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ENGENHARIA E A GESTÃO Marcos Rairan Matos Silva Prof. Me. Augusto Ferreira Universidade Federal do Pará – UFPA Administração Para Engenheiros RESUMO A atuação do engenheiro gestor é objeto de análises de variáveis que vão da vida acadêmica, cuja prioridade é a formação técnica, à prática profissional, que é marcada pelas relações sociais e exige articulação na área gerencial, voltada para o controle e o planejamento de demandas focadas em resultado. Partindo desse pressuposto, este trabalho tem como objetivo discutir os desafios profissionais do engenheiro que assume a carreira de gestor, bem como apresentar as características desejáveis e as ferramentas de gestão indispensáveis, tendo como foco esclarecer de maneira simplificada a carreira de um engenheiro gestor. Palavras-chave: Trabalho; Educação; Engenheiro e gestão. 1 INTRODUÇÃO O ensino da engenharia passou a se orientar pelas linhas da economia, associada as necessidades sociais. O surgimento das escolas de engenharia destaca a preocupação com o desenvolvimento econômico e cientifico do país, com o intuito de atender às demandas sociais, que são, até os dias atuais, preocupação da engenharia. Conhecimentos técnicos, competências gerenciais, um segundo ou terceiro idioma e habilidades de relacionamento com diferentes áreas são fundamentais para o sucesso de um engenheiro, além de adaptar-se a estratégica da empresa, atrair e reter pessoas, habilidades essas que antigamente não eram trabalhadas. A formação prática de um engenheiro independentemente da área de especialização o torna um profissional com as características ideal para se tornar um gestor bem sucedido, já que os cursos de engenharia ensinam a fazer algo prático. Seja a construção de edifícios, produção de medicamentos ou máquinas, a orientação dos engenheiros é para a criação de algo que funcione e ajude a resolver os problemas da sociedade. 2 A CARREIRA DE UM ENGENHEIRO GESTOR A carreira de gestão é uma realidade expressa no discurso das organizações que buscam profissionais cada vez mais preparados para assumir papéis de liderança, planejar o tempo de 2 trabalho de suas equipes, decidir e agir como se fossem os “donos do negócio”, de acordo com as necessidades da empresa. As atividades do engenheiro, no ambiente industrial, como se vê, englobam tanto a área produtiva quanto o setor de manutenção, com diversas tarefas e funções relacionadas à gestão de pessoas, como relações sindicais, negociações trabalhistas, contratos terceirizados. Além disso, o trabalho do engenheiro gestor exige conhecimentos de muitas áreas, como comercial, ambiental, de saúde, de segurança do trabalho, de tecnologia da informação, de certificação em programas de qualidade. Esses conhecimentos estão ligados a saberes que são exigidos com o objetivo de contribuir para o alcance de resultados e metas, em prol do crescimento econômico da organização. 2.1 Gestão de Pessoas Para atuar com eficiência na gestão do empreendimento, verificou-se ao longo dos anos uma modificação no perfil do responsável pela obra, que deixa de desempenhar funções essencialmente técnicas para atuar também na administração da produção. As empresas passam, assim, a especificar necessidades gerenciais sobre o perfil do engenheiro, como desenvolver habilidades para melhorar a gestão das pessoas. É valorizada a importância de saber estabelecer um bom relacionamento humano, a capacidade de trabalhar em equipe e a existência de características pessoais do profissional que sirvam de bom exemplo aos colegas e subordinados, como ética, assiduidade, criatividade e sensatez. O engenheiro deve considerar sua responsabilidade para resolver problemas típicos relacionados com a mão de obra no canteiro de obras, tais como: estimular a motivação, promover a capacitação e contribuir para tornar agradável e seguro o ambiente de trabalho. Dessa forma, diante da crescente demanda de novas habilidades impetradas pela modernidade, as pessoas que fazem parte das organizações deixam de ser encaradas como meros recursos e passam a ser mais valorizadas. O conhecimento agregado passa a ser o diferencial para a administração de uma empresa e o desenvolvimento do conhecimento interno passa a ser um componente estratégico. 