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AULA_19_ADM I

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação – VREGRAD 
 Divisão de Assuntos Pedagógicos – DAP 
	
	Código e Nome da Disciplina J589 – DIREITO ADMINISTRATIVO I
	Créditos Teórico / Prático 4,0
	
	
	Curso DIREITO
	Centro CCJ
	Segundas e Quartas
19h00min – 20h40min
21h00min – 22h40min
Terças e Quintas
09h30min – 11h10min 
	Professor: João Marcelo Rego Magalhães
	Aula 19
	UNIDADE V – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Administração Pública 
Atividade administrativa
Órgãos públicos
Agentes públicos
Administração Indireta
Entidades paraestatais
A administração atual e as modernas técnicas de gestão pública
5. Administração Indireta
Administração Direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado. No caso, a Administração Pública é, ao mesmo tempo, quem titulariza e quem executa a atividade. 
A Administração Direta compõe-se dos três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário – e de seus respectivos órgãos constitutivos. O conjunto formado pelos poderes e suas especializações é indissociável, constituindo uma única personalidade jurídica. Assim, não é correto dizer que será intentada ação contra o Ministério dos Transportes, o certo é intentar a ação contra a União; da mesma forma, não cabe acionar a Secretaria da Fazenda, mas sim o respectivo ente federativo.
A Administração Indireta é o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada. No caso, a Administração Pública titulariza a atividade, mas quem a executa é a pessoa administrativa vinculada. É muito importante termos em mente essa relação de vinculação entre o ente da Administração Indireta e sua respectiva Administração Direta, pois disto chega-se a 2 conclusões: a primeira é que a pessoa administrativa não fica desconexa da estrutura do Estado, estando ligada a alguma estrutura do Poder Executivo (que é o poder que tem a atividade administrativa como função típica) do respectivo ente federativo (União, estado ou município); a segunda é que a forma descentralizada de prestar o serviço confere à pessoa administrativa personalidade jurídica, o que lhe possibilita, dentre outras coisas, demandar (e ser demandada) em juízo.
Na relação entre a Administração Direta e a Administração Indireta diz-se que há vinculação (e não subordinação). A primeira exerce sobre a segunda o denominado controle finalístico ou tutela administrativa ou supervisão. Para exercício desse controle finalístico é exigida expressa previsão legal, que determinará os limites e instrumentos de controle (atos de tutela).
As entidades da Administração Indireta são agrupadas em 4 categorias: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
5.1. Autarquias
Autarquia é a pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções que sejam típicas do Estado, o que as afasta das atividades de caráter puramente econômico. Alguns exemplos de autarquias: INSS, INCRA, IBAMA e Banco Central.
As autarquias são dotadas de diversas prerrogativas próprias da Administração Direta: imunidade tributária, impenhorabilidade e imprescritibilidade de seus bens, prescrição qüinqüenal, créditos sujeitos à execução fiscal, prazos processuais diferenciados e foro especial (esta última prerrogativa restrita às autarquias federais). Passaremos à análise de cada um destes pontos de aproximação entre as autarquias a Administração Direta.
A Constituição Federal, em seu art. 150, VI, a, garante imunidade tributária à União, Estados, Distrito Federal e Municípios no que se refere aos impostos, ou seja, não podem os entes federativos cobrarem impostos uns dos outros. Por força do § 2º do mesmo artigo, tal imunidade foi estendida às autarquias e fundações públicas no que se refere ao patrimônio, renda e serviços vinculados às suas atividades essenciais ou delas decorrentes. Esse ponto deve ficar claro: se um determinado bem de autarquia não estiver destinado à sua atividade essencial não se lhe aplica a imunidade constitucional.
 Segundo a doutrina administrativista, aos bens das autarquias se aplica o mesmo regimes dos bens públicos, ou seja, são caracterizados pelas impenhorabilidade e imprescritibilidade, além da alienabilidade condicionada à não afetação (vide arts. 98 a 103 do Código Civil).
As autarquias também gozam da prerrogativa da prescrição qüinqüenal de suas dívidas, ou seja, terceiros que possuam créditos contra elas só dispõe do prazo de 5 anos para promover a cobrança de tais créditos, conforme art. 1º do Decreto nº 20.910/32).
 Os créditos autárquicos são inscritos como dívida ativa e podem ser cobrados pelo processo especial das execuções fiscais, disciplinado na Lei 6.830/80.
As autarquias gozam também de prazos processais diferenciados, da mesma forma que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos exatos termos do art. 188 do CPC e do art. 10 da Lei 9.469/97. De fato, as pessoas federativas e suas respectivas autarquias formam o amplamente utilizado conceito de Fazenda Pública do Direito Processual Civil. 
As autarquias federais dispõe ainda, nos termos do art. 109, I, da CF, do mesmo foro da União, ou seja, nos litígios comuns, sendo autoras, rés, assistentes ou opoentes, terão sua causas processadas e julgadas na Justiça Federal.
A reforma administrativa iniciada com as privatizações em meados da década de 1990 e continuada com a EC 19/98 introduziu no ordenamento jurídico brasileiro duas formas particulares de autarquia: as agências executivas e as agências reguladoras. As agências executivas (lei 9.649/98) têm a função de exercer atividades tipicamente estatais de forma mais eficiente, e para tal missão, o Presidente da República qualifica certa autarquia como agência executiva, desde que esta tenha elaborado um plano estratégico e celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério. As agências reguladoras são as autarquias que têm a função de controlar os serviços públicos concedidos ao particular, e, para isso, são dotadas de independência administrativa, autonomia financeira e poder normativo.
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