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AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO SISTEMA CONSTRUTIVO COMPOSTO POR CONCRETO-PVC

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS 
 
 
 
FERNANDO TÚLIO RUFINO DE LUCENA 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO SISTEMA 
CONSTRUTIVO COMPOSTO POR CONCRETO - PVC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa – PB 
Março/2015 
 
 
 
FERNANDO TÚLIO RUFINO DE LUCENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICA DO SISTEMA 
CONSTRUTIVO COMPOSTO POR CONCRETO - PVC 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao Curso de Engenharia de 
Materiais da Universidade Federal da 
Paraíba, como parte das exigências para 
a obtenção do grau de Bacharel em 
Engenharia de Materiais. 
 
Orientadores: Dr. Heber Sivini Ferreira e 
Dr. Ulisses Targino Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa – PB 
Março/2015 
 
 
 
 
FERNANDO TÚLIO RUFINO DE LUCENA 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO SISTEMA 
CONSTRUTIVO COMPOSTO POR CONCRETO – PVC 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
________________________________________ 
Prof. Dr. Heber Sivini Ferreira 
Presidente da Banca-Orientador 
 
 
 
________________________________________ 
Prof. Dr. Ulisses Targino Bezerra 
Orientador 
 
 
 
________________________________________ 
Prof. Dr. Ramon Alves Torquato 
Avaliador 
 
 
 
________________________________________ 
Prof. Drª. Sheila Alves B. C. Rego. 
Avaliador 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa- PB, 04 de Março de 2015 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A minha tia Carminha (in memoriam), que se faz presente 
em todos os dias da minha vida, sempre vibrou com minhas 
conquistas e compartilhava dos meus sonhos, sempre com 
entusiasmo e alegria 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pois sem sua compaixão não estaria aqui, por 
guiar meus caminhos, cuidar de minha saúde, me dar sabedoria e disposição para 
alcançar as metas e vitórias em minha vida. 
Aos meus pais, que com toda simplicidade e carinho ensinou-me a ser uma pessoa 
decente e respeitadora e sempre ser honesta acima de tudo, sempre buscar meus 
objetivos e nunca passar por cima de ninguém para conquistar algo. 
Aos meus orientadores os professores, DoutorHeber Sivini Ferreira e Doutor 
Ulisses Targino Bezerra, que me recebeu com dedicação e paciência, colaborando 
para que eu fizesse um bom trabalho. 
Agradeço a todos os meus amigos e colegas de curso que sempre estiveram 
presentes durante essa jornada, me dando força para não desistir e a todas as 
pessoas que direta ou indireta contribuíram para que mais um obstáculo fosse 
vencido, sempre apostando que eu seria capaz. 
Em especial as pessoas que foram cumplice durante essa etapa: Diego Ferreira, 
Ronaldo Marques, Caio Maia, Carlos Maviael, Aline Karla, Alex Backer, Ricardo 
Alves, Rivaldo Lins, Rafael Farias, Francisco Matheus (Chico), Alfredo Neto, 
Eduardo Nobrega, Valter Alves, Valter Pessoa, Luan Caetano, Rivaldo Lins, Berg 
Sales, Fabiana Kelly, Arthur Pereira, Tarcísio David. 
Não posso deixar de lembrar-se da galera do poker universitário em nome dos 
organizadores Ulisses Fernandes (Japa) e Dennys Pimenta (Pimentinha), sempre 
descontraindo e animando o fim do dia. E por fim, porém não menos importante o 
Bar do Guerreiro, local onde foram vividos muitos momentos inesquecível durante 
esse tempo, Valeu Edgar. 
 
 
Muito obrigado a todos, 
 
 Fernando Túlio 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A construção civil responde aproximadamente por 40% de toda atividade industrial 
do estado Paraíba. A maior parcela desse crescimento se dá no setor de habitação, 
com construção de conjuntos residenciais, casas populares e edificações de 
pequeno, médio e grande porte. Existe hoje uma demanda considerável e prazos 
cada vez menores para a conclusão dessas edificações e em vista dessa 
necessidade é imprescindível buscar soluções alternativas para atender ao público 
com prazos menores, buscando modelos construtivos alternativos que viabilizem o 
processo. O presente trabalho tem como objetivo avaliar as propriedades mecânicas 
de edificações executadas com a tecnologia Concreto-PVC. As propriedades foram 
determinadas através de ensaios mecânicos, verificando sua conformidade de 
acordo com as normas brasileiras. Para análise das propriedades foram realizados 
os ensaios de consistência ou espalhamento de concreto, resistência à compressão 
aos 7e 28 dias e resistência à compressão. Os corpos de provas para realização dos 
ensaios foram coletados no canteiro de obra, a fim de reproduzir condições reais do 
processo construtivo Concreto-PVC. Com os ensaios realizados, mostrou-se uma 
variação na resistência do concreto usado na concretagem das paredes, de 5,66 a 
10,85 MPa aos 7 dias e de 8,69a 22,46 MPa aos 28 dias. O valor médio do concreto 
foi de 15,85 MPa aos 28 dias, esse valor foi inferior ao exigido de acordo com a 
DIRETRIZ SINAT, que exige no mínimo 20 MPa. Com base nos dados obtidos 
sugere-se um estudo sobre as características do concreto utilizado. A estrutura 
encontra-se de acordo com a com NBR 15575, apenas com pequenas alterações 
sem comprometer o desempenho estrutural. As paredes possuem variações de 
temperaturas quando comparado às paredes internas e externas que vai de 0,4º a 
7,9 ºC, dependendo do ambiente analisado. 
 
 
Palavras chave: concreto-PVC; construção civil; propriedades mecânicas; modelo 
construtivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 - Creche Mumbaba...................................................................................... 40 
Figura 2 - Fluxograma das Atividades ....................................................................... 41 
Figura 3 - Ensaio de Espalhamento do Concreto ...................................................... 42 
Figura 4 - Confecção dos Corpos de Prova .............................................................. 44 
Figura 5- Prensa Hidráulica ....................................................................................... 45 
Figura 6 - Termômetro Infravermelho TD945. ........................................................... 48 
Figura 7 - Espalhamento do Concreto Primeiro Ensaio ........................................... 49 
Figura 8 - Espalhamentos do Concreto Segundo Ensaio .......................................... 50 
Figura 9 - Espalhamentos do Concreto Terceiro Ensaio ........................................... 50 
Figura 10 - Rompimento dos Corpos de Prova - 1º lote ............................................ 52 
Figura 11 - Rompimento dos Corpos de Prova -2º Lote ............................................ 52 
Figura 12 - Rompimento dos Corpos de Prova - 3º Ensaio ....................................... 53 
Figura 13 - Resistencia à Compressão para 2º lote (7 e 28 dias) ............................. 55 
Figura 14 - Resistencia à Compressão para 3º lote (7 e 28 dias) ............................. 56 
Figura 15 - Comparativo das Resistências à Compressão Média dos 3 lotes com 7 e 
28 dias ....................................................................................................................... 57 
Figura 16 - Destacamento dos Perfis de PVC ........................................................... 59 
Figura 17 - Forro de Lã de Vidro ............................................................................... 60 
Figura 18 - Caixilho ...................................................................................................60 
Figura 19 - Planta Baixa Creche Tipo B .................................................................... 61 
Figura 20 - Paredes da Sala de Multiuso .................................................................. 62 
Figura 21 - Paredes da Copa .................................................................................... 63 
Figura 22 - Paredes do WC ....................................................................................... 63 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1- Valores de Consistência e Fluidez do Concreto ........................................ 51 
Tabela 2 - Resultado do Ensaio à Compressão 1ºLote ............................................. 53 
Tabela 3 - Resultado do Ensaio à Compressão 2º Lote ............................................ 54 
Tabela 4 - Resultado do Ensaio à Compressão 3º Lote ............................................ 54 
Tabela 5 - Valores Médios de Resistência à Compressão para os 3 lotes ............... 56 
Tabela 6 – Medições das Temperaturas em vários Ambientes ................................. 64 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 12 
2- OBJETIVOS ................................................................................................................................ 14 
2.1 Objetivos Gerais .................................................................................................................... 14 
2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 14 
3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 16 
3.1 - Sistema Construtivo Concreto-PVC ............................................................................... 17 
3.1.1 – Características ............................................................................................................. 19 
3.2 - PVC ......................................................................................................................................... 21 
3.2.1 - PVC Usado na Construção Civil .............................................................................. 23 
3.2.2 – PVC e o Meio Ambiente ............................................................................................. 24 
3.3 – Concreto ............................................................................................................................... 25 
3.3.1- Materiais Constituintes do Concreto ....................................................................... 26 
3.3.1.1 - Cimento Portland ...................................................................................................... 26 
3.3.1.2 - Agregados .................................................................................................................. 27 
3.3.1.3 - Água de Amassamento ........................................................................................... 28 
3.3.2 - Aditivos ........................................................................................................................... 29 
3.3.3 - Propriedades do Concreto Fresco .......................................................................... 30 
3.3.3.1 - A trabalhabilidade .................................................................................................... 31 
3.3.3.2 - Segregação ................................................................................................................ 32 
3.3.3.3 – Exsudação ................................................................................................................. 34 
3.3.3.4 - Ar Contido no Concreto .......................................................................................... 35 
3.3.4 - Propriedade do Concreto Endurecido ................................................................... 36 
3.3.4.1 - Resistência Mecânica .............................................................................................. 36 
3.3.4.2 - Massa Específica ...................................................................................................... 37 
3.3.4.3 - Permeabilidade/Durabilidade ................................................................................ 38 
4- METODOLOGIA ......................................................................................................................... 40 
4.1- Materiais Utilizados.............................................................................................................. 40 
4.2 - Métodos de Ensaio ............................................................................................................ 42 
4.2.1- Consistência ou Espalhamento do Concreto (estado fresco) .......................... 42 
4.2.2 - Consistência do Concreto e sua Fluidez ............................................................... 43 
4.2.3 - Moldagem dos Corpos de Prova ............................................................................ 44 
4.2.4 - Resistência Característica à Compressão aos 7 e 28 dias ............................... 45 
 
