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AS SETE FERRAMENTAS DA QUALIDADE

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AS SETE FERRAMENTAS DA QUALIDADE
1- Fluxograma: auxilia na identificação do melhor caminho que o produto ou serviço irá percorrer no processo, ou seja, mostra as etapas sequenciais do processo, utilizando símbolos que representam os diferentes tipos de operações, com o objetivo de identificar o desvio, caso ocorra.
2- Diagrama Ishikawa (Espinha de Peixe): tem como objetivo identificar as possíveis causas de um problema e seus efeitos, através da relação entre o efeito e todas as possibilidades de causa que podem contribuir para esse efeito.
3- Folhas de Verificação: é uma lista de itens pré-estabelecidos que serão marcados a partir do momento que forem realizados ou avaliados. É usada para a certificação de que os passos ou itens pré-estabelecidos foram cumpridos ou para avaliar em que nível eles estão.
4- Diagrama de Pareto: é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas que devem ser sanadas.
5- Histograma: tem como objetivo mostrar a distribuição de frequências de dados obtidos por medições, através de um gráfico de barras indicando o número de unidades em cada categoria.
6- Diagrama de Dispersão: mostra o que acontece com uma variável quando a outra muda. São representações de duas ou mais variáveis que são organizadas em um gráfico, uma em função da outra.
7- Controle Estatístico de Processo (CEP):  usado para mostrar as tendências dos pontos de observação em um período de tempo. É um tipo de gráfico utilizado para o acompanhamento do processo, determinando a faixa de tolerância limitada pela linha superior (limite superior de controle) e uma linha inferior (limite inferior de controle) e uma linha média do processo (limite central), que foram estatisticamente determinadas.
Fluxograma de Processo
O fluxograma é um diagrama utilizado para representar a sequência dos processos, através de símbolos gráficos. Os símbolos proporcionam uma melhor visualização do funcionamento do processo, ajudando no seu entendimento. No gerenciamento de processos, tem como objetivo garantir a qualidade e aumentar a produtividade, através da documentação do fluxo das atividades, utilizando diversos símbolos diferentes para identificar os diferentes tipos de atividades.
Aplicações do Fluxograma
Melhora a compreensão do processo de trabalho.
Mostra os passos para a realização do trabalho.
Cria normas de padrão de trabalho.
Símbolos do Fluxograma
 
Tipos de Fluxograma
  
Exemplo de Fluxograma
Veja um exemplo para procedimento de controle de produto não conforme:
 
Diagrama de Ishikawa
O diagrama de Ishikawa, conhecido também como Espinha de Peixe ou Causa e Efeito, é uma ferramenta da qualidade onde causas são levantadas para se chegar a raiz de um problema específico, através da análise de todos os fatores que puderam contribuir para sua geração.
Proposto originalmente na década de 60 por Kaoru Ishikawa o diagrama leva em conta que toda causa vai produzir um efeito, essas causas representam hipóteses que precisam ser analisadas e testadas uma a uma, a fim de comprovar sua veracidade e determinar o grau de influência ou impacto sobre a situação em análise.
Na prática, o Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta prática, muito utilizada para realizar análise de causa em avaliação de não conformidades, como apresentado no exemplo abaixo.
EXEMPLO
 
O diagrama de Ishikawa representa a relação existente entre determinado resultado de um processo (efeito) e os diversos fatores (causas) que podem contribuir para esse resultado. Sua relação com a imagem de uma espinha de peixe se dá devido ao fato que podemos considerar suas espinhas as causas dos problemas levantados, que contribuirão para a descoberta de seu efeito.
 
PARA QUE É UTILIZADO?
– Para visualizar as causas principais e secundárias de um problema.
– Para ampliar a visão das possíveis causas de um problema, através de análise e a identificação de soluções.
– Para gerar melhorias nos processos.
 
