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AULA_11_ADM I

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação – VREGRAD 
 Divisão de Assuntos Pedagógicos – DAP 
Código e Nome da Disciplina J589– DIREITO ADMINISTRATIVO I
Créditos Teórico / Prático 4,0
Curso DIREITO
Centro CCJ
Segundas e Quartas
19h00min – 20h40min
21h00min – 22h40min
Terças e Quintas
09h30min – 11h10min 
Professor: João Marcelo Rego Magalhães
Aula 11
UNIDADE III – OS PODERES INSTRUMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
OS PODERES INSTRUMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Poder Hierárquico
Poder Disciplinar
Poder Regulamentar
Poder de Polícia
Poder Discricionário 
4. Poder de Polícia
O poder de polícia tem seu conceito dado pelo art. 78 do CTN, nos seguintes termos:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
A definição legal deve sempre ser considerada, mas não podemos deixar de lado a concisa definição de Hely Lopes Meirelles: “poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”.
A Administração exerce o poder de polícia sobre todas as atividades que possam, direta ou indiretamente, afetar os interesses da coletividade. O poder de polícia é exercido por todas as esferas da Federação, sendo em princípio, da competência da pessoa política que recebeu da Constituição a atribuição de regular aquela matéria, cujo adequado exercício deve ser pela mesma pessoa fiscalizado
Devemos distinguir a polícia administrativa da polícia de manutenção da ordem pública e da polícia judiciária. A primeira incide sobre bens, direitos e atividades, enquanto as outras atua sobre as pessoas; a atuação da primeira esgota-se no âmbito da função administrativa, enquanto a polícia judiciária prepara a atuação da função jurisdicional penal; a polícia administrativa é exercida por órgãos administrativos de caráter fiscalizador, integrantes dos mais diversos setores da Administração Pública como um todo, ao passo que a polícia de manutenção da ordem pública e polícia judiciária são executadas especificamente por órgãos de segurança.
O poder de polícia pode ser originário ou delegado. Originário é aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado; delegado é aquele executado pelas pessoas administrativas do Estado, integrantes da Administração Indireta. Cabe ressaltar que a doutrina não admite a delegação do poder de polícia a pessoas da iniciativa privada, ainda que prestadoras de serviço público, pois o poder de império (fiscalização e eventual punição) é próprio e privativo do Poder Público. Na mesma linha, no julgamento da ADIn 1.717/DF, o STF decidiu que o exercício do poder de polícia não pode ser delegado a entidades privadas.
A polícia administrativa pode agir preventiva ou repressivamente. No primeiro caso ela atua por meio de normas limitadoras ou sancionadoras da conduta dos que utilizam bens ou exercem atividades que possam afetar a coletividade. A forma repressiva consiste na fiscalização das atividades e bens sujeitos ao controle da Administração; verificando a existência de infração a autoridade fiscalizadora deve lavrar auto de infração.
As sanções administrativas mais comuns decorrentes do exercício do poder de polícia são:
interdição de atividades;
fechamento de estabelecimento;
demolição de obra;
embargo de obra;
inutilização de gêneros;
apreensão e/ou destruição de objetos.
Os atributos do poder de polícia são:
Discricionariedade;
Auto-executoriedade;
Coercibilidade.
5. Poder Discricionário 
O poder discricionário é o conferido à Administração para a prática de atos discricionários (e sua revogação), ou seja, é aquele em que o agente administrativo dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e a conveniência da prática do ato, seu motivo, e, sendo o caso, escolher dentre os limites legais, o seu conteúdo.
O poder discricionário tem como núcleo a autorização legal para que o agente público decida, nos limites da lei, acerca da conveniência e oportunidade da prática do ato discricionário e, quando for o caso, escolha seu conteúdo. Esse núcleo essencial traduz-se no denominado mérito administrativo. 
O poder discricionário implica liberdade de atuação administrativa, sempre dentro dos limites estabelecidos na lei, ou dela decorrentes.
É oportuno registrar que nossa doutrina administrativa majoritária afirma que a discricionariedade existe não só quando a lei expressamente confere à Administração o poder de decidir acerca da oportunidade e conveniência de praticar certo ato, mas também quando a lei utiliza os reconhecidos conceitos administrativos indeterminados na descrição do motivo que enseja a prática do ato.
Portanto, podemos sintetizar que a doutrina administrativa dominante aforma que a discricionariedade existe em 2 situações (a primeira situação não comporta nenhuma divergência):
quando a lei expressamente concede à Administração liberdade para atuar dentro de limites legais definidos;
quando a lei utiliza na descrição do motivo que enseja a prática do ato de conceitos jurídicos indeterminados.
Devemos deixar um ponto bastante esclarecido: mesmo os atos discricionários apresentam-se vinculados à estrita previsão da lei quanto a seus requisitos competência (sujeito), forma e finalidade. Ademais, com base na teoria dos motivos determinantes, os atos discricionários motivados sujeitam-se a controle de legalidade quanto à existência e legitimidade dos motivos apresentados.
Por fim, deixe-se assente que a doutrina e a jurisprudência têm enfatizado a necessidade de existirem instrumentos de controle do poder discricionário da Administração, que permitam o adequado delineamento de seus legítimos limites. Assumem relevo para tal finalidade os princípios doutrinários da razoabilidade e da proporcionalidade.
Frise-se que, embora a razoabilidade e a proporcionalidade sejam princípios utilizados para controlar a discricionariedade administrativa, não se trata de controle de mérito administrativo. Vale dizer, o ato que fira a razoabilidade ou a proporcionalidade é um ato ilegítimo e deve ser anulado.
Refuta Celso Antônio Bandeira de Mello a idéia de que a aplicação do princípio da razoabilidade invada o chamado mérito administrativo. Para ele um ato desarrazoado não pode ser comportado pela lei, logo será ilegal.
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