 
 
4.2.5 - Desempenho Estrutural ............................................................................................. 46 
4.2.5.1 - Resistência Estrutural e Avaliação Global ........................................................ 47 
4.2.5.2 - Deformação ou Estados de Fissuração do Sistema Estrutural ................... 47 
4.2.5.3 - Desempenho Térmico ............................................................................................. 48 
5 –RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 49 
5.1 - Consistências do Concreto .............................................................................................. 49 
5.2 - Resistências à Compressão ............................................................................................. 52 
5.3 - Resistência Estrutural e Avaliação Global .................................................................. 59 
5.4 – Deformação ou Estados de Fissuração do Sistema Estrutural ............................. 59 
5.5 – Desempenho Térmico ....................................................................................................... 61 
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 67 
6.1 - Sugestões Para Trabalhos Futuros ................................................................................ 68 
7– REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 69 
 
 
12 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
 
Nos últimos anos o Brasil tem passado por transformações em todos os 
setores fundamentais, o processo de urbanização ganha destaque, repercutindo 
principalmente na construção civil. Os negócios no setor de construção avançam 
desenfreadamente ano após ano, atualmente sendo uns dos pilares da economia 
brasileira (Castro, 2012). 
A construção civil vem ganhando destaque na economia da Paraíba, 
sendo o setor de maior geração de emprego e renda, a demanda imobiliária cresce 
generosamente principalmente na zona sul e leste da cidade João Pessoa-PB, esse 
crescimento pode ser relacionado às belezas naturais do litoral paraibano e à 
relação custo-benefício que a cidade oferece (Avelar, 2013). 
Atualmente existem dois modelos de sistemas construtivos 
predominantes, que são a alvenaria estrutural e o concreto armado, estes são os 
mais comuns.Além disso, eles possuem suas limitações em relação a tempo de 
produção, exigem um elevado índice de mão de obra e, tradicionalmente, são 
modelos geradores de resíduos. É notória a necessidade de uma evolução na 
produtividade desse seguimento, com diminuição de tempo de serviço e 
consequentemente diminuição de gasto, produzindo com a mesma qualidade e 
padrão. O sistema Concreto-PVC produz edificações com padrões de qualidade 
semelhante aos modelos existentes, com vantagens na redução do tempo de 
serviço, consequentemente a diminuição de custo com mão de obra, tornando o 
modelo construtivo cada vez mais viável. 
A construção civil vem causando impactos ambientais, que pode ser 
devido ao consumo de recursos naturais e ou geração de resíduos, existe uma 
grande dificuldade de conciliar a grande produção do setor, que é uma necessidade 
atual, com técnicas sustentáveis que seja menos agressivas ao meio ambiente. 
Diante da necessidade da construção civil no cumprimento de prazos e na 
diminuição de resíduos, uma busca por novos modelos construtivos é uma 
necessidade real. Na atualidade, o modelo Concreto-PVC vem ganhando espaço 
gradativamente no setor de construção civil do Brasil, esse fator se dá por ser um 
13 
 
processo rápido e menos agressivo ao meio ambiente quando comparado aos 
tradicionais. 
O Concreto-PVC é uma alternativa para construções rápidas e com 
qualidade comparável com as existentes no mercado, levando grande vantagem 
para o construtor que vai ganhar tempo de execução e um menor consumo de 
insumos e mão de obra (Santos, 2011). 
 
 
14 
 
2- OBJETIVOS 
 
 
2.1 Objetivos Gerais 
 
 
 Analisar as propriedades mecânicas do sistema construtivo Concreto-PVC 
de acordo com as normas brasileiras: NBR NM 68, NBR 5738, NBR 5739 e NBR 
15575 -2. Tendo como estudo as creches construídas no Município de João Pessoa-
PB. 
 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
 
 Para atingir o objetivo geral passou-se pelas seguintes etapas: 
(i) Determinar a consistência ou espalhamento do concreto (estado fresco), e a 
consistência do concreto mediante o espalhamento do tronco de cone na 
mesa Graff, de acordo com a NBR NM 68; 
(ii) determinar a resistência característica à compressão aos 28 dias, ou outra 
idade em razão de situações específicas (estado endurecido) e resistência à 
compressão na retirada dos escoramentos provisórios; 
(iii) determinar o desempenho estrutural, a resistência, deformação, estado de 
fissuração e avaliação global (estado limite de serviço),atento a vida útil do 
projeto sob as diversas condições de exposição: ação do próprio peso, 
sobrecargas de utilização, atuações do vento e outro, o comportamento da 
estrutura sobre ação de cargas gravitacionais, temperaturas, vento, recalques 
diferenças das fundações ou quaisquer outras solicitações passíveis de 
atuarem sobre a construção; 
15 
 
(iv) determinar o desempenho térmico, verificar as variações de temperatura 
entre as paredes internas e externas que consistiu a edificação. 
 
16 
 
3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
Segundo Schmidt (2013), no cenário atual observa-se a necessidade de 
mudanças para aumentar a competitividade entres as empresas, em que as 
mesmas buscam novas tecnologias que se adequem com o comportamento do 
mercado, que é cada vez mais competitivo e inovador, buscando reduzir custos de 
produção, custos indiretos e perdas. 
 A construção civil tem um papel importante para a civilização, sendo uma 
das mais primitivas indústrias. Na habitação tem um papel importante por ser um 
lugar de refúgio e convívio familiar. Sua prática passa por constantes alterações, de 
acordo com a necessidade socioeconômica inserida (Oliveira e Oliveira, 2012). 
Além de adaptar a velocidade de consumo ainda existe a questão 
ambiental, que deve ser gerida para racionalização de recursos energéticos e 
insumos, sem esquecer dos resíduos gerados na construção civil. 
No Brasil predomina os modelos usados na construção civil, que são a 
alvenaria estrutural e o concreto armado, bastante difundidos, porém no cenário 
atual possuem limitações plausíveis em relação ao tempo de execução, custos com 
mão de obra, consumo excessivo de recursos naturais e geração de resíduos em 
todas as fases de produção (Domaraski e Fagiani, 2009). 
O sistema construtivo Concreto-PVC vem ocupando lugar de destaque 
com relação às limitações citadas anteriormente, sua rapidez no processo de 
produção é uma de suas várias vantagens para o construtor, que economiza com 
relação à mão de obra. Na questão ambiental contribui com a redução do consumo 
de insumos e uma menor geração de dejetos, que geralmente são alocados de 
forma inadequada (Gonçalves, 2010). 
De acordo com Freitas (2009), quando não é dada a destinação final 
adequada aos resíduos de construção civil, eles acabam sendo depositados 
clandestinamente em terrenos baldios, áreas de preservação permanente, vias e 
logradouros públicos. Tais resíduos, quando depositados irregularmente, causam 
17 
 
impactos que muitas vezes podem prejudicar o meio ambiente e a qualidade de vida 
da população. 
Segundo Paredes (2010), o projeto estrutural do sistema de Concreto-
PVC assemelha-se muito ao projeto de alvenaria estrutural, já bastante difundido no 
Brasil, com a grande vantagem por sua elevada resistência, rapidez de execução, 
limpeza e economia de mão-de-obra. 
O Concreto-PVC é uma alternativa para suprir as necessidades atuais e 
futuras em relação à construção civil, por ser um processo rápido e ser menos 
agressor ao meio ambiente quando comparado aos convencionais, tendo potencial 
para concorrer com os sistemas construtivos atuais implantados no Brasil. 
 
 
3.1 - Sistema Construtivo Concreto-PVC 
 
 
A tecnologia do sistema construtivo Concreto-PVC foi desenvolvida pela 
Royal Group Technologies, no início da década de 80, no Canadá. Ela chegou ao 
Brasil em 1998, com a construção de uma escola no município de Macaé, no Rio de 
Janeiro e, hoje, soma mais de 500000 m² de área construída nos mais diversos tipos 
de projetos, de casas populares do programa “Minha Casa, Minha Vida”, a pavilhões 
industriais, passando por edifícios multipavimentos, lojas, escolas e residências de 
alto padrão. No Brasil, a maior quantidade de obras de Concreto-PVC está 
concentrada na região sul, especialmente no Rio Grande do Sul (IBDA,2014). 
Conforme a Revista Construarte (2014), existe no mundo cinco 
tecnologias em sistemas construtivos com base em painéis de PVC preenchidos 
com concreto. No Brasil, duas empresas dispõem do knowhow, ambas no Rio 
Grande do Sul, são elas: Plásticos Vipal S.A., com fábrica instalada em Porto Alegre, 
e Royal do Brasil Technologies S.A., com escritório na mesma cidade. Cada 
empresa manipula sua própria formulação do composto de PVC. 
O sistema construtivo caracteriza-se por paredes internas e externas com 
função estrutural, constituídas por painéis de PVC preenchidos com concreto, os 
18 
 
