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03 Nota de Aula Crimes contra a Incolumidade Publica

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1	
  
 
Régis Gonçalves Pinheiro 
Penal III – Parte Especial 
 
Nota de Aula nº 03 
 
Título VIII – DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA 
 
Capítulo I – DOS CRIMES DE PERIGO COMUM (arts. 250 a 259) 
Capítulo II – DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES E 
OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS (arts. 260 a 266) 
Capítulo III – DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA (arts. 267 a 285) 
 
Capítulo I – DOS CRIMES DE PERIGO COMUM (arts. 250 a 259) 
 
Consideração inicial: Os crimes contra a incolumidade pública tratam de delitos que atentam 
contra a sociedade como um todo: vida, patrimônio, segurança, por exemplo. 
 
INCÊNDIO 
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de 
outrem: 
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. 
 
Aumento de pena 
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço: 
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou 
alheio; 
II - se o incêndio é: 
a) em casa habitada ou destinada a habitação; 
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de 
cultura; 
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; 
d) em estação ferroviária ou aeródromo; 
e) em estaleiro, fábrica ou oficina; 
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; 
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração; 
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta. 
 
Incêndio culposo 
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
 
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ 
UNIVERSIDADE	
  DE	
  FORTALEZA	
  
Centro	
  de	
  Ciências	
  Jurídicas	
  –	
  CCJ	
  
Curso	
  de	
  Direito	
  
	
   2	
  
1) Bem Jurídico Tutelado: (i) a Incolumidade Pública (exposta a perigo pelo incêndio). 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive o proprietário do bem incendiado (crime 
comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade, o Estado; 
 Individualmente, os titulares de bens jurídicos lesados ou 
ameaçados. 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
Causar incêndio. (Crime, em regra, comissivo) 
Obs.1: é possível a prática do crime por omissão, quando o agente não apaga fogo culposo, 
acidental, etc; 
Obs.2: tem que ser incêndio relevante, fogo perigoso, ainda que sem chamas 
(POTENCIALIDADE LESIVA); 
Obs.3: a propagação do incêndio tem que expor bens, integridades físicas, e vidas a perigo; 
Obs.4: é necessário envolver a noção de número indeterminado de pessoas, pois se trata de 
crime de perigo comum; 
Obs.5: se o incêndio for individualizado, poderá restar caracterizado o crime de dano 
qualificado (163, parágrafo único, II, CP); 
Obs.6: PERIGO REAL, não basta a potencialidade do perigo, sendo necessário que este 
seja concreto e efetivo; 
Obs.7: AUSÊNCIA DE PERIGO REAL, se o incêndio não representar um perigo real à 
um número indeterminado de pessoas ou bens, não caracterizará o crime de incêndio, mas no 
máximo crime de dano, caso se trata de bem alheio; 
Obs.8: O perigo pode decorrer não do fogo, mas do pânico estabelecido em uma casa de 
shows, por exemplo; 
Obs.9: Delito que deixa vestígios, necessidade de exame de corpo de delito (direto ou 
indireto), vide art. 158, do CPP; 
Obs.10: se a intenção do agente é obter indenização de seguro, responde pelo art. 171, § 2º, 
V, CP. Contudo, se o agente causa perigo comum, responde por incêndio qualificado; e se o 
agente logra receber o seguro, a concurso material de crimes; 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de provocar incêndio. 
Obs.1: não há elemento subjetivo do tipo. 
Obs.2: se visar a obtenção de vantagem pecuniária, em proveito próprio ou alheio, a pena 
será majorada em um terço (§ 1º, I); 
Obs.3: Lei de Segurança Nacional, art. 20, Lei 7.170/83 
Art. 20 - Devastar, saquear, extorquir, roubar, seqüestrar, manter em cárcere privado, incendiar, depredar, 
provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para 
obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas. 
Pena: reclusão, de 3 a 10 anos. 
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro; se resulta morte, 
aumenta-se até o triplo. 
	