COMO CONSTRUIR
– Definir o problema (efeito) a ser analisado.
– Desenhar uma seta horizontal apontando para a direita e escreva o problema no interior de um retângulo localizado na ponta da seta.
– Realizar um brainstorming para levantar as possíveis causas que possam estar gerando o problema perguntando? Por que isto está acontecendo?
– Dividir as causas identificadas em categorias, como por exemplo: máquina, mão de obra, método e materiais (4M) ou da forma que for mais coerente com o problema analisado.
– Logo após, deverão ser definidas as sub-causas, ou seja, as causas das causas.
Como o Diagrama de Ishikawa me ajuda?
Não tenho tempo para fazer exercícios físicos, não tenho tempo para escrever um artigo para o blog da empresa que trabalho (ou para o Blog da Qualidade), não tenho tempo para preparar uma refeição mais saudável. Enfim, quem nunca ouviu (ou falou) uma dessas frases? A coisa mais comum do mundo é não ter tempo! É assustador quando alguém fala “eu tenho tempo”, no mínimo será chamado de “ocioso”, para não dizer outras coisas.
“Tento viver um dia de cada vez, mas às vezes vários dias me atacam de uma só vez. ” (Ashley Brilliant)
Apesar do texto sugerir um assunto relacionado a procrastinação, gestão do tempo, e uma série de coisas, não é bem disso que vou falar. Eu tenho me incomodado muito com a minha “falta de tempo”, principalmente porque me faz atrasar entregas e me sentir desorganizada. Eu fico tão irritada quanto o meu chefe quando isso se arrasta nos meus indicadores ou relatórios. Estou tratando minha falta de tempo como uma não conformidade e usei o Diagrama de Ishikawa para entender o porquê eu não tenho tempo. Aí está o resultado:
Na cabeça do peixe fica o efeito (ou problema) e nas espinhas ficam as causas que fazem com que eu não tenha tempo.
Agora que tenho um diagrama de Ishikawa não terei mais problemas com tempo, meu chefe ficará feliz e conseguirei abraçar mais projetos, certo?
Sim e não.
SIM. O Diagrama de Ishikawa me ajuda a categorizar de forma organizada todas as possíveis causas do meu problema para que assim eu identifique quais os planos de ação devo tomar a partir de então. A grande função desta ferramenta é quebrar aquele problema impossível em causas mais simples e possíveis de serem tratadas.
NÃO. De certa forma eu não sei especificadamente qual é minha causa raiz. Poderia ser qualquer uma dessas, não? Apesar das causas serem muitas, a causa raiz é sempre uma só, o que me sugere estudar com mais critério.
Mas veja bem, não é uma lista exaustiva de causas, eu poderia ter me perdido na verdadeira razão e nisso o Diagrama de Ishikawa me ajuda muito. Quando você vai ao mercado, por exemplo, e faz uma lista antes categorizando por uma refeição (almoço de domingo), classe de produtos (limpeza, bebidas, congelados), enfim, você fica menos propenso a esquecer algo e consegue ter um resultado mais produtivo. Afinal, não é muito mais fácil chegar a um lugar desconhecido fazendo um mapa antes?
Bom, já tenho uma lista de hipóteses, agora vou testá-la. Se a causa real não estiver na lista terei que revê-la, e assim sucessivamente até resolver o problema.
Diagramas de espinha de peixe fornecem uma estrutura, uma organização, mas não necessariamente uma resposta e é aqui que o método PDCA faz todo sentido. Não adianta eu utilizar uma ferramenta da qualidade fabulosa se eu não estiver apoiado no ciclo de melhoria contínua: PDCA! E outras evoluções que poderei falar em outras ocasiões, mas é no PDCA que eu vou olhar criteriosamente o que deu certo e o que não deu.
Se eu encontrei a causa raiz e resolvi meu problema de tempo? É… caminhando em direção à 
Folha de verificação
A folha de verificação é uma das sete ferramentas da qualidade e é considerada a mais simples das ferramentas. Apresenta uma maneira de se organizar e apresentar os dados em forma de um quadro, tabela ou planilha, facilitando desta forma a coleta e análise dos dados.
A utilização da folha de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrevernúmeros repetitivos, não comprometendo a análise dos dados.
A seguir, apresentamos um exemplo de folha de verificação utilizada no levantamento da produção mensal de uma fábrica de biscoitos. Esta folha de verificação é capaz de proporcionar evidência objetiva para análises de eventuais problemas envolvendo a produção de diferentes biscoitos.
Folha de verificação
De acordo com o exemplo acima, podemos perceber que a produção do biscoito tipo waffer vem diminuindo semana a semana, o que pode ou não, ser indício de um problema. Portanto, a folha de verificação tem grande aplicação para levantamento e verificação de dados e fatos.
Na administração da qualidade, não é possível tomar decisões acertadas ou propor planos de melhoria com base apenas em suposições e argumentos que não estejam fundamentadas em fatos e dados. Por exemplo, quando um funcionário comenta que o serviço de entrega está ruim, não é possível saber se isso é fato ou opinião, não suportada por qualquer evidência objetiva. Mas, se o funcionário informa que, de acordo com levantamento realizado, das 1500 entregas feitas no mês de setembro, foram registradas 50 reclamações de clientes, o que significa que para cada 30 entregas, uma entrega apresentou problema, ele está comprovando um fato para que uma decisão seja tomada. Mas, para dispor desses dados, é necessário que eles tenham sido coletados. Daí a importância das folhas de verificação: elas possibilitam a coleta dos dados e a sua disponibilidade (são evidências objetivas) para análise e solução de eventuais problemas.
Sobre os fatos é que devem se basear as decisões empresariais, levando-se em conta a melhoria da qualidade de produtos, processos produtivos e serviços. As opiniões devem ser motivadoras e capazes de proporcionar as evidências objetivas onde as decisões precisam se apoiar.
Diagrama de Pareto
O princípio de Pareto apresenta o conceito de que na maioria das situações, 80% das consequências vem de 20% das causas. Isso pode ser muito útil para tratar não conformidades, identificar pontos de melhoria e definir que planos de ação devem ser atacados primeiro no que diz respeito a prioridade.
Estabelece que os problemas referentes a qualidade de produtos e processos, que resultam em perdas, podem ser classificados da seguinte maneira:
Poucos vitais: representam poucos problemas que resultam em grandes perdas.
Muitos triviais: representam muitos problemas que resultam em poucas perdas.
O Diagrama de Pareto é uma ferramenta que apresenta um gráfico de barras que permite determinar, por exemplo, as prioridades dos problemas a serem resolvidos, através das frequências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas, pois na maioria das vezes há muitos problemas menores diante de outros mais graves.
Como fazer o Diagrama de Pareto
Determine o tipo de perda que você quer investigar;
Especifique o aspecto de interesse do tipo de perda que você quer investigar;
Organize uma folha de verificação com as categorias do aspecto que você decidiu investigar;
Preencha a folha de verificação;
Faça as contagens, organize as categorias por ordem decrescente de frequência, agrupe aquelas que ocorrem com baixa frequência sob denominação “outros” e calcule o total;
Calcule as frequências relativas e as frequências acumuladas.
EXEMPLO
Uma empresa fabrica e entrega seus produtos para várias lojas de varejo e quer diminuir o número de devoluções. Para isto, investigou o número de ocorrências geradoras de devolução da entrega no último semestre, conforme apresentado na tabela abaixo:
Passos para Construção do Diagrama de Pareto
Primeiro passo: refazer a folha de verificação ordenando os valores por ordem decrescente de grandeza.
Segundo passo: acrescentar mais uma coluna indicando os valores acumulados.
 
