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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Professor(a): NiltoN SouSa assunto: iNtrodução aoS EStudoS HiStóricoS frente: HiStória i OSG.: 117670/17 AULA 01 EAD – MEDICINA Resumo Teórico Introdução ao Estudo da História História Grega Os historiadores que seguem esta concepção exprimem uma perspectiva de exposição dos acontecimentos com visível preocupação didática. Fica clara a intenção do historiador em alterar elementos políticos e sociais, utilizando-os para corrigir os contemporâneos. O caminho que utiliza é o de mostrar os erros do passado incentivando a correção, no presente, de eventuais motivos que possam levar a falhas já ocorridas no futuro. Os gregos Heródoto e Tucídides e o romano Cícero podem ser apontados como exemplos de historiadores que se utilizam desta concepção. História Providencialista O Providencialismo atribui os acontecimentos à vontade de Deus e guia as crenças de povos como judeus, cristãos e muçulmanos. Assim, desde a criação do planeta Terra e de tudo o que nele há, até os diversos acontecimentos da vida humana são determinados pela vontade de Deus, que exerce influência direta em tudo o que existe, ou seja, a Providência divina atua em tudo o que o homem vê e conhece na Terra, incluindo guerras, calamidades ou a origem do poder dos governantes. Fica clara a influência religiosa nesta concepção, presente na análise e explicação de realidades históricas importantes, como o feudalismo medieval ou a expansão muçulmana nesta mesma era histórica. História Positivista A perspectiva científica da História somente se estruturou, a partir do advento do Positivismo. Com August Comte, História passou a ter uma epistemologia própria de desenvolvimento, um objeto de pesquisa centrado no homem diante do tempo. Foi com o positivismo que a historiografia passou a ser periodizada, a partir de marcos como a escrita, desenvolvendo o conceito de pré-história. Além disso, as fases da história antiga, média, moderna e contemporânea. Os historiadores positivistas acreditavam na neutralidade de suas pesquisas, o que é um mito, porém, imaginavam que, se se utilizassem do documento escrito oficial, teriam ali o repositório da verdade histórica. A história positivista é uma história das elites, uma espécie de concepção que retrata os acontecimentos, do ponto de vista linear, cronológico e com processos de memorização do tempo. Não é, portanto, crítica e está conformada aos interesses da elite burguesa. História Marxista O Materialismo se baseia fundamentalmente nos estudos e obras de Karl Marx e Friedrich Engels, notadamente no Manifesto Comunista de 1848. Segundo esta concepção, as condições materiais e econômicas é que determinam as características e o comportamento social. Desta forma, as transformações vividas ao longo da História da humanidade foram motivadas principalmente por fatores materiais. Podemos confirmar este entendimento ao analisar as palavras de Marx na obra Crítica da Economia Política, quando o pensador afirma que “As causas de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções políticas, não as devemos procurar na cabeça dos homens, em seu entendimento progressivo da verdade e da justiça eternas, mas na vida material da sociedade, no encaminhamento da produção e das trocas”. História dos Annales (Escola dos Annales) A Escola dos Annales surgiu em 1929, quando os franceses Lucien Febvre e Marc Bloch fundaram a Revue des Annales, uma revista de estudos que rompia decididamente com a Historiografia tradicional e positivista, com culto aos heróis e a atribuição da ação histórica exclusiva aos chamados homens ilustres, representantes das elites. Para estes estudiosos, os estudos históricos devem levar em consideração o cotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social como elementos fundamentais para a compreensão das transformações e acontecimentos históricos. Estes historiadores se propunham a ir além de uma visão positivista da História abandonando a análise crônica dos acontecimentos (histoire événementielle), propondo a substituição de um tempo breve da história dos acontecimentos por processos de longa duração, tornando-os inteligíveis à civilização e às “mentalidades”. Uma das maiores contribuições da escola dos Annales foi a renovação e ampliação das pesquisas históricas ao abrir o campo da História para o estudo de atividades humanas até então pouco investigadas, com destaque para a análise do cotidiano e das mentalidades de grupos sociais antes marginalizados, dando ênfase a personagens das camadas populares e à importância de sua participação nos fatos históricos e em seus desdobramentos. Podemos citar ainda como representantes desta concepção, além de Marc Bloch e Lucien Febvre, Fernand Braudel, Jacques Le Goff e Pierre Nora. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA Introdução O que é história e quando surgiu? • Na Grécia com Heródoto: Sentido de investigação. • “A História é filha de seu tempo” 2F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 117670/17 Conceitos básicos • Modo de produção: forma como a sociedade se organiza para garantir a sua base material. Exemplo: Asiático, Escravista, Feudal, Capitalista, Socialista ... • Meios de produção: são os instrumentos utilizados por essas sociedades para garantir a sua base material. (equipamentos, fábricas, tecnologia...) • Estrutura: modo de uma sociedade se organizar política e economicamente. (também conhecido como as bases de uma sociedade) • Conjuntura: estado momentâneo da estrutura. (moeda, salários, bolsas de valores) • Infraestrutura: relações de produção (nível econômico). • Superestrutura: aspectos da ideologia (ideias/costumes) e jurídico-político (estado/família, igreja). Concepções Formais da História • História Narrativa ou episódica: Descritiva, sem método ou preocupação com a verdade. • História Pragmática: “A Historia é a mestra da vida”. “Visão essencialmente didática. Utiliza os erros do passado com o objetivo de transformar os costumes políticos.” • História Científica: Surge no séc. XIX onde se estabelece o método dialético. Nessa concepção observa-se a preocupação com a verdade, método e análise crítica das causas e consequências do tempo e espaço. • História dos Annales ou História Nova: consolida-se em 1929, com a revista de estudos, “Annales”, representa o rompimento com o culto dos heróis e homens ilustres, representantes das elites poderosas. São elementos desta concepção: o cotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social. Marc Bloch, Lucien Febvre Fernand Braudel, Marc Ferro e Jacques Le Goff.) LEITÃO, Juarez. História Geral; Ed. Lowes. 1997. (Adaptado) Concepções Filosóficas da História • Providencialista: “Segundo esta corrente, os acontecimentos estão ligados à determinação divina. Tudo deve ser explicado pela providência divina”. Ex. Idade Média com Santo Agostinho e J. Boussuet na Idade Moderna • Idealista: Relaciona-se ao séc. XVIII iluminismo, razão, ideia. (Hegel, Comte). O Positivismo ao trazer a perspectiva de uma história científica, (submetida ao rigor técnico e ao cuidado com as fontes) veio com esse movimento filosófico. • Materialista: Surge em oposição à concepção idealista, embora adotando o mesmo método dialético. A partir da publicação do “Manifesto Comunista” de 1848, Marx e Engels lançam as bases do Materialismo Histórico, onde argumentam que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão determinadas pelo fator econômico epelas condições de vida material dominantes na sociedade a que estejam ligadas. A preocupação primeira do homem não são os problemas de ordem espiritual, mas os meios essenciais de vida: alimentação, habitação, vestimenta e instrumentos de produção. Marx e Engels – Materialismo Histórico (Manifesto do Partido Comunista) • Concepção Psicológico-Social: “Apoia-se na teoria que os acontecimentos históricos são resultantes, especialmente, de manifestações espirituais produzidas pela vida em comunidade. Segundo seus defensores, que geralmente se baseiam em Wihelm Wundt (“Elementos de Psicologia dos Povos“) e Gustave le Baron (“Psicologia das Multidões“), os fatos históricos são sempre o reflexo reinante em determinado agrupamento social”. LEITÃO, Juarez. História Geral; Ed. Lowes. 1997. (Adaptado) Observações/Nota/Atenção: Os modos de produção: • Modo de Produção Comunitário Primitivo • Modo de Produção Asiático • Modo de Produção Escravista • Modo de Produção Feudal • Modo de Produção Capitalista As concepções: • Grega – Heródoto e Tucídides • Providencialista – Santo Agostinho • Positivista – August Comte • Marxista – O Manifesto Comunista – O Capital • Nova História – Escola de Annales Exercícios 01. (Uern/2015) Leia os textos. Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica. Daí a necessidade, como pregavam, de se utilizar na pesquisa e analise o máximo de documentos possíveis. http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html A nova história não estuda épocas. [...] Aqui reside o conceito de “História de Longa Duração”. Segundo Braudel, a história situa-se em três escalões: a superfície, uma história dos acontecimentos que se insere no tempo curto; a meia encosta, uma história conjuntural, que segue um ritmo mais lento; e, em profundidade, uma história de longa duração, que põe em causa os séculos. http://klepsidra.net/klepsidra7/annales.html Os textos expõem duas concepções historiográficas: Positivismo e da Nova História, ou Escola dos Annales. Ao analisá-los, é possível inferir que: A) ambos concordam que a história