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ADM 1 SEMESTRE UNOPAR

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Fundamentos e Teoria Organizacional
	Visão geral
	
	Apresentação da disciplina:
	
	A disciplina de Fundamentos e Teoria Organizacional tem a finalidade de proporcionar aos alunos a oportunidade de compreender a influência e a importância dos administradores e os principais conceitos para gestão de uma organização. Por meio das teorias da administração será apresentada a evolução do mundo corporativo e as principais ferramentas utilizadas atualmente pelos gestores.
	
 
	Objetivos:
	
	Nesta unidade, você será levado a:  
Apresentar os conceitos e os componentes básicos da administração para entendimento dos processos administrativos.
Entender como a história influencia na história e evolução da gestão.
Conhecer como os ambientes internos e externos interferem na gestão das organizações. 
Compreender as principais funções do gestor nas etapas de planejamento, controle, organização e liderança.
Analisar as futuras tendências na gestão das pequenas e médias empresas.
	
	Conteúdo Programático:
	
	UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO E CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO
Conceitos de administração
O papel e as funções do administrador
Recursos da empresa
Os níveis organizacionais e habilidades administrativas
Organização e suas classificações
 
UNIDADE 2 – BASES HISTÓRICAS E TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Bases históricas da administração
Abordagem clássica 
Abordagem humanística
Abordagem organizacional 
Tendências de gestão
	
	Metodologia:
	
	
	Os conteúdos programáticos ofertados nessa disciplina serão desenvolvidos por meio das teleaulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), ala atividade por Chat para aprofundamento e reflexão e webaulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos independentes (Portfólios) além do material do impresso por disciplina.
	
	
 
	Avaliação Prevista:
	
	
	O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir à teleaula, participação no fórum, produção de texto/trabalho no portfólio, realização de quatro avaliações virtuais, uma avaliação presencial embasada em todo o material didático, teleaula, webaula e material complementar.
	
	
	Habilidades e competências
	
	
	Ao final das unidades espera-se que você:
Compreenda a importância da organização na sociedade, bem como, o administrador como gestor de recursos.
Aplique os conhecimentos das teorias da administração na sua organização e analise as possibilidades de adaptações conforme o ramo de atuação.
Desenvolva a percepção de dimensão da empresa e os principais termos utilizados na administração.
	
WEB AULA 1
Unidade 1 - INTRODUÇÃO E CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO
 
1. ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADOR
Vamos iniciar os estudos entendendo o que significa administração? E qual é o papel do gestor em uma organização?
Para Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 384): “Administração é o processo de consecução de objetivos organizacionais de uma maneira eficiente, eficaz e efetiva, por meio do planejamento, da organização, da liderança e do controle dos recursos organizacionais.”
Um autor muito conhecido na área de gestão é Idalberto Chiavenato (2004, p. 5) que define administração como: “É um complexo processo de tomar decisões a respeito de recursos e de objetivos a serem alcançados. A finalidade desse processo é buscar o alcance de objetivos por meio da utilização de recursos”.
Segundo Maximiano (2004, p. 15) o conceito refere-se a: “Ação! Administrar significa em primeiro lugar, ação... processo de tomar decisões norteados ou baseados em quatro conceitos básicos: planejar, organizar, dirigir e controlar [...]”
Podemos pensar de forma sucinta e dizer que administrar é saber lidar com pessoas, com informações e tomar decisão. Parece simples fazendo a leitura dessa frase, porém colocar em prática é bem mais complexo. A tomada de decisão pode e muitas vezes geram consequências para os envolvidos com a organização, pois há muitas informações a serem consideradas e analisadas. Sabe-se que não conseguimos ter controle de todas as informações e que as pessoas são fundamentais e únicas para alcançar o objetivo da empresa. Portanto o conhecimento e experiência, bem como o constante estudo são fundamentais para o gestor.
Você deve questionar por que apresentar mais de um conceito de administração se são todos parecidos?
Os conceitos podem ser parecidos, mas não são iguais. Percebe-se assim que cada autor ou estudioso pode ter uma análise diferente o que faz com que nós sempre busquemos várias definições para chegar a uma opinião para expandir o conhecimento.
Observando os conceitos de administração percebemos então que o papel do administrador é fazer a gestão das pessoas e dos recursos para alcançar os objetivos da organização. Por isso é fundamental, conhecer a organização para fazer a gestão. Os tipos de gestão podem ser os mais diversos, como: autoritário, participativo, democrático etc. Enfim, o gestor toma a decisão.
Chiavenato (2005, p. 5) apresenta bem o papel do administrador através do conceito apresentado abaixo:
O administrador dá direção e rumo às organizações, proporciona liderança às pessoas e decide como os recursos organizacionais devem ser arranjados e aplicados para o alcance dos objetivos da organização. Essas atividades se aplicam não somente ao presidente ou aos altos executivos, mas também aos supervisores de primeira linha ou aos líderes de equipe. Em outras palavras, elas se aplicam ao administrador situado em qualquer nível da organização.
	Saiba mais
Para conhecer os princípios gerais da administração leia o artigo “Princípios Gerais da Administração”, disponibilizado pelo Portal da Educação, através do link: <http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/27749/principios-gerais-de-administracao>. Com certeza irá ampliar sua visão da administração
2. EFICIÊNCIA E EFICÁCIA
 
Nos conceitos de administração foi descrito que é importante alcançar os objetivos de forma eficiente e eficaz. Assim, o papel do administrador é fazer a gestão dos recursos e alcançar os objetivos, porém as organizações pela competitividade do mercado exigem mais do profissional. Vamos entender o que é ser eficaz e eficiente!
 
2.1 EFICÁCIA
 
Segundo Chiavenato (2005) eficácia é relaciona-se com os fins e propósitos da organização, ou seja, significa atingir objetivos e resultados.
Ser eficaz então é realizar as atividades em que foi proposto pelo gestor, com o melhor aproveitamento possível dos recursos, com foco em alcançar o resultado. Quanto menor o esforço para produzir um resultado, é claro, sem deixar de pensar na qualidade dos produtos e processos.
 
2.2 EFICIÊNCIA
 
Segundo Maximiano (2004, p. 115): “[...] eficiência é: realizar as atividades ou tarefas de maneira certa; e realizar tarefas de maneira inteligente, com o mínimo de esforço e com o melhor aproveitamento possível de recursos”.
A eficiência é fazer de maneira correta, ou seja, da forma que foi determinada para alcançar a meta, o resultado é importante mas fazer de forma determina/estabelecida é mais importante.
Um exemplo simples de eficiência e eficácia é quando estamos doentes e o médico informa que devemos tomar o remédio a cada oito horas. Neste caso podemos ter várias situações:
Imaginem que você tomou o remédio a cada oito horas conforme combinado e o remédio fez efeito, ou seja, o curou. Neste caso, o remédio obteve resultado, ou seja, foi eficaz e também foi tomado corretamente, foi eficiente.
Outra situação é o remédio fazer efeito, porém você perdeu o horário ou para adiantar um compromisso tomou o remédio no horário incorreto. Esse é um caso em que há eficácia, porém não há eficiência;
O contrário pode acontecer também de você tomar o remédio no horário em que foi recomendado, porém ainda continua se sentindomal. Nessa situação há eficiência, mas não eficácia.
E podemos ter a seguinte situação: você não conseguiu tomar o remédio no horário certo e também não melhorou da doença, sendo então nem eficiente e eficaz.
É claro, que percebida qualquer uma dessas situações em uma organização, o administrador deverá estar atendo e poderá alterar os processos, sendo sempre que possível eficaz e eficiente, que dá o nome de excelência.  
Para finalizar esse assunto, vamos analisar o quadro a seguir que apresenta as diferenças entre eficaz e eficiente.
	Link
Para aprofundar os conceitos de eficiência e eficácia, leia o artigo disponível no link: <http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/eficiencia-e-eficacia/361/>, escrito por Bernardo Leite.  Boa leitura!
 
 
 
3. ORGANIZAÇÃO
 
Por que entender o conceito de uma organização/empresa? Será que ela é importante para a sociedade?
Uma organização é a união de pessoas para alcançar objetivos comuns, é como um sistema em que os membros estão interligados uns aos outros. Quando dizemos então, que uma organização é um sistema dizemos que os envolvidos precisam um do outro. Exemplo: a empresa precisa de cliente e de funcionários, bem como os funcionários necessitam do salário e o cliente dos bens ou serviços oferecidos, e assim as organizações interagem.   
Segundo Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 383) “[...] a organização, independentemente de seu tamanho, como uma articulação ou arrumação deliberada de pessoas, que visa realizar um ou mais propósitos usando determinada tecnologia”.
Através desse conceito, podemos perceber que uma organização sem as pessoas não existe. E se estas mesmas pessoas não se coordenarem para buscarem o mesmo objetivo, provavelmente, não haverá sucesso ao alcance desta finalidade.
Imaginem se cada colaborador faz o que deseja e não o que a empresa precisa? Por isso muitas empresas veem como fundamental o colaborador “vestir a camisa” da empresa e compreender os objetivos, missão e valores do local onde trabalha.
Portanto, as organizações são gestoras de recursos com objetivo de produzir ou operacionalizar um produto ou serviço para a sociedade e podem ser classificadas de várias formas. Vamos ver uma das formas de classificar as organizações que podem ser: privada, pública e do terceiro setor.
 
