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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA 1- INTRODUÇÃO As primeiras atividades farmacêuticas realizadas no brasil foram as de preparações de medicamentos, através de fórmulas magistrais, onde os farmacêuticos chamados de boticários preparavam os fármacos de forma artesanal em suas boticas. Passados os anos em meados das décadas de 40 e 50, com a chegada das grandes indústrias de medicamentos, essas práticas foram extintas perdurando até a década de 80 onde retornaram em grande proporção com o surgimento de farmácias de manipulações, que seguem até os dias de hoje representando cerca de 10% de todo o mercado de medicamentos brasileiro (Pereira et al, 2005; Gonçalves, 2008). São considerados de baixo custo se comparados com os medicamentos comercializados pelas industriais (Pereira et al, 2005). Por apresentarem essa diferença de preço, as Políticas Nacionais de Medicamentos (PNM) passaram a ter uma maior atenção, visando por meios de sua utilização a garantia de acesso aos tratamentos diversos pela população de baixa renda, tendo o direito a saúde garantidos por lei cumpridos (Ministério da Saúde, 2001; Rezende et al, 2003). Passando por diversas exigências quanto a qualidade dos produtos feitos pelas farmácias magistrais através dos órgãos fiscalizadores foram adotadas as medidas de controle de qualidade dos medicamentos por meio das resoluções 67 e 87, a fim de garantir os requisitos mínimos de qualidade necessários para assegurar a qualidade dos produtos finais (Almeida, 2011). Nelas estão dispostas relacionadas às exigências para que sejam atendidos os critérios estabelecidos, por meio de instalações, equipamentos, recursos humanos, aquisição, armazenamento, avaliação farmacêutica das prescrições, manipulação, fracionamento, conservação, transporte, controle de qualidade, dispensação das fórmulas e atenção farmacêutica aos usuários dessas farmácias. (ANVISA/Ministério da Saúde, 2007). Em farmácias magistrais, são produzidas as prescrições individualizada paciente a paciente conforme prescrição médica, onde não se tem a obtenção de fabricação de lotes de grande volume e as diversidades de fórmulas dificultam a realização dos testes que assegurem a qualidade do produto acabado. Uma vez que 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA são produzidas pequenas quantidades por vez, há uma produção extra para fins de testes de controle de qualidade com métodos mais acurados, exemplo os métodos químicos e biológicos, até mesmo manutenção de uma amostra que sirva de contraprova, sendo considerado economicamente e tecnicamente difícil (Rodrigues RHRM,2010). O controle de qualidade em farmácia magistral deve ser realizado no monitoramento dos processos produtivos, aplicados às matérias-primas e embalagem, de amostras de produtos acabados de todas e as diversas formas farmacêuticas, bem como controle do ambiente de manipulação e qualquer outro parâmetro que interfira nos indicadores de qualidade final do produto, tendo a garantia da segurança ao consumidor desses produtos (Ferreira, 2008). As atividades de controle de qualidade a fim de que sejam asseguradas a sua confiabilidade e efetividade, devem de responsabilidade de um profissional capacitado e habilitado para tal análise e providências relativas da qualidade dos produtos, tendo o farmacêutico inserido nesse contexto (Brasil,2007) Os farmacêuticos estão presentes nos processos de controle de qualidade, desde os mais básicos aos mais técnicos, podendo ter a presença de profissionais técnicos dispostos no serviço como químicos que possuem conhecimento técnico em química analítica (Who, 1986). Podendo também ser terceirizada algumas análises de controle de qualidade como água purificada bem como a potável, o teor e a uniformidade de conteúdos para formulações sólidas do estoque mínimo e acabados, desde que tenham sido empregados contrato formal com laboratório tecnicamente capacitado para esse fim. Com todas essas exigências legais, o controle de qualidade na farmácia magistral representa um desafio contínuo, não só pela variedade das matérias-primas utilizadas e das formulações preparadas, em geral adquiridas em pequena quantidade, como também pela ausência de métodos de análises farmacopéicos (Rodrigues RHRM,2010). 