painéis de PVC são dispostos na forma de fôrma e ficam incorporados à parede. 
Além da função de fôrma, servem de revestimento, assim não precisando de um 
acabamento final. Os paneis são ancorados em uma fundação, que geralmente do 
tipo radier, os mesmos são acoplados entre si por meio de encaixes laterais. O 
concreto é empregado podendo ser fluido ou auto adensável, assim possibilitando o 
preenchimento das fôrmas, não precisando de vibrações. 
De acordo com Paredes (2010), o sistema construtivo Concreto-PVC 
nasceu da junção de dois importantes materiais, já consagrados pela construção 
civil: o concreto e o PVC. Leves e modulares, os perfis de PVC são unidospor um 
sistema perfeito de encaixe, compondo um desenho que remete às formas 
convencionais de madeira usadas em concretagem, porém, diferentemente destas, 
não serão removidas. O interior dessa estrutura, cuja espessura varia de acordo 
com a destinação paredes externas com função estrutural ou divisórias internas, é 
então preenchido com concreto, tornando-se autoportante (com rigidez mecânica 
suficiente para se sustentar com apoio em uma só extremidade). 
Para Gonçalves (2010), neste sistema a construção de habitações segue 
precisamente o projeto original, pois se trata de um sistema industrial, onde os 
painéis entregues na obra já foram equacionados na fábrica. Com essa 
padronização tem uma redução nos custos da obra e no desperdício dos materiais, 
devido a um maior controle dos insumos. 
Tomando-se como referência a execução de uma casa de 43 m² 
construída com esse sistema construtivo, a produtividade estimada é de 2,41 
homens h/m², com um prazo de execução de 12,9 dias. Os painéis de uma casa, por 
exemplo, podem ser montados e travados por quatro pessoas em apenas um dia de 
trabalho, possibilitando a execução da etapa de concretagem logo no dia seguinte 
(Gisele, 2013). 
Schmidt (2013) afirma que em empreendimentos populares, nos quais o 
custo é uma das variáveis mais importantes, a mão de obra, por conseguinte, tende 
a ser de pior qualidade. Essa consideração se reflete no padrão de acabamento das 
moradias que faz com que o uso de painéis de acabamento tenda a se tornar mais 
padronizado. 
19 
 
O Concreto-PVC passou a atrair o interesse de companhias habitacionais 
por causa da velocidade com que permite erguer casas de interesse social. Bem 
difundido no Rio Grande do Sul, o método de construção avança e já está presente 
em outros 11 estados. Através do programa Minha Casa, Minha Vida, ele hoje é 
aplicado também em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito 
Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Alagoas 
(Guaçuí, 2013). 
 
 
3.1.1 – Características 
 
 
O sistema Concreto-PVC, caracteriza-se como um conjunto sistemático, 
que proporciona um ganho na produtividade que pode chegar a cerca de 40% no 
tempo total da obra, devido a rapidez em sua montagem, além disso, apresenta 
outras características como a economia no consumo de água, diminuição no 
consumo energético e uma menor geração de entulho (Téchne, 2010). 
De acordo com a Téchne (2013), a montagem do sistema construtivo 
dispensa o uso de equipamentos pesados, como guindaste e ferramentas especiais. 
Conforme avaliações realizadas por uma Instituição Técnica Avaliadora credenciada 
pelo Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT), os painéis de PVC usados 
no sistema atendem às condições de conforto térmico e acústico, são resistentes à 
ação de fungos, à maioria dos agentes químicos e às intempéries, reduzindo a 
necessidade de manutenção das paredes. Permitem ampliações após a entrega do 
imóvel e também a aplicação de revestimentos tais como texturas e pintura, 
havendo necessidade de outros tipos de revestimento, como revestimento cerâmico 
e rebolco o PVC pode ser retirado, sem causar dano a estrutura da edificação. O 
sistema atende aos requisitos da norma NBR 15.575:2013 Edificações Habitacionais 
- Desempenho e às exigências dos principais programas habitacionais brasileiros. 
Segundo Schmidt (2013), o interior oco dos perfis facilita a colocação das 
armaduras e das tubulações das instalações elétricas, hidros sanitárias, de telefonia 
e de gás. 
20 
 
As formas que compõem o sistema são muito leves (8 kg/m² a 14 kg/m2), 
facilitando o processo de montagem, mesmo em locais de difícil acesso, como 
terrenos com topografia acidentada por exemplo. É uma solução diversificada, 
independentemente da localização geográfica ou do clima da região, além de ter 
aplicações em construções para uso privado ou de interesse público e social (IBDA, 
2014). 
As paredes de PVC não necessitam de grandes manutenções, apenas 
água e sabão são suficientes para a limpeza. Apesar disto, existe a possibilidade de 
pintar as paredes de PVC, para isso, basta lixar a superfície e aplicar massa corrida 
dissolvida com a tinta desejada. Já estão sendo desenvolvidas tintas para a 
superfície do PVC (Domaraski e Fagiani, 2009). 
Para o usuário desse modelo construtivo existem inúmeras vantagens 
com relação aos modelos tradicionais, tais como: 
(i) Fácil limpeza e manutenção; 
(ii) longa vida útil; 
(iii) isolamentos térmico e acústico; 
(iv) resistência às intempéries, vento e maresia; 
(v) resistência à ação de fungos, bactérias e roedores; 
(vi) solidez; 
(vii) possibilidade de ampliação; e 
(viii) Resistência mecânica para fixações. 
 
 
Desvantagens: 
 
 
(i) Alto custo inicial; 
(ii) baixo potencial de reformas; 
(iii) vibrações (choques); 
21 
 
(iv) poucos fornecedores de painéis; 
(v) transporte dos materiais. 
 
 
Principal diferença do sistema Concreto-PVC para os tradicionais: 
 
 
(i) Velocidade expressivamente maior; 
(ii) redução expressiva de custos com mão-de-obra, custos indiretos; 
(iii) facilidade de limpeza e manutenção; 
(iv) alta resistência à intempéries; 
(v) aumento da área útil interna nas construções; 
(vi) simplicidade na edificação; 
(vii) facilidade de transporte (não requer equipamentos especiais); 
(viii) total controle nos cálculos de orçamento de materiais e outros custos; 
(ix) obra limpa, sem entulho, lixo ou desperdício; 
(x) construção sustentável que alia tecnologia à preservação do meio ambiente; 
(xi) redução do consumo de água potável; 
 
 
3.2 - PVC 
 
 
Para o Instituto do PVC (2014), o PVC é um pó branco à temperatura 
ambiente, inodoro ou de odor brando e quimicamente estável, não ocorrendo 
decomposição ou reação com outros produtos em condições normais, o que o 
classifica como não corrosivo, não explosivo ou não inflamável. 
22 
 
A presença do cloro na cadeia do polímero torna o PVC um dos 
termoplásticos conhecidos mais versáteis. É o responsável pelo caráter natural ante 
chama e pelas inúmeras formas e propriedades do PVC. Devido à instabilidade da 
ligação carbono-cloro na cadeia, o polímero é sensível às temperaturas elevadas e à 
luz ultravioleta (Wang, 2001). 
Abi – Ramia (2012) diz que as propriedades físicas do PVC são de 
extrema importância para a sua comercialização, já que elas estão diretamente 
relacionadas à capacidade de absorção de estabilizantes e plastificantes e à 
estabilidade à degradação térmica na etapa de transformação da resina em produtos 
finais. 
Segundo Smith (2012), o cloreto de polivinila (PVC) é um plástico sintético 
amplamente utilizado que possui a segunda maior tonelagem de venda do mundo. A 
vasta utilização é atribuída, principalmente, a sua alta resistência química e a sua 
habilidade única de ser misturado com aditivos para produzir um amplo número de 
compostos com vasto intervalo de propriedades químicas e físicas. 
Segundo Begalli e Gabriella (2012), o PVC é o policloreto de vinila, resina 
termoplástica obtida pela poliadição do monômero de cloreto de vinila, não é um 
material como os outros os polímeros, sendo o único material plástico que não é 
100% originário do petróleo. É um polímero extremamente versátil graças à 
polaridade da sua molécula (57% de cloro - derivado do cloreto de sódio e 43% de 
eteno - derivada do petróleo), permitindo assim que o PVC tenha uma boa 
compatibilidade com uma série de aditivos. Possui três átomos de hidrogênio, dois 
de carbono e um de cloro. 
O Instituto do PVC (2014) afirma que o uso global do PVC cresce a uma 
taxa de 4%a 7% ao ano e esse crescimento rápido e sustentável não se deve 
somente à excelente relação custo-benefício do PVC, mas também pelo fato de que 
não há nenhum outro material que possa ser modificado por aditivos na mesma 
extensão do PVC. Esse polímero pode ser processado com praticamente todas as 
tecnologias comuns. 
Araújo (2009) afirma que o PVC pode ter suas características alteradas 
dentro de um amplo espectro de propriedades em função da aplicação final, 
variando desde o rígido ao extremamente flexível, passando por aplicações que vão 
23 
 
desde tubo e perfis rígidos para uso na construção civil até brinquedos e laminados 
flexíveis para acondicionamento de sangue e plasma. 
O PVC é versátil, tem bom acabamento e de fácil utilização. As questões 
ambientais são importantes e espera-se que os transformadores e fabricantes de 
resina consigam caminhar juntos em busca de soluções que mantenham o equilíbrio 
entre a fabricação de um excelente material dentro de normas de proteção ambiental 
(Júnior e Holanda, 2011). 
Segundo Plástico (2013), o PVC, apesar de estar entre os três plásticos 
mais produzidos no mundo, é o plástico que menos aparece no lixo urbano. Isso 
ocorre porque 64% dos produtos de PVC são usados em aplicações de longa 
duração, com vida útil superior a 15 anos. 
 