Tipos de Organização
 
Organizações Setor Público: as organizações públicas são as instituições ligadas aos poderes públicos: executivo, legislativos e judiciários, e as empresas e agências administradas pelo governo.
Organizações Setor Privado: são empresas que são formadas por uma ou mais pessoas com os mesmos objetivos e que investem seus próprios recursos com a finalidade de fornecer um produto ou serviço para a população. As empresas também podem ter o nome da pessoa física, não sendo necessariamente ter um nome fictício.
Organizações do Terceiro Setor: são conhecidas pelo nome de ONGs ou OCIPs, e suas principais características são: não ter fins lucrativos e serem desvinculadas ao setor público e privado.
Atualmente temos empresas mistas, que são organizações que possuem parte dos colaboradores sendo funcionários do governo e outra parte terceirizada. Porém na dúvida quem define essa classificação é o contrato jurídico registrado na prefeitura e no cartório da cidade.
Outra forma de classificar a organização é pelo seu porte, o que é muito utilizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento para análise de projetos e fornecimento de capital (financiamento):
 
Existem muitas outras formas de classificar as organizações, como pelo setor da economia, número de colaboradores, tipo de serviços, entre outros. Nesse sentido, o gestor terá que conhecer como sua organização está classificada para melhor atender ao ramo, os clientes, os concorrentes e obter sucesso.
	Saiba Mais
Através do link disponibilizado iremos ler um artigo que se refere à importância das pessoas nas organizações. Por meio do texto confirmaram que sem pessoas não há organização. <http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/37223/importancia-das-pessoas-na-organizacao>.
Como mencionado anteriormente a organização atua como um sistema. Vamos entender isso melhor através da figura a seguir:
 
Através da observação da figura, percebe que o papel do gestor é fazer a gestão dessas etapas, ou seja, gestão dos recursos, dos processos para realização do produto/serviço e a saída do produto final, bem como o feedback para evitar erros e proporcionar o melhoramento. Mas como funciona cada etapa?
Entrada: trata-se dos recursos que serão utilizados pela organização que podem ser materiais, ou não, e o gestor de administrar esses cursos na compra, controle de qualidade, entre outros fatores. Os exemplos mais comuns são: matéria-prima, espaço, tempo, recursos financeiros, mão de obra.
Processo: trata-se da operacionalização dos recursos, o modo, a atividade, a forma em que será realizada, bem como as tarefas definidas em uma sequência lógica para ter o serviço ou produto ao final. O administrador deve observar se não há desperdício e perceber como otimizar os processos.
Saída: trata-se do resultado final oferecido pela organização, que pode ser um produto ou um serviço.
Feedback: análise para melhoramento do sistema da empresa, pois nesse momento será analisado o planejado com o realizado, e observado os pontos possíveis de alteração e melhoria. Essa etapa é fundamental para o crescimento da organização e cabe ao gestor prestar atenção em todo o sistema.
Um ponto muito analisado atualmente é o pós-venda ou serviço, ou seja, entrar em contato com o cliente após concretização do contrato e questionar a opinião do cliente.
Existem teóricos que não consideram os recursos humanos como recursos, pois são as pessoas que operacionalizam todo o processo dentro da organização. Nesse caso, recomenda-se analisar como a empresa define recursos humanos, qual é a composição da organização e principalmente como o colaborador está inserido no produto no final, como operador ou gestor.
Como as pessoas são fundamentais para a organização, vamos abordar agora dois temas: cultura organizacional e clima organizacional que são pertinentes e que são delineados por todos os colaboradores envolvidos por cada organização.
4. AS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR
 
Para obter sucesso muitos acreditam ser necessário o administrador ser dedicado, comprometido, inteligente e ter muitas outras aptidões desenvolvidas. Porém os principais teóricos citam além da sua formação acadêmica é preciso desenvolver suas habilidades e competências.
Conforme Chiavenato (2005) há três tipos básicos de habilidades desenvolvidas por Robert L. Katz necessárias ao administrador: as habilidades técnica, humana e conceitual, que serão descritas a seguir:  
Habilidade técnica: consiste em usar os conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a realização de tarefas específicas por meio de experiência profissional.
Habilidade humana: é a capacidade de discernimento para trabalhar com outras pessoas, comunicar-se, compreender suas atitudes, motivações, desenvolvendo uma liderança eficaz.
Habilidade conceitual: é a capacidade de lidar com ideias e conceitos abstratos. Essa habilidade permite que a pessoa faça abstrações e desenvolva filosofias e princípios gerais da administração.
De acordo com as habilidades descritas e com a próxima figura, percebe-se que quanto mais o administrador sobe na hierarquia, a importância das habilidades técnicas diminui e aumenta a necessidade de habilidades conceituais. 
 
Legenda:
* Quanto mais alto o nível, maior deve ser o conhecimento humano.
* Quanto mais baixo o nível, maior deve ser o conhecimento técnico.
Por meio da figura, fica claro que conforme suas habilidades forem desenvolvidas, há a maior possibilidade de atuar em níveis administrativos mais elevados. Há pesquisas acadêmicas que informam que a fluência na comunicação, bem como, o domínio de palavras é maior em cargos elevados queconfirmam os conceitos apresentados por Chiavenato.
Ponto que deve ser considerado são as competências de um administrador que o teórico Mintzberg (1973) na sua teoria abordou como: conhecimento, atitude e perspectiva.
Conhecimento: seriam as informações, definições, ideias, experiências e aprendizados adquiridos pelo gestor de acordo com sua especialidade. Como o mundo é dinâmico e competitivo, nesta competência o administrador deve estar em constante aprendizado.
Perspectiva: ter conhecimento não é o suficiente, para isso tem que colocar a teoria na prática, ou seja, saber aplicar o conhecimento para alcançar o resultado.
Atitude: após ter conhecimento e colocar em prática, temos que pensar no comportamento pessoal. Isso é necessário, pois cada um tem uma forma de agir de acordo com a situação, ou seja, um impulso e a determinação, bem como a convicção de fazer e acontecer.
 
Além das habilidades e competências desenvolvidas há os conhecimentos primordiais que cada administrador deve conhecer. De acordo com Drucker (2002) os principais temas são:
Conhecer as Áreas Funcionais (Conhecer a Empresa).
Conhecer o Processo Administrativo.
Conhecer a Anatomia e a Fisiologia da Empresa (Estrutura Organizacional e a Função).
Conhecer os Princípios Administrativos.
Conhecer as áreas funcionais como finanças, marketing, produção e recursos humanos proporcionará ao gestor a identificação pessoal com as áreas e principalmente, compreender as relações internas e dependentes entre elas.
Estudamos até agora as habilidades, competências e conhecimentos que são importantes para o sucesso profissional do gestor e de acordo com as teorias mais conhecidas. Ao analisar todo esse conteúdo, podemos nos assustar e pensar na dificuldade de se desenvolver, porém no dia a dia, já fazemos isso inconscientemente.
 
