Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina: Genética Humana Atividade Complementar- Genética Molecular do Câncer 1. Defina neoplasia. Neoplasia é uma proliferação anormal, autônoma e descontrolada de células de determinado tecido do corpo, causando sua destruição, mais conhecida como tumor. Uma neoplasia pode ser benigna ou maligna. Um câncer é uma neoplasia maligna. 2. Diferencie tumor maligno de tumor benigno. A diferença entre tumores malignos e benignos é que os tumores malignos podem invadir tecidos adjacentes e as suas células podem se disseminar pelo corpo, através da circulação sanguínea ou linfática, e crescer em locais distantes da sua origem, dando origem a um outro tumor maligno. 3. Quais os mecanismos desencadeadores das neoplasias? Se dá devido quando as células se tornam insensíveis aos mecanismos de reparo do próprio organismo. Fatores genéticos e ambientais também influenciam. 4. Quais os genes responsáveis pelo controle da multiplicação e crescimento celular? Exemplifique. Proto-oncogenes, que codificam proteínas que ajudam a regular o crescimento e a diferenciação celular, e genes supressores de tumores, que reduz a probabilidade de uma célula num organismo multicelular se tornar um tumor; uma mutação ou deleção de tal gene irá aumentar a probabilidade de formação de um tumor 5. Qual a origem do tumor? As células que compõem nosso corpo se multiplicam para garantir o bom funcionamento de todos os órgãos. Durante esse processo, algum erro no DNA pode originar uma célula defeituosa, que após “driblar” todos os mecanismos de reparo que existem no organismo, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR E GENÉTICA- DBG passam a se dividir desenfreadamente. Essa fala falha pode ser causada por mutações hereditárias em genes e pela exposição a fatores de risco, como radiação solar, cigarro, etc.. As células tumorais vão tomando espaço a ponto de surgirem vasos sanguíneos para nutrí-las. Essas células passam despercebidas pelo sistema autoimune. 6. Qual a característica da célula tumoral? • Multiplicam-se descontrolada e desordenadamente; • O acúmulo dessas células dá origem aos tumores; • As células possuem a capacidade de se desprenderem do tumor e de se deslocar, invadem inicialmente os tecidos vizinhos, podendo chegar ao interior de um vaso sanguíneo ou linfático e, através desses, disseminar-se, chegando a órgãos distantes do local onde o tumor se iniciou, formando o que chamamos de as metástases; • As células cancerosas são, geralmente, menos especializadas nas suas funções do que as suas correspondentes normais. Conforme as células cancerosas vão substituindo as normais, os tecidos invadidos vão perdendo suas funções. (proliferação descontrolada, diferenciação e perda de função, poder de invasão e capacidade de sofrer metástases) 7. O que são marcadores tumorais? Marcadores tumorais são substâncias, geralmente proteínas, produzidas pelo organismo em resposta ao crescimento de cânceres, ou pelo próprio tecido cancerígeno, e que podem ser detectadas em sangue, urina ou amostras de tecido. Alguns marcadores são específicos para determinados tipos de câncer, enquanto outros são encontrados em vários tipos da doença. Em sua maioria, os marcadores mais conhecidos também podem estar aumentados em doenças não cancerosas. Consequentemente, seu uso isoladamente não é recomendado para a triagem (rastreamento) ou como único exame definitivo para o diagnóstico do câncer. 8. Caracterize o retinoblastoma enfatizando o mecanismo da proteína Ras. Retinoblastoma é um tumor maligno que se desenvolve na retina. O sintoma é a leucocoria, ou seja, um reflexo branco semelhante ao do olho do gato, quando um feixe de luz artificial ou de um flash incide através da pupila. Muitas das proteínas que transmitem sinais de fator de crescimento são codificadas por proto-oncogenes. Normalmente, essas proteínas dirigem a progressão do ciclo celular apenas quando fatores de crescimento estão disponíveis. Entretanto, se uma das proteínas se torna hiperativa devido à mutação, ela pode transmitir sinais mesmo quando não há fator de crescimento presente. O receptor do fator de crescimento, a proteína Ras, é codificada por um proto-oncogene. Formas hiperativas dessa proteína são comumente encontradas em células de câncer. Ras é uma proteína G, significando que ela alterna entre uma forma inativa (ligada a uma pequena molécula de GDP) e uma forma ativa (ligada a uma molécula parecida, GTP). Mutações cancerígenas frequentemente mudam a estrutura da Ras de modo que ela não mais possa mudar para a forma inativa, ou então o faz muito lentamente, deixando a proteína presa em um estado "ligado". 9. Descreva o câncer de mama familiar. O câncer de mama familiar ocorre em famílias portadoras de mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. As mulheres que a herdaram têm risco muito aumentado de desenvolver câncer de mama e/ou de ovário. Algumas características devem chamar a atenção sobre a presença desses genes deletérios que podem ser transmitidos pelos dois sexos. Em geral, o câncer familiar incide em pessoas jovens, às vezes com menos de 30 anos, o que é raro acontecer nas mulheres sem mutação. Além disso, pode manifestar-se nas duas mamas ao mesmo tempo ou com um pequeno intervalo entre uma e outra. 10. Descreva a importância da proteína p53 para o genoma e estudo do câncer A proteína p53 é um dos mais importantes supressores de tumores, que desempenha um papel-chave na resposta celular ao dano no DNA. A p53 age primeiramente ao final de G1 (controlando a transição de G1 para S), onde ela bloqueia a progressão do ciclo celular em resposta a um DNA danificado e a outras condições desfavoráveis. Quando o DNA de uma célula é danificado, uma proteína sensora ativa a p53, que interrompe o ciclo celular no final de G1 desencadeando a produção de um inibidor do ciclo celular. Essa pausa dá tempo para o reparo do DNA, que também depende da p53, cuja segunda função é ativar enzimas de reparação do DNA. Se o dano for consertado, a p53 irá liberar a célula, permitindo que ela continue através do ciclo celular. Se o dano não for passível de conserto, a p53 irá desempenhar seu terceiro e último papel: desencadear a apoptose (morte celular programada) de modo que o DNA danificado não seja passado adiante.
Compartilhar