 
3.2.1 - PVC Usado na Construção Civil 
 
 
Segundo Rodolfo Jr. (2006), as aplicações diretamente ligadas à 
Construção Civil (tubos e conexões, perfis e fios e cabos principalmente) somam 
aproximadamente 62% da demanda total de PVC no Brasil. Nessas aplicações o 
PVC mostra excelente relação custo-benefício se confrontado com a de materiais 
concorrentes como a madeira, metais e cerâmicas, além de apresentar vantagens 
facilmente perceptíveis em quesitos como comportamento ante chama, resistência 
química e ao intemperismo, isolamento térmico e acústico, facilidade de instalação, 
baixa necessidade de manutenção e excelente acabamento e estética, dentre 
outras. Vale destacar que o segmento de perfis, que engloba chapas rígidas, é o de 
maior potencial de crescimento no Brasil. 
Segundo Smith (2012), o PVC é o termoplástico mais utilizado na 
construção civil, para qual se destinam 65% da sua produção total. No Brasil, o PVC 
vem se tornando uma opção em projetos residenciais, comerciais e industriais, e 
vem se destacando as mais importantes tendências de modernização da construção 
civil no país. 
24 
 
De acordo com Araújo (2009), devido a suas características, fica evidente 
que o PVC é matéria prima do desenvolvimento sustentável, tanto pela sua 
versatilidade quanto pelos segmentos de mercado no quais participa, notadamente 
aqueles ligados diretamente à Construção Civil, o que torna relevante cientifica e 
socialmente qualquer projeto de pesquisa cujo tema seja este material tão 
multifuncional. 
 
 
3.2.2 – PVC e o Meio Ambiente 
 
 
Diversos aspectos comprovam tal diferenciação, de suas contribuições 
para o desenvolvimento sustentável à reciclagem, passando, inclusive, pela análise 
de ciclo de vida do produto. Um dos aspectos ambientais mais importantes e 
benéficos do PVC está na origem de suas principais matérias primas e insumos: 
cloro, eteno e água (Instituto do PVC, 2014). 
Para Solvay Indupa (2014), existem vários fatores que tornam o PVC um 
produto ecologicamente correto, que vai desde a fabricação até a sua reciclagem, 
são eles: 
(i) na fabricação, o PVC se diferencia pelo reduzido consumo de energia no 
processo de fabricação. O PVC consome menos petróleo que muitos materiais 
alternativos, contribuindo para a redução do aquecimento global e o efeito estufa. É 
constituído de cloro (57%), originado do sal marinho, e etileno (43%), extraído do 
petróleo; 
(ii) na transformação de muitos materiais (como o metal, a cerâmica e o vidro) 
exigem temperaturas extremamente elevadas que consomem muita energia. O PVC, 
pelo contrário, é transformado em temperaturas relativamente baixas, entre 170ºC e 
200ºC; 
(iii) na utilização, a avaliação do impacto ecológico de um material também 
deve levar em consideração o seu desempenho durante a sua utilização. Neste 
sentido, os artigos produzidos a partir do PVC se distinguem graças à sua 
extraordinária longevidade e isso representa economia de energia; e 
25 
 
(iv) na reciclagem, tão importante quanto utilizar o mínimo de recursos 
naturais necessários para a fabricação dos produtos e melhorar o bem estar da 
sociedade é recuperar esses recursos utilizados para não ter que consumi-los 
novamente. Uma das formas de se conseguir esse benefício ambiental é através da 
reciclagem dos produtos. Nesse ponto, o PVC possui um papel destacado, uma vez 
que é facilmente reciclável. Nas empresas que transformam o PVC, as aparas de 
processo são recicladas internamente devido ao seu alto valor e pureza. No caso 
dos produtos de PVC em final de vida, destacam-se vários casos de sucesso no 
Brasil e no mundo. 
O balanço ecológico permite uma comparação realista entre os materiais, 
alguns produtos destinados à construção civil como perfis para janelas tiveram seus 
balanços ecológicos comparados recentemente na Alemanha e os resultados 
demonstraram que a utilização do PVC deve ser enquadrada entre as melhores 
soluções do ponto de vista ambiental. Estudos desse tipo, feitos em todo o mundo, 
vêm mostrando que os produtos em PVC possuem grandes vantagens ambientais 
quando comparados com materiais alternativos e tradicionais (Solvay Indupa, 2014). 
 
 
3.3 – Concreto 
 
 
 Concreto é uma mistura de cimento, agregado graúdo (brita ou cascalho), 
agregado miúdo (areia) e água em dosagens pré-determinadas. Essa mistura possui 
uma plasticidade para ser manuseada, logo adquirirá resistência e coesão com o 
passar do tempo, este fato ocorre devido às reações entre o aglomerante e a água. 
 Segundo Andolfato (2002), o concreto fresco tem consistência plástica, 
podendo ser moldado, na forma e dimensões desejadas, bastando lançar a massa 
fresca no interior de formas de madeiras ou outro material adequado. Ao endurecer 
ele tem elevada resistência à compressão, mas baixa resistência à tração. 
 Segundo Sousa (2009), o concreto é material construtivo amplamente 
disseminado. Pode-se encontrá-lo em casas de alvenaria, em rodovias, em pontes, 
26 
 
nos edifícios mais altos do mundo, em torres de resfriamento, em usinas 
hidrelétricas e nucleares, em obras de saneamento, até em plataformas de extração 
petrolífera móveis. 
 Como diz Da Silva (2011), o concreto é, então, uma pedra artificial que 
sobre a pedra natural tem a vantagem de ser na forma e dimensões desejadas, 
oferecendo condições de plasticidade que facilitem as operações de manuseio 
indispensáveis ao lançamento nas formas, adquirindo com o tempo coesão e 
resistência. 
 
 
3.3.1- Materiais Constituintes do Concreto 
 
 
O Concreto é um composto formado por vários componentes, onde cada 
um tem sua devida característica e função, sua quantidade deve ser dosada de 
acordo com o tipo de concreto requerido. 
 
 
3.3.1.1 - Cimento Portland 
 
 
 O cimento Portland é um material pulverulento, constituído de silicatos e 
aluminatos de cálcio, praticamente sem cal livre. Esses silicatos e aluminatos 
complexos, ao serem misturados com água, hidratam-se e produzem o 
endurecimento da massa, que pode então oferecer elevada resistência mecânica 
(Moreira, 2004). 
 O processo de fabricação do cimento se dá pela extração do calcário, 
sendo beneficiado e misturado com argila em um moinho, produzindo um pó que 
será inserido em um forno, passando por tratamento térmico a temperatura em torno 
de 1450°C,resultando em pelotas duras conhecidas como clínquer, que por fim será 
27 
 
moída junto com substâncias carbonaticas e pozolânicas e escória de alto forno, 
transformando-se em um pó fino (cimento) pronto para uso. 
 
 
3.3.1.2 - Agregados 
 
 
 Agregados são materiais que estão presentes no concreto e ao serem 
adicionados com cimento e água, dar-se uma consistência inicial para 
trabalhabilidade, tendo uma parcela de 80% do peso do concreto, a forma e 
tamanho podem vir a variar as características finais do produto. Com a variação da 
quantidade e tamanho do agregado pode-se variar largamente as propriedades do 
concreto, sendo necessária uma dosagem correta para aplicação desejada. 
 Os agregados podem ser classificados com relação ao seu tamanho de 
grão em duas classes: graúdo e miúdos. Pode-se também classificar com natural ou 
artificial, variando de acordo com sua origem, que pode servia beneficiamento 
humano, com a utilização de moinhos, sendo assim classificados como artificiais. Se 
extraído das jazidas naturais e sem nenhum beneficiamento humano, localizados em 
margens de rios, esse são classificados como naturais. Podemos classificar de outra 
forma, de acordo com sua massa especifica aparente, leves para pedra pomes, 
vemiculita, argila expandida, normais para areia, seixos e pedra britada, pesado para 
barita, magnetita e limonita. 
 Na produção do concreto, considerando o mesmo traço, só variando o 
tipo de agregados miúdos e mantendo a mesma proporção, os agregados com alto 
teor de fino, necessitam de maior quantidade de água e consequentemente uma 
maior quantidade de cimento para manter a relação água/cimento, encarecendo o 
custo do concreto. No concreto, agregados miúdos com descontinuidade na sua 
distribuição granulométrica, no caso da areia que teve um maior teor de fino, 
necessitam de mais pasta de cimento para preencherem os vazios existentes entre 
eles os agregados graúdos utilizados, aumentando o consumo de cimento (Martins, 
2008). 
28 
 
 Substituição dos agregados usualmente empregados por agregados leves 
como a argila expandida e a vermiculita expandida pode proporcionar benefícios 
devido à redução da massa específica (Michevizet al., 2011) 
 Segundo Drago (2009), foi observado que, quanto maior for a quantidade 
de areia fina contida no concreto, aumentará seu índice de absorção de água, 
quando comparada com um concreto com areia natural, a absorção da areia artificial 
é em média 27% maior, quando comparado com concreto com areia natural. 
 