é um verdadeiro exercício de erudição, acima de qualquer ciência e dos progressos da humanidade. B) para os positivistas, a história é uma ciência secundária, embora consiga obter a totalidade sobre todos os fatos não deixando dúvidas no que se refere à sua veracidade. C) os historiadores tradicionais pensam na história como essencialmente uma narrativa dos acontecimentos, enquanto a Nova História está mais preocupada com a análise das estruturas. D) a busca dos fatos, segundo os pensamentos dos Annales, é feita pela observação minuciosa dos textos e documentos oficiais, da mesma maneira que o químico, ou outro cientista, o faz. 02. (Uece/2015.1) Para escrever a História é necessário reunir fontes ou testemunhos, que são objetos e documentos – que ajudam a compreender um contexto em determinado período. Sobre as fontes documentais, é correto afirmar que: A) não variam de modo algum; devem ser documentos escritos e registrados pela autoridade competente da época e do local do qual fazem parte. B) são criadas e elaboradas criteriosamente para fins de escrita por arqueólogos etnólogos, paleógrafos e paleontólogos. C) são várias, como as escritas, as orais, as narrativas e os mitos populares, e diferentes tipos de imagens. D) são os mapas geográficos e históricos, e as linhas temporais, cronologias específicas dos calendários geomorfológicos. 3 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 117670/17 Módulo de estudo 03. (Uern/2014) Analise os trechos a seguir. “Toda história é escolha. É porque existiu o azar que aqui destruiu e lá preservou os vestígios do passado. É porque existe o homem: quando os documentos abundam, ele abrevia, simplifica, realça isso, releva aquilo a segundo plano.” Febvre, 1974. “A renovação historiográfica ocorrida no século XX trouxe a renovação da concepção do documento histórico e da relação do historiador com ele. Os historiadores contestaram a ideia do documento histórico como matéria inerte…” Schmidt, 2004. O documento histórico, quando utilizado corretamente, A) determina o trabalho do historiador, dispensando-o do uso de outras fontes de pesquisa. B) impede qualquer possibilidade de refutação do fato histórico ao qual se refere, comprovando-o. C) permite o conhecimento de realidades passadas e desenvolve um novo sentido de análise histórica. D) representa um fim em si mesmo, ou seja, sobrepõe-se à própria sociedade estudada ou às relações de poder. 04. (Uece/2015.1) O calendário é um sistema muito antigo utilizado para registrar e medir o tempo e regulamentar os ritmos da vida humana. Nele temos a combinação de três elementos astronômicos: o dia, o mês e o ano. No decorrer da história ocidental houve dificuldades de combinar esses três elementos de modo satisfatório, resultando na elaboração de vários calendários. Atualmente, está em vigor o calendário: A) Juliano. B) Hebraico. C) Gregoriano. D) Metônico. 05. (Uern/2013) O herói revela-se ao mundo por seus trabalhos fabulosos. Pratica atos de coragem, salva pessoas e, muitas vezes, sacrifica a própria vida por uma coisa maior que ele mesmo (…). Em nossa sociedade, era comum construir determinadas memórias enaltecendo os heróis. Mas também é possível construí-la (a memória) destacando ações, lutas e conquistas coletivas, como lutas por direitos iguais, direito à terra, saúde… CABRINI, Conceição. História temática: diversidade cultural e conflitos. Ensino fundamental. 3a Ed. Reform. São Paulo: Scipione, 2009. Coleção História Temática. Cap. Mito e memória histórica. Acerca do significado de “sujeito histórico” e do papel real na construção da história, é correto afirmar que: A) só se pode considerar o sujeito como de fato “sujeito histórico“caso sua ação gere mudanças efetivas e positivas para a construção de instituições sociais significativas ao estabelecimento da ordem social vigente. B) o sujeito histórico, visto na história, é diferente daquele descrito na historiografia, pois essa, como meio oficial de transmissão de cultura às gerações vindouras, seleciona apenas os fatos realmente relevantes e coletivos. C) o sujeito histórico, na verdade, representa cada ser humano em contextos históricos distintos com suas especificidades e características que, atuando em grupo ou isoladamente, produz ações para si e/ou para coletividade. D) as novas tendências historiográficas lançam a ideia de que só é válido o estudo das massas, do cotidiano e das mentalidades, invalidando, portanto, o conceito e a necessidade da existência de um “sujeito histórico” específico. 06. (UVA/2010.1) A mídia, diariamente, noticia acontecimentos políticos, sociais, econômicos, intelectuais, esportivos, ocorridos no Brasil e no mundo. Nem todos eles interessam à História. A História só se preocupa com o fato histórico. Das alternativas abaixo, uma não se refere a características do fato histórico. Assinale-a. A) Provoca transformações na sociedade. B) É localizado no tempo e no espaço. C) Repete-se várias vezes. D) É estudado de forma indireta, através das fontes históricas – orais, escritas, vestígios. 