Terceiro passo: acrescentar mais uma coluna onde serão colocados os valores percentuais referentes a cada tipo de ocorrência.
 O cálculo é feito dividindo-se o número de ocorrências de um determinado tipo pelo total de ocorrências no período.
Quarto passo: acumulam-se estes percentuais em uma última coluna.
Com estes dados pode ser construído o gráfico de Pareto, apresentado a seguir:
 
Conforme apresentado no gráfico acima, para diminuir o problema de devolução de produtos será necessário criar um programa de ação para a empresa diminuir os atrasos de entrega da fábrica e da transportadora. Com isso, 53% do problema será resolvido.
O Diagrama de Pareto é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas que devem ser sanadas, auxiliando na identificação dos problemas, priorizando-os para que sejam resolvidos de acordo com sua importância. Isso não quer dizer que nem todos os problemas são importantes, mas sim que alguns precisam ser solucionados com maior urgência.
O Diagrama de Pareto faz parte das sete ferramentas da qualidade e permite uma fácil visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços para saná-los.
Histograma
No post de hoje vamos abordar Histogramas e apresentar alguns exemplos de como eles podem ser utilizados.
Os histogramas são usados para mostrar a frequência com que algo acontece. Por exemplo, em um caso onde fosse necessário mostrar de forma gráfica a distribuição de altura de estudantes de uma escola, uma das maneiras mais adequadas para isso seria  fazê-lo por meio de um histograma.
Em um primeiro momento é necessário coletar os dados e organizá-los em uma tabela para simplificar a leitura e coleta.
Histograma da altura dos alunos
Abaixo podemos visualizar o gráfico do tipo histograma elaborado de acordo com a tabela apresentada anteriormente, sendo possível observar que os dados são os mesmos e a única diferença está na forma de visualizar as informações.
Gráfico tipo histograma 
PASSOS PARA ELABORAÇÃO DO HISTOGRAMA
EXEMPLO: Uma grande empresa pretende adquirir uniformes para todos os seus 400 colaboradores do sexo masculino. Como as pessoas possuem diferentes estaturas, precisam de uniformes de tamanhos diferentes. Ao invés de medir a altura de todos os funcionários, o que levaria muito tempo e daria muito trabalho, a empresa decidiu utilizar um método estatístico, neste caso, o histograma.
Primeiro passo: determinação da amostra.
A amostra deve ser obtida da forma mais aleatória possível, de maneira que possa representar a totalidade dos funcionários. Assim, a empresa optou por uma amostra de 55 funcionários, conforme apresentado no quadro a seguir.
Amostra de altura dos funcionários 
Segundo passo: cálculo da amplitude.
A amplitude de uma série de dados numéricos de uma amostra é a diferença entre o maior e o menor valor dos dados, sendo representada pela letra R (range, em inglês). Desta forma, a amplitude é dada pela diferença da altura entre o funcionário mais alto e o funcionário mais baixo.
Terceiro passo: escolha o número de classes.
Deve-se definir o número de classes a ser utilizado no histograma, ou seja, o número de faixas de variação a ser lançado no gráfico. Não existe uma regra determinada para esta escolha. O número de faixas não deve ser muito grande, de forma a dispensar demasiadamente os dados; nem muito pequeno, de forma a descaracterizar o histograma. O número de classes depende do tamanho da amostra. O quadro abaixo mostra a quantidade de classes a ser utilizada na construção de um histograma, em função do tamanho da amostra de que se dispõe.
Determinação do número de classes
Como a amostra do exemplo apresentado possui 55 elementos, serão utilizadas 7 classes.
Quarto passo: cálculo do intervalo das classes.
O intervalo entre as classes é calculado dividindo-se a amplitude pelo número de classes, de acordo com a fórmula a seguir:
Onde:
O intervalo das classes do exemplo é:
Quinto passo: cálculo dos extremos das classes.
a) selecionar o menor valor da amostra e, se for conveniente para facilitar os cálculos, arredondar para baixo.No exemplo, o funcionário mais baixo mede 1,47m. Arredondando para 1,45, tem-se o limite inferior da primeira classe.
b) para determinar o limite superior da primeira classe, basta somar o valor do intervalo de classe (H), conforme apresentado abaixo:
Onde:
Os limites das demais classes são calculados de forma análoga aos limites da primeira classe, através da fórmula anterior.
Sexto passo: montar o histograma.
Contar o número de elementos de cada classe e montar o histograma.
Histograma 
O histograma também compõe uma das sete ferramentas da qualidade, e tem como objetivo mostrar a distribuição de frequências de dados obtidos por medições, para identificarmos a frequência com que algo acontece.
Diagrama de dispersão ou de correlação
O diagrama de dispersão ou de correlação também faz parte das sete ferramentas da qualidade e é utilizado para comprovar a relação entre uma causa e um efeito.
Diz respeito de uma representação gráfica de valores simultâneos de duas variáveis relacionadas a um mesmo processo, mostrando o que acontece com uma variável quando a outra se altera, ajudando desta forma a verificar a relação entre elas.
Para ilustrar vejamos um exemplo
O quadro abaixo apresenta uma amostra contendo idade, peso e altura dos alunos de uma faculdade. O diagrama de correlação auxilia na determinação da relação entre estes dados.
Amostra de idade, peso e altura
Diagrama de correlação entre altura e peso
Entretanto avaliando em outra perspectiva, avaliando a idade e o peso, pela tabela apresentada, o diagrama não apresenta que não existe correlação entre a idade e o peso das pessoas, pois os pontos não se agrupam em torno de uma linha reta, o que significa que não há relação linear entre as duas variáveis.
Diagrama de correlação entre idade e peso
Controle Estatístico de Processo – CEP
O Controle Estatístico de Processo (CEP) tem como objetivo monitorar um produto ou serviço durante seu processo de produção, pois caso apresente problemas, seu procedimento será interrompido para que as falhas sejam sanadas e o mesmo retorne a sua condição normal.
CAUSAS DE VARIAÇÃO NOS PROCESSOS PRODUTIVOS
Podemos classificar as causas de variação no processo em dois grupos: as causas de variação comuns (não assinaláveis) e as especiais (assinaláveis).
Causas de variação comuns: são consideradas aleatórias e inevitáveis e quando o processo apresenta somente causas de variação comuns, as variáveis do processo seguem uma distribuição normal. Por exemplo, o peso do arroz ensacado por uma distribuidora de produtos alimentícios seguirá uma distribuição normal caso o processo apresente somente causas comuns de variação, que estejam dentro dos limites de controle.
Causas de variação especiais: ocorrem por motivos claramente identificáveis e que podem ser eliminados. As causas especiais alteram o parâmetro do processo, média e desvio padrão, pois estão fora dos limites de controle.
 
