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UNIDADE 5-1 (Da organização do Estado)

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Da Organização do Estado 
• Forma de Estado
• Forma de governo
• Sistema de governo
•A organização e a estrutura do Estado podem ser
analisadas sob três aspectos:
• Forma de governo: república ou monarquia;
• Sistema de governo: presidencialismo ou
parlamentarismo;
• Forma de estado: estado unitário ou federação.
•Brasil: forma republicana de governo; sistema
presidencialista de governo a e forma federativa de
Estado.
FEDERAÇÃO
A forma federativa de Estado teve origem nos EUA, e data de 1787.
Em 1776, ocorre a proclamação de independência das 13 colônias
britânicas da América. Cada qual passa a se intitular um novo Estado
soberano, com liberdade e independência.
Formaram um tratado internacional, intitulado ARTIGOS DE
CONFEDERAÇÃO, a CONFEDERAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, um
pacto de colaboração, a fim de se protegerem das constantes ameaças
da antiga metrópole inglesa. Era permitida a denúncia do tratado a
qualquer tempo, ou seja, o direito de RETIRADA, DE SEPARAÇÃO, DE
SECESSÃO do pacto.
O direito de secessão representava ameaças diante da fragilidade
perante iminentes ataques.
• Por isso, resolveram, em reunião na Filadélfia, discutir as bases para 
uma FEDERAÇÃO americana, pela qual não se permitia mais o direito 
de secessão. 
• Cada Estado cedia parcela de sua soberania para um órgão central, 
responsável pela centralização e unificação, formando os ESTADOS 
UNIDOS DA AMÉRICA, ou seja, autônomos entre si (não mais 
soberanos), dentro do pacto federativo.
• A formação da Federação americana decorreu de um MOVIMENTO 
CENTRÍPETO (DE FORA PARA DENTRO), ou seja, Estados soberanos 
cedendo parcela de sua soberania, em verdadeiro MOVIMENTO DE 
AGLUTINAÇÃO. 
• No Brasil ocorreu o MOVIMENTO CENTRÍFUGO (DE DENTRO PARA 
FORA), ou seja, um Estado Unitário centralizado descentralizando-se. 
• Por tal motivo, entendemos historicamente porque os Estados norte-
americanos tem autonomia muito maior que os Estados-Membros do 
Brasil.
• IMPORTANTE RESSALTAR QUE AQUI SE ANALISA O MOVIMENTO DE 
FORMAÇÃO DA FEDERAÇÃO. JÁ NO MODELO DE REPARTIÇÃO DE 
COMPETÊNCIA, QUE VEREMOS, A DOUTRINA VISLUMBRA TANTO UM 
FEDERALISMO CENTRÍPETO COMO UM FEDERALISMO CENTRÍFUGO 
OU POR SEGREGAÇÃO, em sentido diverso do acima apresentado. 
CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
• Descentralização política: a CF prevê núcleos de poder político, 
concedendo autonomia para os referidos entes.
• Repartição de competência: garantia autonomia aos entes federados 
(gera equilíbrio);
• Constituição rígida como base jurídica: garante a distribuição de 
competências entre os entes autônomos, surgindo uma verdadeira 
estabilidade institucional.
• Inexistência do direito de secessão: não permite a retirada após a 
criação do pacto federativo. Ver artigo 34, I, da CF, que trata da 
intervenção federal no Estado rebelante. A forma federativa é um dos 
limites materiais ao poder de emenda (art. 60,par. 4º., I,CF). 
• Soberania do Estado Federal: os estados federados perdem a 
soberania e passam a ser autônomos. A soberania é característica do 
todo, do Estado Federal, no do caso do Brasil, tanto é que se trata se 
fundamento da RFB (art. 1º., I, da CR/88). 
• Intervenção: em situações de crise, o processo interventivo surge 
como instrumento para assegurar o equilíbrio federativo e assim 
manter a federação. 
• Auto-organização dos Estados-Membros: por meios das constituições 
estaduais (art. 25 CF).
• Órgão representativo dos Estados-Membros: no Brasil ocorrer pelo 
Senado Federal (art. 46 da CR)
• Guardião da Constituição: No Brasil, o STF.
• Repartição das receitas: assegura o equilíbrio entre os entes 
federados (arts. 157 a 159 da CF). 
FEDERAÇÃO BRASILEIRA 
A) Forma de governo: republicana
B) Forma de Estado: Federação
C) Característica do Estado brasileiro: trata-se de Estado de 
Direito, democratizado, qual seja, Estado Democrático de 
Direito;
D) Entes componentes da Federação: União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios
E) Sistema de governo: presidencialista. 
COMPETÊNCIAS 
• COMPETÊNCIAS DA UNIÃO FEDERAL
• Competência não legislativa (administrativa ou material): 
Trata-se de competência que toca a atuação político-
administrativa, regulamentando o campo do exercício das 
funções governamentais. 
• Pode ser:
- Exclusiva (art. 21 da CF/88);
- Comum (cumulativa, concorrente, administrativa ou 
paralela):
- art. 23 da CF/88 – competência não legislativa comum aos 4
entres federativos – União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.
- Na competência comum, o art.23, p. único, da CF/88
estabelece a possibilidade de edição de Leis
Complementares para fixação de normas para cooperação
entre União, Estados, DF e Municípios, em busca do
equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar de âmbito
nacional. Ex. LC 140/2011 (meio ambiente, poluição etc)
E se ocorrer conflitos entre os entes 
federados?
• Se o critério de colaboração não surtir efeitos, deve-se
utilizar o critério da preponderância de interesses.
• Mesmo não havendo hierarquia entre os entes da Federação,
pode-se falar em hierarquia de interesses, em que os mais
amplos (da União) devem preferir aos mais restritos (dos
Estados).