 
3.3.1.3 - Água de Amassamento 
 
 
 Água de amassamento do concreto deve ser potável ou tratada, onde a 
mesma não possua substâncias nocivas ((matéria orgânica, resíduo sólidos, 
sulfatos, cloretos, açúcares e etc.) podem ser nocivos para os aglomerantes usados 
no concreto.) que venha comprometer a qualidade do concreto. Essa água tem 
como finalidade dar a plasticidade ao conjunto enquanto úmido e proporcionas as 
reações químicas do cimento. 
 Água utilizada para amassamento de aglomerados deve possuir uma 
composição química padrão e uma quantidade mínima de impurezas, que esteja 
dentro dos parâmetros recomendados pelas normas técnicas brasileiras, afim de 
promover uma mistura homogenia, essas impurezas e sais dissolvidos na água. 
 Segundo Bordin (2011), a água de abastecimento público é adequada 
para o concreto e já vem sendo utilizada, não necessitando de ensaio. A água 
potável que atende a Portaria nº 518 do Ministério da Saúde é considerada dentro 
dos padrões exigidos pela norma da ABNT/CB-18 e pode ser utilizada sem restrição 
para a preparação do concreto. A água de esgoto, mesmo com tratamento, não é 
adequada para uso em concreto, devido sua grande quantidade de sulfetos, que são 
altamente nocivos ao concreto. 
Quando a água vem de fontes subterrâneas, ou quando é de captação 
pluvial ou ainda oriunda de processo residual industrial, podem ser boas para uso do 
29 
 
concreto, mas devem ser ensaiadas. No caso de água salobra (água com salinidade 
entre a da água do mar e as chamadas águas doces) também podem ser utilizadas, 
mas somente no concreto não armado. Em ambos os casos, segundo a norma, a 
água deve ser ensaiada. A água do mar não é adequada para construção civil. 
 Em uma visão global, à água de amassamento não é vista como material 
levando em consideração o custo, sendo que um metro cúbico de concreto pode 
consumir até 200 litros dependo do tipo de traço a ser utilizado. 
A qualidade do concreto está diretamente ligado ao fator água/cimento, 
essa dosagem quanto maior ou menor vai influenciar diretamente na resistência do 
concreto, no geral a adição excessiva de água pode causar diminuição da 
resistência do concreto. A quantidade pode variar depende do teor de umidade 
contida no agregado miúdo (areia), daí sai à necessidade de experimentos para 
saber a dosagem correta da água. 
As pesquisas em concreto mostram que as propriedades melhoram com a 
redução de água aplicada no concreto, então se deve evitar a utilização de concreto 
mais fluido, empregado nos canteiros de obras, que tem a finalidade facilitarem a 
concretagem, visto que os maiores defeitos do concreto vêm do excesso de água 
utilizada. 
Segundo Paredes e Bronholo (2013), para o intervalo em estudo, existe 
um ganho significativo na resistência inicial das amostras produzidas com água 
aquecida, desde as primeiras idades. É importante observar que, na avaliação do 
presente estudo, a variação de ganho de resistência tende a se manter um pouco 
mais tênue nas idades mais avançadas, à medida que a hidratação se consolida. 
 
 
3.3.2 - Aditivos 
 
 
Aditivos são produtos químicos que podem ser adicionados antes ou 
depois da mistura do concreto, que tem como objetivos o melhoramento de suas 
características tanto no estado fluido como no estado rígido, sua aplicação melhora 
30 
 
o desempenho mecânico e de resistências quando submetidos a condições 
químicas (intempéries) e físicas (solicitações mecânicas), para o objetivo da adição 
ocorra são necessários ensaios com dosagem convenientes as repostas. 
Existem vários tipos de ativos e com composição diversificada, alguns 
podem melhorar alguns aspectos, trabalhabilidade, resistência, compacidade, 
durabilidade, bombeamento e fluidez. Outros podem diminuir algumas 
características, permeabilidade, retração, calor de hidratação, tempo de pega e 
absorção de água. 
No Brasil os principais aditivos utilizados são: plastificante, aceleradores, 
retardadores, superplastificante, incorporadores de ar e impermeabilizantes. 
 Plastificantes – Tem a finalidade de aumentar a plasticidade do concreto, 
diminuindo o consumo de água em consequência aumentar a resistência à 
compressão do concreto, usa-se de 0,2% a 0,5% da massa de cimento; 
 aceleradores- pode ser usado entre 1% a 3% da massa do cimento, com a 
função oferecer pega mais rápida e resistência inicial mais elevada; 
 retardadores - pode ser usado entre 0,2% e 0,5% da massa do cimento, 
com a função aumentar o tempo de início de pega; 
 incorporadores de ar - Ao ser incorporado no concreto forma pequenas 
bolhas de ar, assim aumentando a coesão do concreto e trabalhabilidade, 
usa-se aproximadamente 0,05% da massa do cimento; e 
 impermeabilizantes – Esse tipo de ativo aumenta a coesão de mistura que 
provocam um maior adensamento do concreto. 
 
 
3.3.3 - Propriedades do Concreto Fresco 
 
 
Segundo Martins (2008), entende-se como concreto fresco, o concreto no 
estado plástico, antes do endurecimento. Ainda que suas propriedades no estado 
fresco sejam de interesse para a aplicação, sabe-se que elas estão relacionadase 
31 
 
têm grande implicação nas propriedades do concreto endurecido. Algumas 
propriedades do concreto endurecido dependem fundamentalmente de suas 
características enquanto no estado fresco. 
A propriedade desejada do concreto varia de acordo com o tipo de obra 
que será executada, sendo imprescindíveis as propriedades para cada tipo de 
aplicação. As dosagens entre os constituintes do concreto irão definir a sua 
resistência final, módulo de deformação e sua durabilidade frente os agentes 
agressores que serão sujeitados, o traço do concreto é definido pela quantidade de 
agregado e quantidade de cimento. A quantidade de água de amassamento também 
influência a qualidade final do produto. 
Algumas propriedades do concreto não são fáceis de ser mensurada 
devido à dificuldade de ensaiar as partículas separadas, a resistência à compressão 
dos componentes do concreto (agregados) pode ser medidas indiretamente, com a 
medição da resistência à compressão. 
Nesse pequeno espaço de tempo em que o concreto se torna plástico as 
principais características de maior importância são: consistência, coesão e 
homogeneidade, a interação dessas caraterísticas denomina-se trabalhabilidade. 
 
 
3.3.3.1 - A trabalhabilidade 
 
 
Está associada a três características: facilidade no adensamento do 
concreto e redução de vazios, facilidade a moldagem, preenchendo os vazios 
existentes entre a forma e as ferragens, resistência a segregação e manutenção da 
homogeneidade da mistura, durante o manuseio e possíveis vibrações. 
A trabalhabilidade do concreto fresco determina a facilidade com o qual 
um concreto pode ser manipulado sem segregação nociva. De todas as formas, um 
concreto que seja difícil de lançar e adensar não só aumentará o custo de 
manipulação como também terá resistência, durabilidade e aparência, inadequadas. 
De forma similar, misturas com elevada segregação e exsudação, são mais difíceis 
32 
 
acabamento e mais caras e fornecerão concreto menos durável. Portanto 
trabalhabilidade pode afetar tanto o custo quanto a qualidade do concreto (Mehta e 
Monteiro, 1994). 
Para De Carvalho (2009), trabalhabilidade não é uma propriedade 
intrínseca do concreto, pois deve ser relacionada ao tipo de construção e métodos 
de lançamento, adensamento e acabamento. Um concreto que pode ser 
prontamente lançado em uma fundação maciça sem segregar poderia ser totalmente 
inadequado para uma peça estrutural fina. 
Como visto em Neville (1997), a trabalhabilidade deve ser definida como 
uma propriedade física inerente ao concreto sem referência às circunstâncias de um 
tipo particular de construção e que determina a facilidade de lançamento e 
adensamento do concreto, com ausência de segregação. 
Para uma trabalhabilidade adequada do concreto não depende 
exclusivamente da água utilizada, uma maior dosagem de água não leva o concreto 
a uma melhor trabalhabilidade, pode levar muitas vezes á exsudação, a segregação 
ou ao aumento do abatimento. A trabalhabilidade vai depender da dosagem 
adequada e do teor e tipo de aditivo, a compatibilização do concreto vai depender do 
conhecimento da característica e a proporção dos componentes das misturas. 
Um concreto dito trabalhável é aquele quando colocado dentro da forma 
possa fluir entre os vazios, e manter-se estável e homogêneo e coeso durante o 
transporte, sem que segregue, e também que permita um bombeamento e de fácil 
adensamento expulsando bolhas de ar aprisionadas proporcionando um bom 
acabamento. 
 
 
3.3.3.2 - Segregação 
 
 
A segregação se contrapõe a trabalhabilidade, deve ser controlada o 
máximo possível, ela pode ocorrer em qualquer etapa da produção do concreto. 
Quando ocorre esse fato observa-se uma separação dos componentes da mistura, 
33 
 
ocorrendo no momento o transporte e/ou lançamento, o concreto perder sua 
homogeneidade. Estudos mostram que as diferenças de massa e dimensões dos 
constituintes da mistura causam essa patologia. A segregação pode ser interna e 
externa, na primeira as partículas maiores e mais pesadas depositam-se na parte 
inferior no momento de preenchimento do molde devido ao declive, já á externa 
ocorre quando há separação da argamassa da mistura. Para quantificar a 
segregação não existem ensaios normatizados, a observação e a experiência do 
trabalhador são de fundamental importância, a inspeção por testemunho extraído em 
geral são adequados para determinação da segregação. 
Segundo Geyer e De Sá (2006), a segregação é definida como sendo a 
separação dos componentes do concreto fresco de tal forma que sua distribuição 
não seja mais uniforme. Existem, basicamente, duas formas de segregação. A 
primeira, típica de concretos pobres e secos, os grãos maiores do agregado tendem 
a separar-se dos demais durante as operações de lançamento com energia 
demasiada ou vibração excessiva. A segunda, comum nas misturas muito plásticas, 
manifesta-se pela nítida separação da pasta de mistura. 
De acordo com Andrade (2005), a segregação ocorre no lançamento 
inadequado do concreto ou uma má vibração, com isso, os agregados graúdos 
separam-se do restante da pasta formando uma grande quantidade de vazios e 
porosidade, facilitando a infiltração de água e decrescimento de sua resistência, isso 
ocorre devido as massas específicas dos materiais componentes do concreto serem 
distintas e com o efeito da diminuição tende a se separar. 
As diferenças de tamanho das partículas e da massa específica dos 
componentes constituem a causa primária da segregação, podendo ser controlada 
pela escolha de granulometria adequada e pelo cuidado no manuseio (Neville, 
1997). 
 