   3	
  
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: 
 (i) com a superveniência da situação de perigo comum; 
 (ii) quando o fogo se expande, tornando difícil sua extinção; 
Obs.1: Há necessidade de perigo concreto, consequentemente não se trata de perigo 
abstrato. 
A tentativa é possível. (Crime Plurissubsistente) 
Crime impossível: se o meio (combustível/comburente) para o incêndio for inidôneo, trata-se 
de crime impossível. 
 
6) Incêndio qualificado 
 
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço: 
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou 
alheio; (Elemento subjetivo do tipo) 
II - se o incêndio é: 
a) em casa habitada ou destinada a habitação; 
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de 
cultura; 
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; (não se exige que 
os memsos estejam ocupados por passageiros). 
d) em estação ferroviária ou aeródromo; (pelo princípio da legalidade não é possível 
interpretação extensiva para atingir rodoviárias e portos). 
e) em estaleiro, fábrica ou oficina; (não se exige que os memsos estejam ocupados por 
passageiros). 
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; 
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração; 
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.	
  
 
7) Incêndio culposo. 
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
O elemento subjetivo é a culpa em sentido estrito. O agente dá causa ao incêndio por 
negligência, imprudência ou imperícia. 
 
8) Incêndio qualificado pelo resultado (art. 258, CP). 
FORMAS QUALIFICADAS DE CRIME DE PERIGO COMUM 
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal 
de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de 
metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se 
do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se 
resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, 
aumentada de um terço. 
 
Elemento	
  subjetivo	
  do	
  Tipo	
  (dolo	
  espec
	
   4	
  
Crime doloso de perigo 
comum 
(crime antecedente doloso) 
Lesão Corporal de Natureza 
Grave (culpa no crime 
consequente) 
Pena Privativa de liberdade é 
aumentada de metade 
Morte (culpa no crime 
consequente) 
Pena Privativa de Liberdade 
é dobrada 
Crime culposo de perigo 
comum 
Lesão Corporal (de qualquer 
natureza) 
Pena é aumentada de metade 
Morte Aplica-se a pena cominada 
ao homicídio culposo, 
aumentada de um terço 
 
Obs.: A morte não pode ser a pretensão do agente, senão o crime configurará o crime de 
homicídio qualificado (art. 121, §2º, III, CP), ou lesão corporal grave (art. 129, § 1º, c/c art. 
61, II, d, CP). 
 
9) Classificação Doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico de perigo comum; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um número indeterminado em perigo, o qual necessita ser 
provado; 
 
10) Ação penal 
Ação penal pública incondicionada (regra); 
Incêndio culposo – detenção de 06 meses a 2 anos – arts. 61 e 89 da Lei 9.099/95. 
	
   5	
  
 
EXPLOSÃO 
Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante 
explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de 
efeitos análogos: 
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se a substância utilizadanão é dinamite ou explosivo de efeitos análogos: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Aumento de pena 
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, 
I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no nº II do 
mesmo parágrafo. 
Modalidade culposa 
§ 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos análogos, a pena 
é de detenção, de seis meses a dois anos; nos demais casos, é de detenção, de três meses a um 
ano. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: (i) a Incolumidade Pública (exposta a perigo pela explosão). 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade, o Estado; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é expor a perigo a incolumidade pública, causando explosão, ou 
arremessando ou colocando engenho explosivo. 
Obs.1: é necessário envolver a noção de número indeterminado de pessoas, pois se trata de 
crime de perigo comum; 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de provocar explosão, de arremessar ou colocar engenho 
de dinamite ou substância de efeitos análogos. 
Culposa - § 3º. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: 
 
Com a explosão, com o arremesso ou com a 
mera colocação de engenho de dinamite ou 
de substância de efeitos análogos 
 
+ 
Situação de perigo concreto à 
coletividade 
 
Obs.1: a explosão não é requisito para consumação. 
 
A tentativa é possível, embora difícil. 
	