Competência legislativa
• Competências constitucionalmente definidas para elaborar
leis. Para a União Federal foram assim definidas:
a) Privativa (art. 22 da CF/88). As matérias privativas da União
pode ser regulamentadas também por outros federativos,
desde que a União, por meio de lei complementar, autorize
os Estados (e o DF) a legislar sobre questões específicas
das matérias previstas no artigo 22, conforme seu
parágrafo único.
• Concorrente (art. 24 da CF/88). União, Estados e Distrito
Federal. A União estabelecerá normas gerais. Em caso de
inércia da União, os Estados e o DF poderão suplementar a
União e legislar também sobre normas gerais, com
competência legislativa plena. Se a União resolver legislar, a
norma geral do Estado ou do DF fica eficácia suspensa no
ponto em que for conflitante. Trata-se de suspensão e não
de revogação, tanto que pode voltar a surtir efeito caso a
norma geral da União seja revogada.
• Competência tributária expressa (art. 153)
• Competência tributária residual (art.154, I) – instituição
mediante lei complementar de impostos não previstos no
art.153, desde que não cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos outros descritos na
CF;
• e) Competência tributária extraordinária (art. 154, II) –
instituição, na iminência de ou no caso de guerra externa, de
impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua
competência tributária
Estados-Membros
• A partir do estudo sobre poder constituinte derivado decorrente,
tem-se que os Estados federados são autônomos em decorrência da
capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e
autolegislação. Trata-se de autonomia e não de soberania, eis que
esta é fundamento da RFB.
• Os Estados-Membros constituem pessoas jurídicas de direito público
interno, autônomos, nos seguintes termos:
• - Auto-organização: Cf. art 25 da CF, podem se organizar e 
serão regidos pelas leis e Constituições que adotarem, 
respeitando as regras da CF/88;
• - Autogoverno: Cf. arts. 27, 28 e 125 da CF, podem estruturar 
seus poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário);
• - Autoadministração e autolegislação: Cf. arts 18 e 25 a 28 –
competências legislativa e não legislativas.
Formação dos Estados-Membros
• REGRA GERAL: Segundo o art. 18, par. 3º, da CF/88, “os
Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem
novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de plebiscito,
e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
• Fusão (incorporar-se);• Cisão (subdividir-se);
• Desmembramento (desmembrar-se).
Requisitos para formação de Estado-
Membro
• -Plebiscito: a população interessada deverá aprovar a 
formação do novo Estado. Trata-se de condição prévia, 
essencial e prejudicial.
• Propositura de projeto de lei complementar: Com 
manifestação favorável no plebiscito, será proposto projeto 
de lei perante qualquer das Casas do CN (Lei 9709/98)
• Audiência das Assembleias Legislativas: O parecer não é 
vinculativo, no entanto.
•Aprovação pelo Congresso Nacional: Após, passa-se
à fase de aprovação do projeto de LC, através de
quórum de maioria absoluta.
•O CN está obrigado a aprovar o projeto? E uma vez
aprovado, o Presidente tem que sancionar?
- FUSÃO: Os Estado podem incorporar-se entre si. Dois ou
mais Estados se unem geograficamente, formando um
terceiro e novo Estado ou Território Federal, distinto dos
Estados anteriores, os quais perderão a sua personalidade
primitiva. Exemplo: Fusão do Estados do Rio de Janeiro e da
Guanabara (LC 20/74).
- CISÃO: Ocorre quando um Estado que já existe subdivide-se,
formando 2 ou mais Estados-Membros novos, com
personalidades distintas, ou Territórios Federais. O Estado
originário que se subdividiu-se desaparece.
• DESMEMBRAMENTO: Possibilidade de um ou mais Estados
cederem parte de seu território geográfico para formar um
novo Estado ou Território Federal que não existia ou se
anexar a parte desmembrada) a um outro Estado que já
existia. Como regra, o Estado originário não desaparece. Ex:
Estado de Goiás em relação ao Estado do Tocantins (art. 13
ADCT) e com o do Mato Grosso em relação ao Mato Grosso
do Sul (LC31/77)
- Duas modalidades de desmembramento:
- - Desmembramento anexação: A parte desmembrad anexa-
se a um Estado que já existe, ampliando o seu território
geográfico.
- -Desmembramento formação: A parte desmembrada se
transformará em um ou mais de um Estado novo ou
Território Federal, que não existia.
Competências dos Estados-Membros
Competência não legislativa (administrativa ou material):
- Comum (cumulativa, concorrente, administrativa ou
paralela): competência não legislativa comum aos 4 entes
federativos (União, Estados, DF e Municípios), cf. art. 23 da
CF;
- Residual (remanescente ou reservada):são reservadas aos
Estados as competências administrativas que não lhe sejam
vedadas, ou a competência que sobra e não seja dos outros
entes;
- Competência legislativa:
- Expressa: art. 25 CF. capacidade de auto-organização.
Estados regem-se pela Constituição e leis que adotarem.
- Residual (remanescente ou reservada): art.25, par. 1º. –
toda competência que não for vedada e não for da
competência dos outros entes;
- Delegada da União: art. 22, par. Único. A União pode
autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias de sua competência privativa, mediante lei
complementar.
• Competência legislativa (continuação):
• -Concorrente: art. 24 – entre União, Estados e DF. À União cabe
legislar sobre normas gerais e aos Estados sobre normas específicas;
• - Suplementar: art.24, par. 1º. a 4º. Na competência concorrente, em
caso de inércia da União, os Estados podem suplementar a norma,
editando normas gerais sobre o tema. Se a União legislar
posteriormente a norma editada pelo Estado fica suspensa. A
competência suplementar divide-se em duas: a) - Competência
suplementar complementar: Existindo lei federal sobre o assunto, o
Estado e o DF pode (na competência estadual) complementar a
norma; b)- Competência suplementar supletiva: inexiste lei federal,
ficando os Estados e o DF com competência plena.