 
 
 
34 
 
3.3.3.3 – Exsudação 
 
 
Exsudação ocorre quando parte da agua de amassamento sobe até a 
superfície do concreto fresco, essa migração pode causar sedimentação do 
concreto. Os constituintes não absorvem toda água da mistura, aparecendo água na 
superfície do concreto mesmo após o lançamento, além de causar inúmeros 
problemas como a aderência e aumento da permeabilidade do concreto, quando a 
água retida evapora, poderá causar existência de camada de concreto fraca, porosa 
e de pouca durabilidade. 
Ao migrar para a superfície as moléculas de água podem carregar 
partículas fina de cimento, formando uma pasta que impede a formação de novas 
camadas de concreto, quando isso ocorre essa camada deve ser retirada. 
Segundo a NBR 12655:2009 – o profissional responsável pela execução 
deve escolher o tipo de concreto, consistência, dimensão dos agregados e demais 
propriedades de acordo com o projeto e com as condições de aplicação. Deve 
também verificar e atender todos os requisitos da norma. 
Segundo Neville e Brooks (2010), a exsudação não é necessariamente 
prejudicial. A relação água/cimento efetiva pode ser diminuída, com consequente 
aumento da resistência, se a exsudação não for perturbada (e a água evaporar). 
Apesar de dependente da quantidade de água de mistura, a tendência á exsudação 
depende muito das propriedades do cimento. 
Segundo Sousa (2011), embora associada à concretagem em clima 
quente, a retração plástica pode ocorrer em qualquer condição climática que 
produza uma elevada taxa de evaporação da umidade superficial do concreto. 
Quando a taxa de evaporação da umidade superficial do concreto é maior que a 
velocidade de exsudação do concreto, não é possível repor, em tempo hábil, à água 
evaporada. Nesse caso, são criados espaços que geram tensões de tração e que 
podem causar fissuração, caso essas tensões sejam maiores que a resistência do 
concreto naquele momento. 
 
35 
 
3.3.3.4 - Ar Contido no Concreto 
 
 
O ar contidono concreto originar-se por duas situações, no uso de 
aditivos e no aprisionamento de ar devido às reações físico-químicas que ocorre no 
concreto, as bolhas aprisionadas têm uma ordem de 100µm a 1000µm e as 
incorporadas com pelos aditivos de 100 µm 200 µm. O principal objetivo da 
incorporação do ar é proteção do concreto endurecido sobre baixa temperatura 
(gelo), em contra partida no concreto fresco essa incorporação melhora a 
trabalhabilidade de concretos pobres. 
Segundo o Instituto Brasileiro de Impermeabilização, aditivo é que permite 
incorporação durante o amassamento do concreto uma quantidade controlada de 
pequenas bolhas de ar, uniformemente distribuídas, que permanecem no material no 
estado endurecido. 
Quando há incorporação de ar, existem uma mudança com relação a 
quantidade de agregado miúdo (areia) que deve ser diminuída do mesmo volume 
que o ar é incorporado, o cimento e os agregados graúdos são mantidos a mesma 
quantidade. 
Segundo Da Silva (2011), a água necessária para obter-se uma dada 
consistência é por essa razão menor do que no concreto sem agente incorporador 
de ar. Desta maneira, a diminuição da relação a/c parcial ou totalmente compensa a 
resistência mais baixa causada pelo aumento dos vazios internos. Em geral, 
misturas contendo ar incorporado para as finalidades mencionadas acima tem 
menos do que 10% de ar. 
De acordo com o manual da Vedacit (1999), adições excessivas do 
aditivo não incorporam maior volume de ar do que sua característica química 
permite, mas tornam o cimento hidrófobo, podendo levá-lo à floculação. 
Segundo Romano et al. (2012), a incorporação de ar em pastas 
cimentícias impacta diretamente na densidade das mesmas, fato que pode induzir a 
erros em medidas reológicas decorrentes de fatores inerciais nos ensaios. 
 
36 
 
3.3.4 - Propriedade do Concreto Endurecido 
 
 
Segundo Guimarães e Dos Santos (1999) O conjunto de propriedades e 
características de um concreto é o que o qualifica, devem, entretanto, serem 
consideradas em termos relativos, segundo a exigência da obra a ser utilizado. Por 
exemplo: a impermeabilidade de um concreto é característica essencial para 
concretos utilizados em estruturas hidráulicas, não sendo tão rigidamente exigida em 
concretos utilizados em estruturas de edifícios residenciais, quando as exigências 
fundamentais são deslocadas para características mecânicas de resistência e 
rigidez. 
 
 
3.3.4.1 - Resistência Mecânica 
 
 
A resistência final de o concreto estar diretamente ligada com a relação 
da pasta (cimento/água) e dos agregados graúdos e miúdos. 
Segundo Lima (2010), para o caso do concreto convencional, a 
resistência do agregado deve ser igual ou superior à resistência do concreto que se 
deseja produzir. No que diz respeito à ligação pasta/agregado, esta depende, 
basicamente, da forma, da textura superficial e da natureza química dos agregados. 
O concreto resiste bem aos esforços de compressão e muito pouco aos 
esforços de tração. A sua resistência de tração simples é de 1/10 da compressão e 
1/5 da flexão. 
De acordo com Freitas (2012), as principais propriedades mecânicas do 
concreto são: resistência à compressão, resistência à tração e módulo de 
elasticidade. Essas propriedades são determinadas a partir de ensaios, executados 
em condições específicas e geralmente, realizados para controle de qualidade e 
atendimento às especificações. 
37 
 
Segundo Pimenta (2012), processo de endurecimento dos concretos à 
base de cimento Portland é muito longo, podendo levar mais de dois anos para 
completar-se. Com a idade o concreto endurecido vai aumentando a resistência a 
esforços mecânicos. Aos 28 dias de idade já adquiriu cerca de 75 a 90% de sua 
resistência total. É na resistência mecânica apresentada pelo concreto endurecido 
28 dias após a sua execução que se baseia o cálculo dos elementos de concreto. 
De acordo com Pacheco e Helene (2013), a resistência à compressão é 
uma propriedade muito sensível, capaz de indicar com presteza as eventuais 
variações da “qualidade” de um concreto, da dosagem ou de seus insumos. 
 
 
3.3.4.2 - Massa Específica 
 
 
Segundo Bastos (2006), a massa específica dos concretos simples gira 
em torno de 2400 kg/m3. Considerando para as estruturas comuns uma taxa média 
de armadura de 100 kg de aço para cada metro cúbico de concreto, a massa 
específica do concreto armado resulta 2500 kg/m3. 
De acordo com Siqueira (2008),além da massa específica, outra 
informação usualmente necessária para a dosagem de concretos, é a massa 
unitária, que é definida como a massa das partículas do agregado que ocupam uma 
unidade de volume. O fenômeno da massa unitária surge, porque não é possível 
empacotar as partículas dos agregados juntas, de tal forma que não haja espaços 
vazios. O termo massa unitária é assim relativo ao volume ocupado por ambos 
agregados e vazios. A massa unitária aproximada dos agregados comumente 
usados em concreto normalmente varia de 1300 kg/m3 a 1750 kg/m3. 
 
 
 
38 
 
3.3.4.3 - Permeabilidade/Durabilidade 
 
 
Segundo Da Silva (2011), é a capacidade do concreto de resistir à ação 
das intempéries de ataques químicas e abrasão. Logo a escolha criteriosa dos 
materiais e da dosagem é fundamental na definição de que tipo de ataque (físico ou 
químico) a estrutura estará exposta. 
A durabilidade do concreto pode ser determinada pela propriedade da 
permeabilidade, sendo dependente das propriedades dos materiais que os constrói, 
existem vários modelos para caracterizar a permeabilidade Tais como: lei de Darcy, 
modelo de Katz-Thompson, métodos de Figg. 
As características do concreto são importantes para a durabilidade. Sua 
qualidade está ligada diretamente com a relação água-cimento, através da 
porosidade e consequente vulnerabilidade à penetração de água e de gases no 
concreto. 
Segundo Neville (2010), o significado de durabilidade liga-se ao 
desempenho satisfatório para o qual aquele componente ou material foi projetado, 
mantendo assim, suas condições de resistência normais para o serviço empregado. 
De acordo com Brandão e Pinheiro (1999) quando ocorre a deterioração 
de forma rápida, ou seja, antes do tempo determinado, podemos citar alguns fatores 
que influenciam: Materiais inadequados, utilização inadequada na obra, erros de 
projetos, assim como, erros de execução dentre outros. 
Com esse estudo realizado sobre os componentes que constituem o 
sistema construtivo Concreto-PVC e suas características, pode-se seguir uma 
diretriz para execução do presente trabalho, de forma a obter os resultados 
esperados de acordo com a teoria, assim respaldando o trabalho realizado. 
Para realização dos ensaios no concreto o conhecimento de seus 
componentes é de fundamental importância, visto que as variações das quantidades 
e características de seus constituintes resultam em propriedades diferenciadas. 
39 
 
O conhecimento sobre o modelo construtivo facilitará os processos de 
execução dos ensaios, facilitando a identificação de possíveis irregularidades e 
confrontar com os modelos teóricos. 
 
