do narrado acima, é correto afirmar que, por se tratar de vício oculto,
(A) o prazo decadencial para reclamar se iniciou com a retirada do veículo da concessionária, devendo o processo ser extinto.
(B) o direito de reclamar judicialmente se iniciou no momento em que ficou evidenciado o defeito, e o prazo decadencial é de noventa dias.
(C) o prazo decadencial é de trinta dias contados do momento em que o veículo parou de funcionar, tornando-se imprestável para o uso.
(D) o consumidor Franco tinha o prazo de sete dias para desistir do contrato e, tendo deixado de exercê-lo, operou-se a decadência.
Questão 05
(OAB FGV VII EXAME) A telespectadora Maria, após assistir ao anúncio de certa máquina fotográfica, ligou e comprou o produto via telefone.
No dia 19 de março, a câmera chegou ao seu endereço. Acercadessa situação, assinale a alternativa correta.
A) A contar do recebimento do produto, a consumidora pode exercer o direito de arrependimento no prazo
prescricional de quinze dias.
B) Mesmo que o produto não tenha defeito, se Maria se arrepender da aquisição e desistir do contrato no dia 25 de março do mesmo ano, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, deverão ser devolvidos, monetariamente atualizados.
C) Se, no dia 26 de março do mesmo ano, a consumidora pretender desistir do contrato, não poderá fazê_lo, pois, além de o prazo decadencial já ter fluído, os contratos são regidos pelo brocardo pacta sunt servanda.
D) Após o prazo de desistência, que é decadencial, Maria não poderá reclamar de vícios do produto ou de desconformidades entre a oferta apresentada e as características do bem adquirido, a não ser que exista garantia contratual.
Questão 06
Quando a contratação ocorre por site da internet, o consumidor pode desistir da compra?
(A) Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 dias depois que recebe o produto.
(B) Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, a menos que ele apresente vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir.
(C) Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela internet. (D) Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência.
Questão 07
A empresa Cristal Ltda., atendendo à solicitação da cliente Ruth, realizou orçamento para prestação de serviço, discriminando material, equipamentos, mão de obra, condições de pagamento e datas para início e término do serviço de instalação de oito janelas e quatro portas em alumínio na residência da consumidora.Com base no narrado acima, é correto afirmar que
(A) o orçamento terá validade de trinta dias, independentemente da data do recebimento e aprovação pela consumidora Ruth.
(B) Ruth não responderá por eventuais acréscimos não previstos no orçamento prévio, exceto se decorrente da contratação de serviço de terceiro.
(C) o valor orçado terá validade de dez dias, contados do recebimento pela consumidora; aprovado, obriga os contraentes, que poderão alterá-lo mediante livre negociação.
(D) uma vez aprovado, o orçamento obriga os contraentes e não poderá alterado ou negociado pelas partes, que, buscando mudar os termos, deverão fazer novo orçamento.
OAB Resolução de Questões – Direito do Consumidor
Questão 08
Academia de ginástica veicula anúncio assinalando que os seus alunos, quando viajam ao exterior, podem se utilizar de rede mundial credenciada, presente em 60 países e 230 cidades, sem custo adicional. Um ano após continuamente fazer tal divulgação, vários alunos reclamam que, em quase todos os países, é exigida tarifa de uso da unidade conveniada. A academia responde que a referência ao “sem custo adicional” refere-se à inexistência de acréscimo cobrado por ela, e não de eventual cobrança, no exterior, de terceiro.
Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta.
A) A loja veicula publicidade enganosa, que se caracteriza como a que induz o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança.
B) A loja promove publicidade abusiva, pois anuncia informação parcialmente falsa, a respeito do preço e qualidade do serviço.
C) Não há irregularidade, e as informações complementares podem ser facilmente buscadas na recepção ou com as atendentes, sendo inviável que o ordenamento exija que detalhes sejam prestados, todos, no anúncio.
D) A loja faz publicidade enganosa, que se configura, basicamente,	pela
falsidade,total ou parcial, da informação veiculada.
Questão 09
(OAB FGV VIII EXAME) João celebrou contrato de seguro de vida e invalidez, aderindo a plano oferecido por conhecida rede particular. O contrato de adesão, válido por cinco anos, prevê a possibilidade de cancelamento, em favor da seguradora, antes de ocorrer o sinistro, por alegação de desequilíbrio econômico_financeiro. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A) Os contratos de seguro ofertados no mercado de consumo, apesar de serem de adesão, são regidos pelo Código Civil, e a eles se aplica o Código de Defesa do Consumidor apenas subsidiariamente e em casos estritos.
B) A cláusula prevista, que estipula a possibilidade de cancelamento unilateral do contrato em caso de desequilíbrio econômico, seria viável desde que exercida na primeira metade do contrato.
C) O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar demanda contra a seguradora, buscando ser declarada a nulidade da cláusula contratual celebrada com os consumidores, e que seja proibido à seguradora continuar a ofertá_la no mercado de consumo.
D) A cláusula prevista no contrato celebrado por João não é abusiva, pois o seguro deve atentar para a equação financeira atuarial, necessária ao equilíbrio econômico da avença e à própria higidez e continuidade do contrato.
Questão 10
Aurora contratou com determinada empresa de telefonia fixa um pacote de serviços de valor preestabelecido que incluía ligações locais de até 100 minutos e isenção total dos valores pelo período de três meses, exceto os minutos que ultrapassassem os contratados, ligações interurbanas e para telefone móvel. Para sua surpresa, logo no primeiro mês recebeu cobrança pelo pacote de serviços no importe três vezes superior ao contratado, mesmo que tivesse utilizado apenas 32 minutos em ligações locais. A consumidora fez diversos contatos com a fornecedora do serviço para reclamar o ocorrido, mas não obteve solução. De posse dos números dos protocolos de reclamações, ingressou com medida judicial, obtendo liminar favorável para abstenção de cobrança e de negativação do nome.
Considerando o caso acima descrito, assinale a afirmativa correta.
A) A conversão da obrigação em perdas e danos faz-se independentemente de eventual aplicação de multa.
B) A multa diária ao réu pode ser fixada na sentença, mas desde que o autor tenha requerido expressamente.
C) A conversão da obrigação em perdas e danos independe de pedido do autor, em qualquer hipótese.
D) A tutela liminar será concedida, desde que não implique em ordem de busca e apreensão, que requer medida cautelar própria e justificação prévia.
 
Gabarito
1 - c
2 - b
3 - c
4 - b
5 - c
6 - d
7 - c
8 - d
9 - c
10 - a
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