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RESUMÃO (Ana Paula Backes)

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Ana Paula Backes ATM 2023/2 - UNISC Semiologia 
1 
ANAMNESE 
Identificação: 
• Nome: 
• Idade: 
• Ocupação: 
• Naturalidade (Procedência e Residência): 
• Religião: 
• Convênio: 
• Acompanhante: 
• Convênio: 
 
QP: 
• O que te traz aqui hoje? 
 
HDA: 
• Quando começou? Preciso de detalhes da 
progressão da QP: 
• 0-10 o quanto isso te incomoda? 
• Fator de melhora ou piora 
• DOR: ela caminha ou é localizada? 
Aspecto da dor: fisgada, contínua, 
ardência, desconforto... 
• Teve febre relacionada? (como é?) 
• Tomou algum remédio para isso? 
• Quanto isso atrapalha em sua rotina? 
• Resumo da HDA, para revisar se entendeu 
e dar a oportunidade do paciente 
complementar: 
 
APP: 
• Isso já te aconteceu antes? 
• Já procurou atendimento médico antes de 
estar aqui? 
• Faz uso de alguma medicação contínua? 
• Já realizou algum procedimento cirúrgico? 
• Tem histórico familiar de doenças 
crônicas? (pais falecidos: de quê? Viveram 
até que idade?) 
• Tem alguma alergia? 
• Tem algum problema de saúde? 
Relacionado ou não com a QP: 
 
APF: 
• Como foi sua infância e puberdade? 
Desenvolvimento: 
• Menarca/ Ciclos/ Menopausa 
• Gestações 
 
APS: 
• Alimentação: 
• Rotina: 
• Atividades físicas: 
• Hábitos (fumar e beber/drogas → 
quanto?): 
• Horas vagas (lazer): 
• Foi viajar recentemente? Para onde, por 
quanto tempo e com quem? 
• Vida e relações interpessoais (quem mora 
com você? Você se da bem com as pessoas 
da sua família? Seus filhos, pais e irmãos.): 
• Acompanhante/ Cônjuge: como é a 
relação? Tem vida sexual ativa? 
 
RS: 
• CUIDAR: não perguntar o que já foi falado 
ao longo da entrevista; 
• Explicar que irá realizar uma revisão ”de 
cima a baixo” para ter certeza que “pegou 
tudo”; 
• Apresenta cansaço? 
• Cabeça e Pescoço 
• Dor, tontura/ apagões; 
• Alterações de movimento; 
• Dor de cabeça/ febre; 
• Dor cervical; 
• Nódulos/ massas/ crostas/ feridas; 
• Sistema Músculo Esquelético 
• Cãibras, atrofia, dor, dificuldades, 
deformidades, edemas, fraturas e rigidez; 
• Olhos 
• Lacrimejamento, sensação de olho seco, 
secreção; 
• Alterações na visão; 
• Dor ocular; 
• Tremor no olho; 
• Ouvidos 
• Zumbido; 
• Dor; 
• Alterações na audição; 
• Nariz 
• Sangramento (epistaxe); 
• Coriza; 
 
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• Dor; 
• Alterações no olfato; 
• Orofaringe 
• Dor; 
• Lesões; 
• Dentição; 
• Halitose; 
• Sangramento; 
• Sistema Respiratório 
• Tosse; 
• Dor; 
• Expectoração; 
• Soluço; 
• Dificuldade para respirar; 
• Alterações no formato do tórax; 
• Cianose; 
• Sistema Cardiovascular 
• Dor; 
• Arritmias, palpitações; 
• Sincope, astenia, edema, claudicação; 
• Turgência jugular; 
• Aparelho Digestório 
• Dispepsia: dor epigástrica, estufamento, 
desconforto; 
• Náusea/ vômito: como é? 
• Diarreia; 
• Aspecto do abdome; 
• Aparelho Geniturinário 
• Homem: impotência, massas, alterações 
morfológicas, dor, lesões, secreções... 
• Mulher: prurido, corrimento (como é?), 
amenorreia, metrorragia (escape), 
menorragia (fluxo), hiper/hipomenorréia...
 
FEBRE E SINAIS VITAIS 
FEBRE: alterações de temperatura/infecção → centro termorregulador do hipotálamo → liberação 
ou conservação de calor conforme ajuste feito pelo termostato hipotalâmico. 
Temperatura Normal: 
- Axilar: 35,5 - 37,5ºC 
- Oral: 36 – 37,4ºC 
- Retal: 36 – 37,8ºC → Sinal de Lenander: indica pelviperitonites 
 
Febre: A liberação dessas substâncias pirogênicas (citocinas produzidas por leucócitos) é 
desencadeada pela presença de agentes pirogênios (bactérias [exógenos], vírus e outros 
invasores) e influenciam o centro termorregulador do hipotálamo, através da produção de 
prostaglandinas a partir do ácido araquidônico, a cessar as atividades de perda de calor e passe 
a conservá-lo, elevando a temperatura. 
 em resumo: pirogênio exógeno→leucócitos→citocinas pirogênicas→células 
endoteliais hipotalâmicas→aumento do set point→aumento da temperatura 
Pirogênios endógenos: IL1, TNF, IFN, alfa, IL6 e IL2 
Pirogênios exógenos: LPS, substâncias liberadas pelos invasores 
Hipertermia: sem relação com os agentes pirogênios, a temperatura corporal aumenta devido a 
excessiva produção e transferência de calor para o corpo, sem poder liberá-lo, mesmo com esses 
mecanismos funcionando plenamente. Também pode ser causada por choque térmico, fármacos, 
síndrome febril, hipertermia maligna (genético), síndrome neuroléptica maligna, etc. 
Intermação: por exposição prolongada a altas temperaturas 
Insolação: por exposição prolongada ao sol 
Após as refeições (pela 
tarde) +0,5ºC. 
Após a ovulação +0,6ºC. 
 
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Síndrome Febril: elevação da temperatura, astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipneia, 
taquisfigmia (aceleração do pulso), oligúria (pouca produção de urina), dor no corpo, calafrios, 
sudorese, náusea, vômito, delírio, confusão mental, convulsões. 
Relembrando a Anamnese: início súbito (malária) ou gradual (gripe); intensidade: leve/febrícula 
(até 37,5ºC), moderada (37,5 – 38,5ºC), alta/elevada (38,5 – 41,5ºC); duração; modo de evolução 
(tipos); 
 
 
 
 
 
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SINAIS VITAIS: 
Pressão Arterial: PAm= 2Pd + Ps = Pd + Pp → Pp é a diferença entre Ps e Pd 
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Semiotécnica: 
1)Método palpatório: braço estendido ao nível do coração, palpar o pulso radial e inflar o 
manguito até que o pulso desapareça (desinflando devagar, quando voltar a sentir o pulso radial) 
identifica-se a pressão sistólica. 
2)Método auscultatório: usar estetoscópio sobre a artéria braquial, inflar o manguito 
30mmHg acima do valor obtido durante o método palpatório. Desinflando com calma, quando 
se escuta o primeiro batimento (TUM), pode-se comparar a Ps obtida anteriormente e, quando 
se escuta o último batimento (TÁ), tem-se a Pd. 
 
Hiato Auscultatório: intervalos de tempo em que os sons de Korotkoff não são audíveis, entre 
Ps e Pd (fase II), podendo levar ao erro de aferição. 
 Diferenças de PA: 
-Entre os MMSS: acima de 10-15mmHg sugere 
obstrução arterial do lado de menor pressão, por 
coarctação da aorta, síndrome do desfiladeiro 
cervicoaxilar, doença vascular periférica. 
-Entre MMSS e MMIS: pressão nos inferiores é 
20mmHg maior que dos superiores. Caso contrário, 
sugere-se obstrução das ilíacas a partir da aorta 
(coarctação da aorta), aneurisma dissecante da aorta, Síndrome de Leriche (aterosclerose entre 
aorta e ilíaca). 
-Devido à posição corporal: pressão cai quando o paciente passa de decúbito à posição vertical, 
porém, se essa redução for maior que 20mmHg, indica hipotensão ortostática/postural. 
Diastólica Esperada: Ps + (10-20mmHg)/3 
Hipertensão Arterial Sistólica (HAS): >140mmHg de Ps e >90mmHg de Pd; causa efeitos em 
órgãos como olhos, coração, cérebro, rins e sistema vascular periférico. 
Primária/Essencial: genética, obesidade, dieta, maus hábitos e sedentarismo. 
Secundária: medicação (contraceptivos, descongestionantes nasais, glicocorticoides), 
doenças renais (estenose de artéria renal e doença renal parenquimatosa), aterosclerose, 
PRINCIPAIS CAUSAS: infecções, neoplasias malignas (linfomas, leucemia, carcinoma 
broncogênico), anemias hemolíticas, doenças hemorrágicas (púrpura, hemofilia, escorbuto), 
reações inflamatórias, doenças autoimunes, medicamentos (ansiolíticos, diuréticos, 
anticonvulsivantes). 
Pacientes que fazem uso de hipertensivos, histórico de desmaio, suspeita de hipovolemia ou 
hipotensão postural
→ afere-se em decúbito, sentado e em pé. 
 