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA 2- OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Este relatório tem como o principal objetivo consolidar os conhecimentos da atuação do profissional farmacêutico no cenário da produção de medicamentos. Buscando enriquecer os conceitos de aprendizagem dispostos no desenvolvimento de atividades voltadas a aplicação dos conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula e aplicá-los de forma prática. Conhecendo o funcionamento de um laboratório de controle de qualidade, linha de produção, documentos da qualidade e fluxo de pedidos de diversos processos referente ao desenvolvimento destes produtos, bem como suas diversas apresentações. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Conhecer o fluxo de controle de qualidade no processo de produção de medicamentos. ● Analisar como é feito um controle de qualidade de medicamentos sólidos e semissólidos. ● Verificar o controle de qualidade microbiológico e físico-químico de medicamentos. ● Desenvolver a preparação em laboratório utilizando informações da Farmacopeia Brasileira. ● Compreender como são desenvolvidas as Boas Práticas de Fabricação utilizando a RDC 17. ● Descrever as principais atividades desenvolvida na indústria de medicamentos. 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA 3 CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA NOME FANTASIA Universidade Maurício de Nassau - UNINASSAU RAZÃO SOCIAL Ser Educacional S.A. DESCRIÇÃO Descrição da Atividade Econômica Principal: curso de graduação e pós-Graduação. C.N.P.J. 04.986.320/0001-13 ENDEREÇO Rua Guilherme Pinto NÚMERO: 114 COMPLEMENTO: - BAIRRO: Graças CIDADE: Recife ESTADO: Pernambuco CEP: 52011-210 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO Segunda –feira 13:00 às 19:00 Terça –feira 13:00 às 19:00 Quarta –feira 13:00 às 19:00 Quinta –feira 13:00 às 19:00 Sexta –feira 13:00 às 19:00 Sábado - Domingo - E-MAIL: farmácia.rec@uninassau.edu.br TELEFONE: (81) 3413-4611 RESPONSÁVEL TECNICO: Milena Vieira Feitosa CRF - PE: 5824 AREA FÍSICA (descrição da empresa) 7 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA A Uninassau dispõe do curso de graduação em Farmácia que forma profissionais de saúde preparados para trabalhar com a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde do indivíduo e da sociedade, tendo como objeto de trabalho os fármacos e os medicamentos, desde a pesquisa científicade novas substâncias químicas bioativas, passando pela industrialização de novos fármacos, até o processo de dispensação do medicamento ao paciente. Cabe ao farmacêutico as seguintes atividades: o controle e a análise físico-químicas dos alimentos; as análises clínicas e toxicológicas, a gestão de serviços de saúde, entre outras atividades correlatas AREA FÍSICA DO AMBIENTE DE ESTÁGIO (descrição do local de estágio) O laboratório onde se desenvolveu o estágio supervisionado 2 de farmácia está localizado no 3° piso, sala 109/309 do bloco D da Universidade Maurício de Nassau, situado na rua Joaquim Nabuco, n°xxx no bairro das Graças, Recife-PE. Possui um espaço em seu interior com bancadas e bancos para o desenvolvimento de atividades práticas, equipamentos específicos como balança analítica, friabilômetro, desintegrador, durômetro, encapsuladora, capela de fluxo laminar, pias com torneiras, lava olhos e lixo para descarte de lixo comum e infectante. Possui ainda, Lousa branca, materiais para utilização das práticas e de limpeza, que conta com uma preceptora farmacêutica auxiliada por um técnico da instituição. O ambiente externo ao laboratório possui banheiros masculino e feminino, armário para guardar o volume que não deve entrar no laboratório, elevadores e escadas de emergências sinalizadas que dão acesso aos demais pisos do edifício. 