 
40 
 
4- METODOLOGIA 
 
 
São apresentados os tipos de ensaios e as metodologias e que foram 
utilizadas para analisar as propriedades do sistema construtivo Concreto-PVC, de 
acordo com as normas brasileiras: NBR NM 68, NBR 5739 e NBR 15575 -2. 
Segundo Garcia (2012), todo projeto de engenharia requer, para a sua 
viabilização, um vasto conhecimento das caraterísticas, propriedades e 
comportamento dos materiais disponíveis, os critérios de especificação ou escolha 
de materiais impõem, para realização de ensaios, métodosnormatizados que 
objetivam levantar as propriedades mecânicas e seu comportamento sob 
determinadas condições de esforços. 
 
 
4.1- Materiais Utilizados 
 
 
Foram utilizados para a realização do presente trabalho perfis de PVC e 
Concreto obtidos na obra da creche de concreto PVC, Localizada loteamento 
Mumbaba. 
 
Figura 1 - Creche Mumbaba 
Fonte: Arquivo pessoal (2014) 
41 
 
Visto que cada material possui características intrínsecas, assim 
possuindo respostas diferentes quando submetidos a solicitações mecânicas, houve 
a necessidade de quantificar essas respostas. Para isso foram realizados ensaios 
normatizados, com os resultados obtidos pode-se prever sua vida útil e suas 
possíveis falhas, esse conhecimento é fundamental importância para um engenheiro 
executar um projeto. 
Para analisar as propriedades do modelo construtivos Concreto-PVC, 
realizou-se algumas análises do projeto, através dos ensaios que são descritos a 
seguir: 
 
Figura 2 - Fluxograma das Atividades 
42 
 
4.2 - Métodos de Ensaio 
 
 
A seguir será descritos os ensaios realizados e a metodologia utilizada. 
 
 
4.2.1- Consistência ou Espalhamento do Concreto (estado fresco) 
 
 
De acordo com a NBR NM 68, pode-se determinar a consistência do 
concreto mediante o espalhamento do tronco de cone na mesa de Graff. A mesa 
deve estar nivelada em local protegido isento de choques e vibrações, os moldes 
devem estar limpos e umedecidos antes do ensaio, o molde tronco cônico deverá 
ser colocado sobre a mesa, onde vai ser colocado o concreto (figura 2). A execução 
de todas as etapas do ensaio, não pode ter tempo superior a 5 mim. Realizou-se 
três ensaios de espalhamento de concreto. 
 
 
Figura 3 - Ensaio de Espalhamento do Concreto 
 Fonte: Comunidade da Construção (2015) 
 
 
 
43 
 
4.2.2 - Consistência do Concreto e sua Fluidez 
 
 
 A consistência do concreto foi determinada pela média aritmética dos 
diâmetros maiores, foi utilizada uma régua posicionada paralelamente aos lados da 
mesa, com as leituras dos diâmetros obtivemos a consistência e a fluidez do 
concreto de acordo com as seguintes formula: 
 
 
 Consistência (D) 
 
𝐷 =
d1+ d2
2
 (Equação 1) 
Onde: 
D = Consistência do concreto; 
d1 e d2 são os diâmetros medidos 
 
 
 Fluidez 
𝑓 =
D
d
 (Equação 2) 
Onde: 
f é a fluidez do concreto; 
D é a consistência do concreto 
d é o diâmetro da base maior do molde tronco cônico (200 mm). 
 
 
 
44 
 
4.2.3 - Moldagem dos Corpos de Prova 
 
 
Os moldes foram limpos e revestidos internamente com uma fina camada 
de óleo mineral, o concreto foi moldado com auxílio de uma concha (figura 3), que 
foi deslocada ao redor do molde a fim de assegurar uma distribuição simétrica. Os 
Moldes foram preenchidos por duas camadas de concreto e adensado com 12 
golpes esse procedimento foi realizado com todos os moldes usados na confecção 
dos corpos de provas nos três lotes de amostras de concreto. Foram moldados 12 
corpos de prova para cada lote ensaiados, totalizado 32 corpos de prova. Após a 
moldagem os corpos de prova passaram 24 horas na obra, em local seguro, livres 
de vibrações e intempéries antes de serem desmoldados. 
 
 
Figura 4 - Confecção dos Corpos de Prova 
Fonte: Arquivo pessoal (2014) 
 
 
 
 
45 
 
4.2.4 - Resistência Característica à Compressão aos 7 e 28 dias 
 
 
Segundo a NBR 5739, demonstra o método pelo qual devem ser 
ensaiados à compressão os corpos de prova cilíndricos de concreto a fim de avaliar 
a resistência a compressão do concreto em diferentes idades. 
Foram realizados ensaio a compressão aos 7 e 28 dias, portanto 6 corpos 
de prova rompidos aos 7 dias e outros 6 rompidos aos 28 dias, totalizando o 
rompimento de 12 corpos de prova para cada lote coletado de concreto utilizado 
para o preenchimento dos moldes de PVC. Os ensaios foram realizados no 
LABEME – Laboratório de Ensaio de Materiais e Estruturas, localizado na 
Universidade Federal da Paraíba. 
A figura 4 apresenta a prensa hidráulica, que foi utilizada para realização 
dos ensaios de compressão. 
 
 
Figura 5- Prensa Hidráulica 
Fonte: Arquivo Pessoal (2014) 
 
 
 
46 
 
A resistência à compressão foram obtida, dividindo-se a carga da ruptura 
pela área da seção transversal do corpo de prova, o resultado deve ser expresso em 
MPa. As equações usadas nos cálculos estão demostradas a seguir: 
 
 Ensaio de Compressão corpo de prova 10x20 cm: 
Área da Seção Transversal: 
Área da Base: π * r2 
Raio: 5 cm = 0,05 m 
 
σ =
F
A
σ =
N
A
σ =
Kgf 
A
x 9,80665(equação 3) 
Onde: 
σ = Tensão (Mpa); 
F = Carga limite (Kgf); 
A = Área (m²); 
1 kgf = 9,80665 N. 
 
 
4.2.5 - Desempenho Estrutural 
 
 
A NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se 
aplicam ao sistema estrutural da edificação habitacional, utilizada como um 
procedimento de avaliação do desempenho de sistemas construtivos. Requisitos 
aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos. 
 
 
 
 
47 
 
4.2.5.1 - Resistência Estrutural e Avaliação Global 
 
 
Segundo a NBR 15575-2, deve-se analisar o nível específico de 
segurança contra a ruína, considerando-se as combinações de carregamento de 
maior probabilidade de ocorrência, ou seja, aquelas que se referem ao estado-limite 
último. 
Foram avaliados os requisitos gerais previsto na NBR 15575-2,atento a 
vida útil do projeto sob as diversas condições de exposição (ação do peso próprio, 
sobrecargas de utilização, atuações do vento e outros), foram avaliados os 
seguintes quesitos: 
a) Não ruir ou perder a estabilidade e deformações de nenhuma de suas partes; 
b) não prejudicar a manobra normal de partes móveis, tais como portas e 
janelas, nem repercutir no funcionamento anormal das instalações em face 
das deformações dos elementos estruturais. 
 
 
4.2.5.2 - Deformação ou Estados de Fissuração do Sistema Estrutural 
 
 
De acordo com a NBR 15575-2, sobre a ação de cargas gravitacionais, 
temperatura, vento, recalques diferencias das fundações ou quaisquer outras 
solicitações passíveis de atuarem sobre a construção, os componentes estruturais 
não podem apresentar: 
a) Deslocamento dos pilares, paredes, vigas lajes (componentes visíveis) devido 
a cargas gravitacionais, permanentes e acidentais; 
b) destacamento fissura em vedações ou acabamentos, falhas na operação de 
caixilhos e instalações (pisos, forros, etc). 
 
 
48 
 
4.2.5.3 - Desempenho Térmico 
 
 
A NBR 15575-4 estabelece os requisitos e critérios para a verificação dos 
níveis mínimos de desempenho térmico de vedações estruturais. 
Foram verificadas as temperaturas das paredes internas e externas de 
algumas salas, foram medidas as temperaturas com um termômetro infravermelho -
20ºC 550°C/TD945 (figura 5). As medições ocorrem com verificação das 
temperaturas na parte superior (próximo ao teto), na meia altura da parede e no 
rodapé, essas medições foram tanto para parte interna como externa em todas as 
salas. Verificação da temperatura ocorreu em locais onde o sol incidia e também a 
sombra. A verificação foi realizada no dia 19/11/2014 a temperatura ambiente de 
30ºC. 
 
Figura 6 - Termômetro Infravermelho TD945. 
 Fonte: Instrutemp (2015) 
 
 
49 
 
5 –RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
A partir dos resultados obtidos com os ensaios realizados, foi feito 
confronto discursivo entre os resultados obtidos e os esperados. 
 
 
5.1 - Consistências do ConcretoAs figuras 6,7 e 8 mostram os três ensaios de consistência do concreto 
realizado com concreto utilizado nos perfis de PVC. 
 