• - Tributária expressa: art. 155 (estudar especialmente em
dir.tributário)
MUNICÍPIOS
• O Município trata-se de pessoa jurídica de direito público interno e 
autônoma nos termos da CF/88.
• São entes federativos, dotados de autonomia própria, ante a sua 
capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministraçao e 
autolegislação (análise dos arts. 1º. e 18 CF/88)
• Auto-organização: organizam-se por Lei Orgânica, votada em 2 turnos, com 
interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por 2/3 da Câmara Municipal, 
que a promulgará. 
• Autogoverno: elege diretamente o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores
• Autoadministração e autolegislação: art. 30 – Cf. STF a autoadministração 
dos Municípios implica capacidade decisória quanto aos interesses locais, 
sem delegação ou aprovação hierárquica (ADI 1842). 
Formação dos Municípios
• Lei Complementar Federal: determina o período para a criação, 
incorporação, fusão ou desmembramento de municípios, e os 
procedimentos aplicáveis;
• Estudo de viabilidade municipal: demonstração da viabilidade da 
criação, incorporação, fusão ou desmembramento. Deve ser 
apresentado, publicado e divulgado.
• Plebiscito: se o EVM for positivo, as populações interessadas dos 
municípios envolvidos serão consultadas. Será convocado pela 
Assembleia Legislativa, de cf. com a legislação federal e estadual (art. 
5º. Lei 9709/980). Condição de procedibilidade. 
• Lei estadual: Após cumpridos os requisitos acima.
Competência dos Municípios
• Competências não legislativas (administrativas ou materiais)
• - Comum (cumulativa, concorrente, administrativa ou paralela) -
competência não legislativa comum aos 4 entes (art. 23)
• - Privativa (enumerada): art. 30, III a IX. 
• Competências legislativa
• - Expressa: art. 29 (capacidade de auto-organização através de Lei 
Orgânica)
• - Interesse local: art. 30,I. Diz respeito às peculiaridades e 
necessidades ínsitas à localidade. Peculiar interesse.
• Suplementar: art. 30, II – suplementar a legislação federal e estadual 
no que couber (interesse local).
• Plano diretor: art. 182, par. 1º. Deverá ser aprovada pela Câmara 
Municipal, sendo obrigatório para cidades com mais de 20 mil 
habitantes. Instrumento básico da política de desenvolvimento e de 
expansão urbana. 
• Competência tributária expressa. Art. 156 (estuar especialmente em 
direito tributário).
DISTRITO FEDERAL 
• - DF como unidade federativa: Possui capacidade de:
• -Auto-organização: art.32. Rege-se por Lei Orgânica, votada 
em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada 
por 2/3 da Câmara Legislativa, que a promulgará. Parâmetros 
da CF/88.
• -Autogoverno: Eleição de Governador e vice, e dos 
Deputados Distritais
• Autoadministração e autolegislação: competências 
legislativas e não legislativas.
• Outras características relevantes:
• - Impossibilidade de divisão do DF em municípios (art. 32,
caput, CF/88). Ao contrário do que ocorre com os Estados e
Territórios;
• - Autonomia parcialmente tutelada pela União (art. 32, par.
4º): polícias civil, militar e corpo de bombeiros, embora
subordinados ao Governador do DF, são organizados e
mantidos diretamente pela União; Poder Judiciário e
Ministério Público do DF e dos Territórios são organizados e
mantidos pela União;
• - EC 69/2012 transferiu da União para o DF as atribuições de
organizar e manter a Defensoria Pública do DF.
Competências do DF
• Competências não legislativas (administrativas ou
materiais):
• Comum (cumulativa ou paralela): competência não
legislativa comum aos 4 entes federativos.
• - Competências legislativas: art. 32, par. 1º, CF/88. Ao DF
são atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios. Tudo o que se refere neste tema aos
Estados e Municípios aplica-se ao DF.
• Expressa (art.32, caput): elaboração da própria Lei Orgânica. 
Ei-las:
• Residual (art. 24, par. 1º): toda a competência que não for 
vedada, ao DF estará reservada. 
• Delegada (art. 22, p. único): A União pode autorizar o DF a 
legislar sobre questões específicas das matérias de sua 
competência privativa (da União), mediante autorização em 
Lei Complementar.• Concorrente (art. 24): União- normas gerais. DF – normas
específicas;
• Suplementar (art. 24, par. 1º. a 4º): Legislação concorrente.
Inércia da União em fixar normas gerais. DF poderá
suplementar e regulamentar as regras gerais sobre o
assunto. Caso a União regule posteriormente, a norma do DF
fica suspensa no que for contrário, e não revogada.
• Interesse local: art. 30, I, c/c art. 32, par. 1º.
• Competência tributária expressa: art.147, parte final, c/c
arts. 156 e 155.
TERRITÓRIOS FEDERAIS 
• Natureza jurídica: não é dotado de autonomia política. Trata-se de
descentralização administrativo-territorial da União, ou seja, uma
autarquia. Integra a União.
• CF/88: Até a CF de 1988 existiam 3 territórios: Roraima, Amapá e
Fernando de Noronha. Roraima e Amapá foram transformados em
Estados (art.14, caput, do ADCT), e o de Fernando de Noronha foi
extinto, sendo sua área reincorporada ao Estado de Pernambuco.
Atualmente, Fernando de Noronha é Distrito Estadual, prevendo a
Constituição de PE a sua transformação em Município quando
alcançar os requisitos e exigências mínimas, previstos em Lei
Complementar Estadual.