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coarctação de aorta, doenças endócrinas (Síndrome de Cushing, hiperaldosterismo, 
feocromocitoma). 
Sistólica Isolada: esclerose, calcificação e endurecimento de artéria braquial 
(pseudohipertensão/idosos). 
Convergente: Pd>Ps, ocorre por hipovolemia, estenose aórtica, pericardite constritiva, 
insuficiência cardíaca grave. 
Divergente: Pd menor que a esperada, ocorre por síndromes hispercinéticas (febre, 
hipertireoidismo, insuficiência aórtica, fístula arteriovenosa, fibrose senil de grandes vasos). 
Pulso Alternante: na fase I, quando sentido na palpação radial com o manguito insuflado ao 
nível da Ps, indica insuficiência ventricular esquerda. 
Pulso Paradoxal: similar ao método auscultatório. Há redução da amplitude dos ruídos na 
inspiração forçada, sendo sinal de tamponamento cardíaco, provocado por pericardite constritiva, 
derrame pericárdico volumoso ou enfisema pulmonar (pela hiperinsuflação pulmonar). 
 
Pulso Arterial: cuidar frequência, ritmo, amplitude, tensão, estado da parede arterial, tipos de 
onda de pulso, comparar artérias homólogas em sua frequência (isocronicidade) e amplitude 
(simetria). 
 
Semiotécnica: geralmente utilizando-se da artéria radial, 
avalia-se o pulso pelas polpas dos II e III dedos, com 
polegar no dorso do punho. (D/E;E/D) 
 
Frequência: normalmente igual ao ritmo cardíaco. 
Taquicardia: pulso acima de 100bpm; Bradicardia: pulso abaixo de 60bpm. Fc>Fp = deficiência 
em contrações ventriculares, comum em extra-sistolia e fibrilação arterial. 
Ritmo: regularidade entre os pulsos. Regular: frequência constante; Irregular: frequência variável, 
devido a arritmia sinusal, extra-sistolia ventricular, fibrilação arterial, bloqueio atrioventricular. 
Amplitude: grau de enchimento da artéria na sístole e seu esvaziamento da diástole 
(amplo/magnus: por síndromes hipercinéticas; normal; pequeno/parvus: estenose aórtica, 
hipovolemia, insuficiência cardíaca grave). 
Tensão: resistência arterial a compressão externa do fluxo (duro; normal; mole). 
Estado da parede arterial: endurecimento, tortuosidades e irregularidades de superfície. 
 
Manobra de Osler: palpação da artéria radial sem pulso mesmo com auxilio do manguito. Ocorre 
por rigidez aterosclerótica arterial. Sinal de pseudohipertensão vascular. 
Simetria e Isocronicidade: diferenças quanto a amplitude e frequência dos pulsos. 
 
Tipos de onda de pulso: 
• Normal: pressão entre 30-40mmHg, com contorno regular e arredondado, entalhe impalpável. 
• Parvus e Tardus: pequena e longa amplitudes, provocados por estenose aórtica, hipovolemia, 
insuficiência cardíaca grave, canal arterial patente. 
Outros pulsos a serem analisados: 
temporal superficial, facial, 
angular, carotídeo, axilar, braquial, 
femoral, poplíteo, pedioso e tibial 
posterior. 
 
6 
• Célere/ Martelo d’Água: aparece e some com rapidez, pressão de pulso bem aumentada , por 
síndromes hipercinéticas. 
• Bisferiens: amplitude aumentada com 2 picos sistólicos, provocados por cardiomiopatias 
hipertróficas, dupla lesão aórtica e insuficiência aórtica. 
• Bigeminado: alternância de onda normal e extra sistólica, que se somam. Causado por extra-
sístoles supraventriculares. 
• Alternante: alternância entre onda ampla e de menor amplitude, provocado por insuficiência 
ventricular esquerda. 
• Paradoxal: redução palpável na amplitude do pulso durante a inspiração tranquila, ocorrendo 
por tamponamento cardíaco, pericardite constritiva, doença pulmonar obstrutiva. 
 
Respiração: 
 
Frequência: em 1 minuto, sendo o normal 16-20mrpm. 
Taquipneia: fr>20mrom. 
Bradipneia: fr<16mrpm. 
Ritmo: regularidade dos intervalos respiratórios. 
Amplitude: profundidade dos movimentos respiratórios → capacidade da parede torácica em 
variar o volume. 
Tipos Respiratórios: 
• Normal/eupneia: tudo normal. 
• Taquipneia/respiração rápida e superficial: amplitude normal ou reduzida, causada por doença 
pulmonar restritiva, dor torácica pleurítica, elevação do diafragma por hepatomegalia ou 
abcesso subfrênico. 
• Hiperpneia/ritmo de Cantani/respiração rápida e profunda: amplitude aumentada por exercício 
físico, ansiedade, acidose metabólica, IAM, hipóxia, hipoglicemia. 
• Respiração de Kussmaul: inspiração e expiração 
demorados e com períodos de apneia ao fim 
de cada movimento (fome de ar), causado por 
acidose metabólica, cetoacidose diabética, 
síndrome metabólica. 
• Bradipneia/respiração lenta: amplitude normal 
ou aumentada e intervalos mais longos entre 
os movimentos. Causada por coma diabético, 
depressão respiratória por fármacos, HIC. 
• Respiração de Cheyne-Stokes: apneia → 
movimentos respiratórios superficiais e quase 
imperceptíveis → profundos, amplos, longos e 
ruidosos → menos amplos, longos profundos 
→ apneia. Comum em AVC, HIC, insuficiência cardíaca grave, uremia, depressão respiratória 
por fármacos, tumor cerebral, TCE. 
 
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• Atáxica/Respiração de Biot: apneia → frequência e amplitude anárquicas. 
• Respiração Suspirosa: respiração normal interrompida por suspiros isolados ou agrupados, por 
ansiedade ou tensão emocional. 
• Obstrutiva: expiração prolongada pela obstrução das vias aéreas, como na asma e bronquite 
crônica. 
 
ANOTAÇÕES: 
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CABEÇA E PESCOÇO 
FALA E LINGUAGEM: 
• Disfonia/Afonia: alteração no timbre da voz (rouquidão, bitonalidade, fanhosa), significando 
problema no órgão fonador. 
• Dislalia: pequenas alterações da fala, como trocas de letras (“pobrema”). 
• Distrimolalia: alteração no ritmo da fala (gagueira). 
• Disartria: problema na articulação da fala, pelos músculos da fonação. Por descoordenação 
cerebral (semelhante a embriaguez), hipertonia (Parkinson – voz baixa, monótona e lenta) ou 
descontrole piramidal (paralisia pseudobulbar). 
• Disfasia/Afasia: alterações na interpretação ou expressão da fala, não envolvendo musculo 
fonador. 
• Disgrafia: perda da capacidade de escrever. 
• Dislexia: perda da capacidade de ler. 
FÁCIES: 
 
Fácies Hipocrática: enoftalmia (olhos profundos) olhar parado e 
inexpressivo. Nariz e lábios finos levemente cianóticos. Batimento de asa 
de nariz, sudorese facial, palidez, ausência de gordura facial. 
Em pacientes com doenças crônicas terminais (câncer e AIDS). 
 
 
Fácies Renal: edema facial (periorbital e mais intenso ao acordar), palidez 
cutânea, lábios inchados. Em pacientes com síndromes nefróticas. 
 
 
Fácies Leonina: pele espessa (lepromas), supercílios deprimidos, nariz espesso 
e alargado, lábios grossos e proeminentes, nódulos nas bochechas mento. 
Escassez ou desaparecimento de pelos. Em pacientes com hanseníase. 
 
 
 
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Fácies Parkinsoniana: cabeça inclinada para frente e imóvel, olhar fixo com 
supercílios elevados em expressão de espanto. Em pacientes acometidos pelo 
Parkinson. 
 
 
 
 
Fácies Basedowiana: exoftalmia e olhos brilhantes, rosto magro e com bócio. Em 
pacientes com hipertireoidismo. 
 
 
 
Fácies Mixedematosa: rosto arredondado, com nariz e lábios grossos, pele seca 
e espessa. Pálpebras enrugadas e infiltradas, madarose (supercílios escassos), 
cabelos secos e sem brilho. Em pacientes de com hipotireoidismo. 
 
 
 
Fácies Acromegálicas: saliência dos arcos supra orbitais, proeminência 
mandibular, aumento do nariz, orelhas e lábios, além da diminuição dos olhos. 
 
 
 
 
Fácies Cushingóide (lua cheia): rosto arredondado, bochechas vermelhas, acne 
e hirsutismo. Em pacientes com Síndrome de Cushing, com hiperfunção do 
córtex da adrenal e em pacientes em corticoterapia. 
 
 
Fácies da Paralisia Facial Periférica: assimetria facial com desvio da 
comissura labial e desaparecimento do sulco nasolabial. Geralmente em 
pacientes que sofreram AVC. 
 
