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AULA_23_ADM I

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação – VREGRAD 
 Divisão de Assuntos Pedagógicos – DAP 
Código e Nome da Disciplina J589 – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Créditos Teórico / Prático 4,0
Curso DIREITO
Centro CCJ
Segundas e Quartas
19h00min – 20h40min
21h00min – 22h40min
Terças e Quintas
09h30min – 11h10min 
Professor: João Marcelo Rego Magalhães
Aula 23
UNIDADE V – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Administração Pública 
Atividade administrativa
Órgãos públicos
Agentes públicos
Administração Indireta
Entidades paraestatais
A administração atual e as modernas técnicas de gestão pública
6. Entidades paraestatais
6.1. Organizações Sociais (OS)
A Lei 9.637/98 afirma que o Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.
Como se vê, não se trata de nova categoria de pessoa jurídica, mas apenas de uma qualificação especial, um título jurídico concedido pelo Poder Público a determinadas entidades privadas, sem fins lucrativos, que atendam a certas exigências legais. Não integram a Administração Direta nem a Administração Indireta; são entidades da iniciativa privada, que, sem almejar lucro, associam-se ao Estado para a realização de atividades de interesse coletivo, recebendo especial qualificação para tais tarefas.
São basicamente 3 os pressupostos a serem cumpridos:
a) ter personalidade jurídica de direito privado;
b) não ter finalidade de lucro;
c) atuar em atividades de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura ou saúde.
Às OS poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários à execução de suas atividades. 
A Lei 9.648/98 acresceu um inciso ao art. 24 da Lei 8.666/93 possibilitando a dispensa de licitação na celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades constantes do contrato de gestão. Dito de outra forma, a Administração, ao contratar serviços a serem prestados pelas OS, está dispensada de realizar licitação, desde que aquele serviço esteja previsto no contrato de gestão celebrado entre Administração Pública e OS.
A Lei 9.637/98 define como contrato de gestão o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como OS, com vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução das atividades ligadas à ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura ou saúde
A execução do contrato de gestão celebrado entre o Poder Público e OS será fiscalizada por órgão ou entidade supervisora da áreas de atuação correspondente à atividade fomentada. Os responsáveis pela fiscalização do contrato de gestão, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade na gestão dos recursos públicos, dela darão ciência ao TCU (ao congênere estadual), sob pena de responsabilidade solidária.
O Poder Executivo poderá proceder à desqualificação da entidade como OS, quando constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão.
6.2. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
A Lei 9.790/99 instituiu um novo regime de parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada: as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
Trata-se também de modalidade de qualificação jurídica a ser atribuída a algumas pessoas de direito privado em razão de atividades que estas venham a desenvolver em regime de parceria com o Poder Público.
O regime estabelecido pela Lei 9.790/99 para a qualificação de pessoas privadas como OSCIP é muito parecido com o regime que a Lei 9.637/98 estabeleceu para as OS. Nos 2 casos, trata-se de pessoas privadas, sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse social e recebem uma qualificação do Poder Público, observadas as exigências legais. Uma diferença importante decore do fato de que as OS são qualificadas segundo a discricionariedade da Administração, enquanto as OSCIP têm direito à qualificação caso atendidas as exigências legais.
A Lei 9.790/99 (art. 2º) excluiu expressamente certas pessoas jurídicas do regime de parceria nela estabelecido, dispondo que não poderão ser qualificadas como OSCIP:
a) as sociedades comerciais;
b) os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
c) as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;
d) as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
e) as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios;
f) as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
g) as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
h) as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
i) as organizações sociais;
j) as cooperativas;
l) as fundações públicas;
m) as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas;
n) as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal. 
O vínculo entre o Poder Público e as OSCIP é estabelecido mediante a celebração de termo de parceria, no qual, deverão estar previstos de forma detalhada os direitos e obrigações dos pactuantes.
A entidade que posteriormente deixar de preencher os requisitos estabelecidos na lei sofrerá a perda da qualificação como OSCIP.
Devemos ressaltar que existem 3 aspectos que diferenciam as OS das OSCIP:
participação de agentes do Poder Público na estrutura da entidade;
instrumento de formalização;
exigências de ordem contábil/fiscal.
6.3. Serviços Sociais Autônomos (Sistema S)
Os Serviços Sociais Autônomos (Sistema S) são pessoas jurídicas privadas, criadas por entidades representativas de categorias econômicas. Embora não integrem a administração pública, nem sejam instituídos pelo poder público, sua criação é prevista em lei. A aquisição de sua personalidade jurídica ocorre quando a entidade privada instituidora inscreve seus atos constitutivos no registro civil das pessoas jurídicas. Os Serviços Sociais Autônomos são instituídos sob formas jurídicas comuns, próprias das entidades privadas sem fins lucrativos, tais como associações civis ou fundações.
Os Serviços Sociais Autônomos têm por objeto uma atividade social, não lucrativa, usualmente direcionada ao aprendizado profissionalizante, à prestação de serviços assistenciais ou de utilidade pública, tendo como beneficiários determinados grupos sociais ou profissionais. São mantidos por recursos oriundos de contribuições sociais de natureza tributárias, as contribuições sociais de interesse das categorias profissionais, além de dotações orçamentárias do poder público.
Pelo fato de receberem e utilizarem recursos públicos, estão sujeitos ao controle do TCU.
Os principais aspectos que caracterizam os Serviços Sociais Autônomos são os seguintes:
a) criação prevista em lei;
b) seu objeto será uma atividade social não lucrativa, normalmente uma prestação de serviços a certo grupo profissional;
c) mantidos por recursos advindos das contribuições sociais de interesse das categorias profissionais (tributos de natureza parafiscal) e por dotações orçamentárias;d) empregados sujeitos à CLT;
e) obrigação de prestação de contas ao TCU;
f) seus empregados são enquadrados como funcionários públicos para fins penais (art. 327 do CP) além de estarem sujeitos à lei de improbidade administrativa (Lei 8.429/92).
Vale ainda citar que o TCU já decidiu que os Serviços Sociais Autônomos não se submetem à Lei de Licitações (Lei 8.666/93).
7. A administração atual e as modernas técnicas de gestão pública
Vide comentários ao princípio da eficiência.
 
 
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