	Link
Sabemos que cada pesquisador ou teórico, poderá mencionar que essas habilidades não são o suficiente. Assim, façam a leitura do artigo Habilidades e Competências Gerenciais, escrita por Júlio Cesar, disponível no link:  <http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/habilidades-e-competencias-gerenciais/54250/>.
5. FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR 
Quais são as funções do administrador e o que cada função abrange?
São as atividades de planejar, organização, controlar e dirigir, e cada função contempla conforme Maximiano (2004, p. 27):
Planejamento: “[...] é o processo de definir objetivos, atividades e recursos”. Essa função do gestor é estratégica e deve ser elaborada com cuidado, pois irá orientar as atividades e recursos a serem administrados para alcançar o objetivo.
Organização: “[...] é o processo de definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela organização; é também o processo de distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério”.
Direção: “[...] é o processo de realizar atividades e utilizar recursos para atingir os objetivos. O processo de execução envolve outros processos, especialmente o processo de direção, para acionar os recursos que realizam as atividades e os objetivos”.
Controle: “[...] é o processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modificá-los”. Nesse processo será avaliado o que foi planejado, ou seja, se o resultado foi alcançado ou não.
	Questão para reflexão
Os quatro pilares do gestor são: planejamento, organização, controle e avaliação. Assim, discutam se os processos acontecem no cotidiano das empresas. Como eles acontecem? E se possível, compartilhem no fórum exemplos para podermos aprender uns com os outros.
Conhecemos as principais funções do gestor e percebemos que cada função envolve um processo diferenciado, ou seja, um modo, uma forma ou uma maneira diferente de realização. Outro detalhe é que cada ação deve ser desencadeada, de preferência, na ordem descrita com a finalidade de sucesso.
Essencialmente, quando um grupo de pessoas se reúne com o objetivo de atingir um dado resultado previsto, deve tentar fazê-lo de modo em que cada indivíduo conheça ou saiba exatamente qual é a sua atividade, sua tarefa ou o seu papel. Nesse aspecto, podemos dizer sumariamente que a ideia de processos envolve, então, quatro outros pontos básicos descritos por Casa Grande Júnior (2010):
Objetivo: alvo, fim, propósito; para dizer de maneira ainda mais específica, podemos pensar em uma meta, um ponto, uma linha, um lugar ou um estado que o(s) indivíduo(s) ou grupo(s) deseja(m) ou espera(m) bater, alcançar, conquistar ou estar. Podemos pensar nesse momento como a fase em que o(s) indivíduo(s) ou grupo(s) esteja(m), ao mesmo tempo, pensando quais objetivos pretendem alcançar, mas também, em como farão para alcançá-los.
Tarefas: obra ou porção de um trabalho que se deve realizar ou acabar em um determinado tempo ou prazo. As tarefas são conjuntos de encargos ou atividades pertinentes ou relativas a um dado projeto. Estas são realizadas por indivíduo(s) ou grupo(s) visando atingir um determinado fim ou objetivo. As tarefas podem ser separadas ou divididas entre os membros do grupo ou os indivíduos envolvidos no processo de realização de um determinado projeto ou atividade. Podemos pensar nesse momento como a fase de operação/ operacionalização das atividades/ tarefas.
Resultado: é a consequência, o efeito ou fim. Quando o indivíduo(s) ou grupo(s) envolvido(s) na realização de uma determinada tarefa decide(m), enfim, que todas as atividades propostas inicialmente chegaram ao fim previamente pensado e planejado; e que estão prontos ou aptos para extrair os resultados. Um dado importante sobre o resultado é que ele é, via de regra, variável, ou seja, pode ser satisfatório, parcialmente satisfatório ou insatisfatório. Esse momento é visto como a penúltima fase do projeto, o momento de conhecer o que se realizou. É principalmente aqui que os indivíduos podem ter uma ideia global sobre sua(s) atuação(ões) e envolvimento(s) na realização das tarefas.
Avaliação: de posse dos resultados, o(s) indivíduo(s) ou grupo(s) normalmente se reúne(m), e é importante que o faça(m), para avaliar, o u melhor, examinar, apreciar, prezar e tomar conta do(s) valor(es) atingido(s), da(s) meta(s) batida(s) e, enfim, dos objetivo(s) alcançado(s). Esse momento é essencial, pois pode nortear o(s) indivíduo(s) ou grupo(s) para planejar e realizar novas ações ou mesmo suscitar o desejo por novo(s) objetivo(s).
Neste contexto as funções e processos estão interligados e essenciais para conquistar o objetivo proposto. Mas é imprescindível ter objetivo e isso já faz parte da nossa natureza, um exemplo que devem se lembrar de é dos seus pais, amigos ou familiares questionarem sobre qual o seu objetivo, sua meta para o próximo ano, ou a profissão que gostaria de ter.
Constantemente mudamos os nossos objetivos e traçamos metas/tarefas a serem executadas e alcançamos ou não um resultado e no final avaliamos se poderíamos ter feito diferente e as dificuldades encontradas. Na gestão é igual, e teremos como na vida pessoal variáveis do ambiente interno e externo que interferem para que o processo delineado tenha conquistado o objetivo.
	Saiba Mais
Para abranger e aprofundar nosso estudo sobre o tema até agora abordado, peço que leiam o artigo “Funções de um Administrador”, disponibilizado através do link: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/funcoes-de-um-administrador/25691/>, escrito por João Placoná. Na leitura poderá perceber que tudo envolve as quatro funções descritas, e que implementar isso no dia a dia pode ser mais fácil na prática que na teoria.
Assista agora ao vídeo com o resumo que vimos até o momento.
	<http://www.youtube.com/watch?v=ux5KPcLVHlA
Por meio do vídeo podemos relembrar os principais conceitos do administrador, e pela representação das formigas observarem a importância das funções do administrador.
6. CULTURA ORGANIZACIONAL
 
Segundo Chiavenato (2010, p. 12):
A cultura organizacional envolve um complexo padrão de suposições e valores básicos – inventados, descobertos,ou desenvolvidos por determinado grupo, na medida em que ele aprende a lidar com seus problemas de adaptação externa e de integração interna – que funcionaram suficientemente bem para serem considerados validos e, portanto, para serem ensinados aos novos membros como o modo correto de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.
Percebe-se pelo conceito que a cultura organizacional é como se fosse a cultura de um país, porém um ambiente menor, ou seja, a maneira como a empresa interage como o mundo, sendo seu DNA. É claro que neste ambiente haverá elementos formais e informais de conduta que deverão ser respeitados e esse conjunto de normas é a cultura organizacional. E qual é a diferença entre os elementos formais e informais?
Os elementos formais são as regras de comportamentos estabelecidos na maioria dos lugares e também pela organização através de um manual, lei, entre outras possibilidades. Essas atitudes são regras ou valores determinados como o mínimo exigido e têm as características de serem formais, explícitos e visíveis. Exemplos de valores formais: tecnologias; objetivos; recursos; comunicação; estruturas; pessoas; valores e normas.
Os valores informais são as condutas que são desenvolvidas dentro da organização, e geralmente são implícitos e visíveis. Um exemplo simples: é uma pessoa que tem a habilidade de liderar mesmo não sendo o líder. Isso não é uma regra, pois existe um líder determinado pela organização, porém a habilidade dessa pessoa faz com que se destaque e consiga influenciar outras pessoas. Os principais exemplos são: atitudes; sentimentos; amizade; conflitos; comunicação; valores e normas.
A cultura organizacional é o conjunto desses valores informais e formais, e cada organização será diferente, nenhum é igual à outra, o que torna o papel do gestor ainda mais desafiador e interessante. Porém alguns exemplos citados podem estar tanto nos elementos formais quanto informais.
7. CLIMA ORGANIZACIONAL
 
Há muitas definições sobre clima organizacional com conceitos e objetivos diferentes conforme o tamanho, o sistema, o estilo de liderança e outras características que são individuais da organização. De acordo com Litwin e Stringer (1968, p. 187) definem clima organizacional como:
Um conceito que descreve a natureza subjetiva ou a qualidade do ambiente organizacional. Suas propriedades podem ser percebidas ou experimentadas pelos membros da organização e comunicadas por eles por meio de um questionário adequado.
Os autores Litwin e Stringer (1968) descrevem como qualidade do ambiente, sugerem o sentimento dos colaborados em relação aos recursos da organizacional, bem como da liderança entre outros fatores que influenciem os membros. É muito comum grandes empresas realizarem uma pesquisa de clima organizacional que identifica se os funcionários estão satisfeitos com os salários, seus líderes, seu ambiente de trabalho, os recursos utilizados para realizadas as atividades do dia a dia. Essa pesquisa tem como objetivo determinar pontos a serem melhorados e evitar comportamentos e atitudes ruins.
Uma das atividades aplicadas para melhorar o clima organizacional são palestras motivacionais que envolvem o colaborador e a empresa como um só, apresentando a importância do trabalho individual para a organização.
Assim, cultura organizacional envolve os valores da organização e dos indivíduos e o clima, o ambiente da organização, ou seja, os sentimentos desses valores por parte da empresa e dos colaboradores.
	Saiba Mais
Sobre a diferença entre cultura e clima organizacional, leia o artigo elaborado por Daniel R. Denison e perceba como isso interfere na vida pessoal e profissional dos colaboradores da empresa. Acesse: <http://www.sbdg.org.br/web/artigos_det.php?id=203>.
	
Na próxima webaula, vocês irão conhecer as principais teorias da Administração e as contribuições de cada escola da administração.
Fundamentos e Teoria Organizacional
 
Unidade 2 – BASES HISTÓRICAS E TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
 
1. INICIANDO OS ESTUDOS       
 
Para entendermos como funciona a administração hoje, é preciso voltar ao passado e descobrir quais foram os principais influenciadores da criação da administração, enquanto ciência. Veremos nestas aulas, a administração a partir da primeira revolução industrial.
Muitos personagens da história, e até mesmo personagens da Bíblia, colocaram em prática conceitos da administração sem saber que o estavam fazendo. Chiavenato (2003) cita que a criação e a formalização das teorias administrativas sofreu influência de vários antecedentes históricos, como por exemplo:
Influência da organização da Igreja Católica: a Igreja Católica influenciou por meio de sua estrutura, da hierarquia de autoridade e da coordenação funcional. A organização da Igreja Católica se concentra no comando de uma única pessoa, que é o papa, e essa estruturação serviu de modelo para muitas organizações.
Influência dos filósofos: a elaboração das teorias na área administrativa foi influenciada pelo pensamento de vários filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, Francis Bacon, René Descartes, Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau e Karl Marx.
Influência da organização militar: as organizações           militares possuem regras rígidas, escala hierárquica totalmente definida, definição das responsabilidades de cada membro, e até a organização das guerras serviu de inspiração para a administração.
 
A administração é o sistema estruturado e intuitivo que consolida de princípios, processos e funções para alavancar, harmonizar, o processo de planejamento de situações futuras desejadas e seu posterior controle e avaliação de eficiência, eficácia e afetividade, bem como a organização – estruturação – e a direção dos recursos das organizações para os resultados esperados, com a minimização, dos conflitos interpessoais. (OLIVEIRA, p. 8, 2008).
Observaram que os militares, os filósofos e a igreja foram alguns dos influenciadores da criação das Teorias Administrativas. Devemos levar em conta outras considerações, como a Revolução Industrial, as guerras mundiais e as mudanças com o grande crescimento e inovação da tecnologia. Mesmo sendo colocada em prática desde as primeiras civilizações, a formalização dos postulados científicos da administração somente teve início no começo do século XX pelo estudo sistemático do trabalho.
	Saiba Mais
Você sabia que a administração são recursos e processos de uso disponíveis e de atuação, planejada, supervisionada, organizada e controlada, com a finalidade de alcançar resultados previamente estabelecidos
Tivemos como percussores das primeiras teorias desenvolvidas que também ficaram conhecidas como Abordagem Clássica da Administração, teoria esta que engloba a Administração Científica, desenvolvida por Frederick Taylor; a Teoria Clássica, idealizada por Henry Fayol; e a Burocracia, elaborada por Max Weber.
 
2. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
 
Daremos início aos estudos sobre a teoria clássica da administração, falando da administração científica. Teve seus estudos no início do século XX, com o engenheiro Frederick Winslow Taylor, a partir do ano de 1903. Segundo Oliveira (2008), Taylor foi um dos primeiros estudiosos a ser consolidador e estruturador de ensinamento e questionamento da administração das organizações. Para Taylor a única maneira correta de fazer o trabalho era redesenhando as tarefas para alcançar a eficiência máxima.
	http://www.youtube.com/watch?v=FL7vrj8bPJs
Segundo Oliveira (2008), Taylor em seus estudos, partia do princípio que a administração das organizações deveria ter como foco a divisão do trabalho e na especialização dos funcionários e com a presença de supervisores para o acompanhamento do trabalho. Taylor também propunha a padronização de ferramentas e instrumentos de trabalhos, e associando o homem à premiação por tarefas executadas. Taylor tinha uma preocupação básica com relação ao processo de fabricação, na sua visão, era de que deveria dar ênfase a esse processo para evitar odesperdício, e consequentemente promoveria a prosperidade dos patrões e dos empregados.
 
	Saiba Mais
Instrumento administrativo é a metodologia ou técnica estruturada que a Teoria Geral da Administração proporciona para o desenvolvimento do processo de administração e da qualidade decisória nas organizações.
De acordo com Silva (2008), Taylor revolucionou a forma de trabalho através da aplicação de métodos científicos, em várias organizações. Ainda de acordo com o autor, a originalidade desses métodos estava ligada diretamente à visão de engenharia. Taylor não possuía treinamento em administração, ele buscava investigar os procedimentos que deveriam ser realizados.
Segundo Maximiano (2006), trabalhando em uma fábrica de bombas foi Taylor que começou a observar algumas atitudes dos funcionários, chegando à conclusão de que só mesmo os que faziam corpo mole para o trabalho e o entendimento entre gerentes e as relações entre funcionários não eram os de boa cordialidade.
	 
Através de suas observações Taylor apontou alguns problemas de ordem administrativa, sendo que algumas até os dias de hoje são encontradas dentro das organizações.
A administração não tinha noção clara de divisão de suas responsabilidades com o trabalhador.
Não havia incentivos para melhorar o desempenho do trabalhador.
Muitos trabalhadores não cumpriam suas responsabilidades.
As decisões dos administradores baseavam-se na intuição e no palpite.
Não havia integração entre os departamentos da empresa
Os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não tinham aptidão.
Os gerentes pareciam ignorar que a excelência no desempenho significaria recompensas tanto para eles quanto para as mãos de obras.
Havia conflito entre capatazes e operários a respeito da quantidade da produção. (MAXIMIANO, 2006, p. 38).
“Ao longo de sua carreira, Taylor procurou resolver esses e outros problemas que eram e continuam sendo comuns nas empresas”. (MAXIMIANO, 2006, p. 38).
3. ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO
 
Um dos estudos mais marcantes de Taylor foi a Organização Racional do trabalho (ORT). Com ele, Taylor tentou substituir os métodos empíricos e rudimentares de trabalho por métodos científicos, ficou conhecida por Organização Racional do Trabalho (ORT), se fundamento nos seguintes princípios:
Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos;
Estudo da fadiga humana;
Divisão do trabalho e especialização do operário;
Desenho de cargos e de tarefas;
Incentivos salariais e prêmios de produção;
Conceito de homo economicus;
Condições ambientais de trabalho, como iluminação e conforto;
Padronização de métodos e de maquinas;
Supervisão funcional. (CHIAVENATO, 2003, p. 57).
A (ORT) se deu ao fato de que Taylor, notou que os funcionários, aprendiam suas atividades através de observação com os companheiros vizinhos. (CHIAVENATO, 2003).
Taylor foi o criador e participante mais destacado no movimento da administração científica. Taylor é a figura central desse movimento não apenas pela natureza de suas contribuições, mas também porque muitos o reconheciam como sua liderança. (MAXIMIANO, 2006, p. 37).
Taylor com a administração científica teve vários seguidores, porém o destaque fica por conta de Henry Ford que provavelmente seja um dos mais conhecidos, tendo iniciado sua vida como mecânico, que contando com sua capacidade e conhecimento projetou sua primeira indústria de automóvel em 1899, porém fechou-a sem muito sucesso.
	QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Quais as competências que preciso desenvolver para ser um gestor de sucesso?
 
	Saiba Mais
O   primeiro “automóvel” criado por Henry Ford foi um quadriciclo.  Pesava 220 Kg e tinha dois cilindros. Não tinha volante, nem marcha ré e oferecia duas possibilidades de velocidade, 16 e 32 Km por hora, além de andar sobre 4 rodas de bicicleta.  Ford testou o famoso quadriciclo em 4 de junho de 1896, às quatro horas da manhã, nas ruas próximas à sua casa alugada em Detroit. :
Disponível em: <http://www.clubedofordinho.com.br/si/site/0025/p/Curiosidades>. Acesso em: 3 abr. 2014
Segundo Chiavenato (2003), Ford foi persistente. Em 1903, fundou a sua segunda fábrica e inovou e popularizou o automóvel, que anteriormente era fabricado em um processo artesanal, atingindo a uma classe que era a dos milionários. A sua ideia foi vender carros a preços baixos, dando total garantia a seus compradores.
“Ford (1863-1947), que otimizou as linhas de montagem, mas manteve situações de miopia nas análises do processo produtivo, tais como a visão muito estreita da realidade dos indivíduos, sem os considerar na plenitude do ser humano”. (OLIVEIRA, 2008, p. 78).
De acordo com Chiavenato (2003), Ford revolucionou as indústria, criando a linha de montagem em série ou também chamada de produção em massa, feito este que o permite a colocar carros no mercando com qualidade e com custo reduzido, sendo o seu diferencial a grande quantidade de peças padronizadas e trabalhadores especializados.
 
	Vídeo
Quer entender um pouco mais sobre a vida de Henry Ford? Convido você a acessar o vídeo Fordismo e Henry Ford.
<http://www.youtube.com/watch?v=al9AZjSbIF8>.
Alguns autores o consideram o pai da produção em massa. Segundo Maximiano (2006), a massificação ou trabalho em série faz com que cada peça ou componente seja montado em qualquer sistema ou produção final. Com o princípio da massificação, surge o controle de qualidade, com o objetivo de trazer uma uniformidade nas peças fabricadas. Com esta padronização Ford procurou simplicidade, diminuindo o número de peças em seus produtos.
A linha de montagem móvel tornou-se realidade para Ford, quando em 1914, fez a montagem do chassi de seus carros, processo pelo qual cada operário introduzia uma parte do carro conforme a esteira ia passando, e com isso diminuiu consideravelmente o tempo de fabricação de um veículo que antes era artesanal e agora mecânica. Veja exemplo:
4. INOVAÇÃO DE FORD
 
De acordo com Maximiano (2006), Ford não somente inovou com a fabricação de carro, tendo como destaque o Ford modelo T, que trazia consigo manual de orientação aos proprietários, inovou também na jornada de trabalho de seus funcionários, quando adotou oito horas diárias e para despertar a fúria de seus concorrentes dobrou o valor do salário de seus funcionários.
Henry Ford desenvolveu três princípios de administração:
Princípio da economicidade: propunha a redução de estoque da matéria-prima em transformação. Através da agilização da sua linha de montagem conseguiu que os carros fabricados em suas indústrias chegassem a mão do consumir com maior rapidez e liquidez.
Princípio da intensificação: com esse processo, o ciclo da finalização do produto diminuiu o que o tornou bem competitivo no mercado.
 Princípio de produtividade: recomenda o máximo de produção dentro de um determinado período por meio de especialização do operado da linha de montagem.
	Saiba Mais
Ford com sua filosofia de produção em série, conseguiu preços baixos e altos salários e organização eficiente do trabalho, destacando-se a rapidez de fabricação. Henry Ford apresentou aos quatro cantos do mundo um grande exemplo de administração eficiente individual que pode ser visto pela história até 
5. TEORIA CLÁSSICA
 
Dentro da abordagem clássica da administração tivemos também a participação importante de Henry Fayol outro personagem que trouxe muita contribuição para administração nos dias de hoje. Ao contrario de Taylor e Ford, que focavam a preocupação com a atividade realizada por cada operário, Fayol tinha a visão voltada para o aspecto geral da estrutura organizacional, que foi denominada de teoria clássica da administração ou simplesmente teoria administrativa.
	Reflexão
Como seria as organizações nos dias de hoje, se não houvesse estudos por parte de Taylor, Fayol e outros estudiosos da administração no inicio do século XX.
A teoria científica e a teoria administrativa buscava a eficiência nas organizações, porém com focos diferentes, pois Taylor se dedicavaa dar ênfase às tarefas, enquanto a ênfase de Fayol era na estrutura.
Segundo Silva (2008), a teoria administrativa foi concebida para se projetar em organizar coisas. Traz forte indício de que é preciso obter vantagem da especialização e outros benefícios da burocracia formal de uma organização. Entre as atividades ou operações administrativas, Fayol estabeleceu e as dividiu em grupos, conforme descrito a seguir.
Função técnica: está relacionada à produção de bens e serviços de uma organização.
Função comercial:  está relacionada à comercialização da empresa. Ex.: (compra, venda e troca).
Função financeira: a função financeira está ligada à administração do capital da organização.
Função de segurança: esta atividade está ligada em proteger as pessoas e ao mesmo tempo os bens da organização.
Função contábil: está relacionada ao controle e registro das despesas organizacionais.
Função administrativa: relacionada com a integração de todas as operações da organização
6. AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
 
A administração é definida por Fayol como sendo atividades administrativas, compostas por cinco funções: prever, organizar, comandar coordenar e controlar.
Para um entendimento sobre função administrativa, Fayol define como o ato de administrar sendo prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. De acordo com Chiavenato (2003), as funçõesadministrativas envolvem cinco elementos:
Previsão: Está ligada em prever eventos futuros e determinar as atividades futuras mais eficazes para a empresa.
Organização: Está ligada em constituir o duplo organismo material e social da empresa.
Comando: dirigir e orientar pessoas, está relacionada a como os gerentes administram os funcionários. Fayol tratou de atividades como comunicação eficaz;
Coordenação: A coordenação preocupa-se com as atividades desenhadas para o lugar e criar uma conexão entre todos os esforços da organização (tarefas individuais).
Controle: Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras e os gerentes avaliam o desempenho dentro da organização com relação aos planos e às metas desejadas.
	 