3 AS CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM GESTOR Uma pessoa capaz de gerir uma grande companhia precisa ter em mente que a sabedoria é 3 a qualidade mais preciosa que ela deve buscar. Os líderes devem ser ambiciosos, saber o que é uma oportunidade, aprender com o cotidiano e pensar na carreira fora da caixa. Além disso, alguém com capacidade de estar num posto de gerência deve saber pensar, ser criativo, saber mobilizar, transferir, engajar-se, ter visão estratégica e assumir responsabilidades. Com esses atributos, o profissional agrega valor para a organização e mostra ter construído a sua competência do saber (conhecimento), saber fazer (habilidade) e saber ser (atitude). Uma empresa busca alguém que reconhece e evita riscos, que tem pensamento independente e estabilidade emocional, que tem bom relacionamento interpessoal e que, acima de tudo, sabe fazer a gestão de pessoas dar lucro. Panejar, organizar, dirigir e controlar são premissas fundamentais na gestão, é importante que pelo menos uma de suas ideias seja a possibilidade de resolver problemas da empresa partindo de soluções humanas. As empresas buscam profissionais com desenvolvimento sistemático que gera alinhamento entre objetivos e valores da empresa e objetivos e valores do indivíduo. 4 FERRAMENTAS DE GESTÃO Existem várias ferramentas que um engenheiro como gestor pode utilizar para que a empresa evolua constantemente. A maioria delas é simples e traduzem para a companhia uma melhoria bastante atraente. 4.1 Análise SWOT Trata-se de uma das ferramentas de análise mais usadas por empresas. Na prática, este modelo prevê o monitoramento das variáveis, macro e micro ambientais, e das funções internas da empresa. É uma ferramenta muito versátil e vem sendo cada vez mais usada pelos engenheiros, uma vez que é realizada, a partir das seguintes perguntas: Que aspectos vantajosos minha empresa possui? (Pontos fortes); Que aspectos devem ser melhorados? (Pontos fracos); Constituem oportunidades a serem aproveitadas? (Oportunidade); São ameaças às quais devo proteger-me? (Ameaças). 4 Essas áreas são separadas entre análise interna (forças e fraquezas) e análise externa (oportunidades e ameaças). Além disso, também existe a visão dos elementos que ajudam (forças e oportunidades) e aqueles que atrapalham (ameaças e fraquezas). Assim, a SWOT se torna um exercício completo de análise de ambiente que deve ser aplicado em qualquer processo de planejamento estratégico. 4.2 Certificações de Competências Como gerente, é de extrema importância também, certificar as competências das pessoas que serão escolhidas para exercer todas as funções necessárias para uma determinada empresa. O processo de certificação deve começar com um teste teórico e prático do tema direcionado para cada posto a ser assumido. Após isso, passemos aos treinamentos e estudos auto orientados. Depois do período de observação, fazem-se exames d proficiência e habilidades plena, para posteriormente, quando se fizer necessário, emitirem-se novas certificações periódicas, reciclando o funcionário. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Graças à oportunidade cedida pelo professor Augusto Ferreira foi possível um maiorentendimento sobre o papel do engenheiro gestor, conclui-se nesta pesquisa que a função de um engenheiro gerente seja na indústria, no canteiro de obras ou em uma consultoria, é semelhante a de um gerente de um supermercado, de um hospital ou de uma repartição. No entanto é preciso reconhecer que existem dificuldades e barreiras a serem superadas. É necessário conceber discussões que possam ajudar o engenheiro gestor a superar lacunas nascidas no processo de formação profissional que ocorre durante a formação acadêmica, mas também antes e depois dela. Mecanismos de capacitação devem ser criados para disseminar a cultura de gestão com foco no espirito de equipe, para construir conhecimentos que facilitem a prática do engenheiro gestor que por sua vez irá contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país. 5 6 REFERÊNCIAS [1] VILS, Leonardo, como ser um empreendedor de sucesso. 1°. Ed. São Paulo. Gold Editora Ltda., 2006. [2] FRANCHESCA, Lorrayny. Um engenheiro civil e o seu papel de gerente na obra de engenharia. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/lowrraynyfranchesca/um-engenheiro-civil-e-o- seu-papel-de-gerente-na-obra-de-engenharia>. Acesso em 26 março de 2015.
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