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PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CAPACIDADE MENSURAÇÃO DA DEMANDA Previsão de flutuações da demanda – essa previsão, de responsabilidade do departamento de marketing, é o insumo principal para as decisões do planejamento e controle de capacidade. Para isso a demanda deve ser: Expressa em termos úteis para o planejamento e controle de capacidade (quantidade a produzir, horas-máquina por ano, pessoal operacional necessário, materiais, espaço). Tão exata quanto possível (qualidade nas projeções de demanda). Dar indicação da incerteza relativa (variabilidade da demanda). SAZONALIDADE DA DEMANDA Quase todos os produtos têm alguma sazonalidade da demanda e alguns também tem sazonalidade de suprimentos. Estas flutuações na demanda, ou no suprimento, podem ser razoavelmente previsíveis. Exemplos: Material de construção Vestuário Hotel-fazenda Matrícula em um curso universitário Bacalhau, pannetone, ovos de páscoa. ETAPAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CAPACIDADE 2 FLUTUAÇÕES SEMANAIS E DIÁRIAS DA DEMANDA Uma operação terá que lidar com flutuações de demanda de prazo muito curto, se os clientes não estão dispostos a esperar por seus produtos, a operação deve planejar-se para responder essas flutuações de curto prazo. Exemplos: A quantidade de caixas operando em um supermercado é bem maior nos finais de semana. O número de ônibus que circulam no centro de uma grande cidade apresentam dois picos ao longo do dia (7 às 10 e de 17 às 19 horas). Uma churrascaria normalmente apresenta picos de demanda nos sábados, domingos e feriados. ETAPAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CAPACIDADE MENSURAR A CAPACIDADE Mensurar a demanda é elemento fundamental para o planejamento e controle da capacidade. O problema fundamental não está só relacionado com a incerteza da mesma mas também com sua complexidade. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CAPACIDADE Capacidade depende do “mix de atividades” – Quanto maior for a variedade de produtos e serviços de uma operação, mais difícil será predizer o volume de produção. Capacidade de Projeto e Capacidade Efetiva – A capacidade de projeto (teórica) é aquela que os projetistas tinham em mente quando arquitetaram a operação. Na realidade vários fatores (perdas) restringirão essa capacidade. A “Capacidade Real” que resta depois dessas perdas é chamada “Capacidade Efetiva”. ETAPAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CAPACIDADE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO UTILIZAÇÃO = PRODUÇÃO REAL / CAPACIDADE DE PROJETO EFICIÊNCIA = PRODUÇÃO REAL / CAPACIDADE EFETIVA PRODUTIVIDADE= PRODUÇÃO REAL /CAPACIDADE DE PROJETO CAPACIDADE EFETIVA = CAPACIDADE DE PROJETO – PERDAS PLANEJADAS PRODUÇÃO REAL = CAPACIDADE EFETIVA – PERDAS EVITÁVEIS CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA 140 HORAS SEMANAIS UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA 140 HORAS SEMANAIS PERDAS EVITÁVEIS 60 HORAS SEMANAIS UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA 140 HORAS SEMANAIS PERDAS EVITÁVEIS 60 HORAS SEMANAIS PRODUÇÃO REAL 80 HORAS SEMANAIS UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA 140 HORAS SEMANAIS PERDAS EVITÁVEIS 60 HORAS SEMANAIS PRODUÇÃO REAL 80 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE DE PROJETO PRODUÇÃO REAL UTILIZAÇÃO = UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA 140 HORAS SEMANAIS PERDAS EVITÁVEIS 60 HORAS SEMANAIS PRODUÇÃO REAL 80 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE DE PROJETO PRODUÇÃO REAL UTILIZAÇÃO = = 0,40 UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA 140 HORAS SEMANAIS PERDAS EVITÁVEIS 60 HORAS SEMANAIS PRODUÇÃO REAL 80 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA PRODUÇÃO REAL EFICIÊNCIA = UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA 140 HORAS SEMANAIS PERDAS EVITÁVEIS 60 HORAS SEMANAIS PRODUÇÃO REAL 80 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA PRODUÇÃO REAL EFICIÊNCIA = = 0,57 UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA CAPACIDADE DE PROJETO 200 HORAS SEMANAIS PERDAS PLANEJADAS 60 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE EFETIVA 140 HORAS SEMANAIS PERDAS EVITÁVEIS 60 HORAS SEMANAIS PRODUÇÃO REAL 80 HORAS SEMANAIS CAPACIDADE PROJETO PRODUÇÃO REAL PRODUTIVIDADE = = 0,40 UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA Grau de