Vídeo
A Abordagem Clássica da Administração engloba aTeoria Científica com ênfase nas tarefas e aTeoria Clássica com ênfase na estrutura. Esses estudos não tiveram como minimizar os efeitos da Crise de 1929, que teve um efeito dominó, abalou o mundo e em especial a economia americana. Para saber um pouco mais, convido você a assistir ao vídeo “A Crise de 29 (A Grande Depressão)”, que mostra alguns fatos históricos organizacionais importantes
Segundo Chiavenato (2003), os elementos mostrados acima constituem o chamado processo administrativo, os quais Fayol colocava como localizador dos diversos cargos dentro da organização independente do nível ou hierarquia
7. TEORIA DAS RELACÕES HUMANAS
 
De acordo com Silva (2008), a Teoria das Relações Humanas surgiu de uma pesquisa desenvolvida pelo psicólogo Elton Mayo, que ficou conhecida como "Experimento de Hawthorne". Elton Mayo, foi um dos maiores incentivadores da escola das Relações Humanas, desenvolvendo sua pesquisa dentro de uma fábrica de componentes telefônicos chamada Western Electric Company, situada no bairro de Hawthorne, em Chicago, de onde surgiu o nome de “Experiência de Hawnthorne”.
Outros pesquisadores também trabalharam na pesquisa, porém Elton Mayo foi o que teve destaque neste estudo. Antes na fábrica da Western Electric Company, Mayo também protagonizou um estudo dentro de uma fábrica de tecido no Estado de Filadélfia, onde ocorria uma rotatividade grande de funcionários, ocasionado por fadiga humana, o que causava tristeza e depressão nos funcionários. Detectando o problema Mayo estabeleceu períodos de descanso ao longo do dia.
Embora Elton Mayo tenha realizado vários trabalhos, o que mais deu destaque foi a “Experiência de Hawthorne”, cujo objetivo do estudo era verificar como os funcionários reagiriam com a intervenção humana na iluminação do ambiente de trabalho e como seria a sua produtividade.
Segundo Silva (2008), a “Experiência de Hawthone” teve início no mês de novembro de 1924 com término em abril de 1927 e foi realizado em três etapas.
As teorias organizacionais da época consideravam racionalmente a parte econômica dos trabalhadores e assumiam que eles eram “motivados” somente por fatores externos. Nessa linha de considerações, os pesquisadores da iluminação esperavam que a produtividade crescesse com o aumento dos níveis de iluminação. (SILVA, 2008, p. 188).
No primeiro experimento, trabalhadores em três departamentos da Western Electric foram expostos a diferentes níveis de iluminação. Os pesquisadores descobriram que a produtividade crescia com o aumento da iluminação, mas não em uma razão tão direta.
No segundo experimento, dois grupos de trabalhadores, em quantidades iguais de membros, foram colocados em ambientes diferentes: um grupo sob iluminação constante e outro sob iluminação variável. As diferenças de eficiência de produção entre os grupos foram muito pequenas, de modo que nada pode afirmar sobre a iluminação.
O terceiro experimento foi levado a efeito com um grupo controlado de trabalhadores sob constante nível de iluminação, e outro grupo, sob uma série de mudanças cuidadosamente controlada no nível de iluminação. (SILVA, 2008, p. 188)
	Link
 
Quero chamar a atenção de vocês para o texto Teoria das Relações Humanas. Este texto traz uma explicação de como foi essa experiência que deu início à valorização do homem, criando a hipótese do homem social. “Elton Mayo e equipe propuseram uma nova teoria da motivação antagônica à do homo economicus: o ser humano é motivado, não por estímulos salariais e econômicos, mas por recompensas sociais e simbólicas”. (Chiavenato, 2003, p. 116).
http://administer33.wordpress.com/2012/05/22/teoria-das-relacoes-humanas/
 
	Vídeo
Trouxe para vocês um vídeo visando maior entendimento sobre a Teoria das Relações Humanas, o vídeo é sobre “Experiência de Hawthorne”, que de forma inusitada esclarece o estudo.
<http://www.youtube.com/watch?v=KOGrcLx5W-g>.
Os pesquisadores puderam verificar, que na realidade, o que influenciava os funcionários ao aumento da produtividade era o tipo de relacionamento tinha com o grupo e não necessariamente as condições de trabalho que lhe eram concedidas. Após estas conclusões surgiram as teorias que vieram a se preocupar em entender o comportamento das pessoas como meio de aumentar a produtividade e a eficiência organizacional.
	Reflexão.
Muitos estudos já foram feito dentro das organizações a ainda continuam estudando o comportamento das pessoas, Você como gestor de uma grande empresa como reagiria sabendo do mau comportamento de alguns funcionários fora da empresa.
8. TEORIA DA BUROCRACIA
 
Segundo Oliveira (2008), a teoria burocrática teve o desenvolvimento em 1909, tendo como seu percursor Max Weber, porém veio a se desenvolver na década de 40.
“O conceito de burocracia, para Max Weber, era bem amplo, pois ele considerava que qualquer sociedade, organização ou grupo, que sustente o oriente os seus atos em leis racionais, é uma burocracia”. (Oliveira, 2008, p. 121).
	Vídeo
Ao pensarmos em burocracia, pensamos logo em longas filas e a quantidade de papelório que nos espera, quando sem se tratando de órgãos público, onde os procedimentos fazem com que a “máquina” não ande, é o que vamos observar no trecho do desenho “Axterix e os doze trabalhos"!
<http://www.youtube.com/watch?v=FQPe0aQSitM>.
 
Max Weber percebeu que as organizações do início do século XX viviam um caos com relação às normas e aos procedimentos de trabalho. Os gerentes administravam baseados no que eles achavam que era correto e não em um processo padronizado e científico de trabalho.  Max Weber definiu a burocracia como uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, com o intuito de garantir a máxima eficiência possível Para conseguir essa eficiência, na burocracia precisa-se detalhar antecipadamente como as coisas deverão ser feitas. Assim, ele iniciouos estudos sobre a burocracia, que na sua concepção é a organização legal, formal e racional por excelência,
	Saiba Mais
A grande desvantagem da burocracia é quando os funcionários ficam obcecados pelas regras atrasando o processo de trabalho pela falta de autonomia
Maximiano (2006) aponta que a burocracia colocou em debate alguns aspectos de elevada importância na análise da estruturação das organizações:
Formalização dos procedimentos, descrição doa cargos, políticas, regulamentos.
Especialização das atividades realizadas nas organizações, resultado em concentrações de especialidades e conhecimentos.
Padronização das atividades uniformes das organizações.
Centralização na alta administração das organizações do professor e do poder de decisão.
 
Devemos ressaltar que a burocracia é uma boa estrutura quando o processo de trabalho exige a padronização das tarefas, mas deve-se tomar cuidado para que o excesso da burocracia não acabe causando prejuízos nos resultados organizacionais.
	Saiba Mais
Quero indicar um livro para leitura, nele irão encontrar todas as teorias. Sabendo que você é um dos grandes personagens do aprendizado, indico a leitura do livro Introdução à Teoria Geral da Administração, que pode ser baixado no link:
<http://helpanalysis.wordpress.com/2012/03/02/livro-teoria-geral-da-administracao-completo/>.
Chiavenato (2003) argumenta que Max Weber, ao formular o modelo burocrático de organização, não previu a possibilidade de flexibilidade da burocracia para atender a duas circunstâncias: a adaptação da burocracia às exigências externas dos clientes e a adaptação da burocracia às exigências internas dos participantes conflitos gerados no ambiente, dando origem à abordagem comportamental.
9. ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
 
De acordo com CHIAVENATO (2003), A Teoria comportamental, começa a ganhar destaque na década de 40. A Teoria comportamental faz dura criticas a outras teorias. “Em 1947, surge um livro que marca o inicio da Teoria comportamental na administração: O Comportamento Administrativo de Herbert A. Simon” (CHIAVENATO,2003, P. 329).
Quando falamos em abordagem comportamental, que também é chamada de behaviorista, traz a marca de uma das mais fortes influenciadoras das ciências do comportamento na teoria administrativa e a busca de novas soluções democráticas, humanas e flexíveis para os problemas organizacionais. Sua ênfase é nas pessoas, e no comportamento.
	