CONTROLE DE VARIÁVEIS
Variáveis significa tudo aquilo que pode ser medido por instrumento de medição, como por exemplo, peso, altura, diâmetro, comprimento, largura, velocidade, tempo etc.
Para o controle das variáveis do processo partimos da hipótese de que a variável a ser controlada segue uma distribuição normal. Portanto, deve-se controlar a média e o desvio padrão da distribuição, que se não tiverem variação ao longo do tempo caracterizam o que chamamos de? Processo sobre controle? Portanto, um processo sobre controle é aquele onde as variáveis não apresentam variação de média ou de desvio padrão ao longo do tempo.
O controle das variáveis é realizado através de um instrumento denominado gráfico de controle, que é um diagrama que apresenta um limite superior denominado LSC (limite superior de controle) e um limite inferior denominado LIC (limite inferior de controle), além de uma linha de centro denominada LM (linha média).
O processo de controle de variáveis deve seguir cinco fases:
Determinar os limites do gráfico de controle da média e da amplitude (diferença entre o valor maior e o valor menor das amostras coletadas) para cada variável que será controlada.
Estabelecer um plano para retirada das amostras do que está sendo produzido (cada amostra deve ter um determinado número de produtos).
Para cada amostra retirada, medir a média e a amplitude.
Colocar os valores encontrados nos gráficos verificando se estes valores estão nos limites do gráfico, caso em que o processo estará sobre controle.
Análises e situações: os resultados obtidos devem ser analisados verificando se existe a necessidade de algum tipo de ação.
 