 
Fácies Miastênica (de Hutchinson): ptose palpebral bilateral. Paciente franze a 
testa e levanta a cabeça. Em pacientes com miastenia grave e demais miopatias 
que atingem músculos da pálpebra superior. 
 
 
Fácies Etílica: olhos vermelhos, ruborização da face, hálito etílico, voz pastosa e sorriso indefinido. 
 
10 
CABEÇA: 
Inspeção: fácies + tamanho e formato do crânio, posição e movimentos, exame geral da face e 
exames dos sentidos. 
Assimetria (tumefações, depressões, paralisia facial, crescimento parotídeo), 
expressões (tristeza, desânimo...), pele (coloração, textura, temperatura, elasticidade, 
sensibilidade, lesões elementares). 
• Tamanho do crânio: microcefalia, macrocefalia. 
• Formas de crânio: 
 
Acrocefalia: crânio em torre, pontuda. Em casos de cranioestenose. 
 
Escafocefalia: levantamento da parte mediana do crânio 
(casco de navio invertido). 
 
 Dolicocefalia: aumento do diâmetro. 
 
 Braquicefalia: aumento do 
 Diâmetro transverso. 
 
 Plagiocefalia: crânio 
 com aspecto 
 assimétrico. 
• Posição e Movimento: torcicolo, tiques. Presença de sinais coreicos, tremores e Sinal de Musset 
(movimentos da cabeça sincronizados com as pulsações aórticas, sendo comum em 
insuficiência aórtica). 
 
Superfície e Couro Cabeludo: presença de saliências (questionar), como tumores, hematomas, 
presença de depressões e pontos dolorosos, além de aspectos do cabelo (coloração e 
distribuição). 
Fontanela Anterior: se hipertensa e saliente, indica aumento da pressão intracraniana. 
Fontanela Posterior: se hipotensa, indica desidratação. 
 
Olhos e Supercílios: 
Pálpebras: procura por edema, retração, epicanto, ectópio 
(inversão da margem palpebral para dentro do olho, cílio em 
contato com a órbita), equimose, xantelasma. Ptose palpebral: 
queda da pálpebra (uni ou bilateral, causada pelo dano ao nervo 
oculomotor (III NC), paralisando a pálpebra superior). 
Pode levar a lagoftalmia (só a pálpebra inferior funciona na tentativa de fechar os 
olhos, alteração no VII NC) e causar Sinal de Bell (um olho “vira” quando fecha o outro). 
 
Madarose: queda do 
supercílio. Em pacientes 
com hanseníase, 
mixedema, esclerodermia 
e desnutrição. 
 
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ESTRABISMO: 
- Divergente: “para fora”; 
lesão no nervo 
oculomotor (m. reto 
medial). 
- Convergente: “para 
dentro”; lesão no nervo 
troclear (m. reto lateral). 
NISTAGMOS: são 
movimentos involuntários 
do globo ocular que se 
desenvolvem de forma 
adquirida, doença de 
labirinto, cerebelo, tronco 
cerebral ou infecção 
alcoólica; pode ser 
horizontal, vertical ou 
rotatório. 
Fenda Palpebral: normal, aumentada (exoftalmia), diminuída 
(enoftalmia), ausente (ptose palpebral) ou que pode ser substituída por 
prega cutânea (Em pacientes com mongolismo). 
Globos Oculares: Exoftalmia (presente em casos de tumores oculares -
unilateral- ou de hipertireoidismo -bilateral), Enoftalmia (globo ocular 
afundado na órbita, ocorrendo de forma bilateral em casos de 
desidratação), Estrabismo e Nistagmos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conjuntivas: analisadas ao pedir que o paciente olhe para cima (+ esclerótica, córnea e cristalino). 
Normalmente são rosadas, sem secreções e com rede vascular levemente desenhada. 
• Coloração: pálida (anemia), amarelada (icterícia), hiperemiadas (conjuntivites, infecções 
córneas, hemorragias subconjugais). 
• Vermelhidão ocular: traumas, infecções, alergias, glaucoma. 
• Hemorragia subconjuntival: crises de tosse e vômitos. 
• Conjuntivite: dilatação difusa de vasos na periferia do olho. 
 
 
Catarata atinge o cristalino,
deixando-o opaco e com áreas brancas no 
interior da pupila, podendo ser acompanhado por pterígio (um 
espessamento triangular na conjuntiva bulbar, que cresce na superfície 
externa da córnea). 
 
lagoftalmia 
 
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Pupilas: sua forma normal é arredondada a ovalada de posição variável conforme a claridade do 
local, mais isocóricas. 
 
Midríase: dilatação (pouca luz) 
Miose: contração (excesso de luz) 
Aniscoria: tamanhos desiguais 
 
 
Reflexos: reflexo fotomotor direto (pupila contrai quando estimulada pela luz), reflexo fotomotor 
indireto/consensual (contração de uma pupila quando a outra é estimulada) e reflexo fotomotor 
de acomodação/convergência (contração das pupilas e convergência dos globos oculares à 
medida que aproximamos a luz do nariz). 
× Nervo óptico leva o estímulo para o córtex que envia sua resposta através do nervo 
oculomotor. 
→ Exame Físico do olho: 
• Teste de Acuidade Visual: tabela de Snellen (letras) 
• Campimetria: pede-se que o paciente feche um olho e o examinador fecha seu próprio olho 
correspondente. Em movimento de losango pede-se se o paciente vê a mão livre do médico 
aberta ou fechada nos campos. 
→ Hemianopsia Homônima: afetando ambos os olhos igualemente 
 
→ Hemianopsia Heterônima Bilateral: por 
lesão do quiasma óptico, afetando as 
porções temporais de cada olho 
 
 
 
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→ Movimentação Ocular: teste da bandeira da Inglaterra, para a musculatura extrínseca do 
globo ocular. 
 
 
→ Reflexos de Fundo de Olho: com o uso do oftalmoscópio, em ambiente escuro, pedindo 
para o paciente olhar para um ponto fixo a sua frente (D/D; E/E). Nesse exame são 
observados o reflexo vermelho e o disco óptico, a 
mácula, nervo óptico, vasos e fóvea. Deve-se 
descrever o disco conforme sua coloração (amarelo-
alaranjado ao róseo-creme), observando em todas 
as direções (X). 
 
Ouvidos: 
Inspeção inicial: pavilhão auricular, procura por 
deformidades, nódulos, implantação, simetria e pele. 
Posicionar paciente com a cabeça reta, retificar o 
conduto auditivo (puxando a orelha para frente e elevando-a) e introduzir 
o otoscópio (otocone mais fino). Analisa-se a integridade do conduto 
auditivo, presença de eritema, edema, corpos estranhos, cerume, otorragia 
(traumatismo de meato acústico externo, ruptura da membrana timpânica 
ou por fraturas na base do crânio), descamação e otorreia, (saída de 
líquidos pelo ouvido – aquosos, cerosos, mucosos, purulentos ou 
sanguinolentos). 
• No fundo do conduto auditivo, analisar a membrana timpânica (uma pequena concavidade de 
cor perolada e brilhante, fixa ao cabo do martelo). Também se procura a presença do triângulo 
luminoso. Devemos analisar a integridade, aspecto coloração, forma e contorno. 
Pressionando o 
tragus e mastoide 
podemos identificar 
otite externa e 
demais inflamações. 
Aquosos são líquor, proveniente de fraturas na base do crânio; Sanguinolentos são devidos a 
pólipos neoplásicos, otite gripal, neoplasias ulceradas e traumas; Serosos/ Mucosos/ 
Purulentos tem origem em alterações externas (eczemas, otites externas, furúnculos, otites 
médias e mastoidites crônicas. 
 
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Acuidade Auditiva: pela movimentação dos dedos próximos ao conduto auditivo. 
• A pesquisa de condução auditiva é realizada pelos testes de Rinne e Weber. A perda auditiva 
pode dar-se por perda neurossensorial (falha no ouvido médio, no ramo coclear do VIII NC, ou 
nas conexões centrais do nervo coclear, que impedem a transmissão de impulsos nervosos 
para o cérebro) ou por condução (acontece por problema no ouvido médio ou externo, 
impedindo o a transmissão normal do som – percebido através do osso por um intervalo de 
tempo igual ou mais longo que o de transmissão pelo ar). 
→ Rinne + é quando o som é ouvido por mais tempo no ar. 
 
 
 
 
 
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Nariz: 
Inspeção Externa: busca por deformidades, como o rinofima (pele “engrossa”, tornando-se 
vermelha e brilhante com glândulas sebáceas). 
Hipertrofia de Nariz: mixedema e acromegalia. 
Nariz em Sela: de origem congênita, por sífilis intrauterina. 
 