   6	
  
 
6) Formas 
 
Simples Art. 251, caput 
Privilegiada Art. 251, §1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos 
Majorada Art. 251, §2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses 
previstas no § 1º, I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas 
enumeradas no nº II do mesmo parágrafo. 
(verificar comentários do crime de incêndio) 
Culposa Art. 251, §3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos 
análogos, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; nos demais casos, é de 
detenção, de três meses a um ano. (somente o ato de explodir) 
Qualificada 
pelo 
Resultado 
Art. 258 (verificar comentários do crime de incêndio) 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico de perigo comum; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um número indeterminado em perigo; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
   7	
  
USO DE GÁS TÓXICO OU ASFIXIANTE 
Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de 
gás tóxico ou asfixiante: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Modalidade Culposa 
Parágrafo único - Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: (i) a Incolumidade Pública (exposta a perigo pelo uso de gás 
tóxico ou asfixiante). 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade, o Estado; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. 
Gás tóxico – envenenamento; 
Gás asfixiante – sufocação 
Obs.: é necessário envolver a noção de número indeterminado de pessoas, pois se trata de 
crime de perigo comum; 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de usar o gás tóxico ou asfixiante. 
Culposa – parágrafo único. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: 
 
Com o uso do gás tóxico ou asfixiante + Situação de perigo concreto à 
coletividade 
 
A tentativa é possível. 
 
6) Formas 
 
Simples Art. 252, caput 
Culposa Art. 251, parágrafo único 
Qualificada pelo Resultado Art. 258 (verificar comentários do crime de incêndio) 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico de perigo comum; 
	
   8	
  
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um número indeterminado em perigo, necessitando de 
prova do perigo; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
 
	
   9	
  
FABRICO, FORNECIMENTO, AQUISIÇÃO POSSE OU TRANSPORTE DE 
EXPLOSIVOS OU GÁS TÓXICO, OU ASFIXIANTE 
Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade, 
substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua 
fabricação: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
Vide lei 10.826/2003 (Estatuto do desarmamento) – Em vigor 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública, posta em risco, por presunção legal. 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
Crime de ação múltipla ou conteúdo variado. 
Obs.: Se o agente praticar uma ou mais condutas, responderá por um crime. 
Elemento normativo do tipo: SEM AUTORIZAÇÃO 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de praticar uma ou mais das ações típicas, ciente de que 
não tem licença de autoridade, e ciente da possibilidade de criação de perigo comum. 
 
vontade livre e consciente 
de praticar uma ou mais 
das ações típicas 
 
+ 
ciente de que não tem 
licença de autoridade 
 
+ 
ciente da possibilidade de 
criação de perigo comum 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: com a prática de uma ou mais das ações típicas. 
Trata-se de crime de perigo abstrato: presunção legal – assim, não requer prova de perigo 
concreto. 
A tentativa é inadmissível. 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico de perigo comum; 
Crime de forma livre 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Perigo comum abstrato – coloca um número indeterminado em perigo, o qual é presumido; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
   10	
  
INUNDAÇÃO 
Art. 254 - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de 
outrem: 
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa, no caso de dolo, ou detenção, de seis meses a 
dois anos, no caso de culpa. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é causar inundação. 
Obs.1: é necessário envolver a noção de número indeterminado de pessoas, pois se trata de 
crime de perigo comum; 
Obs.2: pode ocorrer de forma violenta (rompimento de um dique), ou de forma lenta 
(represamento); 
Obs.3: Crime de perigo concreto: indispensável o risco a incolumidade pública. 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de provocar a inundação + consciente do perigo comum. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: com a inundação + o perigo à vida, integridade física ou patrimônio alheio. 
A tentativa é possível. 
 