• Atualmente é possível a criação de novos Territórios
Federais, que continuarão a ser mera autarquia, sem
autonomia própria de ente federado. Eis o processo para
criação:
• - Lei Complementar (art. 18, par. 2º)
• - Plebiscito
• - Modo de criação (art.18, par. 3º): Estados podem
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para
se anexar a outros, ou formar Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Características importantes dos
Territórios
• - Lei federal: Lei federal disporá sobre a organização
administrativa e judiciária dos Territórios;
• - Divisão em municípios: É possível a divisão,
diferentemente do DF. Regras dos arts. 29 a 31 da CF/88;
• - Executivo: direção do Território por Governador nomeado
pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado
Federal (art. 84, XIV);
• - Legislativo (CN): Cada Território elegerá o número fixo de
04 deputados federais.
• Controle das contas: a fiscalização das contas caberá ao
Congresso Nacional, após parecer prévio do TCU – Tribunal
de Contas da União.
• - Judiciário, Ministério Público e defensores públicos
federais: Territórios com mais de 100 mil habitantes, terá,
além do Governador, órgãos judiciários de 1ª. e 2ª. Instância,
membros do Ministério Público e defensores públicos
federais, organizados e mantidos pela União. A jurisdição e
as atribuições cometidas aos juízes federais (Justiça Federal
Comum) caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei;
• - Polícia civil, polícia militar e corpo de bombeiros militar
dos Territórios: A EC 19/98 não mais atribuiu à União a
organização e manutenção da polícia civil, militar e do corpo
de bombeiros dos Territórios, o que só ocorre em relação ao
DF;
• - Legislativo: A lei disporá sobre as eleições para a Câmara
Territorial e sua competência deliberativa.
• - Sistema de ensino: organizado pela União.
Da União e seus bens
•Previsão constitucional: ARTIGO 20. 
Repartição de competências
• Modelo clássico: Busca fonte na Constituição Americana de 1787. Por 
esse modelo, cabe à União exercer os poderes enumerados e aos 
Estados os poderes não especificados, em campo residual. 
• -Modelo moderno: Verificado após a Primeira Guerra Mundial. Nas 
Constituições ficam escritas não apenas as atribuições exclusivas da 
União, como também as hipóteses de competência comum ou 
concorrente entre a União e os Estados. 
• OBS.: O clássico e o moderno levam em conta a enumeração das 
competências. 
• Modelo horizontal: Cada entre exerce a sua atribuição nos 
limites fixados pela Constituição e sem relação de 
subordinação, nem mesmo hierárquica. No Brasil predomina 
o modelo horizontal, nos termos dos arts. 21, 22, 23, 25 e 30 
da CF/88.
• Modelo vertical: A mesma matéria é partilhada entre os 
diferentes entes federativos, havendo, contudo, certa relação 
de subordinação no que tange à atuação deles. Geralmente à 
União cabe legislar normas gerais e princípios, e aos Estados 
completá-las para atender às suas peculiaridades locais. 
Verdadeiro condomínio legislativo. No Brasil, temos como 
exemplo a competência concorrente entre União, Estados e 
DF (art. 24 CF/88). 
Da intervenção federal 
NOÇÕES GERAIS:
• Conforme estudo das normas que regem o Estado Federal, a
regra é a autonomia dos entes federativos
(União/Estados/Distrito Federal/Municípios), ante a
capacidade que possuem de auto-organização,
autogoverno, autoadministração e autolegislação. No
entanto, excepcionalmente será admitido o afastamento
desta autonomia política, com a finalidade de preservação
da existência e unidade da própria Federação através da
intervenção .
• INTERVENÇÃO, portanto, consiste em medida excepcional de
supressão temporária da autonomia de determinado ente
federativo, fundada em hipóteses taxativamente previstas
no texto constitucional, e que visa à unidade e preservação
da soberania do Estado Federal e das autonomias da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
(Alexandre de Moraes).
• A UNIÃO pode intervir nos Estados e no Distrito Federal e, no
caso de municípios, somente naquelas existentes dentro de
Território Federal. No caso de municípios localizados em
Estados, não pode.
• OS ESTADOS podem intervir em municípios.
•REQUISITOS PARA QUE OCORRA A INTERVENÇÃO:
•Uma das hipóteses taxativamente descritas na
Constituição Federal (art. 34 – intervenção federal;
art. 35 – intervenção estadual);
•Regra: intervenção do ente político mais amplo no
ente político imediatamente menos amplo (União nos
Estados e Distrito Federal, e municípios de Territórios
Federais; Estados nos municípios);
•Ato político – decretação exclusiva – de forma
discricionária ou vinculada dependendo da hipótese –
do Chefe do Poder Executivo Federal (Presidente da
República, no caso de intervenção federal); e do
Governador do Estado, no caso de intervenção em
município, a quem caberá também a execução das
medidas interventivas.
QUADRO -Defesa da unidade nacional - CF, art. 34, I e II
Espontânea -Defesa da ordem pública - CF, art. 34, III
-Defesa das finanças públicas - CF, art. 34, V
Int. Federal 
-Por solicitação – defesa dos Poderes
Executivo ou Legislativo locais - CF, art. 34, IV
Provocada 
-STF (CF, art. 34, IV – Poder Judiciário)
- STF, STJ ou TSE (CF, art. 34, VI –
-Por requisição ordem ou decisão judicial)
-STF (CF, art. 34, VI e VII – execução de lei
federal e ação direta inconstitucionalidade
interventiva). 
HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO FEDERAL
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para:
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendidaa proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde”.
OBSERVAÇÃO: Veja-se que a regra é a não intervenção, que só ocorre 
excepcionalmente em situações taxativamente previstas no texto 
constitucional.