Voltando ao exemplo do ensacamento do arroz, vamos atribuir um peso normal de 5kg (LM), 4,90kg para o limite inferior de controle (LIC) e 5,10 para o limite superior de controle (LSC), gerados através de 4 amostras, conforme apresentado no gráfico abaixo.
O CEP é uma importante ferramenta para controle da variação de processos, pois trata com precisão os desvios que ocorrem no processo, fazendo com que atuemos no momento certo para corrigirmos os problemas apresentados.
AS SETE FERRAMENTAS DA QUALIDADE
1- Fluxograma: auxilia na identificação do melhor caminho que o produto ou serviço irá percorrer no processo, ou seja, mostra as etapas sequenciais do processo, utilizando símbolos que representam os diferentes tipos de operações, com o objetivo de identificar o desvio, caso ocorra.
2- Diagrama Ishikawa (Espinha de Peixe): tem como objetivo identificar as possíveis causas de um problema e seus efeitos, através da relação entre o efeito e todas as possibilidades de causa que podem contribuir para esse efeito.
3- Folhas de Verificação: é uma lista de itens pré-estabelecidos que serão marcados a partir do momento que forem realizados ou avaliados. É usada para a certificação de que os passos ou itens pré-estabelecidos foram cumpridos ou para avaliar em que nível eles estão.
4- Diagrama de Pareto: é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas que devem ser sanadas.
5- Histograma: tem como objetivo mostrar a distribuição de frequências de dados obtidos por medições, através de um gráfico de barras indicando o número de unidades em cada categoria.
6- Diagrama de Dispersão: mostra o que acontece com uma variável quando a outra muda. São representações de duas ou mais variáveis que são organizadas em um gráfico, uma em função da outra.
7- Controle Estatístico de Processo (CEP):  usado para mostrar as tendências dos pontos de observação em um período de tempo. É um tipo de gráfico utilizado para o acompanhamento do processo, determinando a faixa de tolerância limitada pela linha superior (limite superior de controle) e uma linha inferior (limite inferior de controle) e uma linha média do processo (limite central), que foram estatisticamente determinadas.
Fluxograma de Processo
O fluxograma é um diagrama utilizado para representar a sequência dos processos, através de símbolos gráficos. Os símbolos proporcionam uma melhor visualização do funcionamento do processo, ajudando no seu entendimento. No gerenciamento de processos, tem como objetivo garantir a qualidade e aumentar a produtividade, através da documentação do fluxo das atividades, utilizando diversos símbolos diferentes para identificar os diferentes tipos de atividades.
Aplicações do Fluxograma
Melhora a compreensão do processo de trabalho.
Mostra os passos para a realização do trabalho.
Cria normas de padrão de trabalho.
Símbolos do Fluxograma
 
Tipos de Fluxograma
  
Exemplo de Fluxograma
Veja um exemplo para procedimento de controle de produto não conforme:
 
Diagrama de Ishikawa
O diagrama de Ishikawa, conhecido também como Espinha de Peixe ou Causa e Efeito, é uma ferramenta da qualidade onde causas são levantadas para se chegar a raiz de um problema específico, através da análise de todos os fatores que puderam contribuir para sua geração.
Proposto originalmente na década de 60 por Kaoru Ishikawa o diagrama leva em conta que toda causa vai produzirum efeito, essas causas representam hipóteses que precisam ser analisadas e testadas uma a uma, a fim de comprovar sua veracidade e determinar o grau de influência ou impacto sobre a situação em análise.
Na prática, o Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta prática, muito utilizada para realizar análise de causa em avaliação de não conformidades, como apresentado no exemplo abaixo.
EXEMPLO
 
O diagrama de Ishikawa representa a relação existente entre determinado resultado de um processo (efeito) e os diversos fatores (causas) que podem contribuir para esse resultado. Sua relação com a imagem de uma espinha de peixe se dá devido ao fato que podemos considerar suas espinhas as causas dos problemas levantados, que contribuirão para a descoberta de seu efeito.
 
PARA QUE É UTILIZADO?
– Para visualizar as causas principais e secundárias de um problema.
– Para ampliar a visão das possíveis causas de um problema, através de análise e a identificação de soluções.
– Para gerar melhorias nos processos.
 