utilização como uma medida do desempenho das operações: O grau de utilização indica que proporção da capacidade projetada foi utilizada para produzir bens. Uma perda de produção poderia ter sido aproveitada para produzir mais produtos, que gerariam mais lucro (argumento de custo de oportunidade). O PARADOXO DA UTILIZAÇÃO A utilização pode ser resultante de: Uma baixa demanda, Paradas frequentes da planta industrial, Greves, Falta de materiais. Nem sempre é desejável ter um alto grau de utilização. Em operações “batch”, a alta utilização pode resultar na formação de estoques em processo, gerando, altos custos de gestão no planejamento e controle de produção. O PARADOXO DA UTILIZAÇÃO POLÍTICAS ALTERNATIVAS DE CAPACIDADE Após se ter uma compreensão da demanda e da capacidade, o próximo passo é considerar os métodos alternativos para responder à flutuações na demanda. Existem 3 opções (puras) de política de capacidade: Política de capacidade constante. Política de acompanhamento de demanda. Política de gerenciamento da demanda. ETAPAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CAPACIDADE POLÍTICA DE CAPACIDADE CONSTANTE A capacidade de processamento é estabelecida em um nível constante durante todo o período de planejamento, sem considerar as flutuações da demanda. Devido a alta utilização dos recursos, alcança altos padrões de produtividade com baixos custos unitários. Infelizmente, cria um alto nível de estoques, que devem ser financiados e armazenados. Níveis de subutilização muito altos podem tornar proibitivamente dispendiosas as políticas de capacidade constante em muitas operações de serviços (Ex: Quartos de um hotel), Mas podem ser justificadas quando os custos de oportunidades de vendas individuais perdidas são muito altos (Ex: Loja de carros importados). POLÍTICAS DE CAPACIDADE NÍVEL DE PRODUÇÃO MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 NÍVEL DE PRODUÇÃO MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 PRODUÇÃO DEMANDA NÍVEL DE PRODUÇÃO MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA X PRODUÇÃO NÍVEL DE PRODUÇÃO MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA X PRODUÇÃO OS ESTOQUES FORMADOS NESSE PERÍODO NÍVEL DE PRODUÇÃO MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA X PRODUÇÃO SERÃO “DESAGUADOS” AQUI – QUANDO A DEMANDA É SUPERIOR A CAPACIDADE POLÍTICA DE ACOMPANHAMENTO DA DEMANDA É a política de capacidade que tenta se ajustar aos níveis variáveis de demanda prevista. Tal ajuste é extremamente difícil de se alcançar, pois implica um número diferente de pessoal, de horas de trabalho e mesmo diferentes quantidades de equipamentos que podem ser utilizadas em cada período. Uma política pura de acompanhamento de demanda é normalmente mais utilizada por operações que não podem estocar sua produção, como as operações que processam clientes ou fabricantes de produtos perecíveis. POLÍTICAS DE CAPACIDADE Métodos para ajustar a capacidade: Horas extras e tempo ocioso Variar o tamanho da força de trabalho Tempo detrabalho parcial Subcontratação MÉTODOS DE AJUSTE DA CAPACIDADE MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA DEMANDA X PRODUÇÃO MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA CAPACIDADE ACOMPANHANDO A DEMANDA POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DA DEMANDA O objetivo de tal política é transferir a demanda dos períodos de pico para períodos tranquilos. Isto normalmente está além da responsabilidade imediata dos gerentes de produção, sendo responsabilidade das funções de marketing e vendas. Um método de administrar a demanda é mudá-la, alterando parte do composto de marketing, de forma a torná-lo mais atraente em períodos fora do pico. POLÍTICAS DE CAPACIDADE MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA DEMANDA MUITO BAIXA MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 DEMANDA LIQUIDAÇÃO DE SALDOS SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 3 ed. São Paulo, Atlas, 2009. TUBINO, Dálvio Ferrari. Planejamento e Controle da Produção. Teoria e Prática. 2 ed. São Paulo, Atlas, 2008. MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da Produção e Operações. 2 ed. São Paulo, Cengage Learning, 2008. WANKE, Peter. Gestão de Estoques na Cadeia de Suprimentos. Decisões e Modelos Quantitativos. 2 ed. São Paulo, Atlas, 2008. Sucesso a todos e até a próxima !!! Referências Bibliográficas
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