• OBSERVAÇÃO: No caso do art. 34, V, “a”, dívida fundada, de acordo
com o art. 98 da Lei 4.320/64 “compreende os compromissos de
exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a
desequilíbrio orçamentário ou financeiro de obras e serviços
públicos”. Portanto, trata-se de passivo financeiro.
ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO
• Espontânea: o Presidente da República age de ofício (art. 34,
I, II, III e V);
• Provocada por solicitação: Artigo 34, IV, c/c o art. 36, I,
primeira parte - quando coação ou impedimento recaírem sobre
o Poder Legislativo ou o Poder Executivo, impedindo o livre-
exercício dos referidos Poderes nas unidades da Federação, a
decretação da intervenção federal, pelo Presidente, dependerá
de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo
coacto ou impedido.
• Provocada por requisição:
a) Artigo 34, IV, c/c com o art. 36, I, segunda parte: se a
coação for exercida contra o Poder Judiciário, a
decretação da intervenção federal dependerá de
requisição do STF;
b) Artigo 34, VI, segunda parte, c/c art. 36, II: no caso de
desobediência a ordem ou decisão judicial, a decretação
dependerá de requisição do STF, do STJ ou do TSE, de
acordo com a matéria.
• Provocada, dependendo de provimento de representação:
• a) Art. 34, VII, c/c o art. 36, III, primeira parte: No caso de
ofensa aos princípios constitucionais sensíveis, que são
aquelas previstos no art. 34, VII, da CF/88, a intervenção
federal dependerá de provimento, pelo STF, de
representação do Procurador Geral da República;
• b) Art. 34, VI, primeira parte, c/c art. 36, III, segunda parte:
para prover execução de lei federal (pressupondo ter havido
recusa à execução de lei federal), a intervenção dependerá
de provimento de representação pelo Procurador Geral da
República pelo STF.
• OBSERVAÇÕES: a) A intervenção para execução de lei federal
só deve ser havida por lícita quando não existir outro tipo de
ação aparelhada para a solução da questão; b) Na hipótese
de solicitação pelo Poder Executivo ou Legislativo, o
Presidente da República não estará obrigado a intervir,
possuindo discricionariedade (conveniência e
oportunidade). Mas havendo requisição do Judiciário, não
sendo o caso de suspensão do ato impugnado (art. 36, §3º.),
o Presidente estará vinculado e deverá decretar a
intervenção federal, sob pena de responsabilização.
DECRETAÇÃO E EXECUÇÃODA INTERV. FEDERAL
•A decretação e execução da intervenção federal é de
competência privativa do Presidente da República
(art. 84, X, d CF), ocorrendo de forma espontânea ou
provocada.
• O Presidente da República, antes de decidir sobre a
intervenção, deve ouvir o Conselho da República (art. 90, I) e
o Conselho de Defesa Nacional (art. 91, §1º, II), mas sem que
haja nenhuma vinculação do Chefe do Poder Executivo aos
pareceres dos referidos órgãos. Ou seja, pode decretar ou
não a intervenção, independentemente do parecer dos
Conselhos ser favorável ou não.
• A decretação materializa-se por decreto presidencial de
intervenção, que deverá especificar a amplitude, o prazo e
as condições de execução, e, quando couber, nomeará o
interventor.
CONTROLE EXERCIDO PELO CONG.NACIONAL
• No prazo de 24 horas o Congresso Nacional (Legislativo)
realizará o controle político sobre o decreto de intervenção
expedido pelo Executivo (art. 36, §§1º e 2º), devendo ser
feita a convocação extraordinária, também no prazo de 24
horas, se a Casa Legislativa estiver em recesso parlamentar.
• Assim, o Congresso Nacional aprovará ou rejeitará a
intervenção federal, sempre por meio de decreto legislativo.
• No caso de rejeição, o decreto legislativo suspenderá a
execução do decreto de intervenção;
• Ainda no caso de rejeição pelo Congresso Nacional, o
Presidente da República deverá cessar imediatamente a
intervenção, sob pena de cometer crime de responsabilidade
(art. 85, II), sendo que no caso de não cessar, o ato passa a
ser inconstitucional.
HIPÓTESES DE DISPENSA DE CONTROLE PELO 
CONGRESSO NACIONAL
• Como regra, o decreto interventivo deverá ser apreciado
pelo Congresso Nacional. No entanto, excepcionalmente, a
CF (art. 36, §3º) dispensa a referida apreciação, caso em que
o decreto se limitará a suspender a execução do ato
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
normalidade. As hipóteses de dispensa do controle político
pelo Congresso Nacional são as seguintes:
• Art. 34, VI: para prover a execução de lei federal, ordem ou
decisão judicial;
• Art. 34, VII: quando houver afronta aos princípios sensíveis
da CF.
• ATENÇÃO! IMPORTANTE: Se o decreto que suspendeu a
execução do ato impugnado não foi suficiente para o
restabelecimento da normalidade, o Presidente da República
decretará a intervenção federal, nomeando, se couber,
interventor, devendo submeter o ato ao exame do Congresso
Nacional (controle político), no prazo de 24 horas, cf. art. 36,
par. 1º. da CF).
AFASTAMENTO AS AUTORIDADES 
ENVOLVIDAS
• Por meio do decreto interventivo, que especificará a
amplitude, o prazo e condições de execução, o Presidente da
República nomeará (quando necessário) interventor,
afastando a autoridades envolvidas.
• Uma vez cessados os motivos da intervenção, as autoridades
afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo
impedimento legal (art. 36, par. 4º.)
INTERVENÇÃO ESTADUAL 
• As hipóteses de intervenção estadual e federal (nos
municípios localizados em Territórios Federais) encontram-se
taxativamente previstas no artigo 35 da CF, in verbis:
• “35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União 
nos Municípios localizados em Território Federal, exceto 
quando:
• I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos 
consecutivos, a dívida fundada;
• II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
• III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita 
municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas 
ações e serviços públicos de saúde; 
• IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para 
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição 
Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de 
decisão judicial”. 