Rubicundez: vermelhidão por consumo de álcool, lúpus eritematoso e rinofima, com acne 
rósea. 
Batimentos de Asa de Nariz; em fácies hipocráticas, comum quando acometido por 
pneumonia. 
Corrimento Nasal. 
Permeabilidade da Narina: teste do I NC, distinguir cheiros de olhos fechados (lembrando de 
excluir resfriados e gripes). 
Rinoscopia: com a menor ponta do otoscópio na mão direita, empurra-
se a ponta do nariz com o polegar esquerdo, visualiza-se o vestíbulo nasal, 
cornetos e septo. Em uma narina normal, a mucosa é úmida, rosada e lisa. 
Seios Paranasais: busca por pontos sensíveis, causados por sinusite. 
 
 
 
 
Boca e Cavidade Bucal: 
Orofaringoscopia: observa-se lábios, dentes, gengivas, face 
interna das bochechas, assoalho da boca, óstios glandulares – 
auxilio de lanterna. + pilares amigdalianos, palato mole, base da 
língua e parede posterior da orofaringe – com auxílio de palito. 
 
A mucosa da região, em condições normais é rosada, brilhante e 
úmida. 
• Testar, também, os nervos: Trigêmeo, Facial, Vago, Acessório e 
Hipoglosso (especificados mais para frente). 
Lábios: coloração (palidez e cianose), forma, textura, flexibilidade, lesões. 
→ Lábio leporino, edema, herpes labial, lesões ulceradas, leucoplasias (placas brancas, 
indolores e pré-cancerosas), neoplasias, queilite (exposição excessiva ao sol) e candidíase. 
 
16 
 
 
 
 
Cavidade Bucal: 
• Mucosa: rosa avermelhada (normal). Pode-se encontrar estomatites (processos inflamatórios, 
geralmente de origem hepática, sifilítica ou tuberculosa + AFTA). Azulada: Doença de Addison. 
Mais amarelada em negros. Manchas de Koplik (esbranquiçadas): investiga-se sarampo. 
Pesquisa-se por lesões tumorais, perfurações de palato, mal formações congênitas (lábio 
leporino e alterações na dentição) e Síndrome de Steve-Johnson (ulceração associada a eritema 
grave e com sufusão hemorrágica, geralmente relacionado com problemas com 
medicamentos). 
 
 
• Língua: em repouso, para fora e tocando o céu da boca. Analisando-se a posição, tamanho, 
coloração, umidade, textura, movimentos e lesões. 
 Língua Normal: situada medialmente, pequena e constante movimentação. 
Coloração rosa avermelhada, levemente úmida e com superfície levemente rugosa. 
→ Tipos de língua: 
 Saburrosa: acúmulo de substância branca-acinzentada ou amarelada na 
superfície, por higiene bucal precária, febre e em tabagistas. 
 
17 
 Seca: sem umidade, mas podendo apresenta saliva e acentuando-se em casos de febre. 
Indica desidratação, respiração pela boca ou causado pela ingesta de alguns 
medicamentos, especialmente antidepressivos e atropina. 
 Lisa: ocorre por atrofia das papilas, perdendo a rugosidade normal, em decorrência de 
anemia ou desnutrição proteica. 
 Pilosa: surgem pelos em decorrência de papilas filiformes 
alongadas, pelo uso de antibióticos, infecções e 
tabagismo. 
 Framboesa: superfície vermelha, brilhante e granulosa, sendo 
característica da escarlatina. 
 
 
 
➔ A língua geográfica é caracterizada por áreas irregulares delimitadas 
por bordas esbranquiçadas, sendo desencadeada por estresse emocional. 
 
 
➔ A língua escrotal é caracterizada por sulcos irregulares e ser fundida, 
tendo sua origem em função de deficiência de vitaminas do complexo B. 
 
 
→ A macroglossia geralmente ocorre por hipotireoidismo e acromegalia. 
→ A língua trêmula ocorre por hipertireoidismo, alcoolismo e por Parkinson. 
→ Glossite é a denominação geral de inflamação na língua. 
→ Desvio da língua
da linha média ocorre por lesão do nervo hipoglosso. 
 
• Gengiva: analisa-se a cor, consistência, forma, desenvolvimento e presença de lesões 
localizadas. 
Normal: rosa avermelhada, de consistência firme e sem lesões. 
◊ Palidez: anemia. 
◊ Cianose: aumento da Hg, uma vez reduzida, do sangue. 
◊ Hipertrofia: leucemia. Adquirindo aspecto rugoso, cobrindo os dentes e 
sangrando com facilidade. 
◊ Gengivite: vermelha, esponjosa e sangrável. 
◊ Edema: em casos de gravidez ou por uso medicamentoso; 
◊ Machas hemorrágicas, ulcerações, atrofias, aftas e pigmentos anormais. 
◊ + torus palatino é um crescimento ósseo benigno na linha média do palato duro. 
 
• Dentes: analisar o número e estado, podendo eles estarem cariados, hipoplásicos em relação 
ao esmalte, desalinhados, desgastados da superfície mastigatória. 
 
18 
→ Dentes de Hutchinson: incisivos em forma de chave de fenda → molares em mola). 
 
• Glândulas Salivares: normalmente não são visíveis. As maiores são as parótidas, 
submandibulares e sublinguais. Sendo visíveis apenas quando inflamadas e em casos de 
obstrução dos ductos. 
 
PESCOÇO: inspeção, palpação e ausculta. 
Inspeção: 
→ Pele: sinais flogísticos (dor, edema, calor e rubor) e fistulação na área dos linfonodos. 
→ Forma e Volume: aumento da tireoide (anterior), linfonodos infartados (lateralmente) ou 
aumento das parótidas (superior). Quando há tumefação, há deformações irregulares. 
→ Posição: análise da linha média. 
→ Mobilidade; testar a movimentação ativa (força contrária) e passiva (movimentos cotidianos). 
→ rigidez indica infecção meníngea. 
→ Turgência ou ingurgitamento das Jugulares; sugere hipertensão venosa e é um sinal de 
insuficiência ventricular direita. 
→ Batimentos Arteriais e Venosos: pulso carotídeo e venosos. 
 
Tireoide: quando aumentada → ausculta. 
paciente sentado. Examinador de pé, atrás dele. 
Procura-se as cartilagens tireóidea e cricoidea. Palpa-se 
a região e pede-se para o paciente deglutir, elevando a 
tireoide e permitindo que o examinador analise a 
movimentação da mesma. + tamanho (normal, 
aumentado, diminuído, difuso, segmentar), consistência 
(normal, firme, endurecida, pétrea), mobilidade (normal 
ou imóvel), superfície (lisa, nodular, irregular), 
temperatura da pele local, sensibilidade e frêmito das 
carótidas (palpação + ausculta). 
DOENÇAS MAIS COMUNS: 
• Amigdalite Aguda: causada, geralmente, por Estreptococos B hemolítico. 
• Rinite Catarral Aguda: infecção das fossas nasais, causada, geralmente, por pneumococos 
ou estafilococos. 
• Sinusite Aguda: infecção dos seios da face, geralmente causada por bactérias ou vírus. 
• Otite Média Aguda: secundária às infecções das vias aéreas superiores. 
• Rolha Ceruminosa: acúmulo de cera ou descamação epidérmica que bloqueia o conduto 
auditivo. 
• Laringite: com secreção purulenta e rouquidão. 
• Câncer de Laringe: compromete as cordas vocais. 
 
19 
NORMAL: palpável, lisa, elástica, móvel, indolor, com temperatura da pele normal, sem 
frêmitos ou bócio. 
Alterações possíveis: bócio, inflamação, neoplasias, cistos e higroma. 
Vasos: Palpação: para detecção de frêmitos no trajeto carotídeo (estenose da valva aórtica ou da 
carótida). Ausculta: da tireoide e carótidas para análise de frêmitos e sopros (preferencialmente 
com a campânula); NORMAL: sem sopros, apenas rumor venoso. 
Linfonodos: tonsilares, occipitais e auriculares posteriores [recebem linfa do couro cabeludo, 
pavilhão auditivo e ouvido interno], auriculares posteriores, submandibulares e submentonianos 
[orofaringe, língua, lábios, dentes e glândulas salivares], cervicais anteriores, cervicais posteriores 
e supraclaviculares e cervicais profundos [órgãos intratorácicos e intra-abdominais]. 
analisar a localização, tamanho (0,5-2,5cm), volume, coalescência (junção deles), 
consistência, mobilidade, sensibilidade e alterações na pele. 
Em adultos: aumentam quando existe processo inflamatório próximo. 
➔ Gânglio de Virchow: aumento de gânglio da cadeia supraclavicular esquerda que indica 
processo neoplásico na cavidade abdominal, geralmente no estômago. 
➔ Adenomegalia: linfonodos volumosos (linfomas), duros - decorrente de neoplasias 
malignas, ou fistulosos – decorrentes de tuberculose. 
 
ANOTAÇÕES: 
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Quando são auscultados sopros, indica lesão estenótica de carótida ou artérias vertebrais; 
estado hipercinético, aumento do fluxo arterial na tireoide em casos de hiperfusão da glândula 
(bócio tóxico) e turbilhonamento do sangue nas jugulares, causando um sopro venoso 
(normal). 
 