07. (Uece/2012.1) Considere a seguinte argumentação do historiador Veyne sobre sua concepção de “fatos”: “Os fatos não existem isoladamente, no sentido de que o tecido da história é o que chamaremos de uma trama, de uma mistura muito humana e muitopouco “científica” de causas materiais, de fins e de acasos; de uma fatia de vida que o historiador isolou segundo sua conveniência, em que os fatos têm seus laços objetivos e sua importância relativa”. VEYNE, P. Como se escreve a história; Foucault revoluciona a história. Trad. Alda Baltar e Maria Auxiliadora Kneipp. Brasília: Editora Universal de Brasília, 2008. Segundo a lógica de Veyne, os fatos: A) independem do historiador. B) possuem ligações. C) são a história. D) parecem imutáveis. 08. (Enem/2002) © 2 01 5 K in g Fe at ur es S yn di ca te /Ip re ss . De acordo com a história em quadrinhos, protagonizada por Hagar e seu filho Hamlet, pode-se afirmar que a postura de Hagar A) valoriza a existência da diversidade social e de culturas, e as várias representações e explicações desse universo. B) desvaloriza a existência da diversidade social e as várias culturas, e determina uma única explicação para esse universo. C) valoriza a possibilidade de explicar as sociedades e as culturas a partir de várias visões de mundo. D) valoriza a pluralidade cultural e social ao aproximar a visão de mundo de navegantes e não navegantes. E) desvaloriza a pluralidade cultural e social, ao considerar o mundo habitado apenas pelos navegantes. 4F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 117670/17 09. (Unicamp/2015) Sinto no meu corpo A dor que angustia A lei ao meu redor A lei ao meu redor A lei que eu não queria Estado violência Estado hipocrisia A lei que não é minha A lei que eu não queria Estado Violência, Charles Gavin, em Titãs, Cabeça Dinossauro, WEA, 1989. A letra dessa música, gravada pelos Titãs, A) critica a noção de Estado e sua ausência de controle, aspectos comuns ao liberalismo e ao marxismo. B) constata que o corpo físico e o corpo político se relacionam em sociedades de controle. C) critica o autoritarismo policial e o modelo de regulação proposto pelo anarquismo. D) constata que o Estado autoritário, mesmo com boas leis, é sabotado pela figura do policial. 10. (Uece/2017) História, como área do conhecimento, possui, hoje, especificidades que a definem, dentre as quais encontra-se a característica de A) ater-se apenas a documentos escritos, não aceitando como fonte outros tipos de informação tais como informações originadas na oralidade ou produzidas pela mídia. B) não se ater apenas aos fatos realizados por governantes e poderosos, tomando os eventos cotidianos e as práticas sociais como importantes temas históricos. C) entender o tempo histórico e o tempo cronológico como iguais, uma vez que ambos são caracterizados por ter medidas constantes e exatas de tempo. D) reconhecer apenas grandes eventos documentados oficialmente como um fato histórico. 11. (Uern/2015) Em um sítio dentro da área de proteção ambiental de Lagoa Santa/MG, onde foi encontrado, em 1975, o crânio de Luzia, a “primeira brasileira” – como ficou conhecida –, os arqueólogos e antropólogos estão desenterrando um tesouro pré- histórico. Os 35 esqueletos descobertos ali, desde 2001, revelam práticas da cultura mais antiga do país de, aproximadamente, 11 mil anos atrás. Revista Planeta. Novembro de 2014. Ano 42 - Ed. 504, p. 36. Sobre as relações que se estabelecem entre a antropologia, a arqueologia e a história, é correto afirmar que A) as pesquisas arqueológicas servem para identificar as características genéticas e biológicas de povos ancestrais, mas se limitam a esses aspectos. B) práticas funerárias e até outros hábitos do cotidiano de nossos antepassados podem ser descobertos através das pesquisas arqueológicas e antropológicas. C) os métodos utilizados pela arqueologia e antropologia atuais são tão minimalistas que não deixam dúvidas acerca dos hábitos e costumes dos povos primitivos. D) devido à fragilidade do material que normalmente é encontrado nas escavações (ossos e fósseis), não se pode utilizar tecnologias mais avançadas nessas pesquisas. 12. (Uern/2012) Leia. AS DIFERENTES PERCEPÇÕES DO TEMPO Percepção I “Quando olhamos as horas no relógio e programamos os nossos compromissos, temos uma vivência bastante comum do tempo cronológico.” COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005, p.12. Percepção II “O tempo é muito mais do que as horas marcadas por um relógio, ou os dias de um calendário, ou os anos de um século, é também tradição, mentalidade e ritmo.” Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005, p.13. De acordo com as percepções depreende-se que A) ambas tratam de noções do tempo cronológico. B) ambas tratam de noções do tempo histórico. C) a percepção I trata do tempo histórico e a percepção II do tempo cronológico. D) a percepção I trata do tempo cronológico e a percepção II do tempo histórico. 13. (UFPE/2002) As ideias evolucionistas, com origem na Grécia Antiga, são utilizadas em diversas áreas do conhecimento. Com relação aos princípios evolucionistas aplicados à História, assinale a alternativa correta. A) Historiadores evolucionistas defendem a ideia de que o desenvolvimento do homem ocorre por etapas, alterações e modificações sucessivas. B) Conforme critérios evolucionistas, o passado das sociedades humanas não pode ser classificado por estágios de civilização, barbárie ou selvageria. C) As ideias evolucionistas levaram a uma classificação nova da História, em que pesem as diversidades culturais existentes entre os grupos humanos. D) Todas as explicações evolucionistas vêm mostrando que a humanidade realiza caminhos diferentes para fazer cultura e história. E) Historiadores evolucionistas afirmam que cada povo, por ter sua própria civilização, deve ser compreendido individualmente. 14. (UFPE/2002) O conhecimento sobre as formas de sobrevivência humana, na pré-história brasileira, é um grande quebra-cabeça que vem sendo estudado por pré-historiadores e arqueólogos. Sobre a pré-história brasileira, assinale a alternativa correta. A) Os habitantes dos sambaquis sepultavam os seus mortos, colocando os corpos em urnas funerárias e os enterravam sob suas cabanas. b) Denomina-se arte rupestre o conjunto de pinturas corporais, em cerâmica e em artefatos de madeira, produzidos na pré-história brasileira. C) O estudo da cultura material, incluindo a arte rupestre, pode gerar conhecimento sobre aspectos da vida material e espiritual dos povos que a produziram. D) As recentes pesquisas arqueológicas realizadas no Nordeste brasileiro comprovam a tese defendida na década de sessenta: o homem mais antigo do Brasil teria existido por volta de doze mil anos atrás. E) Através de escavações realizadas nos Estados de Goiás e Mato Grosso, foi comprovada a tese de que, nestas regiões, habitavam povos descendentes de incas bolivianos. 5 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 117670/17 Módulo de estudo 15. (Enem/2001) O texto a seguir reproduz parte de um diálogo entre dois personagens de um romance. — Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? Perguntou Sofia. — Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em peregrinação missionária pouco antes da meia-noite e meia e morreu quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos proibida. (...) Até as dezhoras as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze horas são fundadas as primeiras universidades. Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia, Romance da História da Filosofia. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido usado como marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que A) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas. B) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas. C) o Cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da Idade Média. D) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos da Era Cristã. E) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade Média. Resoluções 01. A tradição historiográfica positivista adotava concepções formais de estudo empírico dos fatos, com o intuito de dar um caráter mais científico para os estudos históricos. Desta forma, os documentos produzidos se tornaram essenciais como instrumento empírico para a fundamentação destes estudos, que, em consequência, abordavam prioritariamente as ações das elites governantes, responsáveis pela edição destes documentos. Já a historiografia Nova, colocada em prática a partir da Escola dos Annales, prioriza as ações cotidianas, as relações sociais, as práticas de diversos grupos distantes das esferas de poder em suas relações em geral, abrindo espaço para novas fontes, tais como diários, relatos, músicas, tradições consuetudinárias, entre outras. Resposta: C 02. A historiografia Nova, colocada em prática a partir da Escola dos Annales, prioriza as ações cotidianas, as relações sociais, as práticas de diversos grupos distantes das esferas de poder em suas relações em geral, abrindo espaço para novas fontes, tais como diários, relatos, músicas, tradições consuetudinárias, entre outras. Resposta: C 03. As fontes e documentos são instrumentos importantes e fundamentais para a análise do passado e permitem aos historiadores a reinterpretação do passado a partir da