• Decretação e execução da intervenção estadual: Trata-se de
competência privativa do Governador do Estado, por meio
de decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o
prazo e as condições da execução e, quando couber,
nomeará o interventor.
• Controle exercido pelo Legislativo: Ocorre o controle
político a ser exercido pelo Legislativo, devendo o decreto de
intervenção ser submetido à apreciação da Assembleia
Legislativa, no prazo de 24 horas. Se não estiver
funcionando, a Assembleia será convocada
extraordinariamente, também no prazo de 24 horas.
• Hipóteses em que o controle exercido pela Assembleia
Legislativa é dispensado: Em regra, decreto passa pelo controle
político. No entanto, a CF dispensa o controle, devendo o decreto
limitar-se a suspender a execução do ato impugnado, se essa
medida bastar ao restabelecimento da normalidade. A hipótese
em que o controle político é dispensado ocorre quando: art. 34,
IV – “O Tribunal de Justiça der provimento à representação para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição
Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou
decisão judicial”. Todavia, se a suspensão da execução do ato
não for suficiente, o Governador de Estado decretará a
interdição, submetendo esse ato à apreciação da Assembleia
Legislativa, que se estiver em recesso será convocado
extraordinariamente.
• Afastamento dasautoridades envolvidas: O decreto
interventivo especificará a amplitude, prazo e condições de
execução, nomeando o Governador de Estado, quando
necessário, interventor, afastando as autoridades
envolvidas. Cessar os motivos da intervenção, as
autoridades afastadas voltarão aos seus cargos, salvo
impedimento legal (art. 36, par. 4º).
• Súmula 637 do STF: “Não cabe recurso extraordinário contra
acórdão de tribunal de justiça que defere pedido de
intervenção estadual em município”.
Do Poder Legislativo 
• Estrutura, funções, competência exclusivas, das comissões
parlamentares de inquérito
• ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO FEDERAL:
❖No Brasil, vigora o bicameralismo federativo, no âmbito federal, ou
seja, o Poder Legislativo é composto de duas Casas: a Câmara dos
Deputados, constituída por representantes do povo, e o Senado
Federal, composto por representantes dos Estados-Membros e do
Distrito Federal.
❖O art. 44 da CF/88 diz que “O Poder Legislativo é exercido pelo
Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal”.
• ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO ESTADUAL:
• Unicameralismo: Nos Estados, o Poder Legislativo é exercido pela
Assembleia Legislativa, composta por Deputados Estaduais, também
representantes do povo do Estado.
• ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL:
• Unicameralismo: O Legislativo municipal é exercido pela Câmara
Municipal (Câmara de Vereadores), composto pelos Vereadores,
representantes do povo do município.
• ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO DISTRITAL:
• Unicameralismo: O legislativo distrital é exercido pela Câmara
Legislativa (art. 32), composta pelos Deputados Distritais, que
representam o povo do Distrito Federal.
• Aplicação das características dos Estados: Aos Deputados
Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27 da
CF, ou seja, todas as regras estabelecidas para os Estados valem
para o DF.
• ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO DOS TERRITÓRIOS
FEDERAIS:
• Regra Geral: Lei disporá sobre as eleições para a Câmara
Territorial e sua competência deliberativa. Ainda não foi
regulamentado o dispositivo do art. 33, §3º, última parte, da
CF/88. Quando criados, cada Território elegerá número fixo
de 4 deputados federais, para compor a Câmara dos
Deputados do Congresso Nacional.
•ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO CONGRESSO
NACIONAL: artigos 48 e 49 da CONSTITUIÇÃO DE
1988.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
• Composição: A Câmara dos Deputados é composta por
representantes do povo, ou seja, por Deputados Federais
eleitos que manifestam a vontade popular. Todo poder
emana do povo, que o exercem, ou de forma direta (ex.:
plebiscito, referendo e iniciativa popular – soberania popular,
art. 14, I-III), ou por meio de seus representantes.
• Eleição: Os Deputados Federais são eleitos pelo povo
segundo o princípio proporcional, ou seja, o número total de
Deputados, bem como a representação por Estado e pelo
Distrito Federal, será estabelecido em Lei Complementar,
proporcionalmente à população, com os ajustes necessários
no ano anterior às eleições, de forma que nenhuma unidade
da Federação tenha menos de 8 ou mais de 70 deputados
(art. 45, §1º).
• Número de Deputados Federais: como visto acima, será 
proporcional, não podendo ser inferior a 8 e nem maior que 
70 Deputados Federais. Os Territórios Federais, se vierem a 
ser criados, elegerão número fixo de 4 deputados. O número 
total de Deputados Federais foi fixado pela LC nº 78/1993 
em 513. 
• Mandato: 4 anos, período esse que corresponde à 
legislatura. 
• Renovação dos Deputados: a cada 4 anos, permitida a 
reeleição.
• Remuneração: O subsídio atual corresponde a R$33.763,00, 
cf. Decreto Legislativo nº 276/2014.
Requisitos para candidatura de D.Federal
• Brasileiro nato ou naturalizado (art. 14, §3º, I): exigência de 
ser brasileiro nato é apenas para ocupar a Presidência 
daquela Casa (art. 12, §3º, II)
• Maior de 21 anos
• Pleno exercício dos direitos políticos
• Alistamento eleitoral
• Domicílio eleitoral na circunscrição
• Filiação partidária
SENADO FEDERAL
• Composição: O Senado Federal é composto por representantes dos 
Estados e do Distrito Federal. Quando criados, os Territórios não terão 
representação no Senado Federal, por não terem autonomia federativa. 