 
Figura 7 - Espalhamento do Concreto Primeiro Ensaio 
Fonte: Arquivo Pessoal (2014) 
 
 
50 
 
 
Figura 8 - Espalhamentos do Concreto Segundo Ensaio 
Fonte: Arquivo Pessoal (2014) 
 
 
 
Figura 9 - Espalhamentos do Concreto Terceiro Ensaio 
Fonte: Arquivo Pessoal (2014) 
51 
 
Após os ensaios de consistência do concreto foram obtidos os seguintes 
valores apresentados na tabela 1. 
 
Tabela 1- Valores de Consistência e Fluidez do Concreto 
Ensaio d1 (mm) d2 (mm) D (mm) f 
I 620 615 617,5 3,08 
II 450 445 447,5 2,23 
III 580 570 575 2,87 
Média 546,7 2,72 
Desvio Padrão ±72,23 ±0,36 
 
A tabela 1apresenta os valores para os três ensaios de consistência do 
concreto, houve uma variação entre os valores encontrados, a média do desvio 
padrão foi de ±72,23 mm e sua consistência média do concreto foi de D = 546,7 mm. 
A NBR NM 68 afirma que os valores dos diâmetros maiores medidos no 
espalhamento do concreto não podem ultrapassar uma diferença de 40 mm e o 
espalhamento deve possuir uma consistência maior que 350 mm. Mesmo tendo 
essa variação de valores o concreto encontra-se dentro dos padrões normativos 
para concreto auto adensável. 
Em contrapartida, Santos e Silva (2009) afirmam que para produção de 
concreto com características auto adensáveis é necessário no mínimo a realização 
de 3 ensaios: espalhamento do concreto, Funil V (V-Funnel) e Caixa L (L-Box). 
Apesar disso, na grande maioria das aplicações do concreto auto adensável em 
obra só é realizado apenas o ensaio de espalhamento. Isso demostra a falta de 
conhecimento por parte dos profissionais responsáveis pela construção, a respeito 
das propriedades reológicas do concreto auto adensável no estado fresco, e que são 
exigidas para que a estrutura de concreto seja executada com qualidade e 
segurança. 
52 
 
 
5.2 - Resistências à Compressão 
 
 
 Foram ensaiados 3 lotes de corpos de prova com o tempo de cura de 7 
dias e 28 dias, as figuras 9,10 e 11 mostram os corpos de prova rompidos: 
 
 
Figura 10 - Rompimento dos Corpos de Prova - 1º lote 
Fonte: Arquivo pessoal (2014) 
 
 
Figura 11 - Rompimento dos Corpos de Prova -2º Lote 
53 
 
Fonte: Arquivo Pessoal (2014) 
 
Figura 12 - Rompimento dos Corpos de Prova - 3º Ensaio 
Fonte: Arquivo Pessoal (2014) 
 
 
 
Com os rompimentos dos corpos de prova dos lotes ensaiados, nas 
idades de 7 e 28 dias, foram obtidos os seguintes valores da carga aplicada e 
tensão máxima, como mostra as tabelas 2, 3 e 4. 
 
Tabela 2 - Resultado do Ensaio à Compressão 1ºLote 
1º Lote de Corpos de Prova (CP) 
 Carga (kgf) Tensão Máxima (MPa) 
Nº CP 7 dias 28 dias 7 dias 28 dias 
1 7000 14000 8,74 17,47 
2 10000 13400 12,48 16,72 
3 9000 13000 11,23 16,22 
4 9800 12000 11,22 14,97 
5 8400 13000 10,48 16,22 
6 8800 10800 10,98 13,48 
MÉDIA 8833,33 12700 10,85 15,84 
DESVIO 
PADRÃO ±989,38 ±1037,62 ±1,12 ±1,29 
 
 
 
54 
 
Tabela 3 - Resultado do Ensaio à Compressão 2º Lote 
2º Lote de Corpos de Prova (CP) 
 Carga (kgf) Tensão Máxima (MPa) 
Nº CP 7 dias 28 dias 7 dias 28 dias 
1 5000 7000 6,24 8,74 
2 4400 6800 5,50 8,48 
3 4600 7200 5,74 8,99 
4 4200 6600 5,24 8,23 
5 4400 7200 5,50 8,99 
6 4600 7000 5,74 8,74 
MÉDIA 4533,33 6966,66 5,66 8,69 
DESVIO 
PADRÃO 249,44 213,43 0,31 0,27 
 
Tabela 4 - Resultado do Ensaio à Compressão 3º Lote 
3º Lote de Corpos de Prova (CP) 
 Carga (kgf) Tensão Máxima (MPa) 
Nº CP 7 dias 28 dias 7 dias 28 dias 
1 12900 18000 16,09 22,44 
2 10900 18700 13,59 23,31 
3 12000 17200 14,96 21,44 
4 12000 18500 14,96 23,06 
5 12800 17500 15,96 21,82 
6 11200 18200 13,97 22,69 
MÉDIA 
11966,67 18016,67 14,92 22,46 
DESVIO 
PADRÃO ±740,87 ±527,30 ±0,92 ±0,65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
Pode-se observar abaixo nas figuras 12,13 e 14a evolução da resistência 
à compressão dos lotes ensaiados em 7 e 28 dias. 
 
 
 
 
Figura 13 - Resistencia à Compressão para 2º lote (7 e 28 dias) 
 
 
6,24 5,5 5,74 5,24 5,5 5,74
8,74 8,48 8,99 8,23
8,99 8,74
0
5
10
15
20
25
1 2 3 4 5 6R
es
is
tê
n
ci
a 
á 
C
o
m
p
re
ss
ão
 (
M
P
a)
Corpos de prova
Ensaio de Compressão 2º lote
7 dias
28 dias
8,74
12,48
11,23 11,22 10,48 10,98
17,47
16,72 16,22 14,97
16,22
13,48
0
5
10
15
20
25
1 2 3 4 5 6R
es
is
tê
n
ci
a 
á 
C
o
m
p
re
ss
ão
 (
M
P
a)
Corpos de prova
Ensaio de Compressão 1º lote
7 dias
28 dias
 
Figura12 - Resistencia à Compressão para 1º lote (7 e 28 dias) 
56 
 
 
Figura 14 - Resistencia à Compressão para 3º lote (7 e 28 dias) 
 
 
 
A tabela 5 mostra os valores médios das resistências à compressão 
obtidas nos 3 lotes ensaiados aos 7 dias e 28 dias. 
 
 
Tabela 5 - Valores Médios de Resistência à Compressão para os 3 lotes 
 
Tensão Máxima (MPa) 
7 dias 28 dias 
1º Lote 10,85 15,84 
2º Lote 5,66 8,69 
3º Lote 14,92 22,46 
Resistencia à compressão 
Média (MPa) 
10,47 15,66 
Desvio padrão Médio(MPa) ±3,78 ±5,62 
16,09
13,59
14,96 14,96 15,96
13,97
22,44
23,31
21,44
23,06
21,82 22,69
0
5
10
15
20
25
1 2 3 4 5 6
R
es
is
tê
n
ci
a 
à 
C
o
m
p
re
ss
ão
 (
M
P
a)
Corpos de Prova
Ensaios de Compressão 28 dias
7 dias
28 dias
57 
 
 
Figura 15 - Comparativo das Resistências à Compressão Média dos 3 lotes com 7 e 28 dias 
 
 
 
No 1º lote a resistência média para 7 dias foi de 10,85 MPa com um 
desvio padrão de ±1,12 MPa, com 28 dias a resistência média foi de 15,84 MPa, 
tendo um desvio padrão de ±1,29 MPa. A resistência à compressão aumentou 
44,35% de 7 dias para 28 dias. Esses valores podem estar relacionados à presença 
de argila encontrada no agregado miúdo, no ensaio de consistência do concreto 
realizado para este lote (figura 6) foi notório a presença de torrões de argila e 
comprovada na figura 9, como o rompimento dos corpos de prova. A presença de 
argila prejudica a aderência entre o agregado e a pasta de cimento, além de que na 
presença de umidade podem expandir, provocando patologias, nesse caso 
específico com o surgimento de poros no concreto, a fratura do corpo de prova 
ocorreu na interface entre a argila e o concreto, contornando todo torrão, reduzindo 
possivelmente a resistência mecânica do concreto. 
Para 2º lote a resistência do concreto para 7 dias foi de 5,66 MPa com um 
desvio padrão de ±0,31 MPa, com 28 dias a resistência média foi de 8,69 MPa, 
10,85 
15,48 
5,66 
8,74 
14,92 
22,46 
58 
 
tendo um desvio padrão de ±0,27 MPa. A resistência à compressão aumentou 
53,35% de 7 dias para 28 dias. Segundo Evangelista (2002), os fatores que 
influenciam a resistência à compressão do concreto são: tipos e tamanhos dos 
agregados leves, tipos de cimento, tipo e o tamanho máximo do agregado graúdo 
britado. 
O 3º lote obteve resistência a compressão de 14,92 MPa aos 7 dias, com 
desvio padrão de ±0,92 MPa, aos 28 dias a resistência subiu para 22,46 MPa, com 
um desvio padrão de ±0,65 MPa. A resistência à compressão aumentou 66,42% de 
7 dias para os 28 dias. De acordo com DIRETRIZ SINAT, o valor desse ensaio 
enquadrasse dentre os padrões para a concretagem das paredes de perfis de PVC, 
que é do mínimo 20 MPa, após 28 dias. 
Para os 3 lotes ensaiados, para as idades de 7 e 28 dias, a média da 
resistência

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