Saiba Mais
A teoria comportamental surgiu no final da década de 1940, com uma redefinição total de conceitos administrativos. Para o behaviorismo é possível prever e controlar toda a conduta humana, com base no estudo do meio em que o indivíduo vive. Para entender melhor assista ao vídeo “Behaviorismo Teoria Comportamental”, que explica esse “braço” da abordagem comportamental.
<http://www.youtube.com/watch?v=C_LGqePef1A>.
 
Você tem uma opinião formada sobre o pensamento de Watson e Skinner? Será que suas teorias têm validade nos dias atuais? Você como futuro administrador poderá pôr em prática esses pressupostos?
De acordo com Oliveira (2008), a teoria comportamental (behaviorista) da administração veio significar uma nova direção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, estudando a motivação humana (suas necessidades básicas), definindo estilos de administração, caracterizando as organizações como sistemas sociais cooperativos e como sistemas de decisões. Para um melhor entendimento e compreensão sobre essa abordagem, leia o texto “Abordagem Comportamental da Administração” traz um relato conciso dos principais fatos.
Nesta webaula sintetizamos as teorias e abordagens que deram origem ao estudo da administração como ciência.
	Link
Para um melhor entendimento e compreensão sobre essa abordagem, leia o texto “Abordagem Comportamental da Administração”  que traz um relato conciso dos principais fatos.
http://www.professorcezar.adm.br/Textos/AbordagemComportamental.pdf
 
Nesta webaula sintetizamos as teorias e abordagens que deram origem ao estudo da administração como ciência.
 
	Saiba mais
Convido você a estudar as outras teorias e relembrar as teorias abordadas utilizando o material disponibilizado no link a seguir, que o auxiliará a compreender as principais teorias do complexo mundo organizacional.
<http://claudioconsultoria.files.wordpress.com/2010/02/apostila-de-tga-unipac.pdf>.
 
	Vídeo
O vídeo “Fundamentos da Administração” faz uma síntese das principais abordagens e tendências da administração indicadas para estudo.
<http://www.youtube.com/watch?v=QKbPCcr4fXY>.
10. ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVO (APO)
 
Segundo Chiavenato (2003), a Administração por Objetivo (APO), surgiu quando Peter F. Drucker fez a publicação de um livro no ano de 1954, que falava sobre a (APO).
“O enfoque baseado no “processo” e a preocupação maior com as atividades (meios) passaram a ser substituídos por um enfoque nos resultados e objetivos alcançados (fins)”. (CHIAVENATO, 2003, p. 228).
Mas o que seria essa (APO)? Ela tem como característica e o processo pelo qual gerentes e seus subordinados identificam objetivos comuns, definindo a responsabilidade de cada um dentro de uma determinada área, focando a atingir os resultados esperados.
De acordo com Chiavenato (2003), a APO é um método em que gerentes e subordinados se reúnem para definirem metas, especificando assim a responsabilidade para cada função em busca do resultado esperado, passando a constituir indicadores e padrões de desempenho.
	Saiba Mais
Você sabia que um objetivo é um enunciado escrito sobre resultados a serem alcançados em um período determinado Chiavenato (2003, p. 232).
A administração por objetivo tem o papel como base à avaliação do desempenho do ser humano. Dentro desta concepção, Chiavenato (2003, p. 228, 229), a APO trabalha da seguinte forma:
Gerentes e subordinados se reúnem, discutem, negociam e em conjunto formulam os objetivos de desempenho para os subordinados.
O gerente se compromete a proporcionar apoio, direção e recursos para que o subordinado possa trabalhar eficazmente.
O subordinado passa a trabalhar para desempenhar metas e cobra os meios de recursos necessários para alcançar objetivos.
Gerente e subordinado se reúnem para avaliação conjunto.
A partir da avaliação conjunta, há uma reciclagem do processo.
De acordo com Chiavenato (2003), a administração por objetivos, define os objetivos por posições de gerências, sendo estes objetivos por metas, alvos, ou finalidade, embora com denominações diferentes, a ideia é a mesma, determinar os “resultados que o gerente e o subordinado deverão alcançar”.
	Vídeo
Convido vocês a assistirem ao vídeo sobre administração por objetivo a união:
 
http://www.youtube.com/watch?v=H3NT1gAWmUw
11. SISTEMA DE TEORIA
 
Segundo Oliveira (2008), esta pode ter sido a teoria que mais provocou influência e ainda influenciam as demais teorias da administração, devido aos seus estudos empregados às organizações.
A teoria do sistema foi desenvolvida pelo biólogo alemão Karl Ludwig von Bertalanffy, tendo como estudos preliminares no metabolismo, nos estados estáveis e nos sistemas abertos.
Chiavenato (2003) coloca que os principais conceitos relacionados a sistema são: entrada, saída, retroação.
Entradas: o sistema recebe entradas ou insumos para poder operar, colocando como exemplo, informações, energia e materiais.
Saídas: ele também conceitua a saída dentro do sistema, como o resultado final da operação de um sistema, que está ligada a informações, lucros, pessoas aposentadas ou que se desligam, poluição e detritos.
Retroação: é um mecanismo em que uma parte da energia de saída de um sistema ou de uma máquina volta à entrada.
Silva (2008) define sistema como sendo “um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interagentes e interdependentes relacionados cada um ao seu ambiente de modo a formar um todo organizacional”, e quando algo tal como uma organização, é examinadosobre o ponto de vista de sistema, pode significar que é dada atenção especial tanto aos elementos como à interação.
	Vídeo
Este vídeo mostra um pouco da teoria do sistema:
 
http://www.youtube.com/watch?v=wZ61PcU7Y54
12. ABORDAGEM CONTINGENCIAL
 
De acordo com Silva (2008), a teoria das contingências, na década de 1970, pode ser vista como um desenvolvimento da Teoria de Sistema, indo a um estágio posteriormente relacionado com ambiente e estruturas específicas de organizações.
Oliveira (2008) faz uma análise simplista, partindo do ponto de vista de que a Teoria Contingencial alavancou uma abordagem bem mais ampla para outras teorias da administração, citando como exemplo as decorrentes da escola humanista.
	Saiba Mais
“A teoria das contingências estabelece que situações diferentes exigem práticas diferentes, apregoando o uso das teorias tradicionais, comportamentais e de sistemas separadamente ou combinadas para resolver problemas das organizações”. (SILVA, 2008, p. 333)
Segundo Chiavenato (2003), foram várias pesquisas que deram surgimento à teoria da contingência, levando estas pesquisas a um modelo de estrutura para as organizações.
 
	Vídeo
O vídeo “Teoria da Contingencia” trará para você explicação e visualização sobre a teoria acima.
< http://www.youtube.com/watch?v=b6j3fd9Td1E >.
Unidade 1 
 “Comunicação” e “linguagem”. Como você relaciona esses dois termos? Qual é o papel da linguagem na comunicação? O que é, de fato, comunicar? O que é comunicar bem? Essas são questões que merecem certa atenção no ambiente administrativo, uma vez que o sucesso de muitas ações estratégicas depende do bom uso da linguagem, em um eficiente processo comunicativo. Por isso, nesta unidade, estudaremos alguns conceitos basilares no que tange à comunicação e ao seu papel no mundo administrativo.
Inicialmente, conceituaremos a comunicação, entendendo-a como um processo dinâmico e multifuncional, a partir do enfoque das funções da linguagem e, também, dos aspectos sociais que a permeiam. Por fim, examinaremos a presença da comunicação no universo empresarial, verificando as habilidades necessárias para que os textos que circulam nesse campo sejam eficazmente comunicativos.
Pronto para estabelecer esse contato comunicativo com o conhecimento? Então, vamos lá!
 
O processo da comunicação
 
“Comunicação” é uma palavra muito presente em nossa vida, não é? Como você a definiria?
Bordenave (1987, p. 19) diz que “[...] a comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social”. Quando iniciamos um processo de comunicação, passamos a atribuir significados às coisas. É por meio dela que nós nos situamos no mundo, transmitimos ideias e mensagens, informamos e somos informados. Trata-se, assim, de um processo que acompanhou o homem ao longo de toda a sua história, com papel relevante no desenvolvimento da humanidade.
No entanto, a comunicação caracteriza-se por relativa complexidade, pois envolve uma série de mecanismos, de recursos, os quais, juntos, são engendrados para o alcance de objetivos específicos. Esse sistema comporta alguns elementos, definidos por Jakobson (1995) da seguinte forma:
 
Basicamente, de acordo com o clássico esquema de Jakobson (1995), o processo comunicativo ocorre assim: em um dado contexto, por meio da utilização de certo canal e de certo código, dois indivíduos – o emissor e o receptor – estabelecem contato, permitindo que, entre eles, uma mensagem seja veiculada. Neste exato momento, vivemos um exemplo disso: no contexto desta aula, por meio deste material didático e da linguagem comum entre nós dois, eu e você, professor e aluno, mantemos contato para que sejam transmitidas informações necessárias ao seu desenvolvimento. Isso é comunicação!
Ao ser posta em funcionamento, via linguagem, a comunicação perpassa todos os ambientes da vida cotidiana. Está presente em casa, na escola, no trabalho, nas ruas, enfim, quando falamos em comunicação, referimo-nos a um fenômeno multifacetado, onipresente no mundo contemporâneo e determinante em certas situações. Esse é o caso da comunicação empregada no mundo empresarial, administrativo, a qual pode ser a responsável pelo sucesso ou pelo fracasso de um único funcionário, de todo um setor ou, em maior grau, de uma instituição inteira.
Em síntese, “[...] o importante é procurar considerar a comunicação como uma ação integrada de meios, formas, recursos, canais e intenções” (REGO, 1986, p. 10). Ela pode se dar de variadas maneiras, por meio do acionamento de variadas estratégias, selecionadas para finalidades diversas: relatar, informar, impressionar, questionar, convencer, corrigir, organizar... Comunicar é empregar a linguagem com vistas à interação.
E é sob o viés interacional que devemos conduzir nossas reflexões, pois, como vimos, a comunicação parte de um ponto – o emissor – em direção a outro – o receptor –, promovendo uma relação dialógica, interativa. No âmbito da linguagem, como você já deve pressupor, a interação tem papel fundamental, ainda mais se pensarmos nas discussões hoje empreendidas acerca das relações entre os indivíduos. Se há necessidade de interação, há necessidade de comunicação.
 