COMO CONSTRUIR
– Definir o problema (efeito) a ser analisado.
– Desenhar uma seta horizontal apontando para a direita e escreva o problema no interior de um retângulo localizado na ponta da seta.
– Realizar um brainstorming para levantar as possíveis causas que possam estar gerando o problema perguntando? Por que isto está acontecendo?
– Dividir as causas identificadas em categorias, como por exemplo: máquina, mão de obra, método e materiais (4M) ou da forma que for mais coerente com o problema analisado.
– Logo após, deverão ser definidas as sub-causas, ou seja, as causas das causas.
Como o Diagrama de Ishikawa me ajuda?
Não tenho tempo para fazer exercícios físicos, não tenho tempo para escrever um artigo para o blog da empresa que trabalho (ou para o Blog da Qualidade), não tenho tempo para preparar uma refeição mais saudável. Enfim, quem nunca ouviu (ou falou) uma dessas frases? A coisa mais comum do mundo é não ter tempo! É assustador quando alguém fala “eu tenho tempo”, no mínimo será chamado de “ocioso”, para não dizer outras coisas.
“Tento viver um dia de cada vez, mas às vezes vários dias me atacam de uma só vez. ” (Ashley Brilliant)
Apesar do texto sugerir um assunto relacionado a procrastinação, gestão do tempo, e uma série de coisas, não é bem disso que vou falar. Eu tenho me incomodado muito com a minha “falta de tempo”, principalmente porque me faz atrasar entregas e me sentir desorganizada. Eu fico tão irritada quanto o meu chefe quando isso se arrasta nos meus indicadores ou relatórios. Estou tratando minha falta de tempo como uma não conformidade e usei o Diagrama de Ishikawa para entender o porquê eu não tenho tempo. Aí está o resultado:
Na cabeça do peixe fica o efeito (ou problema) e nas espinhas ficam as causas que fazem com que eu não tenha tempo.
Agora que tenho um diagrama de Ishikawa não terei mais problemas com tempo, meu chefe ficará feliz e conseguirei abraçar mais projetos, certo?
Sim e não.
SIM. O Diagrama de Ishikawa me ajuda a categorizar de forma organizada todas as possíveis causas do meu problema para que assim eu identifique quais os planos de ação devo tomar a partir de então. A grande função desta ferramenta é quebrar aquele problema impossível em causas mais simples e possíveis de serem tratadas.
NÃO. De certa forma eu não sei especificadamente qual é minha causa raiz. Poderia ser qualquer uma dessas, não? Apesar das causas serem muitas, a causa raiz é sempre uma só, o que me sugere estudar com mais critério.
Mas veja bem, não é uma lista exaustiva de causas, eu poderia ter me perdido na verdadeira razão e nisso o Diagrama de Ishikawa me ajuda muito. Quando você vai ao mercado, por exemplo, e faz uma lista antes categorizando por uma refeição (almoço de domingo), classe de produtos (limpeza, bebidas, congelados), enfim, você fica menos propenso a esquecer algo e consegue ter um resultado mais produtivo. Afinal, não é muito mais fácil chegar a um lugar desconhecido fazendo um mapa antes?
Bom, já tenho uma lista de hipóteses, agora vou testá-la. Se a causa real não estiver na lista terei que revê-la, e assim sucessivamente até resolver o problema.
Diagramas de espinha de peixe fornecem uma estrutura, uma organização, mas não necessariamente uma resposta e é aqui que o método PDCA faz todo sentido. Não adianta eu utilizar uma ferramenta da qualidade fabulosa se eu não estiver apoiado no ciclo de melhoria contínua: PDCA! E outras evoluções que poderei falar em outras ocasiões, mas é no PDCA que eu vou olhar criteriosamente o que deu certo e o que não deu.
Se eu encontrei a causa raiz e resolvi meu problema de tempo? É… caminhando em direção à 
Folha de verificação
A folha de verificação é uma das sete ferramentas da qualidade e é considerada a mais simples das ferramentas. Apresenta uma maneira de se organizar e apresentar os dados em forma de um quadro, tabela ou planilha, facilitando desta forma a coleta e análise dos dados.
A utilização da folha de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos, não comprometendo a análise dos dados.
A seguir, apresentamos um exemplo de folha de verificação utilizada no levantamento da produção mensal de uma fábrica de biscoitos. Esta folha de verificação é capaz de proporcionar evidência objetiva para análises de eventuais problemas envolvendo a produção de diferentes biscoitos.
Folha de verificação
De acordo com o exemplo acima, podemos perceber que a produção do biscoito tipo waffer vem diminuindo semana a semana, o que pode ou não, ser indício de um problema. Portanto, a folha de verificação tem grande aplicação para levantamento e verificação de dados e fatos.
Na administração da qualidade, não é possível tomar decisões acertadas ou propor planos de melhoria com base apenas em suposições e argumentos que não estejam fundamentadas em fatos e dados. Por exemplo, quando um funcionário comenta que o serviço de entrega está ruim, não é possível saber se isso é fato ou opinião, não suportada por qualquer evidência objetiva. Mas, se o funcionário informa que, de acordo com levantamento realizado, das 1500 entregas feitas no mês de setembro, foram registradas 50 reclamações de clientes, o que significa que para cada 30 entregas, uma entrega apresentou problema, ele está comprovando um fato para que uma decisão seja tomada. Mas, para dispor desses dados, é necessário que eles tenham sido coletados. Daí a importância das folhas de verificação: elas possibilitam a coleta dos dados e a sua disponibilidade (são evidências objetivas) para análise e solução de eventuais problemas.
Sobre os fatos é que devem se basear as decisões empresariais, levando-se em conta a melhoria da qualidade de produtos, processos produtivos e serviços. As opiniões devem ser motivadoras e capazes de proporcionar as evidências objetivas onde as decisões precisam se apoiar.
Diagrama de Pareto
O princípio de Pareto apresenta o conceito de que na maioria das situações, 80% das consequências vem de 20% das causas. Isso pode ser muito útil para tratar não conformidades, identificar pontos de melhoria e definir que planos de ação devem ser atacados primeiro no que diz respeito a prioridade.
Estabelece que os problemas referentes a qualidade de produtos e processos, que resultam em perdas, podem ser classificados da seguinte maneira:
Poucos vitais: representam poucos problemas que resultam em grandes perdas.
Muitos triviais: representam muitos problemas que resultam em poucas perdas.
O Diagrama de Pareto é uma ferramenta que apresenta um gráfico de barras que permite determinar, por exemplo, as prioridades dos problemas a serem resolvidos, através das frequências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas, pois na maioria das vezes há muitos problemas menores diante de outros mais graves.
Como fazer o Diagrama de Pareto
Determine o tipo de perda que você quer investigar;
Especifique o aspecto de interesse do tipo de perda quevocê quer investigar;
Organize uma folha de verificação com as categorias do aspecto que você decidiu investigar;
Preencha a folha de verificação;
Faça as contagens, organize as categorias por ordem decrescente de frequência, agrupe aquelas que ocorrem com baixa frequência sob denominação “outros” e calcule o total;
Calcule as frequências relativas e as frequências acumuladas.
EXEMPLO
Uma empresa fabrica e entrega seus produtos para várias lojas de varejo e quer diminuir o número de devoluções. Para isto, investigou o número de ocorrências geradoras de devolução da entrega no último semestre, conforme apresentado na tabela abaixo:
Passos para Construção do Diagrama de Pareto
Primeiro passo: refazer a folha de verificação ordenando os valores por ordem decrescente de grandeza.
Segundo passo: acrescentar mais uma coluna indicando os valores acumulados.
 