20 
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EXAME FÍSICO-NEUROLÓGICO 
• Análise do nível
de consciência: alerta, sonolento, torporoso e comatoso. → Glasglow 
• Orientação: sabe quem é e onde. 
• Atenção e concentração 
• Estado de espírito e afeto 
• Desenvolvimento da fala (Broca: sabe o que quer falar, mas não consegue falar/ Afasia de 
Wernicke: consegue falar, mas não entende o que está dizendo) 
→ Dislalia: não consegue articular uma palavra sem origem no SN. (Cebolinha) 
→ Disartria: articulação lenta (pacientes de AVC) 
→ Disritmolalia: gagueira 
→ Dislexia 
• Dor, parestesia (formigamento), paresia (perda de força→perda de movimento incompleta), 
paralisia (perda de movimento total), paraparesia (apenas um hemisfério superior/inferior 
perde movimentação), hemiparesia (perda de movimento em um dos lados) 
PESCOÇO E COLUNA CERVICAL: 
• Limitação de movimentos: movimentos de pescoço (extensão, flexão, rotação e lateralização); 
quando apresentar dificuldade, investigar meningite, doença osteoarticular, muscular, 
radiculopatias ou hemorragia subaracnóidea. 
• Rigidez de nuca: paciente em decúbito dorsal, eleva-se a cabeça, pela região occipital. Quando 
o movimento apresenta resistência ou defesa, investiga-se meningite ou irritação 
subaracnóidea. 
→ Prova de Brudzinski: exame de rigidez com mão no peito do paciente; quando a rigidez gera 
uma dor tão insuportável que leva o paciente a fletir os MI, diz-se que é Brudzinski positivo. 
 
21 
 
• Transição crânio vertebral: existência de pescoço curto (deformidades ósseas, como redução 
de vértebras e platibasia – má-formação na base do crânio, tornando-o achatado, permitindo 
que estruturas craniais passem para a coluna pelo forame magno) e impressão basilar. 
 
COLUNA LOMBOSSACRAL: 
• Limitação de movimentos: pedir para paciente realizar movimentos com a coluna. 
• Provas de estiramento de raiz nervosa: se positivos, indicam meningite, hemorragia 
subaracnóidea e radiculopatias isquiáticas. 
→ Prova de Lasègue: paciente deitado, com MI esticados. Examinador eleva uma das pernas → 
Lasègue Positivo: quando doloroso na região posterior em elevação menor que 30º. 
Começar pelo lado esquerdo, cuidando para não confundir com a dor de apendicite. 
 
→ Prova de Kernig: coxa fletida em 90º, começa-se a elevar a canela→ Kernig Positivo: se 
doloroso na região do isquiático e tentativa de impedimento do movimento. 
• Marcha e Equilíbrio Dinâmico: 
→ Ceifante/Helicópode: parece estar levando um cajado do mesmo lado em que o MI não 
flexiona, provocando arraste do mesmo (semicírculos). Geralmente em pacientes 
acometidos por AVC. 
→ Anserina/Pato: lordose acentuada, mãos na posição lombar, com perda da força muscular 
nos MI. Geralmente em gravidez avançada ou pacientes acometidos por doenças 
musculares. 
→ Parkinsoniana: paciente anda em bloco, enrijecido, passos curtos e rápidos, sem movimentos 
automáticos dos braços. Cabeça inclinada para frente. (“contando dinheiro”92) 
→ Cerebelar/Ébrio: marcha em ziguezague, parecendo sob efeito de álcool. 
→ Tabética/Soldado: olhar fixado no chão. Paciente imitando uma marcha militar. Geralmente 
por lesão de cordão posterior de medula. 
→ Pequenos passos: passos curtos e arrastados. Por doenças psudobulbares e extrapiramidais. 
→ Vestibular/Estrela: paciente não consegue andar em linha reta, sempre “puxando” para ao 
lado. Por lesão vestibular ou tumores no 4º ventrículo. 
→ Escarvante/Soldado da Prússia: por arraste da ponta dos pés, paciente passa a elevar mais a 
perna. Por paralisia dos movimentos do dorso do pé. 
→ Tesoura/Espástica: Mi enrijecidos, semi-fletidos, os pés se arrastam. Pernas se cruzam ao 
caminhar. Ocorre na paralisia cerebral. 
 
22 
→ Claudicante: paciente manca. Decorrente de insuficiência renal periférica e lesão do aparelho 
locomotor. 
→ Idoso; marcha lenta, de passos curtos e movimentação dos MS diminuída. Alteração do 
equilíbrio, coordenação, força e sensibilidade. 
• Equilíbrio Estático: Prova de Romberg 
Paciente de pé, com os pés juntos e olhando para frente, próximo 
a uma parede, com olhos fechados. 
Se houver desiquilíbrio, oscilações corporais e tendência a queda → 
Romberg Positivo. 
Quando essas manifestações ocorrem sempre para o mesmo lado, depois 
de um tempo de latência, indica lesão vestibular. 
Quando as oscilações ocorrem imediatamente após interrupção da visão, 
há indicio de lesão nas vias de sensibilidade de propriocepção consciente. 
Ocorre por tabes dorsales, degeneração da medula, polineuropatias 
periféricas e nas labirintopatias. 
➔ Em casos de lesão cerebelar, Romberg Negativo pelo paciente não conseguir permanecer 
em pé (atrasia) ou ter dificuldade para fazê-lo (distasia). 
➔ Distúrbio de marcha: disbasia. 
• Motricidade Espontânea: observar amplitude dos movimentos. Redução ou abolição dos 
movimentos podem ocorrer por condições extraneurológicas, lesão de nervos motores/vias 
piramidais/colunas ventrais da medula e nervos. 
• Força Muscular: examinador realiza força oposta enquanto o paciente faz força para a 
realização de determinado movimento. 
Provas Deficitárias: 
 
+Braços Estendidos: Mingazzini de MS. 
TÔNUS MUSCULAR: tensão constante na qual se encontram os músculos, em repouso ou 
movimento. 
5 graus de progressão (normal é o nível 5). 
Procura-se por achatamento de massas musculares (mais comuns nas coxas), palpa-se para 
analisar a consistência muscular (aumentada em lesões motoras centrais e diminuída nas 
periféricas). 
→ Hipotonia: achatamento de massas musculares no plano do leito, consistência reduzida. 
 Lesões de cerebelo, coma profundo, lesões de vias de propriocepção consciente, lesões 
de pontas anteriores da medula, coreia aguda, mongolismo. 
 
23 
→ Hipertonia: consistência muscular aumentada, extensibilidade aumentada... 
 Lesões de vias motoras piramidais e extrapiramidais. 
→ Hipertonia Piramidal: espasticidade: hemiplegia, diplegia cerebral infantil, ELA e mielopatias 
compressivas. 
 Eletiva: extensores de MI e flexores de MS (Wernicke-Mann). 
 Elástica: retorna à posição normal. 
→ Hipertonia Extrapiramidal: rigidez: Parkinson e degeneração hepatolenticular → não é 
eletiva, acometendo tanto a musculatura agonista quanto a antagonista e sinergista. Não é 
plástica, oferecendo resistência à movimentação passiva associada ao sinal de roda 
denteada. 
→ Hipertonia Transitória/Intermitente: descerebração, síndrome meníngea, tétano (tetania). 
 
 
 
 
 
→ Miotonia: relaxamento alentecido após a contração muscular, pedindo para o paciente 
cerrar o punho e então abrir a mão rapidamente. Se houver miotonia, a mão se abrirá 
lentamente. Ocorre na distrofia miotônica de Steinert, miotonia congênita de Thomsen. 
→ Distonia: contração simultânea de agonistas e antagonistas, ocasionando posturas anômalas 
de extrema flexão ou extensão. Ocorrendo em torcicolos espasmódico, cãibra, distonia 
muscular deformante. 
→ Paratonia: paciente se opõe a tentativa do examinador de movimentar seu membro. 
Decorrente de lesões frontais bilaterais. 
 
COORDENAÇÃO: cerebelo + sensibilidade de propriocepção 
Ataxia: perda da coordenação (cerebelar, sensorial ou mista) 
Dismetria: paciente não alcança alvos com precisão 
Diadococinesia: movimentos de coordenação, se realizados são chamados de 
eudiadococinesia; realizados com dificuldade, disdiadococinesia; não realizados, adiadococinesia. 
→ Prova indicador-nariz: olhos abeto e, depois, fechados. 
→ Prova calcanhar-joelho: em decúbito dorsal, repetir o exercício com olhos abertos e 
fechados. Pode-se pedir para deslizar o calcanhar pela crista tibial. 
→ Prova de membros alternados: pedir para o paciente realizar movimentos rápidos e 
alternados, como abrir e fechar mãos/braços...
REFLEXOS: 
• Cutâneoplantar: com paciente em decúbito dorsal, estimula-se a região plantar lateral em 
forma de “L”. Normal: flexão dos dedos. Patológico: ocorre extensão dos dedos (Babinski), por 
lesão da via piramidal ou corticoespinhal. 
• Cutâneoabdominal: com paciente em decúbito dorsal e parede 
abdominal relaxada, estimula-se no sentido da linha mediana 
(superior, média e inferior), gerando uma contração dos músculos e 
pequeno desvio da cicatriz umbilical para o lado estimulado. Ausente 
em casos de interrupção do arco reflexo, lesão da via piramidal e 
alterações no SN. 
Lesão piramidal: espasticidade e elasticidade → sinal do canivete 
Lesão extrapiramidal: rigidez e plasticidade → sinal da roda denteada 
Transitória: meningite e tétano 
 
24 
• Corneopalpebral: reflexo mucoso, estimulando-se a córnea e esclera do 
paciente. Pede-se para que o paciente olhe para o lado oposto. 
Normalmente leva o paciente a fechar o olho, sendo ausente em casos 
com lesão do Nervo Trigêmeo. 
 