A comunicação, como vimos, constitui um processo de extrema importância. Ao ser considerada, também, uma atividade humana, podemos traçar seu percurso na história, verificando que, em cada época, os efeitos comunicativos ocorreram de forma distinta. Observe essa evolução no vídeo “A história da comunicação”, disponibilizado a seguir:
Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=7eaxsg5-lbY
 
	Questão para Reflexão
De acordo com o vídeo, atingimos um estágio em que a comunicação está baseada na transmissão da “informação minuto a minuto: a internet”. Reflita: considerando a inevitável e incessante evolução tecnológica, qual é o futuro da comunicação no mundo?
Funções da linguagem
 
Você percebeu as relações estabelecidas entre comunicação e linguagem? Temos aí dois elementos indissociáveis: a comunicação é um fato linguístico. No entanto, devemos refletir sobre o que é a linguagem, conceitualmente tão complexa como a própria comunicação. Tal complexidade foi marcada, historicamente, por três concepções distintas, modos diferentes de ver a linguagem e a sua função no mundo. Observe como Koch (2010, p. 7) sintetiza essas ideias.
 
 
De acordo com a primeira concepção, a língua é percebida como um simples recurso para a expressão do pensamento do homem e do seu conhecimento de mundo. A segunda concepção, por sua vez, ancora a língua em um caráter comunicativo, assumindo-a como um mecanismo de transmissão de informações. E a terceira, por fim, encara a língua sob o viés interacional, do qual já falamos, ou seja, ela é vista como um elemento a partir do qual se estabelecem relações, praticam-se ações.
Paremos um instante, no entanto, para pensarmos: quando fazemos o uso da língua, é possível que percebamos as três concepções de forma interligada, não é mesmo? Em outras palavras, usamos a língua para expressar nosso pensamento, para transmitir mensagens, para interagir com outros indivíduos, tudo ao mesmo tempo. Embora a última concepção, no estágio atual dos estudos da linguagem, seja a mais difundia, é natural que tais concepções não podem ser tomadas como excludentes, mas, sim, complementares.
O fato é que, em seu dia a dia, é provável que você consiga identificar uma lista bastante extensa de atividades nas quais/para as quais você emprega a língua, a linguagem. Desde um singelo cumprimento a um conhecido na rua até as mais formais conversas com os colegas na empresa, por exemplo, a linguagem sempre está presente, exercendo sua função.
Mas, afinal, a linguagem tem função?
Se você respondeu que “sim”, acertou!
Lembra-se dos elementos da comunicação propostos por Jakobson (1995), discutidos há pouco? Pois bem. Para cada um deles – emissor, receptor, contexto, canal, código e mensagem –, existe uma função específica da linguagem sendo desempenhada. Embora pareça algo complexo,a identificação dessas funções é bastante simples: a partir de características presentes nos textos, conseguimos detectar o elemento sobre o qual a ênfase recai, o que nos leva ao tipo de função. Observe no quadro a seguir:
 
 
Os textos, no entanto, não comportam apenas uma função. É possível que a linguagem percorra vários caminhos durante o seu funcionamento. Assim, como reforça Jakobson (1995), há uma ordem hierárquica de funções, ou seja, uma função será predominante, capaz de determinar a estrutura verbal do enunciado, embora outras estejam presentes.
É por isso que, ao efetuar um processo comunicativo, você precisa ter seus objetivos bem definidos, para que faça escolhas adequadas e construa um texto eficaz. Ao se considerar o propósito do texto, o enfoque que será dado, a linguagem assumirá marcas específicas, desempenhando bem sua função.
 No vídeo a seguir, você encontra uma síntese de cada um dos tipos das funções da linguagem, as quais, como vimos, são diretamente relacionadas aos elementos constituintes do processo comunicativo.
Vídeo disponível em: .
 
Acesso em: 9 mar. 2014.
	
 
Que tal conhecer um pouco mais sobre esse assunto?
No livro “Funções da linguagem”, Chalhub (1987) discute pormenorizadamente cada uma das variadas possibilidades de transmissão de mensagens.
 
Aspectos sociais da comunicação
 
Até aqui, você viu que a comunicação, via linguagem, promove a interação entre os indivíduos. Do ponto de vista social, então, qual a importância da comunicação? Observe essa interessante citação de Bordenave (1987, p. 17-18):
[...] a comunicação não existe por si mesma, como algo separado da vida da sociedade. Sociedade e comunicação são uma coisa só. Não poderia existir comunicação sem sociedade, nem sociedade sem comunicação. A comunicação não pode ser melhor que sua sociedade nem está melhor que sua comunicação. Cada sociedade tem a comunicação que merece. ‘Dize-me como é a tua comunicação e te direi como é a tua sociedade.
Essa passagem nos deixa uma importante reflexão, não é? O que seria da sociedade, hoje e ao longo de toda a história, sem a comunicação? Diante disso, podemos definir algumas funções sociais para a comunicação, conforme aponta Teixeira (2007, p. 25-27, grifo do autor):
• Função ideacional: na comunicação, são transmitidos valores e crenças, pertencentes ao sistema ideológico da sociedade.
• Função interpessoal: na comunicação, por meio das relações sociais, são construídas as identidades individuais e coletivas.
• Função textual: na comunicação, as informações (os textos) organizam-se de acordo com a situação social em que se inserem. 
Diante disso, percebemos que a comunicação é envolta por aspectos sociais de toda ordem, os quais determinam sua eficácia. Comunicar, portanto, pressupõe tomar como ponto de partida o ambiente social em que emissores e receptores se encontram, vivenciando a linguagem a partir de escolhas adequadas a cada situação comunicativa. 
 
Ao discutirmos a comunicação, verificamos que se trata de um processo que evoluiu, transformou-se historicamente. Enquanto integrante da sociedade, portanto, ao ser modificada, também modifica as relações sociais. Observe a charge a seguir:
 
Acesse:  
http://www.ojornalista.com/wp-content/uploads/2009/08/evolution_of_communication_twitter_traduzido.jpg
A qualidade na comunicação empresarial
 No âmbito empresarial, qual o enfoque a ser dado para a comunicação? Conforme aponta Rego (1986, p. 10), nesse ambiente, a comunicação deve ser pensada “[...] de maneira estratégica, como forma de impulsionar e assessorar a administração na conquista de melhores resultados”. Desse modo, segundo o autor, “a comunicação deixa de ser considerada despesa para se inserir, definitivamente, no rol dos bons investimentos”.
Para Kunsch (2003, p. 69), “[...] o sistema comunicacional é fundamental para o processamento das funções administrativas internas e do relacionamento das organizações com o meio externo”. É inquestionável, portanto, sua imprescindibilidade. Porém, em uma empresa, não basta apenas dar espaço à comunicação. Deve-se primar, sobretudo, pela sua qualidade. E como definir a eficácia comunicativa?
O gerenciamento da qualidade da comunicação empresarial deve ser efetuado continuamente, de forma planejada. É necessário que a empresa utilize uma linguagem compartilhada por todos os seus integrantes, para que se erradiquem as possibilidades de falhas. Em outras palavras, todos devem dominar a “língua da empresa”: Quais os seus objetivos? O que se espera de suas atividades? As ações de todos devem convergir para uma mesma direção.
Basicamente, podem ser apontados alguns elementos basilares que colaboram na instauração ou na manutenção da efetividade comunicativa em uma empresa: clareza, transparência; facilidade de acesso às informações; amplitude da abrangência das informações.
É apenas quando a comunicação for norteada por esses valores, assumida como um elemento determinador de sucesso, que os bons resultados começam a aparecer. É com base nessa ideia que a sua qualidade é alcançada, com todos os integrantes dos processos administrativos cientes de sua relevância. 
 
Em uma empresa, são inúmeras as possibilidades de se transmitir mensagens, informações. Algumas são altamente eficazes, enquanto outras, nem tanto. Observe a imagem a seguir:
 Imagem disponível em: http://files.saiadolugar.com.br/arquivos/2010/03/Ciclo-vicioso.jpg
 
 
Habilidades para a construção do texto no ambiente empresarial
 
Certamente, em algum momento da sua vida, você ouviu alguém dizer: “escrever textos é muito difícil”. Talvez você mesmo pense dessa forma, não é? É fato que a elaboração textual, em qualquer ambiente, exige o domínio de certas habilidades. No entanto, a palavra-chave para uma comunicação escrita de qualidade é oplanejamento.
No frenético ritmo do mundo empresarial, porém, é comum a falta de tempo para esse planejamento. Assim, conforme Teixeira (2007, p. 47), “[...] o importante é desenvolver a capacidade de expressão escrita com eficácia e eficiência e interiorizá-la, para que, na velocidade das trocas de comunicação, os erros e a falta de clareza sejam minimizados ou eliminados por completo”.
O domínio de tais habilidades – uso de linguagem adequada, emprego de expressões específicas, conhecimentos ortográficos e gramaticais, domínio de diferentes tipos de textos – demanda, no entanto, certo tempo. Não é de uma hora para outra que você se tornará um exímio comunicador. A prática, aliada a atividades de leitura, é imprescindível para esse desenvolvimento.
De início, na redação de textos no ambiente empresarial, deve-se ter como ponto de partida a compreensão da situação em que o texto será produzido. Assim, a natureza da comunicação é mais facilmente identificada, o que viabiliza uma estruturação mais eficaz. Você deve seguir, portanto, o seguinte caminho:
1) Identificar a situação de comunicação.
2) Delimitar os objetivos do texto.
3) Delimitar a forma de apresentar o texto.
De qualquer forma, independente da situação ou dos objetivos propostos, a clareza deve sempre ser buscada. É esse um dos fatores preponderantes para a qualidade de qualquer texto escrito, especialmente dentro de uma empresa, em que a informação deve circular de modo fluido, sem interferências. Assim, seja claro sempre. Desenvolva essa habilidade, e as outras serão aprimoradas também!
 