Terceiro passo: acrescentar mais uma coluna onde serão colocados os valores percentuais referentes a cada tipo de ocorrência.
 O cálculo é feito dividindo-se o número de ocorrências de um determinado tipo pelo total de ocorrências no período.
Quarto passo: acumulam-se estes percentuais em uma última coluna.
Com estes dados pode ser construído o gráfico de Pareto, apresentado a seguir:
 
Conforme apresentado no gráfico acima, para diminuir o problema de devolução de produtos será necessário criar um programa de ação para a empresa diminuir os atrasos de entrega da fábrica e da transportadora. Com isso, 53% do problema será resolvido.
O Diagrama de Pareto é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas que devem ser sanadas, auxiliando na identificação dos problemas, priorizando-os para que sejam resolvidos de acordo com sua importância. Isso não quer dizer que nem todos os problemas são importantes, mas sim que alguns precisam ser solucionados com maior urgência.
O Diagrama de Pareto faz parte das sete ferramentas da qualidade e permite uma fácil visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços para saná-los.
Histograma
No post de hoje vamos abordar Histogramas e apresentar alguns exemplos de como eles podem ser utilizados.
Os histogramas são usados para mostrar a frequência com que algo acontece. Por exemplo, em um caso onde fosse necessário mostrar de forma gráfica a distribuição de altura de estudantes de uma escola, uma das maneiras mais adequadas para isso seria  fazê-lo por meio de um histograma.
Em um primeiro momento é necessário coletar os dados e organizá-los em uma tabela para simplificar a leitura e coleta.
Histograma da altura dos alunos
Abaixo podemos visualizar o gráfico do tipo histograma elaborado de acordo com a tabela apresentada anteriormente, sendo possível observar que os dados são os mesmos e a única diferença está na forma de visualizar as informações.
Gráfico tipo histograma 
PASSOS PARA ELABORAÇÃO DO HISTOGRAMA
EXEMPLO: Uma grande empresa pretende adquirir uniformes para todos os seus 400 colaboradores do sexo masculino. Como as pessoas possuem diferentes estaturas, precisam de uniformes de tamanhos diferentes. Ao invés de medir a altura de todos os funcionários, o que levaria muito tempo e daria muito trabalho, a empresa decidiu utilizar um método estatístico, neste caso, o histograma.
Primeiro passo: determinação da amostra.
A amostra deve ser obtida da forma mais aleatória possível, de maneira que possa representar a totalidade dos funcionários. Assim, a empresa optou por uma amostra de 55 funcionários, conforme apresentado no quadro a seguir.
Amostra de altura dos funcionários 
Segundo passo: cálculo da amplitude.
A amplitude de uma série de dados numéricos de uma amostra é a diferença entre o maior e o menor valor dos dados, sendo representada pela letra R (range, em inglês). Desta forma, a amplitude é dada pela diferença da altura entre o funcionário mais alto e o funcionário mais baixo.
Terceiro passo: escolha o número de classes.
Deve-se definir o número de classes a ser utilizado no histograma, ou seja, o número de faixas de variação a ser lançado no gráfico. Não existe uma regra determinada para esta escolha. O número de faixas não deve ser muito grande, de forma a dispensar demasiadamente os dados; nem muito pequeno, de forma a descaracterizar o histograma. O número de classes depende do tamanho da amostra. O quadro abaixo mostra a quantidade de classes a ser utilizada na construção de um histograma, em função do tamanho da amostra de que se dispõe.
Determinação do número de classes
Como a amostra do exemplo apresentado possui 55 elementos, serão utilizadas 7 classes.
Quarto passo: cálculo do intervalo das classes.
O intervalo entre as classes é calculado dividindo-se a amplitude pelo número de classes, de acordo com a fórmula a seguir:
Onde:
O intervalo das classes do exemplo é:
Quinto passo: cálculo dos extremos das classes.
a) selecionar o menor valor da amostra e, se for conveniente para facilitar os cálculos, arredondar para baixo.
No exemplo, o funcionário mais baixo mede 1,47m. Arredondando para 1,45, tem-se o limite inferior da primeira classe.
b) para determinar o limite superior da primeira classe, basta somar o valor do intervalo de classe (H), conforme apresentado abaixo:
Onde:
Os limites das demais classes são calculados de forma análoga aos limites da primeira classe, através da fórmula anterior.
Sexto passo: montar o histograma.
Contar o número de elementos de cada classe e montar o histograma.
Histograma 