• Reflexos Miotáticos/Profundos: fásicos/clônicos (percussão do tendão) ou tônicos/posturais. 
→ classificados como normais, abolidos, diminuídos, vivos ou exaltados. 
→ Reflexo Aquileu: nervo isquiático 
→ Reflexo Patelar: nervo isquiático 
→ Reflexo Tricipital: nervo radial 
→ Reflexo Bicipital: nervo músculocutâneo 
→ Reflexo Flexor dos Dedos: nervo mediano 
→ Reflexo Estilorradial (supinador): nervo radial 
→ Reflexo Pronador: nervo ulnar 
 
• Arreflexia/Hiporreflexia ocorrem em lesões no arco reflexo (poliomielite, polineuropatia 
periférica e miopatias). 
• Hiperreflexia ocorre em lesões da via piramidal (AVC, tumor, doença desmielinizante, trauma). 
Sendo policinético, amplo e brusco. 
• Quando há lesão de cerebelo, há resposta patelar em pêndulo, ocasionada por hipotonia. 
 
NERVOS CRANIANOS: 
I: Nervo Olfatório: usa-se cheiros para avaliar a 
capacidade de distinção dos mesmos. Realizado 
com os olhos fechados, precisando reconhecer o 
odor em cada narina. Cuidar interferências, como 
resfriados. 
II: Nervo Óptico: avalia-se a acuidade visual (tabela de Snellen – 20/20), o campimetria (olhando 
nos olhos do examinador, ocluindo o olho não examinado, move-se a mão ao lado da cabeça do 
paciente questionando se a vê) e o fundo de olho (realizada com o oftalmoscópio, pode-se ver o 
tecido mucoso, com a retina e a papila óptica → reflexo pálido indica patologia), além do reflexo 
fotomotor (direto e indireto). 
Hiposmia: perda parcial do olfato 
Anosmia: perda total do olfato 
Parosmia: sente cheiro de algo diferente 
do apresentado 
Cacosmia: “alucinação” de cheiros 
 
25 
III, IV e VI: Nervos Oculomotor, Troclear e Abducente: 
teste da Bandeira Inglesa para testar a motilidade extrínseca 
(m. Reto Medial, Reto Inferior, Reto Superior, Oblíquo 
Inferior e Levantador da Pálpebra; Oblíquo Superior; Reto 
Lateral). 
• Estrabismo: paresia ou paralisia de um antagonista. (ex. 
reto medial com problema ocasiona estrabismo divergente 
e vice-versa). 
• Ptose Palpebral: lesão do oculomotor. 
• Motilidade Intrínseca: análise da pupila (reflexo). 
• Discorria: irregularidade do contorno pupilar (midríase/miose). 
V: Nervo Trigêmeo: nervo misto com três ramificações: 
→ Nervo Mastigador: para m. temporal, masseter e pterigoideos. → 
quando lesionado, leva ao desvio mandibular para o lado da lesão 
e dificuldade de lateralização mandibular. Testado colocando os 
dedos sobre a ATM e pedindo para “mastigar”. 
→ Raiz Sensitiva: sensibilidade superficial dos ramos oftálmico, 
maxilar e mandibular (algodãozinho). 
VII: Nervo Facial: analisa-se seu ramo motor (musculatura da mímica), pedindo para que o 
paciente enrugue a testa, franza o cenho, cerre as pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, infle 
as bochechas e contraia o Platisma. 
• Paralisia de Bell: toda a hemiface (periférica) do lado acometido (boca puxa para o lado bom) 
• Paralisia Central: somente a porção inferior do lado contrário ao acometido sofrem com a 
paralisia (boca puxa para o lado ruim) 
• Nervo Intermediário de Wrisberg: acompanha o facial e é responsável pela gustação dos 2/3 
anteriores da língua 
VIII: Nervo Vestíbulo-Coclear: 2 ramos responsáveis pela audição e equilíbrio. O Ramo Coclear 
é avaliado pelo atrito das polpas digitais próximo ao ouvido. Já o Ramo Vestibular é analisado 
pela presença de nistagmo, desvio lateral durante a marcha, desvio postural, sinal de Romberg... 
IX e X: Nervo Glossofaríngeo e Vago: tem origem, trajeto e distribuição semelhantes 
• Lesão unilateral do nervo glossofaríngeo afeta a gustação do terço posterior da língua. 
→Testa-se a função de ambos pedindo para pronunciar as vogais (rouquidão e desvio do palato 
e da língua para o lado lesionado). 
XI: Nervo Acessório: é testado quando o examinador pede para o paciente elevar os ombros e 
rotacionar a cabeça. 
XII: Nervo Hipoglosso: avalia-se quando se pede para o paciente colocar a língua para fora. 
Quando há lesão, há desvio para o lado 
acometido (em protusão) ou para o lado 
contrário (relaxada dentro da boca). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção às diferenças de 
inervação motora (NC XII), 
sensitiva geral (1/3 
posterior NC IX e 2/3 
anteriores NC V) e 
sensitiva especial (1/3 
posterior NC IX e 2/3 
anteriores NC VII). 
 
26 
ANOTAÇÕES: 
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TÓRAX (RESPIRATÓRIO) 
Pontos de Referência Anatômica: 
• 1ª costela não é palpável. 
• 2ª costela é reconhecida palpando-se o ângulo de Louis (articulação manúbrio-esternal) 
• Linhas torácicas: 
 
Inspeção: avaliar a pele e estruturas superficiais, unhas, extremidades cianóticas, batimentos de 
asa de nariz e presença de nevos. 
Estática: Forma do tórax, presença de abaulamentos ou elevações, presença de sons audíveis, 
cianose oral, baqueteamento digital 
Brevelíneo/longilíneo, normolíneo. 
→ Tórax Plano/ Chato: diâmetro ântero-posterior>diâmetro latero-lateral. 
→ Tórax Infundibuliforme/ Pectus Excavatum: depressão no nível do terço inferior do esterno 
e região epigástrica. 
 
→ Tórax Cariniforme/ Pectus Carinatum: no nível do esterno surge uma forma de peito de 
pomba, não afetando a ventilação pulmonar. 
 
→ Tórax Piriforme: em forma de Pêra/sino, com a base mais alargada. 
 
 
 
28 
→ Tórax Cifótico: curvamento acentuado da coluna, aumentando as curvas sacrais e torácicas 
para trás e o tórax para frente. 
 
→ Tórax Escoliótico: desvio lateral da coluna. 
 
→ Tórax Cifoescoliótico: pode produzir restrição grave de expansão torácica, provocando 
insuficiência respiratória. 
 
→ Tórax Instável/ Traumático: decorrente de várias fraturas nas costelas, que se movimentam 
conforme a respiração. 
→ Tórax em Tonel: diâmetro latero-lateral<diâmetro ântero-posterior. 
 
Dinâmica: tipo, frequência e ritmo respiratórios, amplitude dos movimentos (expansibilidade), 
presença de tiragem, Sinal de Lemos Torres (abaulamento dos EI na expiração, sinalizando 
derrame pleural, associado a batimento de asa de nariz, que indica insuficiência respiratória). 
INSPEÇÃO ESTÁTICA NORMAL: tórax plano, simétrico, sem abaulamentos ou elevações, 
ausência de sons audíveis, sem baqueteamento digital ou pontos cianóticos. Tórax 
normocorado, ausência de nódulos, cicatrizes ou telegectasias (vasos finos aparentes). 
 