  
Você pensa que comunicar é fácil? Se essa atividade já é complexa na vida cotidiana, imagine em uma empresa! Muitas barreiras podem impedir sua eficácia. Observe as falhas comunicativas evidenciadas no vídeo a seguir.
Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=yZgKEAz9BWo
 
Questão para Reflexão
Como a falha na comunicação, nesse caso, poderia ter sido evitada? Proponha soluções viáveis.
    
No vídeo anterior, você visualizou uma grave falha na comunicação dentro de uma empresa. Você já parou para pensar nas catastróficas consequências que um equívoco na emissão e, especialmente, narecepção de uma mensagem pode causar? Isso se torna ainda mais perigoso quando o equívoco é replicado, disseminado dentro do ambiente administrativo. Sobre isso, observe a charge a seguir:
Charge disponível em: http://setesys.com.br/wp-content/uploads/2012/06/RadioCorredor.jpg
 
 Questão para Reflexão
Do ponto de vista da comunicação, como um “boato” poderia ser definido?  
Você tem dúvidas sobre como se comunicar por meio da escrita? Embora ainda tenhamos muito a discutir sobre isso, você pode antecipar suas reflexões a partir da leitura de uma interessante obra.
Em “Técnicas de comunicação escrita”, Blikstein (2006) aborda os elementos constituintes da comunicação, a partir de uma seleção de conteúdos que mostram que a boa escrita é aquela capaz de comunicar eficazmente, e não aquela simplesmente bonita ou difícil.
Estude, pois, como o próprio autor diz, “[...] quem não escreve bem... perde o trem”!
 
 
Qual é a importância da escolha linguística adequada na comunicação?
 
Você percebeu o quanto saber se comunicar é importante?
Ao longo de nosso percurso nesta unidade, pudemos verificar que a comunicação constitui um processo bastante complexo, com resultados dependentes de uma série de fatores: escolhas, ambientes, objetivos. Trata-se de uma ferramenta social extremamente relevante, que guia, de certa forma, as relações entre os indivíduos, que dependem da comunicação para se compreenderem.
Discutimos, também, a necessidade de habilidades específicas para que a comunicação se concretize com eficácia, atingindo resultados favoráveis no ambiente empresarial. Assim, com base nessa ideia, convido você a percorrer uma nova etapa de estudos, na próxima unidade, na qual abordaremos aspectos importantes, especialmente relacionados à construção de textos eficazmente comunicativos. Até lá!
  
Como você viu, a comunicação é um elemento integrador dos processos administrativos, pois permite a integração de várias áreas em uma empresa. Reflita: quais os principais problemas decorrentes de uma comunicação ineficiente? Acesse o fórum e discuta com seus colegas a importância da comunicação. Comunique-se!
Até agora, você já conheceu um pouco sobre a comunicação, um processo dinâmico, que acompanha o homem ao longo de toda a sua história. Pôde conhecer, também, os elementos que compõem o ato comunicativo, os quais podem determinar a função que a linguagem desempenha em um texto. Em seguida, verificamos alguns dos aspectos sociais da comunicação, uma vez que a sociedade constitui o grande palco dessa atividade. Por fim, adentramos no ambiente administrativo, empresarial, a partir de reflexões relacionadas à importância da comunicação nesse contexto e, especialmente, à sua qualidade.
Nesta unidade, continuaremos seguindo essa linha: a comunicação dentro do universo administrativo, a partir do levantamento de importantes temas. Quais são as competências que devemos desenvolver para utilizar bem a linguagem em nosso trabalho? Como argumentar? Como compreender textos? Como elaborar textos coesos e coerentes? Enfim, essas são algumas questões que pretendemos discutir a partir de agora.
Pronto para (re)começar? Vamos lá!
 
A linguagem e as competências linguísticas
 
A linguagem, como já discutimos, constitui a base para a efetivação do processo comunicativo. Em outras palavras, é por meio da linguagem que a comunicação acontece. Ao longo da história dos estudos linguísticos, partiu-se de uma visão que concebia a linguagem como uma mera expressão do pensamento, passando por aquela que a assumia como uma ferramenta comunicativa, chegando-se à noção atual, em que ela é analisada como uma forma de interação.
Na unidade anterior, pudemos verificar que tais concepções, embora atendam a propósitos distintos, são, na verdade, complementares, uma vez que empregamos a linguagem com as três funções: expressar ideias, comunicar-se e interagir. A questão que se coloca é: em que medida estamos preparados para realizar todas essas ações? É nesse contexto que entra um conceito importante: acompetência linguística.
Você se considera “competente”, linguisticamente falando?
Nos estudos da linguagem, conforme Petter (2011, p. 15), a competência linguística “[...] é a porção do conhecimento do sistema linguístico do falante que lhe permite produzir o conjunto de sentenças de sua língua”. Além de produzir, porém, podemos estender esse conceito para as habilidades de análise. Assim, basicamente, a competência linguística refere-se à capacidade de o indivíduo utilizar corretamente as diversas estruturas da língua, em diferentes situações, sejam de produção ou de análise, com diferentes propósitos.
Nesse contexto, as principais competências linguísticas a serem avaliadas são:
 
 
Leitura e escrita despontam como, talvez, as mais relevantes e estudadas competências linguísticas. É o resultado da escolarização. O indivíduo frequenta a escola, fundamentalmente, para aprender a ler e a escrever. Considerado alfabetizado, ou letrado, o sujeito leitor e escritor enquadra-se no conjunto daqueles capazes de se comunicar nos diferentes setores da sociedade.
A oralidade, por sua vez, constitui uma atividade inata, ou seja, o indivíduo, ao desenvolver-se, ainda nos primeiros anos de vida, adquire a habilidade de comunicar-se via fala. No decorrer dos anos, porém, pode ser questionada a sua competência nesse quesito, pois a fala também deve ser adequada a contextos específicos. Por exemplo, não se fala com o presidente da empresa, seu superior, do mesmo modo como se fala com um amigo na rua, concorda?
Por fim, a análise linguística, tema de efervescentes pesquisas na atualidade, relaciona-se, sobretudo, às habilidades que envolvem a compreensão do funcionamento da linguagem, a produção de sentido. Ela é o resultado final do aprimoramento das demais competências: ao aprender a falar, a ler e a escrever, o indivíduo pode se tornar apto para refletir e avaliar a língua que utiliza.
No contexto da administração, as competências linguísticas são imprescindíveis, uma vez que a comunicação, que pode se dar via oralidade ou escrita, exige o domínio de variadas estratégias, especialmente na prática da produção escrita. Dentro de uma empresa, portanto, comunica-se bem aquele que se mostra competente no uso que faz da linguagem.
Diante disso, você deve pensar nas possíveis lacunas existentes em sua formação. Como se portar ao falar com as pessoas? Como fazer-se entender por meio de textos escritos? Como ler e interpretar adequadamente informações? Essas são questões a serem avaliadas para o seu crescimento profissional.
  
O que é ter habilidade linguística? Como avaliar, nesse quesito, o desempenho de pessoas menos escolarizadas ou com peculiares modos de falar? Observe a cena retratada nos quadrinhos a seguir:
Quadrinhos disponíveis em: http://1.bp.blogspot.com/-y660DGZ9w98/TvWlWZSayCI/AAAAAAAAG1s/Ht5ZII93g8Q/s1600/LINGUA.jpg
 
Acesso em: 10 mar. 2014.
	Questão para Reflexão
A postura da professora, diante da fala do aluno, deixa clara uma supremacia da linguagem culta. Avalie isso, levando-se em consideração aspectos sociais contemporâneos.
 
Argumentação, compreensão e interpretação
Dentro do universo das habilidades linguísticas, surgem três atividades altamente complexas, mas, ao mesmo tempo, de domínio estritamente necessário: argumentar, compreender e interpretar. Qual o nível de eficácia de sua argumentação? Você compreende todas as informações que recebe ou, até mesmo, as que produz? Como você interpreta os textos que chegam a você? Primeiramente, vejamos o que significam esses termos:
 
 
Mais uma vez, aqui, a prática assume papel preponderante. O indivíduo, depois do processo de apreensão de certas habilidades/competências linguísticas, deve fazer uso constante da linguagem, de modo que sua técnica seja aprimorada. A leitura é um importante recurso para isso, uma vez que, ao ter contato com diferentes textos, você exercita o seu pensar e aprende novas formas de articular-se com as palavras. Portanto,

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