• Eleição: Os senadores são eleitos pelo povo segundo o princípio 
majoritário.
• Número de Senadores: Cada Estado e o DF elegerão número fixo de 3 
senadores, sendo que cada senador será eleito com 2 suplentes. 
• Mandato: 8 anos, portanto, 2 legislaturas. 
• Renovação dos Senadores: A cada 4 anos ocorrerá a renovação dos 
Senadores, na proporção de 1/3 e 2/3.
• Remuneração: O subsídio atual corresponde a R$33.763,00, cf. Decreto 
Legislativo nº 276/2014.
Requisitos para candidatura ao Senado
• Brasileiro nato ou naturalizado (art. 14, §3º, I): a exigência de ser 
brasileiro nato é apenas para ocupar a presidência daquela Casa, cf. 
art. 12, §3º, III. 
• Maior de 35 anos (art. 14, §3º, VI, “a”).
• Pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, §3º, II).
• Alistamento eleitoral (art. 14, §3º, III). 
• Domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, §3º, IV).
• Filiação partidária (art. 14, §3º, V). 
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO
• As CPIs são comissões temporárias, destinadas a investigar fato certo 
e determinado
• Pedro Lenza entende que esse papel de fiscalização e controle da 
Administração é verdadeira função típica do Poder Legislativo, cf. art. 
70, caput, da CF/88, que estabelece que a fiscalização contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das 
entidades da administração direta e indireta quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação da subvenções e renúncia de 
receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle 
externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
• Ademais, a função fiscalizadora exercida pelo Poder Legislativo 
consagra a perspectiva dos freios e contrapesos. 
• CRIAÇÃO DAS CPIs: 
• As CPIs serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado 
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de 
1/3 de seus membros (art. 58, §3º, CF/88)
• Portanto, serão criadas por requerimento de, no mínimo, 171 
Deputados (1/3 de 513) e de, também, no mínimo, 27 Senadores (1/3 
de 81), em conjunto ou separadamente. 
• 3 Requisitos:
• A) requerimento subscrito por, no mínimo, 1/3 de parlamentares;
• B) indicação, com precisão, de fato determinado a ser apurado na 
investigação parlamentar;
• C) indicação de prazo certo (temporariedade) para o 
desenvolvimento dos trabalhos
• OBJETO:
• Deve ter por objeto a apuração de fato determinado
• Considera-se fato determinado o acontecimento de relevante
interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal,
econômica e social do País, que estiver devidamente caracterizado,
no requerimento de constituição da Comissão, não podendo,
portanto, a CPI ser instaurada para apurar fato exclusivamente
privado ou de caráter pessoal.
• Diante de um mesmo fato pode ser criada CPI na Câmara dos
Deputados, no Senado Federal, em conjunto, a CPMI (comissão
parlamentar mista de inquérito), ou, ainda, a investigação poderá ser
conduzida pelo Judiciário, por outros órgãos ou, até, por CPIs nos
outros entes federativos, se houve interesse comum, devendo cada
qual atuar nos limites de sua competência
• Conforme art. 146 do RISF, não se admitirá comissão
parlamentar de inquérito sobre matérias pertinentes:
• a) à Câmara dos Deputados;
• b) às atribuições do Poder Judiciário;
• c) aos Estados.
• Há a possibilidade de CPIs simultâneas dentro de uma
mesma Casa. O RICD determinou o limite de 5, restrição
essa declarada constitucional pelo STF.
• PRAZO:
• Por ser comissão temporária, deveter prazo certo
• De acordo com o RICD, a CPI da Câmara, que poderá atuar
durante o recesso parlamentar, terá o prazo de 120 dias,
prorrogável por até metade do prazo, mediante deliberação
do Plenário, para conclusão dos trabalhos
• O RISF prescreve que as comissões temporárias e, no caso a
CPI é uma comissão temporária, se extinguem: a) pela
conclusão da sua tarefa; ou b) ao término do respectivo prazo;
e c) ao término da sessão legislativa ordinária. Contudo, é
lícito à comissão requerer a prorrogação do respectivo prazo,
que no caso de CPI não poderá ultrapassar o período da
legislatura em que for criada.
• PODERES:
• As CPIs terão poderes de investigação, próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos internos das Casas
• Realiza verdadeira investigação materializada no inquérito
parlamentar, que se qualifica como um “procedimento
jurídico-constitucional revestido de autonomia e dotado de
finalidade própria” (MS 23.652, Rel. Min. Celso de Mello, j.
22.11.2000)
• Poder, por autoridade própria, ou seja, sem necessidade de 
qualquer intervenção judicial, sempre por decisão fundamentada e
motivada, observadas todas as formalidades legais, determinar: 
• A) quebra do sigilo fiscal
• B) quebra do sigilo bancário
• C) quebra do sigilo de dados; neste último caso, destaque-se o sigilo 
de dados telefônicos.
• Dentro da ideia de postulado de reserva constitucional de 
jurisdição, o que a CPI não tem é a competência para quebra do 
sigilo da comunicação telefônica (intercepção telefônica). No 
entanto, pode requerer a quebra de registros telefônicos 
pretéritos, ou seja, de conversas já ocorridas em determinado 
período.
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES E A IMPOSSIBILIDADE DE A
CPI INVESTIGAR ATOS DE CONTEÚDO JURISDICIONAL
O princípio da separação de poderes serve de baliza e limitação
material para a atuação parlamentar, e, desse modo, a CPI não tem
poderes para investigar atos de conteúdo jurisdicional, não podendo,
portanto, rever os fundamentos de uma sentença judicial.