29 
→Atelactesias: falta de expansão nos alvéolos devido a uma ausência de ventilação consecutiva 
à obstrução do brônquio (lesões fibróticas). 
• Homem é mais abdominal e Mulher é mais costal. 
Tipos Respiratórios: 
• Normal: regular, sem variações 
• Dispneia: movimentos respiratórios amplos, rápidos e 
desconfortáveis. Comum em insuficiência respiratória, 
enfisema pulmonar, pneumotórax e derrame pleural. 
• Dispneia Paroxística Noturna: sono interrompido por falta de 
ar, normal em acometido por insuficiência ventricular esquerda 
• Platipneia: dificuldade para respirar quando ereto. 
• Ortopneia: dificuldade para respirar quando em decúbito. 
• Trepopneia: paciente sente mais facilidade para respirar 
quando em decúbito lateral. Comum em insuficiência cardíaca 
congestiva e derrame pleural. 
• Cheyne-Stokes: dispneia periódica que aumenta 
progressivamente as inspirações, as tornando cada vez mais 
profundas, até atingirem uma máxima e começarem a reduzir 
até o ponto de apneia (“regulada” pelos níveis de ac. Carbônico 
no sangue). Normal em neonatos com sistema respiratório 
imaturo e pessoas acometidas por AVC, traumatismos crânio-
cefálicos, intoxicações por morfina e insuficiência cardíaca congestiva. 
• De Biot: períodos de apneia intercalados por inspirações de ampla amplitude e irregulares. 
• De Kussmaul: amplas e rápidas inspirações interrompidas por pequenas apneias. Ocorre então 
a expiração profunda e ruidosa seguida de apneia. Comum em casos de cetoacidose. 
• Suspirosa: em uma respiração normal que é interrompida por uma respiração profunda, 
caracterizando ansiedade e problemas emocionais. 
Amplitude da Respiração: superficial (durante o sono) e profunda (durante esforço). 
Frequência Respiratória: 
RN: 40-45 
Lactentes: 25-35 
Pré-escolares: 20-35 
Escolares: 18-35 
Adultos: 18-20 
Palpação: estrutura da parede torácica, expansibilidade pulmonar, mobilidade e frêmito 
toracovocal. 
→ Estrutura: pele, tecido subcutâneo, músculos, cartilagens e ossos 
→ Palpação da coluna: analisar integridade e procura por pontos dolorosos (soquinhos) 
→ Expansibilidade e mobilidade: examinador coloca-se atrás do paciente sentado com as mãos 
postas na região dos ombros do mesmo, na região supra-escapular e os polegares formando 
uma prega com a pele do examinado(C7 e 9º-10ºEI). Pede-se para o paciente inspirar e 
expirar profundamente. 
Taquipneia: acima dos valores normais, relacionada com 
emoções, febre e lesões pleuropulmonares 
Bradipneia: abaixo dos valores normais 
Apneia: perda respiratória 
Eupneia: frequência normal e sem esforços 
INSPEÇÃO DINÂMICA NORMAL: frequência respiratória eupneica (16-2-mrpm), amplitude 
de movimentos respiratórios normais, ritmo normal, ausência de tiragem, expansibilidade 
normal e simétrica, sinal de Lemos Torres negativo e ausência de batimentos de asa de 
nariz. 
 
30 
 Assimetrias indicam pneumotórax, pneumonia e pleurites; derrames pleurais, 
hepatomegalias, esplenomegalias... 
→ Frêmito toracovocal: vibração percebida na parede torácica pela 
mão do examinador. Pede-se para o examinado falar 33 enquanto 
o examinador compara regiões homólogas (pode ser feito D/E 
separadas ou ao mesmo tempo). 
 A intensidade do frêmito varia conforme a região do tórax, 
sendo mais nítida no ápice direito e na região interescapular-
vertebral direita pelo menor comprimento do brônquio principal. 
 Manobra facilitadora: paciente coloca o travesseiro no colo e 
“se abraça”, inclinando-se para frente. 
Percussão: realizada com o paciente sentado; pedindo para que 
“se abrace”, afim de aumentar a área entre as escápulas para 
percussão dorsal e que coloque a mão na cabeça, para a percussão 
 lateral. 
Percutir, pelo menos, 6 regiões homólogas, de forma 
comparativa 
 
 
➔ NORMAL: som claro-pulmonar presente e simétrico 
/ Punho-percussão negativa. 
Alterações: 
→ Hipersonoridade pulmonar: percussão mais clara e intensa devido ao aumento de ar nos 
pulmões, provocado por asma, enfisema e pneumotórax. 
→ Submacicez e Macicez: redução ou desaparecimento do ar dos alvéolos, provocado por 
derrames e espessamento pleural e por condensações pulmonares (derrames 
espessamentos pleurais) e por condensações pulmonares (pneumonias, tuberculose, 
infarto pulmonar e neoplasias). 
→ Som timpânico: ar aprisionado nos alvéolos, ocasionado por tuberculose e pneumotórax. 
Ausculta: com o paciente sentado, solicita-se que respire fundo com a boca entreaberta e 
realize as mesmas manobras facilitadoras da percussão. 
Tórax Posterior: realizar
em 5 focos dorsais e 1 axilar, com ausculta da ressonância da voz em 
3 deles. 
→ Som Bronco-vesicular: entre as escápulas, 
possui maior intensidade que no murmúrio 
vesicular 
→ Centro das costas: som vesicular 
Tórax Anterior: 2ºEI e traqueia 
→ Som traqueal: na fúrcula, ruído soproso na 
inspiração, substituído por um mais forte e 
prolongado na expiração. 
→ Som brônquico: no 2 EI, próximo ao ângulo de Louis, ausculta-se um som menos intenso 
na expiração (que no traqueal) 
→ Murmúrio vesicular: produzido pela turbulência do ar ao passar pelas bifurcações do 
sistema, sendo melhor auscultado na região anterossuperior, nas axilas e nas regiões 
infraclaviculares. Mais prolongado na inspiração (quando mais longo na expiração é sinal 
de asma, enfisema ou bronquite com broncoespasmo). 
 
31 
 
( https://www.youtube.com/watch?v=IEmtZkh9wjk) 
SONS ANORMAIS: 
Descontínuos/Estertores: 
◊ Estertores Finos/Crepitantes: no final da inspiração, sendo agudos, tendo alta 
frequência, curta duração e audíveis nas bases pulmonares, que são áreas 
influenciadas pela gravidade. Soam parecidos com atrito de cabelo. Característico 
de pneumonia, congestão pulmonar por insuficiência cardíaca esquerda. 
◊ Estertores Grossos/Bolhosos: no inicio da inspiração e em toda a expiração, tendo 
frequência menor e maior duração que os finos, podendo ser ouvidos em todo o 
tórax e não se modificando conforme mudança de posição. Indica bronquite 
crônica e bronquiecstasia. 
Contínuos: 
◊ Roncos: sons graves, mutáveis e fugazes, principalmente na expiração, originados 
nas vibrações das paredes brônquicas e dos gases quando há estreitamento dos 
ductos por espasmos. Indica asma brônquica, bronquite, bronquiecstasia e 
obstruções localizadas. 
◊ Sibilos: sons agudos que ocorrem na inspiração e na expiração. São múltiplos e 
disseminados por todo o tórax. Indicam asma, bronquite, obstrução por 
neoplasia. 
◊ Estridor: originado pela semi-obstrução da laringe ou traqueia, tendo som 
pequeno quando a respiração é calma e superficial, mas em respiração profunda 
o aumento do fluxo de ar eleva sua intensidade. Decorrentes de difteria, laringite 
aguda, câncer de laringe e estenose de traqueia. 
De Origem Pleural: 
◊ Atrito Pleural: ruído irregular, descontinuo, mais intenso na inspiração, frequência 
baixa e tonalidade grave Comum na região axilar e indica pleurite. 
» Derrame pleural indica o desaparecimento do atrito pleural. 
➔ Ausculta da voz: pedir para o paciente falar uma palavra conhecida em voz normal e depois 
cochicha-la, enquanto o examinador analisa os mesmos pontos do frêmito toracovocal de 
modo comparativo. Os sons produzidos pela voz e auscultados na parede torácica são 
chamados de ressonância vocal. Esta é mais intensa no ápice do pulmão, regiões 
escapulovertebrais e na região esternal superior. 
Broncofonia/aumento da ressonância da voz: ocorre por condensação pulmonar 
devido a neoplasias, inflamações, pneumonias, infarto pulmonar. 
Diminuição da ressonância vocal: decorrente de atalectasias (falta de expansão dos 
alvéolos de uma parte do pulmão ou inteiro, devido a uma ausência de ventilação), 
espessamento pleural, derrames pleurais e enfisema. 
Pectorilóquia fônica: voz falada é ouvida com nitidez. 
AUSCULTA RESPIRATÓRIA NORMAL: ausculta bronco-vesicular presente e simétrica, 
murmúrio vesicular presente e simétrico e bem distribuído, som traqueal presente, 
respiração brônquica presente e ressonância vocal normal 
NORMAL: tanto a voz falada quanto a cochichada são incompreensíveis, visto que o 
parênquima pulmonar absorve a maioria dos componentes sonoros. 
 