6) Formas 
 
Simples Art. 254, caput 
Culposa Prevista no preceito secundário 
Qualificada pelo Resultado Art. 258 (verificar comentários do crime de incêndio) 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico de perigo comum; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo poromissão; 
Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um número indeterminado em perigo, o qual necessita ser 
provado; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
   11	
  
PERIGO DE INUNDAÇÃO 
Art. 255 - Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio ou alheio, expondo a perigo a 
vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra destinada a 
impedir inundação: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é: 
Remover 
Destruir 
Inutilizar 
Obstáculo natural 
Obra 
Destinada a impedir inundação 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de praticar uma das ações típicas + ciência do perigo de 
inundação. 
Obs.: O agente não deseja a inundação. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: com a praticar uma das ações típicas + o perigo de inundação. 
A tentativa é inadmissível, pois é fase para o crime de inundação. 
 
6) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico de perigo comum; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um número indeterminado em perigo; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
   12	
  
DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO 
Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade 
física ou o patrimônio de outrem: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Modalidade culposa 
Parágrafo único - Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é: causar desabamento (homem) ou desmoronamento (natureza) expondo a 
perigo a incolumidade pública. 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de causar desabamento (homem) ou desmoronamento 
(natureza) + ciência de que causa perigo comum. 
Culposa – parágrafo único. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: com o efetivo desabamento ou desmoronamento, ainda que parcial + situação 
de perigo comum. 
A tentativa é possível. 
 
6) Formas 
 
Simples Art. 256, caput 
Culposa Art. 256, parágrafo único 
Qualificada pelo Resultado Art. 258 (verificar comentários do crime de incêndio) 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico de perigo comum; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um número indeterminado em perigo; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
   13	
  
SUBTRAÇÃO, OCULTAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE MATERIAL DE 
SALVAMENTO 
Art. 257 - Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou 
outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de 
combate ao perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou dificultar serviço de tal 
natureza: 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é: 
a) Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou outro desastre ou 
calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de combate ao perigo, de socorro ou 
salvamento; 
Obs.: tais ações devem ser praticadas durante o incêndio, inundação, naufrágio, ou 
outro desastre ou calamidade; 
 
b) ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de praticar uma das condutas típicas. 
Culposa – parágrafo único. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: 
a) no primeiro caso: com subtração, ocultação ou inutilização, por ocasião de incêndio, 
inundação, naufrágio, ou outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio 
destinado a serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento. 
b) no segundo caso: com o efetivo impedimento ou embaraço daqueles serviços. 
 
6) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico de perigo comum; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Perigo comum abstrato – coloca um número indeterminado em perigo, não precisando ser provado; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
7) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
   14	
  
Art. 259, revogado tacitamente pelo art. 61, da Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) 
 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E 
TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
PERIGO DE DESASTRE FERROVIÁRIO 
Art. 260 - Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro: 
I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material 
rodante ou de tração, obra-de-arte ou instalação; 
II - colocando obstáculo na linha; 
III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo ou 
embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia; 
IV - praticando outro ato de que possa resultar desastre: 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 
Desastre ferroviário 
§ 1º - Se do fato resulta desastre: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos e multa. 
§ 2º - No caso de culpa, ocorrendo desastre: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
§ 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de ferro qualquer via de 
comunicação em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo 
aéreo. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é impedir ou perturbar o serviço ferroviário. 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de praticar uma das condutas típicas + ciente de que causa 
perigo de desastre. 
Trata-se de dolo de perigo e não de dano. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: 
(forma simples, caput) - no momento em que o agente cria a situação de perigo de desastre; 
(desastre, art. 260, § 1º) – com o efetivo desastre + perigo comum; 
A tentativa é possível. 
	
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6) Formas 
 
Simples Art. 260, caput 
Desastre Art. 260, § 1º - (pune-se o evento doloso). Obs.: se a intenção do agente 
for provocar morte ou lesão corporal, há concurso formal com os arts. 
129 e 121. Se não há dolo quanto à morte ou lesão, aplica-se o art. 258 
(art. 263). 
Culposa Art. 260, § 2º - é o desastre provocado culposamente, geralmente pelos 
agentes ferroviários (somente é possível a modalidade culposa, quando 
de fato ocorrer desastre) 
Qualificada pelo Resultado Art. 263, que remete ao Art. 258 (verificar comentários do crime 
de incêndio) 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um númeroindeterminado em perigo, este devendo ser 
provado; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
 
	
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ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE TRANSPORTE MARÍTIMO, FLUVIAL 
OU AÉREO 
Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer 
ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea: 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos. 
 
