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Surgimento CIAM (Congresso Internacional de arq. moderna)
Após as vanguardas, e com as discussões que elas geravam, surgiu os CIAM, que é considerado o marco inicial do período acadêmico do movimento moderno. 
Foi aquele um momento oportuno, uma vez que o bairro Weissenhof, da Exposição Werkbund de 1927, mostrou que havia alguma concomitância de conceitos entre os praticantes da arquitetura internacional ligados ao Movimento Moderno. Já durante a exposição tentou-se formar uma organização para coordenar todas as iniciativas internacionais isoladas em uma nova arquitetura (oposição das arquiteturas tradicionais)
A partir da iniciativa da Hélène de Mandrot, considerada uma mecena da arquitetura moderna, desenvolve junto com Le Corbusier e Walter Gropius a primeira reunião, em seu castelo em LaSarraz (Suiça), em 1928. Nesta reunião é o encontro de 24 arquitetos que representam diferentes locais, como por exemplo, França (6), Suiça (6), Alemanha (3), Itália (2), Espanha (2), Áustria (1) e Bélgica (1).
Na declaração assinada por eles afirmava que a “arquitetura estava sujeita às necessidades mais amplas da politica e da economia, e que longe de estar distante das realidades do mundo industrializado”, não dependendo mais do artesanal 
Ocorreu 10 congressos do CIAM, tratando dos temas como o habitat mínimo, o edifício racional, a cidade funcional, a habitação coletiva, o núcleo da cidade.
Eles defendiam a introdução de dimensões normativas e métodos de produção eficientes como um primeiro passo para a racionalização da indústria da construção, e isto para eles era o requisito inicial para aumentar a produção de casas e deixar para trás os métodos de uma era artesanal, e para gerar cada congresso, a cidade era sorteada e a partir disso era escolhido o local que sediaria a feira, e com isto, estas cidades teriam oportunidades para demonstrar a influencia que cada região possuía 
Eles estavam relacionados com as preocupações econômicas, sociais e politicas
Entre 1928 (1° CIAM) e 1956 (10° CIAM), eles passaram por 3 fases:
1° fase: doutrinária, sendo considerada a fase de discussão, onde foi discutido os preceitos da arquitetura moderna e do CIAM, tendo como objetivo 4 tópicos, que são perceber e estabelecer o verdadeiro problema da arquitetura; formular as ideias da nova arquitetura; estender essas ideias a todos os aspectos técnicos, econômicos e sociais da vida moderna; determinar zelosamente os problemas internas da arquitetura. Ênfase em habitação (abrange os 3 primeiros CIAM)
2° fase: romântica, conhecido como a de disseminação das ideias do que era arquitetura moderna para os CIAM, além disto, esta fase é dominada pela personalidade dele Corbusier, que deliberadamente alterou a ênfase predominante para o planejamento urbano. Além disso, é denominado como romântico, por esta relacionado com ideias utópicas das cidades (abrange mais 2 CIAM)
3° fase: critica, pois ela é uma fase que surge após a 2° Guerra Mundial, e com isto, é iniciado uma discussão em relação a tudo desenvolvido anteriormente e como as pessoas viviam, sendo assim o liberalismo triunfou sobre o materialismo (industrias) do período anterior, como também o CIAM havia uma tarefa para esclarecer determinadas funções urbanas das grandes cidades (abrange o resto dos CIAM)
Os congressos do CIAM (a cada vez, eles provocaram, nos centros profissionais e na opinião pública, uma agitação fecunda, uma animação, um despertar):
1928 – CIAM I: La Sarraz, fundação do ciam 
Declaração de La Sarraz: representantes dos grupos nacionais de arquitetos modernos afirmam sua unidade de opinião sobre os conceitos fundamentais da arquitetura (de uma nova maneira e forma de leitura, formando assim um novo arquiteto, mais liberal) e sobre suas obrigações profissionais
