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AULA_10_ADM I

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação – VREGRAD 
 Divisão de Assuntos Pedagógicos – DAP 
Código e Nome da Disciplina J589– DIREITO ADMINISTRATIVO I
Créditos Teórico / Prático 4,0
Curso DIREITO
Centro CCJ
Segundas e Quartas
19h00min – 20h40min
21h00min – 22h40min
Terças e Quintas
09h30min – 11h10min 
Professor: João Marcelo Rego Magalhães
Aula 10
UNIDADE III – OS PODERES INSTRUMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
OS PODERES INSTRUMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Poder Hierárquico
Poder Disciplinar
Poder Regulamentar
Poder de Polícia
Poder Discricionário 
1. Poder Hierárquico
Hierarquia caracteriza-se pela existência de graus de subordinação entre os diversos órgãos e agentes do Executivo. É o poder hierárquico que permite à Administração estabelecer tais relações, distribuindo as funções de seus órgãos e agentes conforme o escalonamento hierárquico. Como resultado do poder hierárquico, a Administração é dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades de seus órgãos e agentes no seu âmbito interno.
Do exercício do poder hierárquico decorrem as prerrogativas, do superior para o subordinado, de dar ordens, fiscalizar, rever, delegar e avocar.
Os servidores públicos têm o dever de acatar e cumprir as ordens de seus superiores hierárquicos, salvo quando manifestamente ilegais, hipótese em que para eles surge o dever de representar contra a ilegalidade, conforme, no caso dos servidores civis federais, preceitua a Lei 8.112/90, art. 116, IV e XII.
A revisão hierárquica é a prerrogativa conferida ao superior para, de ofício ou mediante provocação do interessado, apreciar todos os aspectos de um ato de seu subordinado, no intuito de mantê-lo ou reformá-lo. A revisão é possível enquanto o ato não tenha se tornado definitivo para a Administração.
A doutrina conceitua delegação de competência como atribuição temporária, e revogável a qualquer tempo, do exercício de algumas atribuições originariamente pertencentes ao cargo do superior hierárquico a um subordinado. O instituto da delegação está disciplinado na Lei 9.784/99, que cuida do processo administrativo federal. Os principais pontos trazidos por esta lei são:
a) a competência é irrenunciável, mas, em regra, existe a possibilidade de se delegar seu exercício, exceto no caso de impedimento legal;
b) a delegação é sempre parcial;
c) o ato de delegação deve estabelecer sua duração;
d) a delegação é possível quando há subordinação hierárquica ou mesmo quando esta inexiste;
e) o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial;
f) a delegação pode conter ressalva de exercício da atribuição delegada;
g) as decisões adotadas pelo delegado devem mencionar sua condição;
A própria Lei 9.784/99 estabelece que são indelegáveis: 1) a edição de atos de caráter normativo; 2) a decisão de recursos administrativos; 3) as matérias de competência exclusiva do órgão ou da autoridade.
A avocação consiste no poder que possui o superior de chamar para si a execução de atribuições cometidas originariamente a seus subordinados. 
 
2. Poder Disciplinar 
O poder disciplinar (na verdade um poder-dever) autoriza a Administração a:
a) punir internamente as infrações funcionais de seus servidores (vínculo funcional);
b) punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados por algum vínculo jurídico específico (vínculo contratual). 
Quando a Administração aplica uma sanção disciplinar a um agente público, essa atuação decorre imediatamente do poder disciplinar e mediatamente do poder hierárquico.
Não se deve confundir o poder disciplinar da Administração com o poder punitivo do Estado, que é exercido pelo Judiciário e diz respeito à repressão de crimes tipificados nas leis penais.
Toda e qualquer pessoa está sujeita ao poder punitivo do Estado, ao passo que somente as pessoas que possuem algum vínculo específico com a Administração estão sujeitas ao poder disciplinar.
3. Poder Regulamentar
Embora a doutrina não seja uniforme quanto ao uso da expressão “poder regulamentar”, os autores mais tradicionais empregam-na apenas para designar a competência do chefe do Poder Executivo para a edição de decretos e regulamentos visando à fiel execução das leis (CF, art. 84, IV).
Entretanto, a partir da EC nº 32/2001, passou a existir em nosso ordenamento constitucional previsão de edição de decretos autônomos para o tratamento de determinados temas, específicos e restritos. Tal competência está expressa no inciso VI do art. 84 da Constituição, sendo, porém, passível de delegação.
Parece ser majoritário o entendimento de que a expressão “poder regulamentar” somente pode referir-se a competências exercidas pelo chefe do Poder Executivo. Competências normativas exercidas por quaisquer outros órgãos, ou por entidades administrativas, como ocorre com a edição de uma instrução normativa pela Secretaria da Receita Federal, ou de uma resolução por agência reguladora, devem ser exercidas com base no assim chamado, genericamente, “poder normativo”, ou, dito de outra forma, um poder regulamentar em sentido amplo. 
Em síntese, os atos normativos do chefe do Poder Executivo têm suporte no poder regulamentar em sentido estrito, ao passo que atos normativos de qualquer outra autoridade têm fundamento em um genérico “poder normativo”, ou poder regulamentar em sentido amplo.
Como manifestações do poder regulamentar em sentido estrito (ou simplesmente poder regulamentar) do chefe do Poder Executivo temos os:
Decretos regulamentares (ou regulamentos propriamente ditos);
Decretos autônomos.
Os decretos regulamentares estão previstos no art. 84, IV da Constituição, são da competência do Presidente da República e seu papel está ligado à fiel execução das leis, ou, dito de outra forma, à regulamentação das leis, daí seu nome de decreto regulamentar. A expedição de tais decretos está relacionada à prévia existência de uma lei administrativa, ou melhor dizendo, de uma lei que regule relações jurídicas entre a Administração e um particular.
Já os decretos autônomos estão previstos no inciso VI do mesmo art. 84 da Constituição. A possibilidade do decreto autônomo passou a existir somente a partir da EC nº 32/2001, estando até então praticamente unânimes os doutrinadores quanto à sua inexistência no ordenamento constitucional brasileiro. O citado dispositivo alterado pela EC nº 32/2001 atribuiu competência ao Presidente para dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e para proceder à extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos, diretamente mediante decreto (decreto autônomo). Portanto, há que se ressaltar que atualmente a Constituição prevê a edição de decretos como atos primários, e não somente para a regulamentação de leis.
Seguem os dispositivos constitucionais:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
...
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
...
VI - dispor, mediante decreto, sobre:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
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