Sinistro em transporte marítimo, fluvial ou aéreo 
§ 1º - Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de embarcação ou a queda ou 
destruição de aeronave: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
Prática do crime com o fim de lucro 
§ 2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente pratica o crime com intuito de obter 
vantagem econômica, para si ou para outrem. 
 
Modalidade culposa 
§ 3º - No caso de culpa, se ocorre o sinistro: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é: (i) expor a perigo embarcação ou aeronave; 
(ii) praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação 
marítima, fluvial ou aérea. 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de expor a perigo embarcação ou aeronave ou praticar 
qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea. 
O agente tem que está ciente da provocação do perigo comum. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: quando a prática dos atos dos agentes exponham a perigo embarcação ou 
aeronave. 
A tentativa é possível. 
 
6) Formas 
 
Simples Art. 261, caput 
Sinistro Art. 261, § 1º - (pune-se o evento doloso). Obs.: se a intenção do agente 
	
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for provocar morte ou lesão corporal, há concurso formal com os arts. 
129 e 121. Se não há dolo quanto à morte ou lesão, aplica-se o art. 258 
(art. 263). 
Culposa Art. 261, § 2º - sinistro culposo (somente é possível a modalidade 
culposa, quando de fato ocorrer desastre) 
Qualificada pelo Resultado Art. 263, que remete ao Art. 258 (verificar comentários do crime 
de incêndio) 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um número indeterminado em perigo, este devendo ser 
provado; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
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ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE OUTRO MEIO DE TRANSPORTE 
Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o 
funcionamento: 
Pena - detenção, de um a dois anos. 
§ 1º - Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de dois a cinco anos. 
§ 2º - No caso de culpa, se ocorre desastre: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é: (i) expor a perigo outro meio de transporte público, que não embarcação 
ou aeronave; 
(ii) praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar o funcionamento 
de outro meio de transporte público, que não embarcação ou aeronave. 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de expor a perigo transporte coletivo ou praticar qualquer 
ato tendente a impedir ou dificultar o seu funcionamento. 
O agente tem que está ciente da provocação do perigo comum. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: quando a prática dos atos dos agentes exponham o transporte coletivo. 
A tentativa é possível. 
 
6) Formas 
 
Simples Art. 262, caput 
Desastre Art. 262, § 1º - (pune-se o evento doloso). Obs.: se a intenção do agente 
for provocar morte ou lesão corporal, há concurso formal com os arts. 
129 e 121. Se não há dolo quanto à morte ou lesão, aplica-se o art. 258 
(art. 263). 
Culposa Art. 262, § 2º - sinistro culposo. (somente é possível a modalidade 
culposa, quando de fato ocorrer desastre) 
Qualificada pelo Resultado Art. 263, que remete ao Art. 258 (verificar comentários do crime 
de incêndio) 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
	
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Instantâneo 
Perigo comum concreto – coloca um número indeterminado em perigo, este devendo ser 
provado; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
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ARREMESSO DE PROJÉTIL 
Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público 
por terra, por água ou pelo ar: 
Pena - detenção, de um a seis meses. 
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois 
anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é: arremessar projétil (corpo contundente) contra veículo em movimento, 
destinando ao transporte público. 
Obs.1: ovo e tomate, em regra, não são considerados projéteis; 
Obs.2: o perigo é presumido, abstrato, não necessita ser provado. 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de arremessar projétil contra veículo em movimento. 
O agente tem que está ciente da provocação do perigo comum. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: com o arremesso do projétil, ainda que não atinja o transporte coletivo. 
Obs.: o perigo é presumido, abstrato, não necessita ser provado. 
A tentativa é possível, embora parte da doutrina diga que não (Mirabete). 
 