“Arquitetura como arte social”, passando assim por uma outra perspectiva na época
“O objeto principal e a finalidade que aqui nos reuniu, é juntar os diversos elementos da arquitetura contemporânea em um todo harmonioso, e dar à arquitetura um sentido, real, social e econômico (em relação a produção). A arquitetura deve, portanto, libertar-se da influência de academias estéreis e suas formulas ultrapassadas” – fragmentação da declaração
A arquitetura sai dos grandes salões e obras, e entram nas linhas de produção (industrias), vendo assim o funcionamento das peças e ambientes, além da parte econômica 
A racionalização e a padronização agem diretamente sobre os métodos de trabalho, tanto na arquitetura moderna (concepção) quanto na indústria da construção (realização), agindo de 3 modos diversos:
Exigem da arquitetura concepções que levem a simplificação (não sendo a maneira mais fácil e sim mais eficiente, tanto na montagem quanto na indústria) dos métodos de trabalho no lugar e na fábrica 
Redução da mão de obra especializada (que conhece todos os estilos e ornamentações), para uma menos especializada que trabalhe sob a direção de técnicos de mais alta habilitação
Esperam do consumidor (ou seja, do consumidor que encomenda a casa na qual vai viver) uma revisão de suas exigências em termos de uma readaptação às novas condições da vida social.
Le Corbusier prepara seis pontos a serem discutidos neste CIAM:
A técnica moderna e suas consequências:
A padronização:
A economia:
A urbanística:
A educação da juventude:
A realização: a arquitetura e o estado
“Insistem, sobretudo, no fato de que construir é uma atividade elementar do homem, ligada intimamente à evolução de uma época”
1929 – CIAM II: Frankfurt, estudo da unidade mínima de habitação 
Foi aberto pelo arquiteto de Frankfurt Ernst May, também estabeleceu um grupo de trabalho conhecido como CIRPAC, cuja tarefa básica era a preparação dos temas a serem discutidos nos congressos seguintes
Lugar mais importante para fazer um debate sobre a produção em massa, pois é neste lugar que estava ocorrendo o projeto de construção em massa de Ernst May, sendo o estado o promotor da expansão, além dos estudos desenvolvidos pelo arquiteto sobre a racionalização e padronização dos ambientes 
1930 – CIAM III: Bruxelas, Desenvolvimento racional do lote 
estudo do loteamento racional
abordou o problema da aquisição de terras para a construção, e deu à luz a publicação “Razões de construção racional.”
1933 – CIAM IV: a bordo do transatlântico Patris, entre Marselha e Atenas, A cidade funcional (Carta de Atenas)
Ocorre em um transatlântico, por causa da situação critica e complicada que as cidades estavam passando, pois já tinha inicia o sentimento e angustia da guerra
1937 – CIAM V: Paris, Moradia e recreação 
estudo do problema moradia e lazer 
1947 – CIAM VI: Bridgwater, podem nossas cidades sobreviver? 
Reafirmação dos objetivos dos CIAM
1949 – CIAM VII: Bérgamo, sobre a cultura arquitetônica 
nascimento da grille CIAM de urbanismo 
1951 – CIAM VIII: Hoddesdon, O coração da cidade 
Gera um estudo do centro, coração das cidades
Acusou claramente novas tendências 
O fracasso da Carta de Atenas, é oficialmente reconhecido 
A cidade foi concebida com a mesma abordagem que as áreas mais remotas, puramente funcionais, como um espaço livre, de modo que o cidadão deve estar equipado com um milagroso instinto para ser capaz de se localizar e reconhecer.
1953 – CIAM IX: Aix-em-Provence, A carta da habitação 
estudo do habitat humano 
gerou um rompimento decisivo, pois a geração que estava comandando desafio as 4 categorias funcionalistas da carta de Atenas (moradia, trabalho, lazer e transporte), ao invés de gerar algo parecido com os outros CIAM eles estudaram os princípios estruturais do desenvolvimento urbano e a unidade significativa acima da célula familiar.
