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Barragens de Terra e Fluxo em Maciços Porosos GRUPO 1 HYGOR DE CASTRO MESQUITA KAREN CAMPOS RODRIGUES MARCUS FELIPE DE JESUS SANTANA SOUSA PAULA SILVA CUNHA RAPHAEL CANEDO EDUARDO 1 Roteiro para construção de uma barragem 2 Fase de projeto Terraplenagem Fase de pesquisas Valas e trincheiras Testes de textura Testes de infiltração Análises mecânicas Diagrama de textura Fonte: USDA 3 Fase de projeto Testes laboratoriais Gradientes Testes de Atterberg Teste de Proctor Teste de desagregação Área de empréstimo 4 Faixa granulométrica de material baseado em análises de crivo Fonte: FAO (2011) 5 Seleção do local e pesquisas preliminares Fotografia aérea Visitas de campo Avaliação preliminar Levantamentos preliminares Rendimento da bacia hidrográfica 6 Seleção do local e pesquisas preliminares Capacidade de armazenamento Volume preliminar de terraplenagem Área da bacia e dimensões do vertedor Picos de cheia e cheia máxima provável Estimativa do armazenamento necessário 7 Projeto detalhado Levantamento topográfico Revisão dos cálculos preliminares Plantas de projeto Levantamento dos custos 8 Construção da barragem Desvio do rio Realizado no período da construção para permitir a execução dos trabalhos a seco. O mais comum é a realização em uma ou duas fases Principais estruturas utilizadas no desvio de rios Ensecadeiras Túneis Canais Galerias Vertedouro com soleira rebaixada Circuito hidráulico de geração 9 Esquemas de desvio do rio em 2 fases Fonte: Rocha (2006) Desvio em 2 fases 10 Ensecadeiras de 1ª e 2ª fase da UHE Baguari Fonte: Rocha (2006) 11 12 Desvio em 1 fase Esquemas de desvio do rio em 1 fase Fonte: Rocha (2006) 13 Arranjo do desvio do rio para construção da UHE Salto Grande Fonte: Rocha (2006) 14 15 Construção da barragem Marcação do local da construção Limpeza e preparação do local Base da barragem Áreas de empréstimo Construção do aterro Núcleo Aterro 16 Redes de Fluxo TAPETE DRENANTE E CORTINA DRENANTE 17 Tapetes Drenantes São drenos horizontais amplamente utilizados no Brasil e no mundo experiência Muito importantes para drenagem interna Possuem largura, altura e comprimentos constantes Para que haja escoamento uniforme Situam-se na base de jusante da barragem no sentido do fluxo principal Por que?m 18 Tapetes Drenantes FUNÇÕES Impedir o carreamento de materiais da fundação (erosão) Promover a drenagem das águas de percolação através da fundação e do maciço para o pé de jusante Geralmente ficam apoiados sobre a superfície de fundação São constituidos de camadas múltiplas de materiais, com elevada permeabilidade Para permitr o escoamento das águas drenadas através da fundação e do maciço de barragem Por que?m 19 Tapetes Drenantes MÉTODOS CONSTRUTIVOS Superfície horizontal - Construído em camadas - Compactados por meio de rolos vibratórios ou tratores de esteira (imediatamente após intensa irrigação) 20 Tapetes Drenantes MÉTODOS CONSTRUTIVOS Superfície inclinada - Construção do tapete é conduzida juntamente com o aterro, em pequenos lances - Compactados por meio rolo pneumático ou placa vibratória. 21 Tapetes Drenantes Para GAIOTO (2003) o sistema mantém a zona de jusante não-saturada para cargas hidráulicas muito baixas e com coeficiente de permeabilidade alto CEDERGREN (1989) afirma que quando este dispositivo é projetado adequadamente, pode remover todo o fluxo percolado pelo maciço sem proporcionar risco de colmatação do dreno ou ruptura do maciço por piping. fundação relativamente uniforme em maciços no estratificados Colmatação: obstrução dos vazios de um material drenante, com diminuição de permeabilidade. Mais eficaz se utilizado com drenos vesticais 22 Tapetes Drenantes DIMENSIONAMENTO A granulometria depende das características granulométricas do material (aterro ou fundação) As dimensões do filtro são ditadas pela quantidade de água a ser transportada e, nestas condições, os filtros operam também como drenos. A quantidade de água a ser transportada pelos filtros, para fora da barragem deve ser estimada através da rede de fluxo. 23 Cortinas Drenantes São drenos verticais posicionados ligeiramente a jusante do eixo da barragem e prolongado para jusante por um tapete drenante horizontal. São estruturas de subsuperfície permanentes que têm sido aplicadas para direcionar e controlar e fluxo de água subterrânea. 24 Cortinas Drenantes FUNÇÕES: Interceptar qualquer fissuração do maciço e coletar os fluxos que poderiam percolar através de tais fissuras; São usadas também como barreiras de contenção visando o controle de contaminantes em águas subterrâneas 25 Cortinas Drenantes São geralmente projetados com uma espessura variando de 0,9 a 2,0 m, sendo que, na maioria dos casos, essas espessuras são fixadas por motivos de ordem construtiva. A cortina vertical é construída pela escavação de uma trincheira com uma retroescavadeira ou caçamba de mandíbula e então é jateada com uma lama de bentonita e água. CURIOSIDADE A LAMA BENTONÍTICA É APLICADA PORQUE TEM COMO CARACTERÍSTICA UMA PELÍCULA IMPERMEÁVEL SOBRE UMA SUPERFÍCIE POROSA. 26 Determinação Gráfica das Redes de Fluxo Com o procedimento gráfico de analise das redes de fluxo é possível estudar o fluxo no interior dos maciços. É feito a partir do desenho, dentro da região onde ocorre o fluxo, das famílias de curvas equipotenciais e linhas de fluxo que satisfazem a equação de Laplace. Foi baseado nas proposições iniciais de Forchheimer (1930) por Casagrande (1937). 