32 
Pectorilóquia afônica: voz cochichada é ouvida com nitidez 
Egofonia: broncofonia de som metálico ou nasalado. 
 
ANOTAÇÕES: 
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33 
TÓRAX (EXAME CARDÍACO) 
Inspeção e Palpação: simultâneo. Procurar por abaulamentos, analisar o ictus cordis (ponta do 
coração), batimentos e movimentos visíveis/palpáveis, palpação das bulhas e pesquisa por 
frêmitos cardiovasculares. 
Abaulamentos: podem indicar aneurisma de aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico, 
alterações na caixa torácica. Pesquisar por pulsações. 
NORMAL: tórax aparentemente plano, ictus não visível e não palpável (se palpável, 
analisar quantas polpas digitais), ausência de circulação colateral, distribuição de pelos normal 
para o sexo, ausência de abaulamentos ou cicatrizes, sem turgência jugular (ou com turgência a 
0º), pulso carotídeo e batimento na fúrcula visíveis, ausência de demais batimentos visíveis. +
Palpação de pulsos (radiais, braquiais, demorais, poplíteos, tibial posterior, pedioso analisados 
simultaneamente) presentes, simétricos e com ausência de frêmitos. 
 
➔Ictus Cordis: 
• Localização: 4º/5º EI, na linha hemiclavicular. 
• Ictus impalpável e invisível: musculatura muito 
desenvolvida, enfisema, obesidade, mamas grandes e 
idosos. 
• Deslocamento: dilatação ou hipertrofia do VE por 
estenose aórtica, insuficiência aórtica ou mitral, 
hipertensão arterial, miocardiopatias, cardiopatias 
congênitas. EM casos de tórax infundibuliforme, ascite, 
escoliose e derrame pleural, não há, necessariamente, uma 
patologia envolvida. Hipertrofia de VD não altera a 
posição do ictus. 
• Extensão: determinar quantas polpas digitais são 
necessárias para cobri-lo, sendo normal 1-2 polpas (2-
3cm). 
• Intensidade: repousar a mão sobre a região dos 
batimentos, sendo manobra facilitadora o paciente estar em decúbito lateral esquerdo. 
• Mobilidade: normal 1-2cm. 
• Ritmo e frequência: determinados pela ausculta. 
Batimentos e movimentos visíveis: retração sistólica apical ocorre por hipertrofia ventricular 
direita, visto que na sístole ocorre retração da ponta e enquanto as regiões esternais e 
paraesternais são projetadas para frente, realizando movimento em báscula. Levantamento em 
massa do pericárdio decorrente de hipertrofia ventricular direita, visto que o impulso sistólico 
que movimenta as grandes áreas torácicas próximas ao externo. Bulhas hiperfonéticas 
ocorrendo por choque valvar palpável. 
→ Pulsações epigástricas: ocorrem pela transmissão pela parede abdominal da pulsação da 
aorta, o que pode ser normal ou indicar hipertrofia ventricular direita quando há pulsação 
na região subxifoide. Quando há pulsação hepática, há indicio de estenose ou insuficiência 
tricúspide. 
→ Pulsação supraesternal: é normal em pessoas normais, mas, quando muito intensas, 
podem indicar aneurisma de aorta ou síndrome hipercinética, a qual pode ser provocada 
por insuficiência ou hipertireoidismo. 
 
 
34 
Frêmito: sensação tátil de vibração produzida no coração ou nos vasos. Deve-se investigar sua 
localização, a partir da ausculta, situação no ciclo cardíaco, obtido a partir da comparação com o 
pulso carotídeo, podendo ser sistólico, diastólico ou sistodiastólico, e também sua intensidade. 
Presença de frêmitos indica sopro. 
 
Turgência Jugular: normal em paciente a 0º. Anormal se permanece após manobra da ordenha 
em 45º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ausculta: 
Semiotécnica: colocar o paciente em decúbito dorsal, cabeça elevada com tórax descoberto. 
Examinador sempre ao lado direito do paciente. Usa-se, majoritariamente a membrana para a 
ausculta, porém nas carótidas e na fúrcula, faz-se melhor uso da campânula. 
 
 
FOCOS DE AUSCULTA: 
• Foco Aórtico: 2º EI, justaesternal direito 
• Foco Pulmonar: 2º EI, justaesternal 
esquerdo 
• Foco Aórtico Acessório: 3º EI, 
justaesternal esquerdo 
• Foco Tricúspide: base do apêndice 
xifoide, justaesternal esquerdo 
• Foco Mitral: 4º/5º EI esquerdo, na linha 
hemiclavicular, correspondendo ao ictus. 
 
MANOBRA DA ORDENHA: 
➔ Elevar a cabeça do paciente em 45º 
➔ Inclinar a cabeça do paciente para o lado oposto 
➔ Colocar os indicadores na base da veia 
➔ “empurrar” o sangue para cima, a partir da 
clavícula 
-- Normal: não volta depois da manobra// -- Patológico: 
volta + manobra hepato-jugular 
AUSCULTA EM CONDIÇÕES NORMAIS: ritmo regular, em 2 tempos, (B1 e B2), com bulhas 
normofonéticas, batimento de carótidas presente e simétrico, ausência de sopro, batimentos de 
fúrcula simétricos. 
 
35 
 
 O CICLO CARDÍACO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bulhas Cardíacas: 
B1: fechamento das valvas atrioventriculares (tricúspide e mitral) por 
aumento da pressão ventricular provocada pela ejeção final. Coincide com o 
pulso carotídeo e radial. É mais grave, durando mais que B2, com maior 
intensidade no foco mitral. A mitral fecha antes da tricúspide. 
B2: fechamento das valvas aórtica (auscultado em toda a região precordial) e 
pulmonar (melhor auscultado no foco pulmonar e na borda esternal esquerda), sendo que 
o fechamento aórtico precede o pulmonar. Na expiração forçada ausculta-se um só som, visto 
que ambas as valvas fecham juntas, decorrentes do aumento do retorno venoso para o átrio 
esquerdo e, portanto, aumentam o tempo de ejeção ventricular. É mais curta, aguda e seca, sendo 
melhor auscultada em adultos no foco aórtico e em crianças no foco pulmonar. Indica o final da 
sístole. → abolia de B2 indica sopro sistólico de regurgitamento (sobrepõe a B2). 
Manobra de Rivero Carvalho: para diferenciar sopros de insuficiência mitral ou tricúspide. 
Pede-se que o paciente inspire profundamente e prenda a respiração por alguns segundos. 
 
B3: som protodiastólico de baixa frequência, originado da subida distensão da parede 
ventricular, o que causará vibração. Isso ocorre pela corrente sanguínea penetrar de forma muito 
abrupta o ventrículo. 
 →sistólico → de ejeção: estenose aórtica/pulmonar 
SOPRO → de regurgitamento: insuficiência mitral/tricúspide→ volta pro átrio 
 →diastólico → estenose mitral ou tricúspide 
 → insuficiência aórtica ou pulmonar 
 
Estenose: dificuldade para “sair” 
Insuficiência: dificuldade para “ficar dentro” 
 
36 
B4: ocorre no fim da diástole e na pré-sístole, sendo de difícil ausculta. Ocorre após a 
contração atrial, devido a brusca desaceleração do fluxo sanguíneo nos ventrículos. Tentativa de 
pôr sangue no ventrículo já cheio. 
 
• FC normal: 60-100bpm 
• Ausculta de grandes vasos: 
→ Carótidas: prender a respiração 
→ Aorta abdominal: linha média entre o apêndice xifoide e a prega umbilical 
→ Artéria Renal: 3 dedos acima da prega umbilical, ao lado do m. Reto Abdominal 
→ Artéria Ilíaca: 3 dedos abaixo da prega umbilical, 2 cm para a lateral 
→ Artéria Femoral: terço médio entre a crista ilíaca e tubérculo púbico 
 
Pulsos: 
• Carotídeos: um de cada vez 
• Radial: simultâneo, D/E E/D 
• Braquial: um por vez 
• Femoral: simultâneo 
• Poplíteo: um por vez 
• Tibial posterior: simultâneo 
• Pedioso: simultâneo 
 
Arritmias: perturbações na forma ou condução do estímulo, por transtornos. Provocados por 
causas extracadíacas, medicamentosa e lesões cardíacas. 
→ Manifestações clínicas: subjetivas (taquicardia/palpitações, fibrilação atrial, extrassistolia) e 
objetivas (desdobramento das bulhas que sugerem bloqueio do ramo). 
→ Bradicardia ou taquicardia nem sempre aumentam o débito cardíaco. Se FC<40bpm, o 
volume diastólico final irá aumentar, originando maior volume sistólico; mas se for <40bpm 
ou >16obpm, os mecanismos de compensação não vão mais atuar e o DC diminui; se for 
>16obpm, não haverá tempo suficiente para o enchimento ventricular completo. Em casos 
 
37 
de descompensação de bradicardia ou taquicardia, poderá ocorrer isquemia, dependendo 
da FC atingida, da duração da arritmia, do estado do miocárdio e da permeabilidade arterial. 
→ Arritmias por perturbação na formação dos estímulos sinusais: taquicardia sinusal, 
bradicardia sinusal, arritmia sinusal (inspiração profunda aumenta a FC, expiração forçada 
baixa a FC), parada sinusal (depressão do automatismo sinusal gera ausência de batimento 
temporariamente). 
→ Arritmias por perturbação na formação dos estímulos extrasinusais: formação de ritmos 
juncionais quando o nodo atrioventricular assume o automatismo cardíaco em decorrência 
da depressão do automatismo sinusal

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