1956 – CIAM X: Dubrovnik, Team X
estudo do habitat humano
o trabalho real dos participantes foi opor-se às demandas de jovens arquitetos radicais do Team X
o impulso critico, do CIAM IX, de encontrar uma relação mais precisa entre a forma física e a necessidade sociopsicológica tornou-se o tema deste congresso
TEAM X LIVRO PAGINA 330
CIAM IV:
O CIAM propõe:A divisão da cidade, em áreas funcionais, como áreas verdes entres os prédios diferentes 
Um único tipo de habitação urbana, definido por blocos de arranha-céus, espaçados, em áreas com grande densidade populacional. Estas disposições forma por muito tempo aceites como normais gerais estéticas 
Ele ocorre a bordo do transatlântico Patris, entre Marselha (Paris), onde eles embarcam por ser uma cidade onde a guerra não tinha alcançado ainda, e Atenas, local escolhido por conta da racionalidade e simplicidade (construções brancas, com terraços jardins) que ele obtinha, sendo considerado como um sinal representativo da racionalidade
Foi o congresso mais abrangente do ponto de vista urbanístico, em virtude de sua análise comparativa de 34 cidades europeias, sendo assim, a partir deste congresso a habitação começa a ser deixada de lado. Dele também surgiu a Carta de Atenas (pensa mais no coletivo do que no individuo), considerado o documento mais olímpico, retorico e essencialmente destrutivo
Carta de Atenas: possui 111 propostas que constituem, em partes de declarações sobre as condições das cidades, em partes de propostas para a correção dessas condições, agrupadas sob cinco categorias principais: moradia, lazer, trabalho, transporte/ circulação (cria uma hierarquia de pessoas e veículos) e edifícios históricos (contudo se eles atrapalhassem o fluxo, de veículos ou pessoas, ele poderia ser derrubado sem nenhum questionamento)
Para a constituição deste documento é criado um padrão de montagem dos levantamentos, que são levados a bordo e discutidos durante o percurso, porém o documento em si não é finalizado a bordo, somente 10 anos depois por Le Corbusier, onde ele faz uma síntese voltada para os temas principais (lazer, moradia, trabalho e circulação). Estes temas são voltados para a criação de uma cidade funcionalista (modelo), sendo elas consideradas utópicas para a época
Esta cidade estava sendo criada para que houvesse uma setorização, como por exemplo, áreas de moradia, áreas de serviço/ comércio, áreas industriais, etc, e para que isso ocorresse, era preciso a criação de um sistema viário que interligasse tudo, pois estava sendo incentivado o uso do veículo particular (carros)
Dentro dos temas discutidos temos:
Habitação:
Ocorre um estudo profundo do corpo (construção/ tipologias), o tornando mais saudável (uso da ventilação e iluminação natural), mesmo sendo incentivado a diminuição das casas era possível enxergar a boa qualidade delas 
Havia uma separação, entre as vias de fluxo e as habitações, a partir de uma proteção vegetal 
Distantes das industrias 
Incentivo da integração familiar
Separação entre os espaços de moradia e de trabalho (contra construções de uso misto)
Áreas de recreação:
Diretamente relacionado a habitação, sendo assim chamado de lazer cotidiano. Possui este nome porque é o lazer que fica “dentro do lote”, logo é usado no dia a dia de todos 
Final de semana (parques e praças)
Férias (tempo maior de permanência e descanso, além de serem locais mais amplos)
Circulação (hoje em dia, é chamado de mobilidade):
Máquinas viabilizam a circulação, sendo assim o uso dos automóveis é bastante incentivado 
O pedestre passa a ser “motorizado”, desmontando a ideia do caminhar e sentir do espaço 
Criação de uma hierarquia (vias arteriais/ estruturais, vias coletoras e vias locais), pois havia a necessidade de um controle da circulação nas cidades modernas

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