6) Formas 
 
Simples Art. 264, caput 
Qualificada pelo Resultado Art. 264, parágrafo único. 
Lesão corporal > detenção de seis meses a dois anos 
Morte > pena do art. 121, § 3º (hom. culposo) aumentada de um terço. 
Obs.1: Crime preterdoloso: O crime preterdoloso é uma espécie de 
crime agravado pelo resultado, no qual o agente pratica uma conduta 
anterior dolosa, e desta decorre um resultado posterior culposo. Há dolo 
no fato antecedente e culpa no consequente. 
Obs.2: se a intenção do agente for provocar morte ou lesão corporal, há 
concurso formal com os arts. 129 e 121. 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
	
   21	
  
Instantâneo 
Perigo comum abstrato – coloca um número indeterminado em perigo, este presumido; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
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ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA 
Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou 
calor, ou qualquer outro de utilidade pública: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de 1/3 (um terço) até a metade, se o dano ocorrer em 
virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos serviços. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Incolumidade Pública; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica.A conduta típica é: atentar contra a segurança ou o funcionamento dos serviços públicos. 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de atentar contra a segurança ou o funcionamento dos 
serviços públicos. 
O agente tem que está ciente da provocação do perigo comum. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: com o atentado contra a segurança ou o funcionamento dos serviços públicos, 
ainda que não que não paralisado o serviço. 
Obs.: o perigo é presumido, abstrato, não necessita ser provado. 
A tentativa é possível. 
 
6) Formas 
 
Simples Art. 265, caput 
Causa de aumento Art. 265, parágrafo único. 
Quando ocorre furto. 
 
7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum abstrato – coloca um número indeterminado em perigo, este presumido; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada 
	
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INTERRUPÇÃO OU PERTURBAÇÃO DE SERVIÇO TELEGRÁFICO, 
TELEFÔNICO, INFORMÁTICO, TELEMÁTICO OU DE INFORMAÇÃO DE 
UTILIDADE PÚBLICA 
Art. 266 - Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, 
impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento: 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem interrompe serviço telemático ou de informação de 
utilidade pública, ou impede ou dificulta-lhe o restabelecimento. 
§ 2o Aplicam-se as penas em dobro se o crime é cometido por ocasião de calamidade 
pública. 
 
1) Bem Jurídico Tutelado: a Regularidade e a normalidade dos serviços de 
telecomunicações; 
 
2) Sujeitos do Crime: 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 Sujeito passivo: a coletividade; 
 
3) Tipo Objetivo: adequação típica. 
A conduta típica é: (i) Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou 
telefônico; 
(ii) impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento. 
Obs.1: Rol taxativo (telegráfico, radiotelegráfico, telefônico) 
Obs.2: É necessário que o interrupção ou perturbação, impedimento ou dificuldade dos 
serviços atinja o serviço como um todo, pois se trata de perigo 
comum. 
Obs.3: Caso ocorra o impedimento de comunicação entre duas pessoas, o crime será o do art. 
151, § 1º, III, CP. 
 
4) Tipo Subjetivo: adequação típica. 
Dolo – vontade livre e consciente de interromper ou perturbar serviço telegráfico, 
radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento. 
O agente tem que está ciente da provocação do perigo comum. 
 
5) Consumação e tentativa. 
Consumação: com a interrupção ou perturbação serviço telegráfico, radiotelegráfico ou 
telefônico, impedimento ou ato que dificulte o restabelecimento. 
Obs.: o perigo é presumido, abstrato, não necessita ser provado. 
A tentativa é possível. 
 
6) Formas 
 
Simples Art. 266, caput 
Majorada Art. 266, parágrafo único. (calamidade) 
	
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7) Classificação doutrinária 
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Crime formal – não exige o resultado naturalístico; 
Crime comissivo, e excepcionalmente comissivo por omissão; 
Instantâneo 
Perigo comum abstrato – coloca um número indeterminado em perigo, este presumido; 
Unissubjetivo – pode ser cometido por um único sujeito; 
 
8) Ação penal 
Ação penal pública e incondicionada

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