3.2 SUPERVISÃO DE ESTÁGIO SUPERVISOR Milena Vieira Feitosa CRF 5824 FUNÇÃO Farmacêutica DESCRIÇÃO Preceptora de Estágio Supervisionado II Rua Joaquim Nabuco 8 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA ENDEREÇO NÚMERO: 615 COMPLEMENTO: BL D BAIRRO: Graças CIDADE: Recife ESTADO:PE CEP: 52011-000 HORÁRIO DE PERMANÊNCIA DO SUPERVISOR Segunda-feira 13:00 às 19:00 Terça –feira 13:00 às 19:00 Quarta –feira 13:00 às 19:00 Quinta –feira 13:00 às 19:00 Sexta –feira 13:00 às 19:00 Sábado - Domingo - E-MAIL: farmácia.rec@uninassau.edu.br TELEFONE: (81) 3413-4611 4 LEGISLAÇÕES SANITÁRIAS E PROFISSIONAIS APLICÁVEIS 4.1 SANITÁRIA Resolução nº 460 de 14 de setembro de 1999 - Institui e aprova o certificado de boas práticas de fabricação. RDC nº 210 de 04 de agosto de 2003 - Determina a todos os estabelecimentos fabricantes de medicamentos, o cumprimento das diretrizes no regulamento técnico das boas práticas para a fabricação. RDC nº 71 de 22 de dezembro de 2009 - Estabelece regras para rotulagem de medicamentos RDC nº 17 de 15 de abril de 2011- Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos de uso sob prescrição médica. 9 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA RDC nº 63 de 17 de outubro de 2014 - Dispõe sobre lista de substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial. RDC nº 33 de 04 de agosto de 2015 - Dispõe sobre boas práticas de fabricação de medicamentos. 4.2 PROFISSIONAL Resolução - RDC nº 33 de 19 de abril de 2000 - Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas de manipulação de medicamentos em farmácias. Resolução - RDC nº 210 de 04 de agosto de 2003 - Regulamenta técnicas de boas práticas para a fabricação de medicamentos. Resolução - RDC nº 214 de 12 de dezembro de 2006 - Dispõe sobre boas práticas de manipulação de medicamentos para uso humano em farmácias. Decreto nº 20.377 de setembro de 1931 - Regulamentação da profissão farmacêutica no Brasil. Decreto nº 85.878 de 07 de abril de 1981 - Estabelece normas para execução de lei n 3.820 de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão farmacêutica, e dá outras providências. Resolução nº 596 de 21 de fevereiro de 2014 - Dispõe sobre o código de ética farmacêutico, o código de processo ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares. Lei nº 13.021 de 08 de agosto de 2014 - Dispõe sobre o exercício à fiscalização das atividades farmacêuticas. 10 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA 5 – PORTFÓLIOS 1. Teste de friabilidade de comprimidos não revestidos. 2. Mapa de risco. 3. Teste de desintegração. 4. Teste de peso médio. 5. Teste de dureza. 6 – ATIVIDADES DO ESTÁGIO 1. Seminário sobre Garantia da Qualidade BPF – RDC 17/2010 11 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA 2. Seminário sobre Análise de Risco. 3. Elaboração de POP. 4. Criação de Mapa de Risco do Laboratório. 5. Seminário de Conclusão de Estágio – Desenvolvimento de um Produto Farmacêutico. REFERÊNCIAS 1. Pereira AC, Servilieri KM. Um estudo de caso sobre a mensuração dos custos em uma farmácia de manipulação. In: 9. Congresso Internacional de Custos; 2005 nov 28 – 30; Florianópolis: Associação Brasileira de Custos; 2005. 2. GONÇALVES, D. A farmácia magistral ontem, hoje e amanhã. Publicado em 18/08/2008. Disponível em: http://www.fmb.edu.br/ler_artigo.php?artigo=212. Acesso em 12/05/2010. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Formulação de Políticas de Saúde. Política Nacional de Medicamentos, série C, projetos, programas e relatórios, n. 25. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2001. 4. Rezende AJ, Pereira CA, Athayde TR, Leite Filho GA. Análise do comportamento dos preços de medicamentos na cidade de São Paulo. In: 8. Congreso del Instituto Internacional de Costos; 2003; nov 26 – 28; Punta del Este, Uruguay: Instituto Internacional de Costo; 2003. 12 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA 5. Almeida MLC de, Nascimento Filho AP. Análise das cápsulas manipuladas segundo a RDC 67/2007 da ANVISA/ MS para a garantia da qualidade. Rev Bras Farm. 2011;91(3):119-25. 6. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 67 de 08.10.2007: boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais para uso humano em farmácia. Diário Oficial da União, Brasília, 01 de outubro de 2007. 7. Rodrigues RHRM. Avaliação do Controle de Qualidade Realizado nas Farmácias de Manipulação de Medicamentos e as Ações de Vigilância Sanitária no Município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Brasil. 2010. 8. Ferreira AO. O Guia prático de Farmácia Magistral. 3rd ed. Juiz de Fora: Pharmabooks; 2008. 9. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 09 out 2007. 10. WHO–World Health Organization. Basic Tests for Pharmaceutical Substances. Geneva, 1986. 13
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