análise subjetiva dos documentos, contando ainda com a ajuda de várias outras ciências, como a paleografia, sociologia, museologia e paleontologia. Resposta: C 04. Ao longo do tempo, diversas civilizações desenvolveram o seu calendário, em conformidade com os aspectos culturais, quais sejam, suas crenças, sua relação com os astros, enfim, somente com o desenvolvimento de Roma e, sobretudo com a extensão de seu domínio sobre diversos povos é que a história do mundo passou a ter, pelo menos em termos ocidentais, uma maior uniformidade em relação ao tempo. Podemos afirmar, porém, que é principalmente na Idade Média, com a afirmação dos valores do catolicismo que temos uma definição mais unificada do calendário, no papado de Gregório XIII. Resposta: C 05. O significado de sujeito histórico ganha no texto dimensões que podem variar do individual ao coletivo, dependendo do contexto que está inserido e do grau de relevância de suas ações. Resposta: C 06. O trabalho crítico do historiador sobre o documento é uma etapa fundamental do método que utiliza para indagar e, finalmente, compreender o seu objeto intelectual: o fato histórico. Todo e qualquer vestígio do passado, capaz de nos fornecer informações acerca de um acontecimento histórico, é um documento. E, dessa forma, o trabalho do historiador é mostrar como os fatos ocorreram, cabendo a ele uma abordagem crítica. O historiador poderá utilizar outras fontes históricas, além dos documentos escritos, em suas investigações científicas. Constitui objeto de estudo da História o fato histórico que é singular, irreversível, de repercussão social, influindo de algum modo nos eventos posteriores. Resposta: C 07. Quando o historiador Veyne afirma que os fatos não “existem isoladamente”, assume uma postura recorrente entre os historiadores de reconhecer que os fatos históricos não estão desligados da realidade objetiva em que se situam e, portanto, possuem ligações entre si. Resposta: B 08. Determinados grupos sociais possuem seus próprios sistemas de crença e valores. Então, ocorre uma centralização das ideias por grupos sociais e tende a possuir uma única explicação para os montantes culturais, ignorando, por vezes, valores de outras sociedades. Resposta: B 09. A letra da música em questão coloca a insatisfação do autor com leis com as quais não concorda, frutos de um sistema político que acusa de ser opressor, violento e hipócrita, na medida em que cria normas que não atendem à sociedade como um todo, priorizando os setores dominantes em detrimento das camadas numericamente majoritárias, com o objetivo fundamental de mantê-los sob dominação. Resposta: B 10. As possibilidades de pesquisa histórica se tornaram variadas, na medida em que o desenvolvimento da História Nova se consolidou, dentro de perspectivas relativas à macro-história e micro-história, sobretudo, em face da necessidade de explicação dos mais variados aspectos de um determinado fato histórico. Resposta: B 6F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 117670/17 11. A interdisciplinaridade tem se tornado cada vez mais necessária às análises históricas, desse modo a arqueologia e a antropologia se desenvolveram como ciências específicas, cujas informações locupletavam informações a respeito de determinado fenômeno histórico do passado, sobretudo, quanto ao passado pré-histórico. Resposta: B 12. A História usa os grandes fatos ou fenômenos no tempo para demarcar a periodização das civilizações e sociedades o que difere do tempo propriamente cronológico, especificado pelo relógio. Desse modo, algumas concepções historiográficas definiram fases, de conformidade com os aspectos que estabelecem por relevantes. Resposta: D 13. A História, sobretudo, durante o século XIX sofreu influência do Positivismo e do Evolucionismo, concepções que estabeleceram uma leitura progressiva da humanidade, na medida da sua capacidade de sobrevivência, adaptação ao meio, resistência e força diante dos fenômenos naturais. Resposta: A 14. As fontes historiográficas, relativas à pré-História, exigem a análise de vestígios como ferramentas e vestígios de sua forma de manifestação; as pinturas rupestres representam, nesse sentido, uma forma de cultura material típica das sociedades primitivas. Resposta: C 15. É importante perceber que os séculos estão diretamente relacionados com os séculos relativos a cada grande fato histórico. Desse modo, se a Queda do Império Romano ocorreu no século V, significa uma correspondência a 5 horas, conforme a proposta da questão. E se as Grandes Navegações ocorreram na Idade Moderna, a partir do século XV, então se trata das quinze horas. Resposta: A SUPERVISOR/DIRETOR: Marcelo Pena – AUTOR: Nilton Sousa DIG.: Renan Oliveira – REV.: Karlla
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