No entanto, é lícito investigar atos de caráter não jurisdicional
emanados do Poder Judiciário, de seus integrantes ou de seus
servidores, especialmente se se cuidar de atos que, por efeito de
expressa determinação constitucional, se exponham à fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder
Legislativo ou que configurem infração político-administrativas
eventualmente praticadas por juízes do STF.
• POSTULADO DE RESERVA CONSTITUCIONAL DE JURISDIÇÃO
• Embora o constituinte originário tenha conferido poderes à
CPI, restritos à investigação, referidos poderes não são
absolutos, devendo sempre ser respeito o postulado da
reserva constitucional de jurisdição.
• Isso vem a significar que a CPI não poderá praticar
determinados atos de jurisdição atribuídos exclusivamente
ao Poder Judiciário, vale dizer, atos propriamente
jurisdicionais.
• Em razão do postulado da reserva constitucional de 
jurisdição, veda-se a CPI:
❖ diligência de busca domiciliar. Art. 5º, XI. Casa – asilo inviolável –
salvo flagrante delito, desastre ou prestar socorro. Durante o dia, 
somente por determinação judicial. 
❖Quebra do sigilo das comunicações telefônicas (interceptação 
telefônica). Art. 5º, XII. Somente pode ocorrer mediante ordem 
judicial, para fins de instrução criminal ou instrução processo penal.
❖Ordem de prisão, salvo no caso de flagrante delito, por exemplo, 
crime de falso testemunho. Prisão, salvo flagrante, depende de 
ordem de autoridade judiciária. (Ressalvam-se os casos de 
transgressão militar, definidos em lei, prisão por crime contra o 
Estado, determinada pelo executor da medida durante estado de 
defesa e não superior a 10 dias). 
• POSTULADO DA COLEGIALIDADE: De acordo com a doutrina e a 
jurisprudência do STF, a eficácia das deliberações da CPI deve 
observar o postulado da colegialidade, devendo as decisões ser 
tomadas pela maioria dos votos e não isoladamente. 
• MOTIVAÇÃO: Toda deliberação da CPI deverá ser motivada, sob pena 
de padecer de vício de ineficácia (art. 93, IX, CF/88)
• CONCLUSÕES: As CPIs não podem nunca impor penalidades ou 
condenações. O relatório circunstanciado da CPI, com as conclusões, 
deverá ser encaminhado: 
✓ À Mesa, para providência de sua alçada ou do Plenário;
✓À Advocacia Geral da União ou ao Ministério Público;
➢Ao Poder Executivo;
➢À Comissão Permanente que tenha maior pertinência com a matéria;
➢À Comissão Mista Permanente de que trata o art. 166, §1º, da 
CF/88;
➢Ao Tribunal de Contas da União. 
❑De acordo com a Lei 10.001/2000, os Presidentes da CD, do SF ou do 
CN encaminharão o relatório da CPI respectiva, e a resolução que o 
aprovar, aos chefes do Ministério Público da União ou dos Estados, ou 
ainda às autoridades administrativas ou judiciais com poder de 
decisão, conforme o caso, para prática de atos de sua competência. 
❑A referida autoridade informará, no prazo de 30 dias, as providências
adotadas ou a justificativa pela comissão. Semestralmente informará
a fase em que se encontra o procedimento, garantindo-se prioridade
sobre qualquer outro, exceto pedido relativo a habeas corpus,
habeas data e mandado de segurança.
❑COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF: Ao STF compete processar e
julgar Mandado de Segurança e Habeas Corpus impetrados contra
CPIs, constituídas no âmbito do Congresso Nacional ou de quaisquer
de suas Casas, uma vez que o STF já decidiu que a CPI, enquanto
projeção orgânica do Poder Legislativo da União, nada mais é do que
uma longa manus do próprio Congresso Nacional ou das Casas que o
compõem. Portanto, sujeita-se ao controle originário do STF em tema
de MS ou de HC.
CPIs ESTADUAIS
• Não há expressa previsão constitucional para a criação de
CPIs não federais
• A possibilidade de criação de CPIs em âmbito estadual,
distrital e municipal e, assim, o exercício da função
fiscalizadora, decorre da ideia de equilíbrio do pacto
federativo e do princípio da separação dos poderes,
parecendo razoável que cada CPI cuide de problemas afetos
à sua amplitude, vale dizer CPI federal fiscaliza a
Administração Federal, a CPI estadual a do respectivo
Estado, e assim por diante.
•PODERES DA CPI ESTADUAL
• questão específica da quebra do sigilo bancário. Existem
precedentes admitindo o poder de quebra do sigilo fiscal
pela CPI estadual, desde que fundamentado o pedido.
Quanto ao sigilo bancário, pelo princípio da simetria e de
autonomia federativa, entende-se pela possibilidade.
• CPIs DISTRITAIS: Entende-se pela aplicação do disposto em
relação às CPIs estaduais.
• CPIS MUNICIPAIS: Possível a criação de CPI Municipal que,
no entanto, não terá, por si, o poder de quebra do sigilo
bancário, necessitando de autorização judicial. Argumentos:
o Municípios não elegem senador;
oMunicípios não possuem Poder Judiciário, dentro da ideia de
autogoverno;
• t
• COMISSÃO MISTA: São formadas por Deputados e
Senadores para apreciar assuntos que devam ser
examinados em sessão conjunta pelo Congresso Nacional.
• COMISSÃO REPRESENTATIVA: É constituída somente
durante o recesso parlamentar (período fora da sessão
legislativa, prevista no art. 57, caput, da CF/88). Eleita pela
CD e pelo SF na última sessão legislativa ordinária do período
legislativo, com atribuições definidas no regimento comum.
Composição deverá refletir na medida do possível a
proporcionalidade da representação partidária.
• Sessão legislativa é uma, e vai de 2 de fevereiro a 17 de
julho, e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Cada sessão
legislativa (anual) tem dois períodos legislativos.

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