O histograma também compõe uma das sete ferramentas da qualidade, e tem como objetivo mostrar a distribuição de frequências de dados obtidos por medições, para identificarmos a frequência com que algo acontece.
Diagrama de dispersão ou de correlação
O diagrama de dispersão ou de correlação também faz parte das sete ferramentas da qualidade e é utilizado para comprovar a relação entre uma causa e um efeito.
Diz respeito de uma representação gráfica de valores simultâneos de duas variáveis relacionadas a um mesmo processo, mostrando o que acontece com uma variável quando a outra se altera, ajudando desta forma a verificar a relação entre elas.
Para ilustrar vejamos um exemplo
O quadro abaixo apresenta uma amostra contendo idade, peso e altura dos alunos de uma faculdade. O diagrama de correlação auxilia na determinação da relação entre estes dados.
Amostra de idade, peso e altura
Diagrama de correlação entre altura e peso
Entretanto avaliando em outra perspectiva, avaliando a idade e o peso, pela tabela apresentada, o diagrama não apresenta que não existe correlação entre a idade e o peso das pessoas, pois os pontos não se agrupam em torno de uma linha reta, o que significa que não há relação linear entre as duas variáveis.
Diagrama de correlação entre idade e peso
Controle Estatístico de Processo – CEP
O Controle Estatístico de Processo (CEP) tem como objetivo monitorar um produto ou serviço durante seu processo de produção, pois caso apresente problemas, seu procedimento será interrompido para que as falhas sejam sanadas e o mesmo retorne a sua condição normal.
CAUSAS DE VARIAÇÃO NOS PROCESSOS PRODUTIVOS
Podemos classificar as causas de variação no processo em dois grupos: as causas de variação comuns (não assinaláveis) e as especiais (assinaláveis).
Causas de variação comuns: são consideradas aleatórias e inevitáveis e quando o processo apresenta somente causas de variação comuns, as variáveis do processo seguem uma distribuição normal. Por exemplo, o peso do arroz ensacado por uma distribuidora de produtos alimentícios seguirá uma distribuição normal caso o processo apresente somente causas comuns de variação, que estejam dentro dos limites de controle.
Causas de variação especiais: ocorrem por motivos claramente identificáveis e que podem ser eliminados. As causas especiais alteram o parâmetro do processo, média e desvio padrão, pois estão fora dos limites de controle.CONTROLE DE VARIÁVEIS
Variáveis significa tudo aquilo que pode ser medido por instrumento de medição, como por exemplo, peso, altura, diâmetro, comprimento, largura, velocidade, tempo etc.
Para o controle das variáveis do processo partimos da hipótese de que a variável a ser controlada segue uma distribuição normal. Portanto, deve-se controlar a média e o desvio padrão da distribuição, que se não tiverem variação ao longo do tempo caracterizam o que chamamos de? Processo sobre controle? Portanto, um processo sobre controle é aquele onde as variáveis não apresentam variação de média ou de desvio padrão ao longo do tempo.
O controle das variáveis é realizado através de um instrumento denominado gráfico de controle, que é um diagrama que apresenta um limite superior denominado LSC (limite superior de controle) e um limite inferior denominado LIC (limite inferior de controle), além de uma linha de centro denominada LM (linha média).
O processo de controle de variáveis deve seguir cinco fases:
Determinar os limites do gráfico de controle da média e da amplitude (diferença entre o valor maior e o valor menor das amostras coletadas) para cada variável que será controlada.
Estabelecer um plano para retirada das amostras do que está sendo produzido (cada amostra deve ter um determinado número de produtos).
Para cada amostra retirada, medir a média e a amplitude.
Colocar os valores encontrados nos gráficos verificando se estes valores estão nos limites do gráfico, caso em que o processo estará sobre controle.
Análises e situações: os resultados obtidos devem ser analisados verificando se existe a necessidade de algum tipo de ação.
 
Voltando ao exemplo do ensacamento do arroz, vamos atribuir um peso normal de 5kg (LM), 4,90kg para o limite inferior de controle (LIC) e 5,10 para o limite superior de controle (LSC), gerados através de 4 amostras, conforme apresentado no gráfico abaixo.
O CEP é uma importante ferramenta para controle da variação de processos, pois trata com precisão os desvios que ocorrem no processo, fazendo com que atuemos no momento certo para corrigirmos os problemas apresentados.

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