27 Determinação Gráfica das Redes de Fluxo São traçadas diversas linhas de escoamento equipotenciais possíveis, respeitando a condição de interceptação ortogonal entre elas, formando figuras quadradas. É importante entender também as “condições limites”, ou seja, as condições de carga e de fluxo que limitam a rede de percolação, analisando se o fluxo é confinado ou não. 28 Sugestões de Casagrande Observar o aspecto das redes de fluxo bem desenhadas; tentar reproduzi-las de memória. Para uma primeira tentativa, não traçar mais que 4 ou 5 vias de fluxo, pois a preocupação com maior número poderá desviar a atenção de outros detalhes importantes; Não tentar acertar detalhes antes que a rede como um todo, se apresente aproximadamente correta; Notar sempre que todas as transições, entre os trechos retos e curvos das linhas, são suaves e de forma elíptica ou parabólica. Os “quadrados”, em cada via de fluxo mudam gradativamente de tamanho. 29 Exemplo Clássico da Cortina de Estacas Prancha em Fundações Permeáveis 30 Rede de Fluxo em Barragens de Solo 31 Erosão subterrânea retrogressiva 32 Definição – Erosão subterrânea retrogressiva De acordo com Terzaghi: “A água que percola no interior de um talude exerce, em virtude de sua viscosidade, uma pressão sobre as partículas de solo, conhecida como pressão de percolação. Essa pressão atua na direção do fluxo e sua intensidade cresce proporcionalmente à velocidade de percolação.” De acordo com Bureau of Reclamation: piping é “(...) o movimento de partículas de solo pela água de percolação levando à aberturade dutos.” 33 Como ocorre? O fenômeno ocorre no interior da massa Com a percolação da água por entre os vazios dos grãos surgirá uma diferença de pressão, devido à queda da altura piezométrica, que será transferida aos grãos do solo. À medida que os materiais finos forem sendo erodidos e levados para fora do aterro ocorrerá a erosão interna (piping) 34 O fluxo de água exercerá sobre os grãos uma pressão, dada pela relação: Em que: Δh = redução da carga piezométrica ou queda da altura piezométrica (cm) Δl = percurso na direção do fluxo (cm) Conclui-se que a pressão resultante da percolação da água sobre o solo será proporcionalmente maior quanto maior for a diferença de carga numa certa distância horizontal. ∆ℎ ∆𝑙 𝑔 𝑐𝑚2 → 𝑔𝑟𝑎𝑑𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑜 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 35 No pé de um talude, a velocidade de percolação e a pressão de percolação correspondente são muito maiores que na parte superior do talude A pressão de percolação tenderá a provocar a movimentação de partículas de solo com maior intensidade ao longo das linhas de fluxo que se dirigem para o pé do talude. Em solos com baixa coesão, como areias finas, a tendência ao arraste de partículas é maior. 36 Identificando Apresentará: Elevadas taxas de percolações Saída de água lamacenta à jusante Buracos na barragem ou proximidades Redemoinhos no reservatório, nos casos mais graves 37 Causas de ocorrência Defeitos de projeto Defeitos no processo construtivo Geologia desfavorável não levada em consideração Fissuras na barragem Altos gradientes hidráulicos 38 Exemplos de casos de piping em barragens Acidentes em barragens de terra: danos materiais e perda de vidas “Therzaghi via-os como elos essenciais e inevitáveis na cadeia do processo na engenharia, pois, argumentava não existirem outros meios de se detectar os limites de validade de nossos conceitos e processos.” Massad, 2003 39 Barragem Fort Peck, EUA, século XIX: índice de vazios crítico Barragem de Malpasset, França, 1959: integração de equipes Reservatório de Vajont, Itália, 1963: necessidade de entendimento detalhado da geologia regional 40 Reservatório Baldwin Hills, EUA, 1951 12 anos de operação Falhas geológicas e afundamentos do terreno Solos da fundação: silte-arenoso Solo colapsível e erodível 41 Impermeabilização com duas camadas de membrana asfáltica, camada de solo compactado e filtro Possível recalque das fundações e trincas no sistema de impermeabilização 42 Barragem Teton, EUA, 1976 Reservatório praticamente cheio Barragem de terra com 93 metros de altura, zoneada Trincheira de vedação (cut off) nas fundações rochosas : grande altura e pequena largura 43 44 Rocha fraturada e solo erodível Piping iniciado no contato solo rocha na base da trincheira, junto à ombreira direita Falha de projeto da parte de um órgão do governo norte-americano (United States Bureau of Reclamation), com experiência bem sucedida de projeto e construção de centenas de barragens 45 46 47 Referências FAO. Manual sobre pequenas barragens de terra: guia para localização, projeto e construção. Roma: FAO, 2011. MASSAD, Faiçal. Obras de terra: curso básico de geotecnia. São Paulo: Oficina de Textos, 2003. ROCHA, G. D. S. C. Desvio de rios para construção de barragens. Universidade de São Paulo. São Paulo, p.224, 2006. http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/togot_unid05.pdf http://www.em.ufop.br/deciv/departamento/~romerocesar/Aula6PPT.pdf http://engenharia.anhembi.br/tcc-05/civil-22.pdf http://www.prppg.ufpr.br/ppgcc/sites/www.prppg.ufpr.br.ppgcc/files/dissertac oes/d0201.pdf http://200.131.208.43/bitstream/123456789/2724/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O_A valia%C3%A7%C3%A3oGeot%C3%A9cnicaMistura.PDF 48 Obrigado!! 49
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